top of page

eventos

1570044680_547e945e9239b5becfd57cf48d91d861.148537.jpeg

Atelier "La Californie" em Cannes (1956)

Picasso

114x146cm

Musée Picasso

Paris, França

domingo, 17 de novembro de 2023







Foi divulgada, durante o Jantar de Premiação dos Melhores Vinhos de Flores da Cunha, a programação dos shows que farão parte da 15ª Festa Nacional da Vindima – Fenavindima. O evento foi realizado no último dia 17, no Restaurante Parque da Vindima, em Flores da Cunha. Cabe destacar que Flores da Cunha é o maior produtor de vinhos do Brasil.

 

As principais atrações nacionais serão o cantor Humberto Gessinger e a dupla Claus & Vanessa, além dos sertanejos Israel & Rodolffo, Cesar Oliveira e Rogério Mello são mais uma das atrações. Serão também realizados shows de artistas regionais, como Rainha Musical, Os Monarcas, Grupo Rodeio e Banda Corpo & Alma, além de shows locais.

 

A 15ª Festa Nacional da Vindima será realizada de 22 de fevereiro a 10 de março de 2024, em Flores da Cunha. Neste ano, a cidade completará 100 anos de emancipação, o que é refletido no tema escolhido para a edição: O Centenário da Colheita.





GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069



1700446669_be5ef703cab937be9de224d859ab10c7.148537.jpeg

sexta-feira, 13 de outubro de 2023







Um evento marcado pela beneficência e pela excelente gastronomia: esta foi a Feijoada organizada pelo G50, um grupo de empresários e personalidades que se reunem em prol da alteridade. A batuta do G50 no evento ficou a cargo do juiz Silvio Viezzer. A tradicional feijoada, prato tipicamente brasileiro, ganhou contornos ainda mais interessantes já que a venda dos ingressos foi revertida ao projeto Mão Amiga, que coordena uma série de organizações não governamentais sob a presidência de Ana Paula Viezzer. 


Com os salões do Sky Samuara Hotel lotados, a Feijoada do G50 foi um sucesso. Todos os ingressos foram vendidos, e o público só teve elogios para a organização, que ainda teve o cuidado de distribuir brindes surpresa, incluindo uma diária de hotel em Gramado. Na entrada, todos receberam o avental do evento e foram agraciados com uma foto para registrar o momento.


A gastronomia foi marcante. A começar pelo saboroso caldinho de feijão, servido com acompanhamentos. A feijoada serviu a todos os gostos: feijão tradicional, tropeiro, com mix de carnes..., tudo acompanhado por aipim, cortes de carnes, ravioli, dentre outros, para agradar também àqueles que não curtem muito os preparos com feijão. Após, as sobremesas do Sky Samuara, que são uma perdição: pudins, sagu, arroz doce, as rapaduras de diferentes tipos, cocadas!


Um evento especial que divertiu a todos (inclusive com música ao vivo), feito para fazer o bem a quem mais precisa. A organização, com o casal Viezzer à frente só merece congratulações!





GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069



1697401454_69ad7d9ec670e66184624273fdc3e3e4.148537.jpeg


sexta-feira, 13 de outubro de 2023





Dois são os destaques a acompanhar mais de perto na Semana do Turismo de Caxias do Sul: a posse dos novos embaixadores do turismo e o lançamento do 2º Concerto de Moda da Serra Gaúcha. Em 2023, o tema escolhido foi “Caxias tem muita coisa para fazer”.  


Com a presença dos embaixadores do ano passado, a posse dos novos foi marcada pela valorização do distrito de Galópolis: o evento foi realizado no Café Galópolis, um lugar charmoso e especial, dado seu valor histórico e patrimonial. Dando prosseguimento ao legado do ex-secretário de Turismo, Ênio Martins, o mote Conheça Caxias chegou para ficar: conhecer Caxias é um convite, não apenas aos turistas, mas aos próprios moradores da cidade.


Em 2023, foram empossados três embaixadores: o administrador Edson Tomiello; a CEO de rede hoteleira Gabriela Schwan, e a proprietária do Café (que acolheu o evento) Greta Bachi. Todos destacaram a responsabilidade do cargo, especialmente no que se refere a representar Caxias, sensibilizando para conhecer e preservar o que é daqui.


Projetando Caxias para novos horizontes, o Concerto de Moda, que em 2022 foi um sucesso, neste ano expande sua programação, em novos espaços, também valorizando o patrimônio e a história de Caxias do Sul. Em 2022, o Concerto de Moda reuniu apenas marcas da cidade e arredores, e se restringiu a um único desfile, nas réplicas de Caxias, nos Pavilhões da Festa da Uva. A próxima edição muda seu nome para “Concerto de Moda da Serra Gaúcha”, reunindo marcas da região (até o momento, 29 confirmaram sua presença), em desfiles que acontecerão durante quatro dias, na Sinimbu, no Palacete Eberle e na sede social do Clube Juvenil.


A proposta do evento é transformar a cidade em indutora e propulsora de turismo, através da geração de novas experiências de moda (entendida como cultura e comportamento), a democratizando (todos os desfiles serão abertos e gratuitos), e tendo como pano de fundo a Brasilidade. Uma frase da servidora da Secretaria Municipal do Turismo, Renata, foi marcante: “Não somos do entretenimento, somos da identidade, e isso é mais forte”.  Caxias, que é um polo de moda (pioneira na indústria têxtil e na formação de profissionais), só tem a ganhar com a segunda edição de um evento que já foi um sucesso no ano passado. 


 




GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069



1697402037_6a935b3ee35faf48c30a329993376879.148537.jpeg


segunda-feira, 28 de agosto de 2023

TRIO DE SOBERANAS DA FESTA DA UVA FOI CONHECIDO NESSE SÁBADO






Apresentados os jurados na sexta, dia 25, no início da tarde, chegava-se à reta final do concurso de escolha da rainha e das princesas da Festa da Uva, edição 2024. Um corpo de jurados variado, com jornalista, ex-jogador de futebol, secretário estadual de turismo, médica dermatologista, diretora de malharia, sommelier e o cônsul-geral da Itália, foi o responsável por realizar entrevistas individuais com as quinze candidatas aos referidos títulos, na sexta à tarde, avaliá-las em grupo e socialmente, na sexta à noite, e determinar, finalmente, quem seria o trio, a partir de desfile em traje típico, no sábado à noite. A nota dos jurados correspondeu a 60% da final, composta também por 40% avaliados pela Comissão Social, que acompanhou todas as embaixatrizes durante os quatro meses de pré-concurso.


Os títulos de rainha e princesas são consagrados a embaixatrizes que divulgarão a cidade, o turismo, a Festa, sendo necessárias, não apenas beleza, mas simplicidade, elegância e discurso e, porque não dizer, doação e gentileza da mulher da região que, além da força, sabe ser generosa, sábia e humilde quando necessário para chegar em todas as camadas sociais e estar no mesmo “nível” de todos com quem se relacionar.


Antes do evento, no sábado, as embaixatrizes conversaram com os jornalistas cheias de expectativas, aparentando pouco nervosismo, mas muita ansiedade pelos momentos finais do concurso. Sorridentes, atentas a todos os flashes e perguntas, exibiam êxtase e alegria memoráveis.


Num discurso de despedida emocionante, a rainha da edição 2022, Priscila Zanol, enalteceu o colono e o agricultor: “Se a colônia não planta, a cidade não come”. Décadas de história de rainhas foi o destaque do prefeito Adiló Didomenico: afinal, há exatos 90 anos neste mesmo dia era escolhida Adélia Eberle como a rainha da Festa da Uva 1933.


Lizandra Mello Chinali (representante do Esporte Clube Juventude) foi escolhida rainha, e Eduarda Ruzzarin Menezes (Recreio da Juventude) e Letícia de Carvalho (União das Associações de Bairros), princesas. As torcidas das princesas também foram premiadas: a de Eduarda como a mais organizada, a de Letícia, a mais original. A torcida de Luisa Miola, da S.E.R. Caxias, foi escolhida como a mais animada.  




GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069



1693278245_8af8c5b26e27b5be9f827c06da0c2a38.148537.jpeg


segunda-feira, 28 de agosto de 2023

51ª EDIÇÃO DO FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO FOI MEMORÁVEL





A 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado foi um marco: principalmente no que se refere a emoções e sentimentos, permeados de tristeza (pelo falecimento da homenageada Léa Garcia, no dia em que receberia o Oscarito) e alegrias, por inúmeros momentos memoráveis.


Podemos destacar duas datas na programação do Festival, que aconteceu de 11 a 19 de agosto: a terça, dia 15, e a sexta, 18. Na terça, o curta “Ela mora logo ali”, de Fabiano Barros e Rafael Rogante, de Rondônia, tocou o coração: primeira atuação da protagonista, o filme mostra a emoção de uma mulher adulta desejando aprender a ler, a partir de um encontro inusitado e as consequências da literatura na vida de seu filho deficiente mental. O longa da noite, “O barulho da noite”, de Eva Pereira, do Tocantins, trouxe à tona o dilema “calar versus fazer calar” diante do estupro de menores em uma região do país cheia de carências. Mostrou a saga de uma mãe que, diante do desejo por um parente que chega de maneira abrupta, é corajosa (cometendo até mesmo um crime) diante da paixão, mas cala frente à violência sexual contra suas filhas, pelo mesmo homem. Dois filmes que provocam a reflexão, diante de temas urgentes e necessários. A terça ainda foi marcada pela entrega do Troféu Oscarito a Léa Garcia (in memoriam): quem recebeu o prêmio foi seu filho, emocionado, assim como todos os presentes, diante do acontecido.


Na sexta, entre olhares cansados e espaços esvaziados, o Recreio Gramadense, que acolhe os jornalistas e demais credenciados, chegava ao penúltimo dia do evento com sorrisos de seus organizadores e atendentes. As tão aguardadas estatuetas e seus premiados seriam entregues no dia seguinte (o sábado), com grandes expectativas.

Neste dia, foi a vez do longa documentário “Luís Fernando Veríssimo”, de Luzimar Stricher, uma linda homenagem ao reconhecido escritor, cronista, músico e roteirista. O longa, com edição e montagem de excelência, emocionou o público, com muitas risadas. A noite foi de reconhecimento de três mulheres: Laura Cardoso recebeu o Oscarito, Alice Braga levou o Kikito de Cristal, e Luci Barreto foi premiada com o Troféu Eduardo Abelin. Uma noite que ficou para a história.


O Festival movimenta a cidade, turística, econômica e culturalmente. Outras entidades aproveitam o momento para também, nestas datas, realizar congressos, reuniões e seminários diversos. O resultado é uma Gramado sem lugares para estacionar, abarrotada de gente e com hotéis com valores de diárias absurdos, acima de 1 mil reais.


A organização, dessa vez, teve deslizes graves. No que diz respeito ao trato com a imprensa, especialmente, o assessor de imprensa responsável pelas parcerias com os hotéis, que ficava no Palácio dos Festivais não soube distribuir bem os vouchers e os poucos jornalistas presentes ficaram à mercê dos altos valores praticados pela rede hoteleira. É de conhecimento que o ingresso dá direito à exibição dos curtas e longas do dia, bem como das premiações, que acontecem em seguida; há lugares delimitados para a imprensa, nas duas primeiras fileiras. Lamentavelmente, o referido assessor não foi organizado o suficiente e, numa atitude de extremo desrespeito, expulsava jornalistas das primeiras fileiras que ficaram quase duas horas à espera para entrar no Palácio (aliás, é sabido que filmes em exibição NÃO ATRASAM, pessoas amontoadas, mesmo idosos, aguardando horas para adentrar, que feio!), para “dar lugar” a fotógrafos do Festival, chegados “de última hora” sem colocá-los em lugares apropriados. Sabe-se que fotógrafos não necessitam estar sentados, ao contrário de outros colegas, mas permanecem em pé, podem apoiar seus materiais em tripés no chão etc. Enfim, uma lástima, especialmente pela grosseria, o que só faz denegrir e desestimular a beleza e a leveza necessárias ao Festival. Nunca nos esquecendo que CINEMA É ARTE!!!!!...embora alguns busquem negá-lo!



GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069



1693278078_0b89e81b626560e15dc0fe85250e029d.148537.jpeg

Como um Preview, aconteceu o Kickoff, da 11ª edição do MDBF, nos dias 22 e 23 de julho últimos. O Mississipi Delta Blues Festival movimentou um icônico espaço, que estava sendo esquecido pela comunidade caxiense. Revivendo até mesmo a memorável Boate Pelourinho, o MDBF ocupou os diferentes andares do Clube Juvenil. Enquanto na referida boate, os DJ's Rocha-Neto, Bianchi e Bettoni entoavam clássicos, em suas "picapes", dos anos 70, 80 e 90, o primeiro andar do aristocrático foi palco de bandas locais, nacionais de blues. O já tradicional bazar organizado por Lulu Alberti abrilhantou o salão intermediário assim como uma diversificada praça de alimentação e os shows internacionais ocuparam o salão principal. 


Foi uma noite especial, nostálgica, que não apenas "abriu" a programação do MDBF, que acontece em novembro, como deu vida à sede do Juvenil, que marcou tantas gerações e, diga-se, continua lindo!!!!


