gastronomia
Natureza morta com compoteira (1879)
Cézanne
181x210cm
Coleção particular
Em um espaço especialmente montado dentro da vinícola Cave do Sol, surge o Dolce Italia Ristorante, administrado pela Escola de Gastronomia da UCS, inicialmente concebida e instalada em Flores da Cunha, que expandiu-seus trabalhos em um Café, dentro da Livraria da UCS, e, após, no Restaurante Universitário. Agora o Dolce Italia chega a Bento Gonçalves, inaugurando seu novo empreendimento junto à vinícola de destaque.
A UCS faz o que a UFRGS se propunha (sem obter êxito): tornar-se uma instituição acadêmica com vínculos empresariais (o que só uma academia particular/comunitária pode conseguir).
Em parceria inédita, a UCS se une ao empresariado, consolidando seu nome na área gastronômica. Claro que isso se deve, e muito, à visão e ao talento do chef Mauro Cingolani. Cingolani veio da Itália para abrilhantar a Escola de Gastronomia e, graças ao incentivo da Reitoria da UCS, vem mostrando seus talentos a todos e à Serra Gaúcha, em particular. Parabéns a todos nós!
O evento gastro-cultural, que inaugurou o Dolce Italia na Cave do Sol, foi pensado em todos os detalhes, para não apresentar defeito. Com a presença de executivos de Bento, reitoria e professores da universidade, autoridades políticas e imprensa, o coquetel tevemúsica boa, gastronomia de excelência e os vinhos, espumantes e sucos primorosos da Cave do Sol. Para que mais? O público pôde se deliciar com entrada de queijo grano, presunto de parma e pães rústicos, seguidos de ravióli. Como sobremesas: panacota e trufas de chocolate, em seu melhor estilo. Ninguém resiste à tanta tentação!
Abrilhantando mais a noite, pudemos contar com um show inusitado do reitor da UCS tocando guitarra e cantan do com a banda que abrilhantou o evento. Uma festa e tanto!!!.
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
Vera Marta Reolon
MTb 16.069
Fotos by@GuiReOli
O tomate é o protagonista do Restaurante Del Pomodoro, localizado no Caminhos de Pedra, em Bento Gonçalves. Ao lado da Casa do Tomate, o restaurante é um dos mais procurados pelos visitantes à região. Objetos antigos como geladeiras, fotos, guarda-louças da "nona ", canecas de chopp, máquinas de costura, e latas de óleo, estão presentes no local , um grande galpão em estilo rústico.
Mas é o tomate que está em quase todos os pratos oferecidos ao cliente, servidos no sistema rodízio, alguns deles deixados na mesa. Inicia-se com uma entrada: pãezinhos aquecidos e três molhos (caponata, molha da chef e pesto), e mix de saladas verdes, tomates com queijo e hortelã.
Em seguida, são muitas as delícias: polenta mole, molho vermelho com carne, fortaia (todos à mesa). Os atendentes servem penne à moda da casa, rizoto de tomate seco e requeijão, fuzilli à moda da chef, tomate recheado (com espinafre, molho branco e bacon), tortelone ao molho de queijos, recheado com ricota e nozes. e, novamente à mesa, polpetas e costelinha suína. Todos os pratos podem ser repetidos, sempre servidos quentes, saborosos. Por fim, pode-se escolher, como sobremesa pavê de café ou arroz doce, e licor de limoncello.
Cabe destacar o suco de limão e hortelã, imperdível!
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
Vera Marta Reolon
MTb 16.069
Fotos by@GuiReOli
domingo, 24 de outubro de 2021
Frutos do Mar em Caxias..Delícias!!!
Caxias do Sul precisava de uma novidade como essa: o SABATO AL MARE. O evento é mais uma iniciativa do Sky Samuara Hotel. O hotel apresenta muito mérito e merece aplausos calorosos pois, tendo espaços amplos e ventilados, em conexão com a natureza, consegue promover eventos sem gerar aglomerações em um momento ainda conturbado da pandemia.