Apenas um porém....um excesso de ofertas, bandas e bar e entrega de vouchers tudo no mesmo andar, gerou muita aglutinação de pessoas e perdia-se o brilho maior da noite e a possibilidade da escuta do blues (razão de estarmos, basicamente, aí) e do convívio com as pessoas, já que tal bloco de gente prejudicava até mesmo o convívio. Se fôssemos ao terceiro andar, perdia-se a música...enfin....nunca se pode ter tudo!


GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069



Vinte e uma cozinhas, quase 1500 ingressos vendidos: números magnânimos de uma noite que abrilhantou os espaços do Centro de Eventos dos Pavilhões da Festa da Uva.


Foi a 18ª edição do evento MESTRES DE BANQUETE, organizado pela AMANOR (Associação Maçônica do Nordeste do RS) e pelo Colegiado de Veneráveis Mestres da Serra Gaúcha. 


Uma belíssima noite, com espetáculos de tango, apresentações tradicionalistas gauchescas e, como não poderia deixar de ser, excelente gastronomia.


Pudemos saborear o menu de cinco cozinhas (pequeníssimas porções - ninguém aguenta!), dentre as quais destacamos a 09 (Paella Valenciana) e a 07 (Medalhões de Filet Mignon ao vinho do Porto, purê de raizes e crispis de couve). Os dois simplesmente maravilhosos, com filas o tempo todo para saboreá-los. As texturas, o sabor, tempero e muito bem harmonizados com as opções de vinhos, espumantes e sucos disponibilizados pela organização do evento, vindos da Vinícola Salton. 


Uma noite memorável, com gostinho de "quero mais"!


GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069




domingo, 09 de julho de 2023

Filó das Embaixatrizes





A Festa Nacional da Uva, evento tradicional – e identitário – de Caxias do Sul, é um acontecimento constituído de inúmeras ações precedentes e paralelas. Evento que valoriza e comemora os feitos da cidade desde 1931, se reformulou e aperfeiçoou com o passar das edições, inserindo atividades que formam um complexus que a caracteriza singularmente: a escolha de uma soberana, o corso alegórico, as Olimpíadas Coloniais, o projeto Tirando o Pó...


A escolha da soberana, talvez o acontecimento mais acompanhado pela comunidade, por sua vez, também apresenta diferentes fases. Uma das atividades do pré-concurso (o concurso será realizado no dia 26 de agosto, com o desfile das candidatas em traje típico) é o Filó das Embaixatrizes. Realizado neste sábado, dia 08 de julho, o Filó concede o título oficial de Embaixatriz às candidatas, sinalizando uma responsabilidade de todas para o sucesso da Festa, depois de uma série de preparações, às quais elas se submetem no pré-concurso (relativas à história da Festa, de Caxias do Sul, da imigração italiana, etc.).


Repleto de emoções, o Filó é o momento em que as candidatas recebem a faixa e a tiara de Embaixatriz, atuando, a partir desse momento, como protagonistas, antes, durante e após a Festa da Uva, em inúmeros eventos da e na cidade e região (mas não só!). Para coroar o evento, gastronomia típica de um tradicional filó (pão, frios, polenta com molho, suco de uva, vinho) e o grupo Girotondo, entoando as clássicas músicas do repertório folclórico italiano. Vem muito mais por aí!


GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069



1688936784_ba5131a97d9ed23c315bbfc59b858a13.148537.jpeg


domingo, 12 de março de 2023

Colheita é aberta em Caxias do Sul





Aconteceu, no último dia 24, a abertura da colheita em Caxias do Sul, concomitante a Festa da Colheita. O evento, ocorrido na Terceira Légua, na propriedade de Elton Mugnana e Família, contou com a presença do governador do Estado, Eduardo Leite, que participou simbolicamente de uma colheita de uvas, vestindo chapéu de palhas.


Leite ressaltou o desafio da sucessão rural, tendo em vista a importância do jovem na agricultura, especialmente a familiar, em um cenário de abandono do campo e da lavoura, em buscas de melhores condições no meio urbano. 


Importante frisar que o evento se deu na Escola Agrícola, onde jovens estudam métodos de aperfeiçoamento agrícola, com o fim de permanecer no meio rural.


O governador, ainda, anunciou o repasse de R$ 33 milhões apara o setor vitivinícola. Recepcionado pela comunidade, Leite foi presenteado com produtos da região e uvas de muito destaque dos Mugnana. 


Aliás, pudemos conhecer a propriedade, em momento posterior. São seis hectares de parreiras, produzindo as variedades Núbia, Itália e Niágara Rosada, uvas de excelente qualidade, com graúdos grãos (obtidos com cuidado quase que diário e pessoal), doces e suculentos (maravilhosos!!). Para cada variedade, Elton destaca que são quatro anos de experimentos, podas diárias, cuidados com o solo, com a umidade, gastos com maquinários e equipamentos específicos. Tudo isso, de forma muitas vezes manual, com uma exígua mão de obra: ele, a esposa, a mãe. Além disso, dois hectares e meio de cítricos: produção destinada à indústria cosmética. Um exemplo de propriedade de agricultura familiar, sofridos e que trabalham em turnos de 12 horas diárias.   

 

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069


Fotos by @GuiReOli


1678669517_86c208ec664f3c5592ff52f0713217d1.148537.jpeg


domingo, 23 de novembro de 2022

Casa de Cultura Percy Vargas de Abreu e Lima completa 40 anos





Uma cidade é muito mais que redes de esgoto, ruas, praças, parques, postos de saúde, residências... é constituída, especialmente, por pessoas e suas relações. Uma cidade sem uma Casa de Cultura é uma cidade fria, rotineira, quase vazia.


A Casa de Cultura Percy Vargas de Abreu e Lima, de Caxias do Sul, comemorou, na última sexta-feira, 40 anos de uma existência pulsante, congregadora. Sim, porque nela confluem diferentes manifestações artísticas: artes visuais, artes cênicas, música, literatura...


No protocolo de "aniversário", foram agraciados com honras o funcionário mais antigo da Casa e o prefeito à época de sua inauguração, Mansueto Serafini. Filho Destacou o ex-prefeito que houveram resistências, questionando investimentos na área da cultura, mas isso não abalou a ideia: “Caxias tem o corpo que é a indústria, o comércio e a agricultura, mas Caxias precisa de uma alma, e essa alma é a Casa da Cultura” (sic).


E para celebrar o acontecimento, um evento muito especial subiu aos palcos do Teatro Pedro Parenti. Nei Lisboa, músico e compositor natural de Caxias, entoou clássicos de seu repértório com a Orquestra Municipal de Sopros e a Companhia Municipal de Dança. Um espetáculo inesquecível!


GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069


Fotos cedidas pela Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Caxias do Sul



1666576377_309eb3c37499cd7da2ff411e93d2cac8.148537.jpeg


domingo, 23 de novembro de 2022

Robótica e automação, recordes de público e expositores são destaques na Mercopar 2022





"Conectividade que gera negócios" foi o tema da 31ª edição da Mercopar, uma das maiores feiras de inovação industrial da América Latina. 


Após duas edições menores, devido aos cuidados necessários durante a controlada pandemia, a edição 2022 foi um marco: dimensões, número de expositores e de visitantes, e novidades na área da inovação foram destaques, especialmente nas áreas de automação e robótica. Como em outras edições, a programação de palestras e workshops, bem como o salão de negócios e a divulgação de startups, foram marcantes.


E Caxias acontece, não apenas como pólo metalmecânico, mas como pólo turístico, na geração de negócios industriais. Prova disso foi a presença massiva de outras cidades (da Serra Gaúcha e fora dela) com espaços de exposição. Testemunha do sucesso são as reservas e os pedidos de espaço, já realizados,  para a próxima edição!


GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069




domingo, 23 de novembro de 2022

Festival de Cinema de Gramado completa 50 anos





A última edição do Festival de Cinema de Gramado foi muito especial, afinal são 50 anos de cinema brasileiro e latino-americano: um festival com muita história para contar, responsável por projetar diretores, atores, produtores e uma infinidade de profissionais que se dedicam à sétima arte.

Estivemos no sábado, dia 13 de agosto, conferindo a programação. Da Mostra Competitiva, assistimos a "Último domingo", inspirado em trecho da obra "O evangelho segundo Jesus Cristo" (de José Saramago), e "O clube dos anjos", primeiro longa-metragem de ficção de Angelo Defanti, baseado na obra homônima de Luis Fernando Veríssimo. Duas películas com linguagens muito diferentes, porém igualmente bem produzidas.

"Último domingo" é repleta de nuances, sub-textos, discursos de entrelinhas. Pouco diálogo, muitos ditos... "O clube dos anjos", por outro lado, soube transpor para a tela a ironia e o tom característico da obra de Veríssimo. Cabe destacar as excelentes interpretações dos atores presentes na obra.

Na mesma noite, houve a entrega de um dos prêmios especiais do Festival, o Troféu Oscarito. A 50ª edição homenageou Marcos Palmeira, conhecido ator de novelas e com uma trajetória espetacular no cinema e na televisão. Palmeira, ao receber o prêmio, foi conciso, porém certeiro, nos agradecimentos e nos desejos de "vida longa" ao festival, que é um sucesso!


GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069

Fotos by@GuiReOli



1666576077_d61554edd602ef24d4c35312f078dd4d.148537.jpeg


terça-feira, 18 de outubro de 2022

RA-CIC recebe Eduardo Leite





No último dia 11, a RA-CIC, tradicional evento da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul que recebe personalidades durante uma reunião-almoço, trouxe Eduardo Leite, candidato a governador do Estado do Rio Grande do Sul, para ouvir suas propostas e projeto de governo. Um dos momentos da RA-CIC é o networking, e Leite participou, conversando com os presentes e cedendo a pedidos de selfies.

       

O candidato apresentou números e estatísticas do período em que foi governador, ressaltando resultados, especialmente durante a pandemia. Fez comparações a governos anteriores, ao apresentado pelo rival no pleito eleitoral e, principalmente, relativas ao governo federal e suas perspectivas na área da saúde e da economia no período 2020/2021, atingido fortemente pela pandemia de COVID-19.

        

A CIC de Caxias do Sul (pensando ouvir todas as propostas) abre suas portas ao candidato Onix Lorenzoni, concorrente de Leite. E, uma tradição da RA, será palco do que há de latente, do que é assunto, na sociedade caxiense, gaúcha e brasileira. 


Quanto a fala específica de Leite, ficam: 


"..educação moderna e de qualidade.." => nem tudo que é moderno é de qualidade.


";;o oponente vai desfazer a reforma previdenciária.." => ele pode fazer isso, sem o aceite da Assembléia Legislativa?


"..2040 não teremos professores para a educação básica..." => se este é um problema da falta de interessados em buscar cursos de licenciaturas devemos começar resoluções para tal problema em regime de urgência desde já!


sobre investimentos em turismo => por quê tantos investimentos em Gramado e Canela - os locais citados já estão abarrotados de ofertas turísticas . E o resto do Estado com tantos atrativos turísticos?


Ainda, fica a fala do Presidente da CIC: "Caxias não é melhor, nem pior do que ninguém, mas é diferente" (sic) e solicitando cinco nomes caxienses no primeiro escalão. Será?




VERA MARTA REOLON

MTb 16.069


GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241




terça-feira, 18 de outubro de 2022





A Semana Municipal do Turismo foi um sucesso. Repleta de eventos, em todos os dias, mostrou que Caxias já é uma cidade turística. Participamos de três deles. Com o tema "Caxias, um Universo de Conexões", a Semana objetivou fortalecer a identidade local, aliando tranquilidade e ruptura, sonhos e aventura, metrópole e interior. Em outras palavras, projetar a cidade como protagonista, e não apenas coadjuvante.


Na posse dos Embaixadores do Turismo 2022, o Famiglia Pezzi Café Colonial nos recebeu com alegria e hospitalidade. A proprietária do empreendimento ao lado do Prefeito, da Vice e do Secretário do Turismo, foi a anfitriã de um evento que culminou com a degustação da excelente gastronomia do local, já avaliado por nós. Na ocasião, o Famiglia Pezzi recebia quatro peregrinas, turistas do Rio de Janeiro, de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Foram nomeados embaixadores do turismo: Daniel Lebran (da Sicredi), Lisete Oselame (Comunicadora) e Daiane Pezzi (do Famiglia Pezzi). Daiane falou do prazer em desempenhar o papel a ela concedido, representar Caxias e resgatar as raízes locais. Daniel, por sua vez, destacou a parceria da Sicredi com a cidade, e conclamou o caxiense a amar Caxias. Lisete, neste sentido, como empresária afirmou que "não é boa estratégia falar mal de Caxias" (sic).


No dia seguinte, uma coletiva de imprensa aconteceu para divulgar o lançamento de um evento que pretende incluir a cidade no calendário de moda nacional: O Concerto de Moda que acontecerá dia 10 de novembro, nos Pavilhões da Festa da Uva. A coletiva, ocorrida no laboratório de criação das Lojas Magnabosco demonstrou que Caxias é muito mais do que um polo metal-mecânico e que a força da união entre iniciativa privada e poder público exacerba nossos potenciais, porque "juntos somos mais" (sic) - como destacou o Secretário. O evento servirá para provar que moda é turismo, aliando sustentabilidade e meio ambiente, tendo em vista inclusive que o curso de graduação em moda da UCS já formou mais de 1800 alunos. Doze marcas desfilarão suas coleções primavera-verão 2023, mostrando a diversidade da produção regional. O nome "Concerto de |Moda" já anuncia a intenção dos organizadores: reunião o amplo espectro de produção regional, em uma harmonia de talentos da Serra Gaúcha.


O terceiro evento, o Jantar das Etnias, foi um colírio para os olhos e uma maravilha gastronômica. Realizado no SKY Samuara Hotel, congregou as diferenças étnicas, culminando em um momento em que todas se integraram festivamente. Além do jantar, estabelecido pelo referido hotel (cuja qualidade já ressaltamos na editoria de gastronomia), houveram apresentações de dança árabe, alemã, polonesa, italiana, cigana, argentina, gaúcha, dentre outras. Um espetáculo em muitos sentidos!


Só há elogios à Semana Municipal do Turismo! Felicitações à gestão de Enio Martins, que coloca, magistralmente, Caxias na cena turística, como protagonista e não apenas um local de passagem entre regiões turísticas, para o turista e para o próprio caxiense. Trabalhemos pelo SELO Serra Gaúcha, porque a união de esforços sempre é proveitosa a  todos!.



VERA MARTA REOLON

MTb 16.069


GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241



1666564334_c633ecafeaeeab5f1c5fd1f58b4087ae.148537.jpeg


segunda-feira, 06 de junho de 2022





Um fim de semana frio, úmido e com bastante chuva marcou a primeira edição do LET'S JAZZ FESTIVAL, que aconteceu de 27 a 29 de maio de 2022. Superando o clima característico de nossa região, no entanto, o festival foi um marco para a cultura caxiense (senão para o país), diversa e que merecia evento deste porte. Caxias é do JAZZ também! Prova disso foram as excelentes apresentações de grupos locais. Destaque para MAMMA DOO, que subiu aos palcos nas três noites, com clássicos e versões, em excelentes performances


No dia 27 também fora destaque o show de DERICO&TRIO BRASA GENTE. Derico trouxe irreverência que o caracterizou no programa televisivo de Jô Soares com muito humor e talento no sax. A banda o acompanhou e brilhou de igual forma, c om versões instrumentais de Tim Maia, Djavan, Michael Jackson, dentre outros. Derico desceu do palco e tocou junto ao público, o que agradou muito aos espectadores. 


No sábado, LUANA PACHECO E TRIO abriu as apresentações, mais intimista, o que  combinou com o show seguinte, de ROBERTO MENESCAL, um dos fundadores da Bossa Nova. A platéia, lotada, estava encantada com o artista e, em alguns momentos, pediu silêncio aos que estavam mais próximos à área gastronômica (necessitados de conversas e companhia neste momento pós pandemia). Menescal trouxe clássicos da Bossa Nova (como Garota de Ipanema, O Barquinho e Tristeza), uma nova versão de Pela Luz dos Olhos Teus, a inédita O Bondinho (composta em parceria com Cris.Delanno. sua vocalista) e uma interpretação de Roxane (a clássica do The Police). O artista encantou o público com histórias do gênero brasileiro que é aclamado no exterior nesta que foi a primeira apresentação de seu grupo completo desde o inicio da pandemia. Homenageou Nara Leão entoando Nasci para Bailar. O grupo teceu elogios a Caxias do Sul e concluiu o show com Chega de Saudade, com todos cantando a música que inaugurou a Bossa Nova. Por fim, uma fila imensa se aglomerou para fotografar com os artistas. Entramos na fila também, afinal Menescal é um dos últimos grandes remanescentes vivos da Bossa Nova! 


No último dia, a chuva se intensificou, mas o calor interno foi enorme. A Escola de Danças Oito Tempos acompanhou e abrilhantou o Mamma Doo e o excelente tributo a Billie Holiday. CAMILA TOLEDO (que realizou o Tributo) trouxe clássicos como Gloomy Sunday e Cheek to Cheek,  contextualizou com a biografia de Billie e entoou até a música que Frank Sinatra fez para a artista. O aguardado show de Yamandu Costa lotou a plateia, pais levando seus filhos (destaque para crianças que não estavam presentes nos outros dias do espetáculo) puderam se deliciar com músicas com Santuário, Carinhoso e Serelepe. 


Não se pode deixar de mencionar a organização do espaço, que acomodou a todos de maneira super confortável,  a área gastronômica, a presença da escola de danças que animou o público e abrilhantou mais ainda os espetáculos, a excelente programação. Mesmo com o clima úmido e frio, o Jockey Clube esquentou nesses dias, mostrando que Caxias e região pedem por mais eventos como este. Que venha a segunda edição com fervor do LET'S JAZZ  FESTIVAL!


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069


GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241




segunda-feira, 16 de maio de 2022





Diferentemente do que acontece normalmente, com reuniões-almoço, no último dia 29 de abril, o Restaurante Sica e a CIC promoveram um café da manhã com o astronauta brasileiro Marcos Pontes, ex ministro da Ciência e Tecnologia. 

Em uma sala repleta de jornalistas, empresários e curiosos de modo geral, participamos de uma palestra sobre a vida do astronauta (ele frisou que não existe ex astronauta, como não existe ex médico, ex - qualquer outro profissional!- se é o que nossos estudos e vivências nos deram e trazem - enfim!). Autoridades da região abraçavam-se  (depois de um tempo significativo de pandemia, lembrar da possibilidade de poder chegar perto é importante) a aguardar pelo chegada do ex ministro, que acabou por sofrer do mal de nossa região - o mau tempo não permitiu pousos - logo a palestra se desenrolou on line

Falando de nossa área, a maior parte dos jornalistas - inicialmente em número de sete- fotografaram e a ouvir a palestra sobraram quatro - depois dois, os demais foram-se no início dos trabalhos, só foram tomar café - interessante!

O presidente da CIC apresenta o palestrante dizendo que ele veio a Caxias em 2011. Segundo Loro nossa região respira inovação. 

Diretamente do aeroporto Campo de Marte (SP),  Marcos Pontes iniciou seu discurso denominado "Qualidade na Superação de Desafios", às 09:30 hs (ou seja, com trinta minutos de atraso), discorrendo sobre "Como transformar seus sonhos em realidade".  Fala sua história e nos lembra que "todo sonho começa com educação" (sic) e nos questiona: "quando foi a última vez que você fez coisas pela primeira vez?" (sic). Nos lembra que ele foi o único astronauta que voou com a bandeira de seu país e de um país no Hemisfério Sul (os demais voaram com bandeiras de países em que se naturalizaram). Apresenta os livros que lançou  e que são vendidos em sua Fundação: Astropontes.

História de vida no mínimo interessante!  

 

VERA MARTA REOLON

MTb 16.069


Fotos by@GuiReOli



quinta-feira, 04 de novembro de 2021

Pôr do Sol no SKY Samuara!

 

 

 

O SKY Samuara segue com eventos para bem receber hóspedes e não hospedados no hotel, que serão igualmente acolhidos..

 

Além do AL MARE, oferecem um fim de tarde, aos sábados, para curtir com a família (ou mesmo sozinho, porquê não?). Luzes, música, pallets com almofadas, mesas aconchegantes.

 

A esta oferta de evento nomearam Pôr do Sol.

 

Finais de tarde para "jogar conversa fora", descansar, distrair a cabeça da pressão do dia a dia, com boa música, ao ar livre e sem aglomeração. Neste que fomos tinha até exposição de carros antigos.

 

Uma prova de que não se deve buscar quantidade (nem seguidores de redes - como muitos creem) de frequentadores, mas qualidade de atendimento.

 

 

  

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241

 

VERA MARTA REOLON

MTb 16.069

 

Fotos by@GuiReOli

 

1636041802_25f71a5dbb12d2a57e39eb880d844253.148537.jpeg

domingo, 18 de outubro de 2021

Terça Cult de volta!

 

 

 

Aos poucos as atividades sociais e de trabalho retornam, passado o momento mais crítico da pandemia e com o avanço da vacinação. O evento TERÇA CULT, realizado mensalmente, promovido pelo clube Recreio da Juventude, é exemplo nesse sentido. Seguindo todas as medidas sanitárias, sua reabertura foi marcada, no mês de setembro, pela performance "Freddy Rock Star". Havíamos visto o " show", uma homenagem ao vocalista da banda Queen, Freddy Mercury, no Porto Alegre Em Cena.

 

 

 

Em outubro, o Terça Cult homenageou Elis Regina, através das vozes de Fran Duarte e Tita Sachet, em um show intimista, repleto de clássicos de Tom Jobim, Aldir Blanc, Edu Lobo, Belchior e outros, eternizadas por Elis, talvez a melhor cantora brasileira de todos os tempos (tem outras, mas...). Obviamente que Elis, só Elis, mas o espetáculo foi uma ótima oportunidade de relembrar o repertório intenso e singular da cantora, intercalado por pesquisa histórica sobre as músicas. Mesmo assim e, apesar disso, Elis é, foi e será ÙNICA, inimitável, obviamente (redundante como deve ser)!

 

 

 

  

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241

 

VERA MARTA REOLON

MTb 16.069

 

Fotos by@GuiReOli

 

domingo, 1 de agosto de 2021

Novas Soberanas da FESTA DA UVA são escolhidas

 

 

 

 

Depois de muitos percalços, a próxima edição da Festa da Uva vai tomando forma. O trio da Edição 2019, com isso, teve um reinado de aproximadamente três anos. As candidatas passaram por um pré concurso estendido, com quinze meses de duração. A pandemia desregulou tudo, provocou adaptações. Mas a Comissão Organizadora deu a volta por cima.

 

Finalmente pudemos conhecer o novo trio de soberanas, o pontapé inicial da Festa da Uva 2022. A escolha marcou os Noventa Anos do evento. O novo modelo, devido às contingências sanitárias, com público e torcidas reduzidos, muito mais silencioso do que as escolhas realizadas nos Pavilhões da Festa, aconteceu no UCS Teatro (um revisitar dos inícios da Festa, quando a escolha das soberanas se dava nos clubes em grandes bailes - o que aqui não ocorreu e nem poderia) Todos os cuidados foram tomados: verificação de temperatura, concessão de máscara (para troca durante o evento), distanciamento social. Cabe ressaltar que a imprensa, também por questões de segurança sanitária ficou em ambiente mais isolado e com amplo distanciamento. Algo muito positivo foi que a comunidade pôde acompanhar o evento em suas casas: a Bitcom TV fez uma ótima cobertura.

 

A escolha da Rainha e Princesas da Festa da Uva 2022 começou com um discurso da Presidente da Comissão Organizadora, que destacou a resiliência, a força e o amor das candidatas, a reflexão sobre a vida provocada pela pandemia, e o sentimento de união, de reunião com família, exacerbado nesta edição do concurso. Uma homenagem (um minuto de silêncio) foi a Maria de Lurdes Malmann, mãe da candidata Bruna Malmann, falecida recentemente.

 

O evento realizado no dia 22 de julho, foi a terceira etapa do concurso, precedida de entrevista in dividual com os jurados e uma série de pré concurso: eventos, cursos, palestras e reuniões com historiadores e especialistas (note-se que as candidatas em sua maioria tornam-se embaixatrizes do evento Festa da Uva - logo devem ter preparo técnico para tal representatividade). Foram doze candidatas. E o desfile, etapa final da escolha das soberanas, avaliou beleza, simpatia, comunicação, postura, oratória, passarela, vestido.

 

Aliás, neste último quesito, destacamos o de Bruna Malmann, criação de Rico Braco (falaremos mais dele em outra postagem, em Editoria de Moda), singular e muito peculiar, diferenciado em muitos aspectos das demais.

 

Cada embaixatriz se apresentou, assistiu à mensagem de seu parceiro/ patrocinador, desfilou e expôs o conceito de seu vestido. O trio anterior fez sua despedida, emociante. Por fim, Priscila Zanol (representando a Comunidade de Ana Rech) foi escolhida Rainha; e Bianca Otti (representando o Círculo Saúde) e Bruna Malmann (representando a Martinelli Advogados), as princesas.

 

 

  

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241

 

VERA MARTA REOLON

MTb 16.069

 

Fotos by@GuiReOli

 

1627867789_1d9922738a2d555d787ce4b6b628b922.148537.jpeg

domingo, 1 de março de 2020

PORTO VERÃO ALEGRE 2020: Balanço Geral

 

 

A edição 2020 do Porto Verão Alegre merece destaque da crítica especializada. Diferentemente de outras edições, expandiu os gêneros apresentados: embora o foco ainda seja a comédia, o drama se fez presente. As manifestações artísticas também se diversificaram: performances, danças, stand-up's. O grande filão, no entanto, foi o stand-up que, nesta edição, foi muito contemplado: quase todos os espetáculos apresentados na AMRIGS e no Theatro São Pedro.

 

Um ponto negativo, em anos anteriores era possível assistir a dois espetáculos no mesmo dia. Nesta edição, até mesmo as apresentações da Sala Álvaro Moreyra e do Renascença, em alguns dias, competiam, uma lástima para aqueles que desejam aproveitar e emendar um e outro espetáculo. Quem sabe, uma alternativa seria disponibilizar apresentações às 19 e as 21 horas. Fica para a próxima.

 

Ponto mais que positivo, se é que podemos selecionar apenas um, além é claro, e sempre, a possibilidade de podermos estar curtindo teatro do bom nas férias, para quem fica pela metrópole, é o Festival Tcheckov, que fez uma varredura pelos roteiros do autor o que sempre faz bem à alma do espectador. Também as apresentações de Finocchiaro que nos deu a honra de preparar um espetáculo novo para esta edição, além dos já clássicos, e ótimos, sempre revistos e jamais nos enjoamos em vê-los novamente.