Todos os sábados, durante temporada sem tempo determinado para acabar, das 12 às 15 horas, o hotel oferece um espetacular almoço de frutos do mar. A ideia surge como alternativa à tradicional gastronomia italiana, não só para os residentes na cidade, mas para o visitante, em um momento que Caxias quer diversificar sua matriz econômica , buscando explorar sua veia turística, como sede do destino Serra Gaúcha. Substituindo o sucesso da feijoada, mais invernal, que era promovida no mesmo horário, o AL MARE tem potencial para se tornar um marco, tendo em vista sua qualidade. Cabe ressaltar que o Sky Samuara trouxe de volta o prestigiado chef que comandou sua cozinha por muitos anos.
Conferimos o AL MARE no feriadão e nos surpreendemos, já que, mesmo assim, todas as mesas estavam ocupadas. A recepção, dos queridos Ivo Menegolla e Chirlei Batassini, sempre impecável, com caldinho de peixe, aliada ao atendimento atencioso, tornaram o evento ainda melhor. Música agradável, com teor latino, aclimatou o ambiente. Um destaque, além dos pratos de sabor equilibrado e característico são os drinques preparados na hora por bartender específico. Pudemos experimentar o Dry Martini e o Mojito, primorosos, bem elaborados,...,saborosos.
Alguns pratos quentes merecem maior destaque: os deliciosos preparados com bacalhau, camarões, moquecas, pirão, paella.Sem dúvida, o buffet de saladas e pratos frios é uma estrela: terrines, bolinhos e afins, são inigualáveis. Ah! e as sobremesas, como sempre, no Sky Samuara é um caso à parte que valem ser conferidas!
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
Vera Marta Reolon
MTb 16.069
Fotos by@GuiReOli
domingo, 18 de outubro de 2021
Serra Verde: familiar e acolhedor
Ex-funcionários de um Café Colonial de destaque na Região das Hortências, Joana Petry e seu marido levaram sua expertise para um negócio próprio. Assim surgiu, em fevereiro de 1998, o Serra Verde Café Colonial, em Nova Petrópolis.
Tudo é servido na mesa. E há uma variedade grande de ofertas. De bebidas, a sucos de uva e de laranja, vinhos suave e seco, tinto e brancos, café, leite, chá de maçã e chocolate quente. De salgados: pão de queijo, chucrute, linguiça, mini pizza, polenta frita, pães, frios, bolinho de aipim, conservas, bifes de frango, risoles, geleias e requeijão. De doces: além das diversas tortas e mousses (servidas à parte), merengues, quindim, bolos de diferentes sabores, espécies e formas.
A proprietária, com vestimenta típica alemã (a música de fundo também era típica), destaca o ambiente familiar e acolhedor, caseiro, como diferencial. O atendimento é personalizado, há sempre o cuidado para manter os pratos cheios, quentes, recém preparados. O Serra Verde está localizado na Avenida principal de Nova Petrópolis, na saída para Gramado. Vale a pena visitá-los e saborear os pratos elaborados pelos proprietários e, obviamente, não ter a possibilidade de digerir todos, é demais!
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
Vera Marta Reolon
MTb 16.069
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sexta, 13 de agosto de 2021
Feijoada imperdível no Sky Samuara Hotel
Em um ambiente amplo, agradável, somos recepcionados pelos simpáticos Chirlei Battassini e Ivo Menegolla, o casal que está à frente da gerência do Sky Samuara Hotel, cenário da Feijoada (que acontece todos os sábados, das 12 às 15h), e empreendimento que está a todo vapor, movimentadíssimo, depois da aquisição pelo grupo Sky, de Gramado. Na entrada, cachaças, licores (de ervas, menta, nozes, etc.) e caldinho de feijão (maravilhoso!), para “abrir o apetite”. Mas nem é preciso, porque à presença das delícias oferecidas, o paladar fica com água na boca.