 

Aplausos calorosos para a iniciativa de promover espetáculos nos barcos pelo Guaíba!.

 

 

 

 

 

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241

 

VERA MARTA REOLON

MTb 16.069

 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

A festa da Primeira Colheita

 

 

     É tradição na Europa, festejar a primeira colheita da uva, uma forma de comemorar o sucesso, apesar das intempéries vivenciadas durante o preparo da terra, o cuidado da plantação, enfim, tudo que conduz a colheita de bons grãos e frutos saudáveis. Além de valorizar o trabalho do agricultor, o responsável pelos alimentos que chegam à população, sua fonte energética de vida. Lá a festa é um ambiente familiar, com todos que se envolveram nos processos de produção, o proprietário e seus trabalhadores (em ambiente familiar!).

 

     Por aqui, na serra gaúcha, Nova Roma do Sul se destaca pela festa LA PRIMA VENDEMMIA, a primeira do gênero. Em 2020, está sendo realizada, até o próximo domingo (02.02), a décima quarta edição. Além do pavilhão, com estandes de venda de produtos da cidade e shows, a festa promove quatro tipos de passeios. Pudemos conferir o Encantos da Prima Vendemmia. Conhecemos Gruta Nossa Senhora de Lurdes, uma paisagem de tirar o fôlego e local de devoção (e eventos), tendo em vista a fonte que "não seca e não transborda" (sic), segundo as embaixatrizes da festa que nos acompanharam, considerada milagrosa.

 

 

     Em seguida, a Igreja Nossa Senhora dos Navegantes, com estrutura centenária e bancos ainda preservados. Fomos recebidos por um habitante da região, no distrito de Castro Alves, que rezou em latim e informou que cada um poderia pedir três graças (sendo que uma seria a da saúde). Este senhor, Pelicioli, levou o grupo para uma casa também centenária (o Museu) comprada em Antônio Prado e remontada em Nova Roma do Sul.

 

 

          A casa é um museu vivo, com móveis e objetos antigos, utensílios de ferraria, profissão dos familiares. São muitos aparelhos eletrônicos, ainda a funcionar. Por fim, um lanche substancial com produtos da região: queijo, salame, pão caseiro, geleias, biscoitos caseiros, grostoli, suco de uva, vinho e graspa produzida pela família.

 

 

         Vale a pena conhecer Nova Roma do Sul, cidade com 3500 habitantes, colonizada inicialmente por suecos e poloneses, depois italianos, conhecida por seus locais dedicados aos esportes radicais, de aventura. São 1.050 hectares de videiras (mas não só, há também milho, azeitonas e agora até lúpulo - para produção de cervejas artesanais), que produzem até 30.000 toneladas de uvas por ano. Fato pitoresco também é, para quem deseja ir por Nova Pádua, além de 5 km de estrada de chão para chegar ao Rio das Antas (mais 5 km, depois, para chegar a cidade) é a travessia de balsa e a represa da Usina Hidrelétrica da região, chamada de Castro Alves.

 

 

   O ambiente, como na Europa, é familiar e festivo!!

 

 

 

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241

 

VERA MARTA REOLON

MTb 16.069

1580143737_63c85d8fea3a65f4a0888e30607c53a7.148537.jpeg

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

ESPORTE QUE TRANSFORMA

   Dezoito mil pessoas: poderia ser o contingente populacional de uma cidade de nossa região, mas este é o número de associados do Recreio da Juventude. O clube premiou, na noite de quinta-feira (11), em sua sede social, os Destaques Esportivos 2019, evento conduzido pelo casal presidente e pelo casal vice-presidente de esportes da Diretoria Executiva. A premiação teve o apoio da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer. Após a execução de um vídeo institucional que substancializou em lindas imagens o clube em suas múltiplas facetas - o convívio, a amizade, o descanso, o lazer, a celebração - , uma apresentação de dança deu início à premiação (também a encerrando) em uma exibição de hip-hop que contagiou a platéia, com luzes e camisetas coloridas que brilhavam no escuro.

 

A persistência e  a perseverança dos atletas foram destacadas, transfiguradas em superação e humildade, ainda que com orgulho das metas atingidas e extrapoladas. Muitos foram os destaques: grupo de corrida, basquete, futebol, futsal, ginástica artística, handebol, judô, natação, padel, tênis e voleibol. Destaque especial para a atleta do voleibol que  foi convocada para a Seleção Brasileira, campeã de diversas competições nacionais e internacionais.

 

O Recreio da Juventude está envolvido em diversos projetos esportivos em parceria com o CBC (Comitê Brasileiro de Clubes). Isso repercute em projeção em competições de diversos cunhos, atletas e treinadores convocados para seleções estaduais e brasileiras, equipamentos de ponta, inclusive tecnologia única na América Latina em sua academia, reformada em 2019. No próximo ano, 2,7 milhões de reais, arrecadados via edital do CBC, serão investidos no clube. Empresas e pessoas físicas também contribuem com doações através de leis de incentivo ao esporte.

 

Em seu discurso de despedida do cargo de vice-presidente de esportes, Paulo Henrique Marchioro, emocionado, lembrou que 6 mil associados são atendidos pelo esporte, e que o Recreio da Juventude figura hoje, nacionalmente, como um dos principais clubes brasileiros na formação de atletas. Marchioro, que recentemente foi eleito, junto a sua esposa Paula, como novo casal presidente da diretoria executiva, agradeceu o trabalho dos assessores de departamento e o apoio de todos (técnicos, atletas, funcionários) durante os quatro anos em que esteve a frente dos esportes, em uma gestão de sucesso. O mais importante: fica claro, estampado nos rostos e corpos dos atletas, e consequente qualidade de vida, saúde física e mental, que o esporte transforma em muitos aspectos. O evento foi coroado com primoroso coquetel, que seguiu tendência atual de servir prato quente em pequena embalagem, uma delícia!!!. 

 

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241

 

VERA MARTA REOLON

MTb 16.069

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

CAXIAS DA UVA, DO VINHO E..... DAS CERVEJAS!!!!!

   

Diferentemente do Concurso dos Melhores Vinhos, realizado em um  ambiente mais  "colonial", onde servem jantar "a moda" italiana, o Primeiro Concurso das Melhores Cervejas de Caxias do Sul aconteceu em uma  cervejaria, a UFF, um lugar extremamente agradável e descontraído, iluminado pelo sol da tarde, com "bangalôs" indicativos de cada cervejaria participante, cerveja e chopp para servir a quem os quisesse degustar, embalado pelo blues e country, folk. A "marca" registrada : as camisetas pretas. 

 

São onze participantes do concurso, 53 rótulos avaliados. Caxias é a terceira maior produtora de cervejas artesanais do país (merece distinção, não é mesmo???).  O concurso seguiu as regras do BJCG (Beer Judge Certification Program), quinze foram os juízes daqui e de fora da cidade, mais quatro auxiliares. Premiados foram:

 

Categoria Lagers Internacionais e Americanas:

Ouro - UFF

Bronze - Imaculada

 

 

Categoria American IPA e Specialty IPA:

Ouro - Imaculada

Bronze - La Birra

 

Categoria Wheat Beers:

Ouro - Felsen

Prata - Ordeo

Bronze - Raines

 

Categoria Pale Ales e IPAs:

Ouro - Salvador

Prata - Landsberg

Bronze - Ordeo

 

Categoria Brown e Ambe Ale:

Ouro - Salvador

Prata - Imaculada

 

Categoria Best of Show:

Ouro - Imaculada

Prata - Salvador 

Bronze - Felsen

 

Melhor Cervejaria: IMACULADA

 

 

Tatuagens, barbas, blues, outros "jeitos", outros estilos, outras "gentes"???. Essas "gentes" são do tipo que marca início do evento para as 15 horas e, vai começar mesmo as 17 horas (das 15 horas até as 17 horas fica-se "esquentando" bebendo cerveja, claro !!!). Os representantes da prefeitura chegam às 16 horas (será que é por isso que atrasa?), outros mais tarde, (mas precisam "degustar" antes do início dos trabalhos). E quem é pontual?????. Leva!!!!!

 

E a prefeitura e a não reserva para o evento (o primeiro) no local programado inicialmente?? Quantas falhas , hem????. Não dos organizadores (os fabricantes de cervejas) - esses foram perfeitos - até mesmo pelas " comidinhas" e os copos especiais - UM LUXO!!!!!.

 

P.S.: Foi também lançado no evento o Circuito das Cervejarias - disponível no site Guia de Caxias.

 

Fotos by@GuiReOli

 

 

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241

 

VERA MARTA REOLON

 

MTb 16.069

1575911212_63c85d8fea3a65f4a0888e30607c53a7.148537.jpeg

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

SENTIDO DA VIDA COMO HARMONIA

  

Excelente a última conferência do Fronteiras do Pensamento, proferida pelo ex-ministro da educação da França (governo de Jacques Chirac), Luc Ferry, no último dia 11/11/2019. Ferry foi o conferencista mais didático da temporada 2019, assim como o que melhor atingiu o objetivo de explanar sobre o sentido da vida, tema daquela. Ferry não se ateve apenas ao entendimento a partir de vivência pessoal, mas através de um panorama das correntes filosóficas que pensaram esse tema.

 

 

 

 Sempre o pensando como sinônimo de harmonia, foram quatro as grandes respostas ao sentido da vida. A primeira, modelo à filosofia grega, com a Odisséia de Homero (8 a.C.) como base, pensou a harmonia de si com o universo. A segunda, a das grandes religiões, especialmente o cristianismo, pensou a vida boa como harmonia de si com os mandamentos divinos e a consequente salvação. A terceira, do humanismo, filosofia do iluminismo (século XVIII), a harmonia de si com a humanidade. A quarta, de Schopenhauer e Niezsche, que reverberou depois com Marx, Freud e Heidegger, rompe com os ídolos da metafísica e da religião, entende os princípios transcendentais como ilusões, e coloca o cuidado de si, a preocupação consigo e o cuidado com a felicidade no centro. 

 

 

 

          Ferry é adepto de uma quinta resposta, a que p´rovém, segundo ele, da R evolução do Amor (o casamento por amor) e da longevidade (a luta contra o envelhecimento). Tal resposta repercute num trans-humanismo, que alarga os horizontes do homem, pois o torna melhor (?), mais longevo e pensa a cultura (não a natureza) como um modelo moral. Por fim, o filósofo colocou que educação é um tripé: amor (para ser resiliente), lei (para não ser bárbaro) e saber (contato com as grandes obras). E nunca negociação: "nunca negocie com as crianças, não é um sindicato"(sic).

 

 

 

O melhor de tudo, o filósofo nada leu, apresentou-se sem amarras escritas, só diálogo!

 

 

 

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241

 VERA MARTA REOLON
MTb 16.069

 

 

 

 

domingo, 10 de novembro de 2019

CAXIAS DA CERVEJA!

 

Caxias do Sul é multifacetada. Houve tempo que comentava-se, "por aqui se fabrica de tudo" (sic). Caxias não é só do vinho. Hoje figura como a terceira cidade com maior número de produtores de cervejas, algo extremamente relevante.

 

Para valorizar o que é daqui, foi lançado na noite desta quinta (07), o primeiro concurso das melhores cervejas de Caxias do Sul, que surge nos moldes do concurso dos melhores vinhos, já comentado por nós.

 

 

Iniciativas como essa, uma parceria da prefeitura com a Associação dos Produtores de Cervejas da Serra Gaúcha, só podem ser elogiadas. Agora é esperar pela entrega da premiação, após o efetivo concurso e avaliação das amostras, que acontece dia 07 de dezembro. Cabe o destaque para a organização do evento de lançamento do concurso: ao mesmo tempo descontraída e elegante. Alto nível.

 


GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241

VERA MARTA REOLON
MTb 16.069

 

 

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

FRONTEIRAS: Sentido da Vida - Ter leveza sem ser Leviano!

     

 

   No penúltimo Fronteiras do ano, abordando os sentidos da vida para diferentes personagens da vida cotidiana, ouvimos Contardo Caligaris, não propriamente falando de seu trabalho, como os demais, mas trazendo, segundo ele mesmo, o que seria o sentido da vida dele. 

Começa contando da vida de seu pai, do resgate que tem feito na Itália e na Europa como um todo da luta de seu pai, inicialmente contra o fascismo, durante a Segunda Guerra Mundial, depois contra um câncer que o abateu ao final de sua vida de médico e prefeito de uma cidadezinha na Itália, depois da Guerra. Lutou bravamente como resistente italiano, depois na reconstrução da cidade, tornando-se o primeiro prefeito depois da luta armada.

Contardo parte de leituras de Kierkegaard, dos estilos de vida do autor. E aí, segundo penso e minhas leituras sobre Kierkegaard, equivocou-se. Propõe ele viver um estilo de vida, escolhido, estético.

Diz que somos uma cultura distraída, desatenta (cita o mal do século- o celular), logo apostamos no hedonismo. Critica a leitura que fazemos do hedonismo e diz que o hedonismo pede um trabalho cultural, oposto à preguiça, precisa de atenção. Traz a profissão de psicanalista para dizer que pensamos que "tudo que não é permitido, é proibido", e não é bem assim. Devemos julgar uma vida por ela mesma, não por uma transcendência, por algo fora dela. Para Contardo a boçalidade (presente em muitos que se mostram no social) é reprimir no outro aquilo que me apavora.

Propõe ele que o valor de algo seja medido por como aquilo poderia nos fazer perder a vida. E daí conclui que devemos ter leveza sem sermos levianos!.

Bem, concordo com quase tudo que ele diz, embora não tenha nada a ver com sua vida e com a forma como a conduz, logicamente. Discordo porém quando de suas citações sobre Kierkegaard, pois aquele, em seu livro Ética & Estética, dá dicas valiosas sobre suas propostas em escolher estilo de viver. Diz Kierkegaard que a escolha é uma obrigação, mas propõe que a escolha estética é, usando palavra trazida por Contardo boçalidade. Deveríamos, para Kierkegaard escolher estilo de vida ético, mas, em sua leitura, propõe que este estilo de vida ético, escolhido, inclui o estético, a leveza, o valor da vida, a fuga da boçalidade, o cuidado com os princípios.

Então, como todo pensador, e mesmo Hanna Arendt diz que Sócrates fazia o dois em um antes da ética, Kant tinha a ética, antes do imperativo, Kierkegaard não poderia propor que algo não fosse ético, mesmo com leveza, logo:

DEVEMOS TER LEVEZA, SEM SERMOS LEVIANOS! (como não poderia deixar de ser!).


GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241

VERA MARTA REOLON
MTb 16.069

 

 

Sexta-feira, 27 de setembro de 2019

O Corpo no POA em Cena: Um balanço do Festival

 

A 26ª edição do POA em Cena chega com uma temática que pode parecer esquecida ou ignorada: o corpo em cena. Mas não: hoje, sabe-se, privilegia-se a presença e não o sentido, especialmente nas artes cênicas. O Festival continua  forte, não se abala com a crise tão propagada:inúmeros são os espetáculos, num importante equilíbrio entre peças internacionais, nacionais e locais. Integram também a programação as "sessões malditas", os workshops e residências, as sessões de autógrafos. Nessa edição, é importante mencionar que teatro, dança, circo e performance também estão em equilíbrio: todos são abarcados, assim como a mescla entre contemporaneidade e tradição (Shakespeare volta a cena, inclusive em versão de Macbeth para crianças).

 

 

Cabe o destaque para três espetáculos, dois deles concorrentes ao prêmio Brasken em cena: Meierhold (Da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz), Ainda Que  Seja Noite (da Silvia C anarin Flamenco e Contemporaneidade) e Outros do Grupo Galpão.

 

 

Meierhold coloca em cena o célebre - porém também  desconhecido - ator, diretor e teórico russo homônimo. Está ali o próprio, seus pensamentos, suas angústias, o contexto de época bem construído. O cenário contribui para essa contextualização. E a atriz que aparece, e desaparece, em diálogo com o protagonista (aparentando seus pensamentos na prisão), ora representa uma alteridade, ora um pensamento, um imaginário de Meierhold. Embora fragmentada,a peça traz a tona as incongruências pós revolução russa - especialmente as perseguições de Stalin àqueles que possibilitaram, por meio da arte, a revolução.

 

 

Ainda Que Seja Noite foi um espetáculo de dança que trouxe novos movimentos ao flamenco. Numa manobra contemporânea, mesclou o tradicional - o sapateado, as danças das mãos, os giros -  com passos que remetiam até mesmo às danças de rua e orientais. O espetáculo destacou o canto flamenco e, numa sutileza sem igual, e com auxílio de uma iluminação sensível, as quatro bailarinas tornaram sublime o aspecto forte da dança catalã.

 

 

Outros, por sua vez, foi quase uma continuação de Nós, apresentada em 2016 no POA em Cena. Assistimos a Outros, no Teatro Pedro Parenti, em Caxias do Sul (numa turnê do Grupo, iniciando na Região Sul) . Como em Nós, o G rupo Galpão é de uma singularidade  icônica. Um roteiro primoroso, que reverbera o nonsense em sua plenitude, já que não se trata de ausência de sentido, mas de uma potencialidade deste, grau zero de sentido. As frases inacabadas, a repetição de outras em meio a fragmentos que vão e vem ( como a atriz repetindo à exaustão "Eu digo NÃO,...", importante para todos os débeis que não entendem um NÂO e insistem!). As relações impossíveis, o diálogo que não acontece, o narcisismo verbal. O "Não" que não é ouvido, a intolerância, preconceitos, os instintos que afloram no caos cotidiano, as determinações sociais. Interpretação excelente e expressividade corporal dos atores elevam o espetáculo a um nível cênico pouco alcançado. Imperdível!!!.

 

 

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069

 

 

domingo, 8 de setembro de 2019

APRESENTADA A PROGRAMAÇÃO DOS FESTEJOS FARROUPILHAS

 

A 25ª Região Tradicionalista deu início, na última sexta (06), aos Festejos Farroupilhas de 2019. A extensa programação , que se estenderá de 13 a 22 de setembro, nos Pavilhões da Festa da Uva, além de comemorar a Revolução Farroupilha, o que tem seu ápice no Desfile (dia 20), objetiva ser uma festa para os gaúchos, não só para o tradicionalismo, cujo germe fora a Ronda Gaúcha.

 

 

O tema escolhido pela  25ª RT foi "Paixão Cortês: Vida e Obra", homenageando aquele que foi o idealizador e um dos fundadores do MTG, agrônomo, pesquisador, folclorista, e que serviu de modelo para a icônica escultura "O Laçador", projetada e realizada em São Paulo, depois repatriada para o Rio Grande do Sul, onde se torna símbolo da cultura do estado.

 

 

Cabe ressaltar que a programação dos Festejos Farroupilhas  foi apresentada após a chegada da chama crioula, trazida pelos cavalarianos, desde Tenente Portela, mas guardada pelas mulheres, as grandes homenageadas deste ano - um aceno às pautas políticas contemporâneas. Ressalte-se que, inicialmente, a chama crioula surge do apagamento da chama da Independência (quando esta se apaga em 07 de setembro encerrando a Semana da Pátria, uma centelha foi retirada para permanecer até o 20 de setembro, que comemora a Revolução Farroupilha). Espanta que a tradição de manter a chama acesa na Semana da Pátria, guardada pelo Exército Brasileiro já não acontece. Por quê será??.

 

 

Muitos serão os shows, todos gratuitos, durante os festejos. Entre os dias 13 e 20, a entrada nos Pavilhões será franca, sugerindo-se a doação de 1 kg de alimento (doados ao Banco de Alimentos da cidade). Nos dias 21 e 22 será cobrado R$ 10,00.

 

 

A novidade deste ano será a Noite Gospel Gaúcha (16), e a programação campeira será tão grande quanto a artística.

 

 

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069

 

 

Domingo, 08 de setembro de 2019

ASTRONOMIA PÕE EM XEQUE O SENTIDO DA VIDA

 

A última  conferência do Fronteiras do Pensamento, ocorrida segunda (02) em Porto Alegre, ressaltou ainda mais nossas inquietações relativas às pesquisas astronômicas. Mais ainda se levarmos em conta o duplo significado de "astronômico", tendo em vista os gastos na área.

 

 

A física Janna Levin, autora de A Música do Universo, explanou principalmente sobre o LIGO, um projeto que congrega 800 pessoas , de 100 países, dedicado a escutar buracos negros. Isso mesmo!.  O mais surpreendente: LIGO demorou 42 anos para captar o som da colisão de dois buracos negros - permaneceu, durante esse tempo, escutando o silêncio. Milhões, bilhões foram gastos neste tempo (quer seja para montar o observatório, quer seja para manter  os cientistas e equipamentos).

 

 

 

Isso tudo põe em xeque o sentido da vida (tema do Fronteiras deste ano), não só do ponto de vista de Levin (nosso pequenez diante da imensidão do universo), mas de outro, ainda mais relevante, tendo em vista a  fome e as doenças que assolam grande parte da humanidade, recessão econômica e a vertiginosa desigualdade social: o dinheiro gasto nas pesquisas de astronomia. 

 

 

 

Não somos ignorantes, sabemos da importância destas, mas, cada vez mais, os cientistas precisarão explicar o que fazem (e quais os objetivos de seu fazer - sem esquecermos que este explicar deve ser de forma a que todos entendam- mesmo os mais simples que sofrem com a falta cada vez maior de verbas, inclusive para sua subsistência) para que o uso do dinheiro seja avaliado por todos. 

 

 

 

 

 

 

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069

 

 

 

 

Domingo, 08 de setembro de 2019

CONCURSO DOS MELHORES VINHOS DE CAXIAS PROGRIDE EM MUITOS ASPECTOS

 

Foi realizada na noite de sábado (31) a entrega das premiações do XXII Concurso dos Melhores Vinhos de Caxias do Sul. Diferentemente das edições anteriores que aconteciam nos Pavilhões da Festa da Uva, a Prefeitura (na figura pública da Secretaria de Agricultura) optou - de forma acertada no nosso entendimento - por levar o evento para Conceição da Linha Feijó, aproximando-o da comunidade.

 

 

O concurso que envolveu 34 vinícolas inscritas, apresentou redução no número de participantes, se levarmos em conta os dados da X edição,  ocorrida em 2007: foram 71 vinícolas naquela ocasião. Isso reflete um pouco o momento econômico: houve fechamento de cantinas, aglutinamento de outras. Por outro lado, a qualidade dos vinhos parece progredir, o que transfigura nas premiações:  a grande maioria recebeu troféu ouro. Essa foi a opinião - também em entrevistas realizadas por nós no evento - dos enólogos e degustadores que analisaram as amostras. Segundo Gladimir Zanella, um dos degustadores, a competição propicia melhorias significativas na qualidade. Cabe lembrar que a análise sensorial dos vinhos, identificados apenas por números, avalia visual (limpidez e aspecto), aroma (intensidade, nitidez e qualidade) e paladar (intensidade, nitidez, qualidade e persistência).

 

 

 

O destaque do evento foi, talvez, a menção que a Secretária Municipal de Agricultura fez à questão da identidade de nossa cidade, alinhada à uva e ao vinho, e à necessária valorização da vitivinicultura para outros fins. Um aceno contrário à equivocada política da Secretária de Turismo, presente na solenidade, que passou Caxias para a Região das Hortências (fato criticado pelos presentes ao evento a "boca pequena e grande"), no mapa do turismo brasileiro. Como "gozação", nos parece, a organização do Concurso colocou nas mesas, águas de Canela, de marca cujo nome é significativo: Hortência. É hora da Prefeitura voltar-se a esse importante potencial de turismo que são nossas vinícolas - e não se voltar ainda mais contra.

 

 

 

Apesar de tudo, a solenidade melhorou muito em comparação à edição de 2018: a premiação sucinta, o jantar bem elaborado e gostoso, a aproximação com a comunidade, que reverberou, no fim, em baile que agradou a todos, transformando o concurso numa verdadeira Ode ao Vinho e a Baco!!

 

 

 

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241

 

 

 

VERA MARTA REOLON

MTb 16.069

 

 

 

 

Foto by@GuiReOli

 

 

 

  

 

1570063702_63c85d8fea3a65f4a0888e30607c53a7.148537.jpeg

Domingo, 25 de agosto de 2019

TURMA DA MÕNICA, HEBE CAMARGO e muito mais no Festival de Cinema de Gramado

 

Deparar-se com um ator famoso pode até acontecer em um Festival de Cinema. No de Gramado não seria diferente. Mas a sensação de encontrar com alguém como Maurício de Souza é diferente. Tietado pelos jornalistas, o criador da Turma da Mônica, foi aclamado por ser  responsável até mesmo pela alfabetização de muitos. Simpático e humilde (sem ser diminuto) respondeu a todas as questões, adiantando projetos (expansão na Ásia - com o Japão já fecharam negócios e logo vem a China), revelando próximas realizações ( como o Parque Temático que será inaugurado no próximo ano em Gramado) e falando de seu dia-a-dia (vai todas as tardes à empresa, acompanhado de Bidu e Maria da Penha, seus dois mascotes, paparicados pela equipe - pensam até de fazer revistinhas de pets -´próximas publicações). Surpresa foi ser apresentado (pelo não menos "famoso" neto de Maurício, filho de Mõnica) ao mundo da Turma da Mônica Toy (no YouTube). Uma graça, extremamente divertidos!.

 

 

Maurício veio a Gramado para muitas atividades: participou do lançamento do filme Turma da Mônica - Laços (na presença de inúmeras crianças que o ovacionaram,  com os atores mirins), inaugurou a pedra fundamental do futuro Parque Temático e recebeu o Kikito Cidade de Gramado, um dos prêmios especiais do Festival. Participou, ainda, da Coletiva de Imprensa no Museu do Festival de Cinema de Gramado, parada obrigatória aos amantes da Sétima Arte (que serviu aos jornalistas e convidados presentes  na coletiva um coquetel de fazer inveja a muitos, com tudo o que Gramado tem de bom em alimentação e cordialidade). Importante dimensionar a singularidade de Laços, um filme não só para crianças, que alia humor, aventura, suspense e romance, em perfeito equilíbrio e sem excessos, trazendo uma importante mensagem  de amizade, companheirismo, altruísmo e valorização das diferenças.

 

 

No mesmo dia, o destaque foi também para a estréia do filme Hebe - A Estrela do Brasil, que lançou luz sobre a biografia da apresentadora de TV Hebe Camargo, papel protagonizado por Andréa Beltrão, em excelente performance. Filme que inclusive emocionou alguns espectadores.

 

 

 Destaque maior, talvez, seja para o próprio Festival, sua impecável organização e extensa programação, tendo em vista, até, que oferece inúmeras exibições gratuitas de filmes inéditos.

 

 

A cidade, mais do que tudo, respira nestes dias  cultura, algo que tanto almejamos e que estamos tão em falta de incentivo!!!.

 

 

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069

 

Fotos by@GuiReOli

 

 

1570063904_63c85d8fea3a65f4a0888e30607c53a7.148537.jpeg

Domingo, 25 de agosto de 2019

FRONTEIRAS DO PENSAMENTO: Denis Mukwege

"SE EXISTE UMA GUERRA A SER TRAVADA, É A GUERRA CONTRA A INDIFERENÇA QUE CORRÓI AS NOSSAS SOCIEDADES".

 

 

Com esta frase aí em cima os divulgadores do Fronteiras do Pensamento apresentaram o médico ginecologista  congolês, no último dia 19 de agosto, no Salão de Atos da UFRGS.

 

 

O médico foi um dos palestrantes convidados do Fronteiras que, neste ano, aborda o tema Sentidos da Vida.

 

 

Que sentido há em uma vida desperdiçada em uma sociedade que mata para "minerar" um minério específico para fabricação de smartphones?. 

 

 

Mas, pior (se é que pode haver pior em casos semelhantes), estupram e mutilam mulheres. Elas são tratadas como objetos absolutamente descartáveis em uma sociedade ávida por "evolução" tecnológica. De que evolução se pode falar aqui??.

 

 

Denis foi  condecorado com o Prêmio Nobel da Paz  em 2018, pelo seu trabalho na República Democrática do Congo. Realiza ainda hoje 18 cirurgias/dia em mulheres violadas pela guerra, no Congo. Por incrível que possa parecer, não é guerra tribal, nem territorial, nem mesmo religiosa, mas uma guerra pela exploração de minério para fabricação de smartphones (não deveriam nem ser fabricados, nem mesmo consumidos, sob  tais situações e condições!) . Os smatphones, nas terras de cá, são o símbolo da evolução tecnológica, do que todos chamam de abertura para a globalização, para o sem fronteiras, mas, lá, no Congo, trazem a destruição e a involução mais brutal, o retorno  ao primitivo, ao mais arcaico do "homem" que, em 2019, já deveria ter sido banido da terra. 

 

 

Que sentido há numa vida desperdiçada desta forma, apenas para obter recursos financeiros, que nem devem ser de grande monta,  já que os que ganham mesmo nisso escondem-se atrás das paredes (e, não raramente, sabem bem como os congoleses agem!).

 

 

Nesta "guerra", então comercial, os "interessados" no dinheiro violam mulheres e crianças, lhes roubam a vida, a privacidade, o corpo, as mutilam.

 

 

Denis trabalha em um hospital, com a segurança da ONU (já foi ameaçado e sua família) a protegê-lo e a esposa (as filhas moram fora do país, por segurança), protegendo e atendendo (com sua equipe) mulheres em sua saúde física e psicológica, prestando assistência econômica e social, buscando resiliência (sem medo) e, assim, evitando-lhes o suicídio (que geralmente acontece nestes casos).

 

 

 Denis, desde 2013, mora no hospital em que trabalha no Congo. Diz ele: "A violência sexual é uma questão que abarca toda a humanidade" (sic).  Concordo totalmente com ele, pois a sexualidade de cada um é uma questão absoluta e completamente da ordem do privado. Nossas sociedades têm insistido em  confundir público e privado e isso tem-nos levado aos maiores casos de barbárie já vivenciados. Nem nos tempos realmente bárbaros não acontecia tantos absurdos como os que temos vivido. E o pior, temos vivenciado as maiores "máscaras" sociais assim disfarçadas de "politicamente correto". 

 

 

Vivências privadas são o que há de mais importante para um ser. O que dizer de anti-seres que as violam? Violar por dinheiro, poder, ainda pior!!!!

 

 

No momento em que #MeToo tem visibilidade, porque essas mulheres são violadas nesta quantidade exacerbada e violadas em função de ganhos com mineração, para celulares. Por quê não têm tanta divulgação de tais acontecimentos no mundo? Por quê será????

 

 

Por quê o médico que as atende é perseguido? Por quê precisa de proteção para realizar seu trabalho humanitário? O que falta de humanidade???

 

 

Diz Denis que a população mundial deveria exigir a divulgação de relatório da ONU, para  criminalizar os responsáveis!!!!!!

 

 

Denis relaciona mulheres com cuidado aos filhos, alento e esperança. Diz que tais seres devem ser protegidos para que a humanidade possa crer em futuro, em dias de amanhã.

 

 

Crimes de guerra, crimes de ódio NÃO PRESCREVEM. TORTURA NÃO PRESCREVE. Tais  crimes se dão contra a humanidade e, como tais, devem e precisam de responsabilização, de criminalização. De Justiça e Reparação, sob pena de perdermos o pouco que nos resta, que nos identifica. Não há paz durável sem  JUSTIÇA!.

 

 

Não se sacrifica a Justiça por nada, nem mesmo por fragmentos de Paz, paz mascarada!!!

 

 

SER  MULHER É SER RESPEITADA COMO TAL!. Devemos valorizar as mulheres contra o patriarcado e pela igualdade de gêneros!. Assim podemos ainda pensar em uma verdadeira sociedade, onde o respeito e a dignidade estão acima de tudo, onde a justiça ainda pode ser considerada como um bem maior e a ética um bem precioso e cultivado.

 

 

VERA MARTA REOLON

MTb 16.069

 

 

terça-feira, 30 de julho de 2019

CONVITE

1570064180_63c85d8fea3a65f4a0888e30607c53a7.148537.jpeg

sábado, 6 de julho de 2019

Desejo de Beleza e Sagrado é o que nos diferencia

 

O filósofo inglês Roger Scruton se apresentou no Fronteiras do Pensamento na última segunda (01). Conservador, o pensador questionou o próprio questionar O Sentido da Vida: afinal, quando explica do sentido o faz a partir de si, e cada qual terá o seu sentido de vida. 

 

 

De qualquer forma, para Scruton, o humano só acontece na relação com o outro, e tal relação se edifica quando há busca pela beleza e pelo sagrado. (Aqui cabe uma questão: o sagrado já não contém a beleza em si?).  Exemplificou com o caso de Veneza: a cidade se embeleza em todos os cantos - torna tudo mais belo não para si, mas para o outro, para tornar a vida mais vida. Contrapôs Veneza às metrópoles contemporâneas, formadas por arquiteturas de vidro, concreto e aço. Cabe uma constatação verificada por turistas que vão a Veneza: O  cheiro insuportável nas ruas devido a invasão das águas, há belo aí?, se há, de que belo falamos?.

 

 

E problematizou a realidade contemporânea, cujas relações (?), mediadas pelo celular, se assemelham a um espelho. Isso apresenta como consequência a despersonalização. Por isso, para ele, o desejo de beleza e de sagrado como saída: tornar sujeito o objeto. Excelente lição para uma realidade crua, dura e violenta.  

 

 

 

 

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241

 

 

VERA MARTA REOLON

MTb 16.069

 

 

Domingo, 23 de junho de 2019

ESCRITOR LIGA O QUESTIONAR AO SENTIDO DA VIDA

 

O escritor norte-americano Paul Auster respondeu a uma série de questões no último Fronteiras do Pensamento, dia 17 último. Diferentemente de outras edições, por motivos pessoais, o conferencista não esteve presente, mas falou por video-conferência. A organização assim, privilegiou  o formato pergunta-resposta.

 

 

O escritor, ao ser questionado sobre o sentido da vida- tema das conferências de 2019- afirmou que este está ligado ao perguntar, ao fazer questões às experiências. Falou de suas próprias experiências, fonte para seus romances, e do ofício de escritor - trabalha oito horas por dia, considerando ótimo quando produz duas páginas razoáveis.

 

 

Falou bastante também do mundo digital, das redes sociais. Não tem celular, sequer e-mail. E fica impressionado com casais - ainda mais em Paris, por exemplo, a cidade do "amor" - que, ao invés de namorarem, apenas mexem seus celulares. A pergunta que fez, nesse sentido, é icônica: "o que fascina tanto neste retângulo? " (sic). Interessante observar que, a entrevista em video-conferência, Porto Alegre - Brooklin, caiu diversas vezes, o que fez com que muitos saíssem da conferência antecipadamente.



GUILHERME REOLON  DE OLIVEIRA

MTb 15.241

 

 

domingo, 19 de maio de 2019

PALCO GIRATÓRIO!

 

Tempos contemporâneos (para não dizer modernos e plagiar Chaplin!).

 

 

Boas ideias e excelentes atores não são garantias por si só de bom espetáculo se o roteiro, o roteirista não consegue colocar as ideias no papel. É o caso de GPS Gaza - a ideia é ótima, atual, em tempos de discussões sobre embaixadas a trocar de lugar e direitos de cá e de lá.

 

 

A atriz Finocchiaro, sempre ótima em transposições de ironia fina, sátira e mesmo drama - assunto e atriz não seguram espetáculo que faz misturas com gravações (ali também poderiam ter aberto para mais colocações e deixaram a desejar!) e notícias e... de tudo um pouco sobra...quase nada.

 

 

Uma pena, um desperdício de ideias e representação...infelizmente pois adoro a atriz (vou em tudo que ela fizer - mesmo assim!) e mesmo o assunto!

 

 


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069

 

 

Terça-feira, 14 de maio de 2019

Projeto DIVAS decai na excelência

 

Já participamos de três edições do Projeto DIVAS, no Recreio da Juventude. As duas edições do ano passado, como já comentamos, foram excelentes e, uma em comparação à outra, subiram em nossa avaliação. Sabe-se que o projeto contempla gastronomia, um show ao vivo e uma festa com D.J.. Ambas as edições ficaram sob a responsabilidade gastronômica do Aristos: na primeira, foram servidos dois pratos quentes (além de entrada de canapés e caldo de feijão, salada e sobremesa); na segunda, três pratos (além de canapés, salada, sobremesa e, na madrugada, durante a festa um mini X.Os shows condiziam com o divulgado, atentando-se aos artistas homenageados e com performance de três cantores intérpretes. 

 

 

Nesta última edição, ocorrida no sábado (11.05), tudo decaiu em qualidade. O serviço esteve a cargo do Nostra Cuccina, cujo cardápio foi inferior ao do Aristos: na elaboração/composição, no tempo de servir (muita demora entre um prato e outro) e na temperatura dos alimentos (servidos frios - quando a proposta era que seriam pratos quentes). Os canapés , servidos no ano passado a medida que os convidados iam chegando, nesta edição foram servidos minutos antes da salada (entrada). Reduziu-se de três para dois pratos quentes. O show não remeteu aos artistas homenageados: Tina Turner, Aretha Franklin,  Bruno Mars e Michael Jackson. Este último sequer teve uma canção entoada na voz de dois (e não mais três) intérpretes. Pouco (uma música de cada) se ouviu dos demais. 

 

 

O que houve?


Guilherme Reolon de Oliveira

MTb 15.241

 

 

Segunda-feira, 01 de outubro de 2018

Balanço Geral Porto Alegre em Cena 2018

     O último Porto Alegre em Cena trouxe um número consideravelmente menor de espetáculos – não apenas internacionais, mesmo de locais. Ampliou, entretanto, o número de atividades paralelas (palestras, festas, oficinas). Consequência da crise financeira? Talvez. Mas o festival não é para o público? Parece estar sendo mais para atores... Isso tudo poderia ser oferecido o ano inteiro. O festival visaria formar plateia, com valores subsidiados. Dada a variedade mais restrita das apresentações, que podemos dizer delas?

 

 

40 mil Kms

  A companhia chilena apresentou um teatro-documentário, e aquela sensação de estranhamento (“é ficção ou realidade?”) se fez presente. Houve uma conversa com o público, parecíamos estar no grupo de imigrantes retratados. Importantes reflexões destacaram a peça. Mas a linguagem teatral foi simplória, com poucos recursos cênicos.

 

 

A Bergman Affair

Muito bom o espetáculo francês: bem equilibrado e dosado. Com interpretação coesa e de acordo com o teor textual do roteiro, souberam utilizar elementos cênicos que, embora simples, foram suficientes para uma apresentação com dramaticidade inspirada em Bergman.

 

 

A tragédia e comédia latino-americana

Uma reunião de textos de autores latino-americanos pouco ou nada conhecidos foi o mote para um espetáculo crítico (inclusive no sentido da Teoria Crítica), proporcionando uma dialética entre tragédia e comédia das mazelas de colonizados e explorados. Interpretação impecável para questões urgentes em quase quatro horas de espetáculo, pouco cansativas.

 

 

Grande Sertão: Veredas

Soluções interpretativas interessantes para uma possível leitura da obra homônima de Guimarães Rosa. Mas e a linguagem que a singulariza? Perdeu-se o principal.

 

 

Preto

Fragmentos sem-sentido. Embora com boa interpretação, faltou coesão e coerência textual. Ausência de cenário e elementos cênicos.

 

 

Caverna

Jogo de “espelhos” em uma coreografia que ia-e-vinha: reprise porém inversa, a tornou interessante, porém previsível, o que é um equívoco grave em dança.  

 

 

Guilherme Reolon de Oliveira – Mtb 15.241

Vera Marta Reolon – Mtb 16.069

 

 

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Balanço Geral Caxias em Cena 2018

Aconteceu o Caxias em Cena de 09 a 25 de agosto. São 20 anos de um festival que, singularmente, traz para a cidade uma diversidade de linguagens cênicas – talvez esse seja seu maior trunfo. No Caxias em Cena não há variedade de espetáculos num mesmo dia – o que acontece com o Porto Alegre em Cena – mas isso é bom: não se perde programação e pode-se ver tudo. Cabe destacar que, embora essa edição tenha se empenhado em trazer companhias mais próximas – a maioria da Capital do estado – isso não o desmereceu nem um pouco. E, uma pena, a população não aproveitou uma oportunidade única de conferir essa arte que proporciona, de forma muito particular, o contato com o diverso, o diferente e a alteridade – e mesmo consigo, como um espelho. Pouca plateia em muitos espetáculos – uma lástima!

 

 

Abaixo vai nosso balanço geral dos espetáculos, por nós conferidos:

 

 

- Freddie Rock Star:

Uma mistura de performance, dublagem, apresentação imagética, adoração a ídolo e imitação, simulacro. Fica a pergunta: que dizer? E um pensamento: quando queremos tudo, acabamos ficando com nada.

 

 

Pequeno trabalho para velhos palhaços

Embora aqui sem “Laurita”, que é ótimo, a Cia Stravaganza sempre tem algo a ensinar-nos sobre representação. Desde a apresentação cuidadosa: cenários, figurino, iluminação (aqui primorosa mesmo!), roteiro, sobra pouco, digamos assim: os atores têm é que representar, e que sejam bons! “Pequeno trabalho” é uma aula sobre o que é ser ator, e humano – em suas falhas e em seus acertos... um soco no estômago em momento catártico final, ainda mais em uma época como a que vivemos de falta de empregos!

 

 

- Orquestra de Brinquedos:

Embora infantil, entusiasma a todos, inclusive adultos. Uma perda para aqueles que não compareceram e não ouviram clássicos, como o dos Beatles, em instrumentos pouco ortodoxos.

 

 

- Ícaro:

O que a Stravaganza prima pelos cuidados no manejo da arte cênica, aqui se observa apenas tentativa de lançar mão de sentimentos de compaixão pela falta de um maior profissionalismo.

 

 

- Inimigo na casa de bonecas:

Leitura primorosa de Ibsen. Voltamos ao teatro em sua originalidade e autenticidade. Diverte, alegra, educa, questiona, coloca em xeque, surpreende. E atualizando o texto para a realidade brasileira: uma necessidade! Excelente uso de todas as facetas da arte cênica: elementos cênicos, iluminação, cenário, figurino, sonoplastia, projeções que complementam o discurso oral e uma atuação sem exageros e na dose exata!

 

 

Casal Palavrakis:

Questão gira em torno de leituras à la Artaud, de textos internacionais. O tema é importante de ser discutido e estudado. Usar o teatro para falar de mazelas sociais e não trancarmos as discussões entre quatro paredes é necessário. Porém quando se usa de escatologia, acabamos ficando com nojo e não discutindo. Cuidado!

 

 

Chapeuzinho Vermelho:

Recriação do clássico infantil, sem atualização, porém sem exageros. Construído de forma a prender a atenção com o uso de contorcionismos e performances circenses, mais que teatrais no sentido clássico.

 

 

Vera Marta Reolon – MTb 16.069

Guilherme Reolon de Oliveira – MTb 15.241

 

 

quinta-feira, 5 de julho de 2018

CURADORIA DE ARTE

 

Design de arte @Guilherme

1570064788_63c85d8fea3a65f4a0888e30607c53a7.148537.jpeg

sábado, 31 de março de 2018

"Aulas" inaugurais.........bah!!!!!!!!!!!!

Na quarta-feira, dia 28.03.2018......Aula Inaugural no Campus 8 da UCS ,  com a "performer"  Berna Reale.............


Afora a questão que a Arte Contemporânea praticamente só tem vivido de Performance...........prática que não consegue se inserir em arte alguma............mas se imiscui em todas as artes..........mesmo sem sê-lo....................


e aí............a "artista" não é fotógrafa...................mas "performer" (deveria-se saber  que se, pela forma, deve-se ter ao menos um "lugar" onde   co locar o trabalho de cada um.........)


Logo, alguém a fotografa em suas "apresentações" - instalações......nua, com roupas, com  ironias,  com animais..........


e, neste campo, vem minha mais atroz crítica............inclusive para que procure melhorar seus trabalhos...........

 

 

pinta um cavalo, para montá-lo em sua "performance"...............  (pergunta que não quer calar: O cavalo autorizou????? - também era preciso que soubesse a linguagem do animal!!!!!)....


depois diz que comprou pequenos filhotes de porco.............ainda na barriga de sua mãe.........para utilizá-los no trabalho..............volto a mesma questão................


e  é neste momento que não aguento mais a falação de seu trabalho.............e me vou.............!!!!!!


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069

 

domingo, 26 de fevereiro de 2017

CRÍTICA: Balanço Geral do Porto Verão Alegre 2017

Um Porto Verão Alegre com muita diversidade na linguagem e na qualidade cênicas. Assim a 18ª edição do Festival poderia ser resumida.

 

 

Houve um pouco de tudo. Mas cabe destacar espetáculos muito bons, quase sem falhas, como: O Mal EntendidoPois É, Vizinha...Caio do CéuHomens de Perto DesgovernadosBailei na Curva e A Comédia dos Erros.

 

 

O Mal Entendido e Caio do Céu se destacaram com inovação na linguagem cênica, não resvalando para o “confortável” enquadramento de “contemporâneo”, para qualquer coisa fazer. Foram inovadores de maneiras distintas.

O Mal Entendido por aliar a densidade do texto na formatividade da peça: transformou a densidade discursiva numa atmosfera densa.

Outra montagem tentou fazê-lo, porém sem êxito, trazendo mais desconforto que interrogação: Danke.

Caio do Céu foi inovador, por sua vez, na mescla de linguagens: a construção do roteiro foi muito bem articulada, confirmando o talento da excelente atriz, que no monólogo

Pois É,Vizinha... cativou a platéia.

Aliás, é cativando o público que Bailei na Curva também alcança, com a excepcional qualidade cênica de seus atores, o destaque: nem se percebe que mais de duas horas passaram quando a peça chega ao fim.

 

 

Na dança, destaque para Brasileirada, que merece um Açorianos, com certeza!

Uma pena que as outras duas montagens em dança, Abobrinhas Recheadas e SeteOito, não tenham o mesmo merecimento, ainda que Abobrinhas tenha uma excelente coesão grupal e técnica de movimento, mas não podendo ser classificada como de dança (é um teatro, talvez, de música com mímicas). SeteOito, por sua vez, foi uma decepção como teatro e como dança, destacando-se contudo, pelo figurino, muito bem criado.

 

 

Neste Porto Verão Alegre, houveram grupos que trocaram de figurino em cena, como em Dez (Quase) Amores e Amor de 4, o que enfraquece a continuidade perceptiva, não bastasse Dez (Quase) Amores afirmar-se baseada no livro homônimo, porém desfigurando-o, e muito.

 

 

Um Caso para Terapia destacou-se nos figurinos, mas só: muito a melhorar com a falta de “timing” narrativo e verossimilhança com o que caracteriza uma terapia, o que comprometeu a peça. Nesta, os atores não trocavam de roupa em cena, mas, deslocando-se às coxias, deixavam o palco vazio, uma pena!

 

 

Comédia Urbana também teve um pouco de falta de “timing”, uma falha se tratando de uma variação de “stand up”. Porém, depois de Homens de Perto Desgovernados,  com atores mais experientes no fazer rir, Comédia Urbana trouxe “sketcks” e personagens interessantes, que provocaram identificação com o público porto-alegrense. Nessas variações de “stand up”, o do Bagual do Gaudêncio provocou a platéia gaúcha, porém com alta carga de desnecessário “baixo calão”, levado às últimas consequências em Só para Maiores, com excessos pornográficos. Uma pena que confundam “sem vergonha”, neste último espetáculo, com “exagero de linguagem chula”. Seria dispensável incluir trechos de filmes pornográficos no início, adequados mais a motéis. Os atores queriam “ensinar” educação sexual, porém sem saber como fazê-lo, o espetáculo-palestra ficou “baixo”.

Isso também se repetiu em Alcemar e a Mascada Perdida, que mergulhou fundo no ridículo.

Só não foi pior que outro: Quando Vi Minha Vida Não Existia foi decepcionante em todos os sentidos: sem qualquer destaque e qualidade dramática, beirando à “péssima”.

 

 

Neste Porto Verão Alegre teve até ilusionismo, com Kronos. Números de mágica simplórios, satirizados por O Homem Bruxa, que não cativou o público.

 

 

Destaque especial para dois espetáculos em que homens interpretaram papéis femininos e cujas interpretações foram muito boas, roteiros, figurinos e cenários bem pensados: Hotel Rosashock e O que Terá Acontecido a Baby Jane?.

 

 

Peças como TedyUm hippie, um Punk, Um RajneshInimigas Íntimas e 5º Andar, por favor! foram boas, com roteiros bem articulados, atuações ok, porém sem muito destaque. Cabe lembrar, contudo, que sem muitas pretensões, alcançaram o que se espera com um espetáculo teatral, no mínimo, entretenimento.

 

 

Barbie Fuck ForeverOs Dois Gêmeos VenezianosO que os Homens pensam que as Mulheres PensamA Mecânica do AmorA Comédia dos ErrosBeatles em ConcertoSe meu Ponto G FalasseManual Prático da Mulher ModernaApareceu a MargaridaFrida KhaloBesteirol e Projeto Secreto: Gaiola das Loucas, vistos em outros momentos, já foram por nós comentados.

Sobre a peça A Partícula de Deus: uma história mal contada, com falhas no roteiro, um problema crescente nos dias de hoje, em todos os meios e mídias.

De Caminhos que Cruzei: a mesma problemática, com o agravante de ser muito tendenciosa (sem julgamentos quanto a isso - mas fica indigesto o sincretismo religioso, quando é dito que está-se utilizando de temáticas de uma religião específica - fica-se com a impressão que não entendem do que pregam!).  

 

 

E.T.:

1 - Teatro lotado não é sinônimo de qualidade cênica, técnica. Pode ser apenas resultado de marketing exacerbado e cultura de massa televisiva. Tivemos alguns exemplos críticos neste Festival.

 

 

2 - Independente da qualidade das peças, destaca-se que, em tempos de crise financeira brasileira, mas também mundial, festivais como esse merecem todo nosso aplauso, pois são divulgadores de cultura a toda uma população que está de férias e precisa divertir-se minimamente. Pena que acabe antes do término das férias, deixando um vazio na cena cultural da cidade e região!.

 

 

Guilherme Reolon de Oliveira

MTb 15.241

 

 

Vera Marta Reolon

MTb 16.069 

 

 

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

SIMPÓSIO DE ESTÉTICA E FILOSOFIA DA MÚSICA: MÚSICA, FILOSOFIA E BILDUNG

Bem......falamos de SIMPÒSIO.......

 

 

 

 

Então deveria ser um encontro de diferenças para discutir e congraçar-se uns com os outros, para ampliar e congregar conhecimentos......DEVERIA SER!!!!

 

 

 

 

De tudo..............

 

 

BILDUNG......muitos já tentaram revisitar.........mas...........em nosso tempo.............é quase impossível............muita “pavoneação”.........e assim......é “chover no molhado”....sem avanço!!!!!!

 

 

Ainda o que mais chamou a atenção, além de autores lendo seus próprios poemas,

 

 

O sublime para sublimar:::

 

 

 

 

Não queremos mais informação, conhecimento, queremos IMAGEM!....Será???

 

 

 

 

O que sei, de minha parte, é que vivemos o universo do endeusamento da imagem....qualquer imagem......

 

 

 

 

“Fitamo-nos até morrer, nos celulares e máquinas” (sic)...

 

 

 

 

Concordo plenamente.....nos matamos, mas, pior que NARCISOS......nos matamos no Lítio e no Silício......

 

 

Professor como músico???

 

 

Organicista da didática – executa qualquer sinfonia, mesmo sem saber a melodia??

 

 

O quê e como ensinar – partitura já composta??

 

 

Para MIM.....professor é o que vai à sala de aula, com uma PROPOSTA DE MÚSICA......que ele tem como idéia ......

 

 

 

 

Mas vai  COMPOR,  com os ALUNOS, a SINFONIA!!!!!

 

 

Bem, ao menos para mim é assim!!!!

 

 

 

 

E sim......sala de aula também tem o SUBLIME......claro, com PROFESSORES!!!!.......

 

 

 

 

VERA MARTA REOLON

MTb 16.069 

 

 

Segunda-feira, 26 de setembro de 2016

BALANÇO GERAL PORTO ALEGRE EM CENA

1.SOLEDADE E AGORA EU VOU FICAR BONITA:

 

 

Interessante notar que, apesar de falarmos, sobre a velhice e.....oh!!!!........queremos viver....somos cada vez melhores.....mas.........quando vemos alguém com 50 anos de idade dançando, nos espantamos e, querendo ver só adolescentes, buscamos destruir.............

 

 

Deuses – sem amor – homens – morte – com amor.......gregos.........

 

 

“grande vantagem do envelheci mento é a coragem e a urgência” (sic).

 

 

É agora ou nunca.

 

 

Vida – música, dança, arte e poesia – negação da morte?

 

 

O envelhecer como lírico.

 

 

“todas as horas são horas extremas”

 

 

Será que é bonito ficar sem rugas?

 

 

Homens de cabelo branco ficam muito bonitos.

 

 

Enquanto Cida adulterou o ritmo das canções, Regina e Celso mantém a música original, os sambas, o que é bom. Mas Regina e Celso não falam do envelhecer, falam de morte e do temor à morte – que a psicanálise busca vencer através do “ conhece-te a ti mesmo”.

 

 

O que ambos os espetáculos querem é usar palavras para poetizar, o que nenhum efetivamente consegue, já que , parece-me, falta algo interno aos atores e aos espetáculos (nem tão espetaculares) para consegui-lo!!!!.

 

 

OBS: para ser espetacular deve, no mínimo, dar vontade de cantar junto e dançar, o que nenhum conseguiu com as platéias (não só conosco) embora continuem com o esquema pequeno-burguês de aplaudir em pé qualquer coisa!!!!!.

 

 

Como de costume, no Teatro Renascença (público-logo, mais do que nunca, deveriam respeitar o público!), liberam a platéia, apenas 5 minutos antes da apresentação, ou na hora, forçando os espectadores - , parece, gozando com isso – a fazerem fila.

 

 

2. NÒS:

 

 

Grupo de 7 atores no placo a discutir problemáticas existenciais, enquanto preparam uma sopa e caipirinhas. Enquanto uma senhora “mais velha” os mantém unidos, ouvindo-os em suas observações individualizadas, o grupo permanece unido. Quando decidem tirar a senhora da casa, o silêncio os habita, ninguém mais os ouve, porque não ouvem uns aos outros, ela os ouvia, ficam inertes como a acusavam no princípio. Quando ela volta para visitá-los, não a deixam mais ir embora, e quase literalmente a sufocam de carinho.

 

 

A peça se encerra com um “bailinho” – atores e platéia no palco.

 

 

Questões políticas que a sinopse propõe ficam só na pincelada – a não ser pela de sempre (e agora chata) “Fora Temer” no bailinho.

 

 

Querem que volte a ladra???

 

 

Ou esperam os cargos, sem trabalho e s em salário (  com salário) ?

 

 

3. WHATSAPP PARA SHAKESPEARE:

 

 

“o inferno olhava o amor com os olhos dos outros” – o melhor de Sonho de uma noite de verão está nesta frase. É o que fica!!!!.

 

 

4. MORTE A CIDENTAL DE UM ANARQUISTA:

 

 

Ator global que, de atuação, só segue o modelo CQC. De resto, muito pouco.

 

 

 

 

5. TRAVESSIA:

Tentam abordar um tema atual – os imigrantes- e não abordam o que realmente importa na questão: incompetência da ONU, Estado Islâmico, Questões Políticas, Queda da Diplomacia.

 

 

6. PROCESSO DE CONSCERTO DO DESEJO:

O que dizer de uma peça, em que o ator se apresenta, para espantar seus traumas e fantasmas no palco???

 

 

Só mais uma forma de transformar, em nossos dias, o que jamais deveria sair do privado, em público. Chama  atenção à platéia,  que na verdade, busca nem o ator, mas a mídia que o divulga (contratualmente) – sinal dos tempos atuais em que não há roteiros, nem roteiristas, para que possamos chamar de espetacular o espetáculo e, vencendo o trocadilho, torna-se apenas algo especular.

 

 

7. O HOMEM E A MANCHA:

 

 

O que dizer se sai para ver uma peça, e se chega ao teatro e a peça que será apresentada é outra???

 

 

A sensação da platéia é sempre de enganação, por melhor que esta seja. O que, particularmente, está longe de ser o caso. A peça não é uma peça, é uma leitura de uma reciclagem de uma outra peça. Terrível!!!  

 

 

8. SAUDADE DE MIM:

 

 

Segundo Lênin, por meio de Godard , a ética é a estética do futuro – com o que concordamos (mais, pensamos que a ética sempre é estética!).

 

 

Para os gregos a ética é estética, a estética abarca a ética – ambas são uma coisa só. Então: quando se prepara uma peça não se dá créditos apenas ao pagador da peça  - os créditos são do idealizador (mesmo que tenhamos roubado de alguém – cuidado, nós não roub amos os outros, estamos falando dos ladrões de nós!), se dá créditos aos musicistas (Chico Buarque), ao poema (João Cabral de Melo Neto – Morte e Vida Severina), assim por diante.....

 

 

Assim, temos estética, falamos de ARTE!!!

 

 

9. OS REALISTAS:

A mídia “dominante” continua “fazendo” público, mesmo que não diga nada, nada mesmo – nem sátira, nem drama.

 

 

Sai-se do “espetáculo” e se precisa de tempo para pensar “o que vi aí mesmo????” (sic).

 

 

VERA MARTA REOLON

MTb 16.069

 

 

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241

 

 

 

  

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

SOBRE UVAS

E a FESTA DA UVA??????


Decepcionante............

Vai lá que estejamos enfrentando a maior crise financeira..........econômica....política.............


Mas............UVA............é A FESTA...............


Deveria estar no prédio principal.............


A UVA DEVERIA SER OFERTADA a degustação.......em sala ampla...............com bancos...........com conforto..................a UVA é a festa!!!!!!!!!!!!!!!!!


UVA à vontade..............ninguém vai comer uma tonelada de uva.................

e ficaria bonito.........e mercadológico..............dizer de ONDE  VEM a UVA servida!!!!!!!!!!


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Porto Verão Alegre: Balanço Geral

Apareceu a Margarida:

Roteiro que pretende chocar o espectador – mas, até certo ponto datado, já não mais cumpre a proposta. Repetição de frases, em um monólogo, acaba deixando a apresentação chata. Com um tom escatológico, serviu para a exibição do ator.

 

 

Se meu ponto G falasse

Uma platéia cheia... o que não faz um título bem “marketinzado”? Uma pena que de “ponto G” falou-se uma frase. E ele, ali, parece nada falar. O roteiro, na verdade, se concentra em expectativas das mulheres, em relação aos homens: basicamente em como conseguí-los.

 

 

Beatles em concerto

Sempre bom ouvir Beatles. Interpretação excelente, porém de tão poucas músicas. Parece que ficou faltando algo: alguém no vocal, quem sabe.

 

 

Projeto secreto: Gaiola das Loucas

Uma peça consagrada merece uma interpretação primorosa, ou uma releitura original. Não se viu nada disso. Roteiro quase intacto, com interpretações que deixaram a desejar – e nem um pouco clara a proposta de transformar todos os personagens em drag’s. Excesso de performances musicais intercalando o texto – com músicas que sequer remetem ao universo da peça: faltou até mesmo a clássica “We are family”.

 

 

Manual prático da mulher moderna

Interessante até certo ponto. Mas ouvir mulheres falando certas palavras chega a doer. Precisa? E a conclusão final: a vida não se resume às receitas.

 

 

O que eles pensam que elas pensam

Roteiro péssimo. Atuação amadora. É uma propaganda enganosa. O espectador lê o titulo e a sinopse e espera assistir a três homens e um travesti, em um banheiro, falando sobre seus “achismos” em relação ao pensamento da mulher. Chegando-se ao teatro, o diretor/roteirista/ator anuncia que a peça tratará de “frase de banheiro”. Pois não é que nem a primeira, nem a segunda proposta se concretizam?

 

 

Besteirol, o musical

Atuação muito boa. Mas as esquetes poderiam ser um pouco menores, especialmente a “Vamos falar francamente?”, cujo diálogo pareceu arrastado. As melhores partes foram as das drag’s.

 

 

Romeu e Julieta

Faltou emoção aos atores principais: uma pena, pois a mais conhecida história de amor fica obscurecida. Romeu não demonstrou diferença entre a paixão por Rolalina e a paixão por Julieta: um pecado!

 

 

 

 

Em geral: falta de preocupação com cenário, com iluminação e com figurino. E a sensação que o humor brasileiro se resume ao histriônico, ao sexualizado e ao “rir da própria desgraça”. 

 

 

 

 

Guilherme Reolon de Oliveira

MTb 15.241

 

 

domingo, 14 de fevereiro de 2016

CRÍTICAS....bem REAIS!!!!

Sobre a última leva de "espetáculos" (o fato de ter colocado ASPAS para designar espetáculo vai seguir com a retórica!).:


HOMENAGEM A NICO NICOLAIEVSKI: Primoroso, com o Grrpo de Teatro Esperança e a participação mais do que especial de Fernanda Takai (podia ter cantado mais- mais músicas digo, mas ....enfim...).............HOMENAGEM Á ALTURA DO MÚSICO!

Show de Hique Gomes: Bonito o retorno após a "Ida" (retorno) de Nico(Maestro) a Sbornia em definitivo. Nem se vê o tempo passar. Mais do que bonito o término do espetáculo sain do às ruas e ecoando sons por toda a Praça da Matriz.

Esperamos que tais espetáculos não demorem mais tanto tempo para  retornarem as apresentações.



O Porto Verão Alegre:

 

 

Se meu Ponto G Falasse: Se é para reapresentar peças que estão em cartaz há muito, dever-se-ia atualizar historicamente e socialmente o roteiro, caso contrário a sátira vira tragédia.  Nem se fala em ponto G, mote da peça!!!. E como piadas para o feminino ficam requentadas!!.


Apareceu a Margarida, Projeto Secreto Gaiola das Loucas, O que eles pensam que elas pensam: além de alguns pecarem até mesmo no título e proposta que não se concretiza no que é apresentado, fica-se com a idéia de ser enganado, vai-se ver algo e ...pimba!.......é outra coisa!..............


Manual Prático da Mulher Moderna: Não sei bem o que é ser moderna, mas passa ao largo do que é ser uma mulher......poderia ser o que é ser "patricinha".....mas.....aí?????

Besteirol - O Musical: O problema não é bem de atores, mas de roteiro.....e ainda precisa trazer vídeo para complementar teatro......mas teatro é espetáculo presente.....?????

E ROMEU E JULIETA???....esse aí conseguiram deixar o maior romance da literatura mundial com um Romeu fútil ,que "morre" de amores por uma mulher até encontrar outra e assim vai.............AMOR???............FUTILIDADES não é amor!!!!!!!!!!!!


MAS.....sabe-se, é NOTÓRIO................há falta total de roteiristas............por tudo.........no Brasil..........em Hollywood.............por tudo...............mas........cruzes.......a coisa tá feia........vai do histriônico...........ao trágico..............e era para ser comédia!!!!!!!!


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069

 

sábado, 19 de setembro de 2015

PARA PENSAR!!!!!!!!!!!!

"Os problemas do mundo estariam resolvidos se os homens se dedicassem só a pensar". Watson – IBM


Claro que eu Não sou adepta da filosofia Zen-Budista, de ficar em meditação aguardando que o TAO se faça na vida. Posso até pensar em ser zen-budista......mas não desta corrente específica.

Com respeito a isso aí............como eu sempre estive a frente de meu tempo.........TODO FILÓSOFO, como lembra Nietzsche, deve estar aquém de seu tempo, para sê-lo......

 

 

Sempre disse que deveríamos ter utilizado de energia solar.....e seríamos auto-suficientes em energia.........desde 1979.........como se sabe ninguém o fez......


Sempre disse que deveríamos manter paralelepípedos para escoar água por entre as pedras , em direção aos mananciais..........veja onde estamos, pois ninguém segue..........preferem usar os resíduos de petróleo em pavi mentações............e soframos com a falta de água......


A respeito do POA em Cena.,......

 

 

os espetáculos, infelizmente, deixam a desejar.............economias em figurinos, em palco........e quem perde é o público...........


Ainda..........que as teconologias são viciantes ao nível das dependências.........bem, disso já falei , inclusive em mídia televisiva, quando coordenava curso de psicologia, no lá então...........

 

 

mas........que esqueçam que Li (LÍTIO) e Si (SILÌCIO) são produtos QUÍMICOS radioativos...........TÊM  RADIOATIVIDADE..............., ou seja, para ser redundante, já sendo, TÊM RADIAÇÃO...............TRANSMITEM RADIAÇÃO.......................


e podem transmitir doenças vinculadas...............vide CÂNCER.....QUEIMAÇÕES, ETC..........ou ninguém viu os resultados das bombas de HIROSHIMA E NAGASAKI??????????



Celulares e outras tecnologias são fabricados com estes elementos químicos....................


COMO MÃES  PODEM   AMAMENTAR CRIANÇAS E "FALAR/ATENDER"  CELULARES COM A CRIANÇA AÍ SE ALIMENTANDO................


É UMA PERGUNTA...........ENTRE OUTRAS............QUE JAMAIS SE CALARÁ............


quiçá.......... vão pensar nisso.............quando já for........talvez já seja..........tarde demais!!!!!!!!!!!!



como outras coisinhas!!!!!!!!!!!!


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069

 

 

 

 

bottom of page