MPB gostosa ao vivo (com o músico Nino Henz, ex-integrante da icônica Lucille Band) e diversos acompanhamentos fazem a feijoada (que, na origem hsistórica, era alimento da senzala, feito com as sobras da Casa Grande) parecer comida dos deuses.
Todos os gostos são contemplados: há feijão puro, feijão tropeiro, charque, linguiça defumada, costela defumada, paleta, chuleta e pé, rabo e orelha. Sob a batuta do chef Adelar Freitas (há 18 anos no hotel Samuara), a feijoada é acompanhada de batata doce caramelada, moranga caramelada, banana à milanesa, aipim frito, além dos tradicionais couve verde, laranja, farofa, arroz, mix de pimentas e saladas.
As sobremesas são delícias à parte, doces (como pudim) acompanhados de rapaduras, pé-de-moleque, cocada, doce de leite.... Aí é a perdição!, inclusive da (im)possibilidade de manter uma dieta! Por fim, um cafezinho, tradição que não pode faltar após o almoço!
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
Vera Marta Reolon
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terça, 03 de agosto de 2021
SKY SAMUARA HOTEL e o sucesso de seu Café Colonial
Um Samuara renovado, renascido: esta é a percepção imediata de quem retorna ao hotel. Prova disso é o sucesso do Café Colonial, a nova aposta do empreendimento, que é praticamente um verdadeiro oásis paradisíaco, a poucos minutos da zona central de Caxias do Sul.
A cidade, com muito potencial turístico (inexplorado, diga-se de passagem) precisa de mais iniciativas como essa. Em sua terceira edição (pudemos conferir o serviço no dia 01 de agosto),
Vale ressaltar que a iniciativa - e sua repercussão - é fruto do grupo que adquiriu o hotel em setembro de 2019 (o SKY, de Hilário Krauspenhar, com atuais onze hotéis, 17 empreendimentos) e dos gerentes Geral, Chirlei Battassini, e de Eventos, Ivo Menegolla, mentes inquietas, repletas de ideias que estão movimentando o local. Falaremos sobre esses seres de vida em outras publicações. O SKY é uma rede de hotéis de Gramado, e trouxe a expertise daquela cidade, tradicional reduto do Café Colonial, para Caxias.
São muitas as delícias oferecidas: pratos quentes (como grelhados e carnes), pães, frios (destaque para queijos especiais), tortas, típicos alemães e italianos (inclusive o canoli, elogiadíssimo - e uma delícia verdadeira) , vinhos (brancos e tintos, secos e suaves), cervejas, cafés, chocolate quente, além de chás diversos. Guloseimas como figos em calda e iogurtes complementam o buffet. Frutas também compõem a estrutura, bem montada e cheia de sabores. A surpresa são os pães de queijo e croissant, oferecidos pelos garçons e saídos do forno servidos à mesa bem quentinhos.
A frequência, alta, comprova os diferentes sabores e os atesta, aprovando a iniciativa pioneira (praticamente) em Caxias. Iniciado em 18 de julho, veio para ficar, e é ponto turístico gastronômico que tem tudo para crescer ainda mais.
O SKY Samuara Hotel, instalado junto à represa Maestra, ladeado por araucárias, hortências e uma vasta vegetação a abrilhantar o olhar e as máquinas fotográficas dos frequentadores, tem também com o vizinho o Campus 8 da UCS, a Cidade das Artes, que chama a uma imersão no universo da ARTE, inclusive a natural.
Enquanto saboreávamos o café colonial, surgiu um grupo de ovelhas, que encantaram as crianças, mas não só. Um espetáculo ímpar!
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
Vera Marta Reolon
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Fotos by@GuiReOli
domingo, 01 de agosto de 2021
Café Colonial Famiglia Pezzi: rústico e acolhedor nos detalhes
Localizado na Estrada do Imigrante, via que deu início à cidade de Caxias do Sul, O Café Colonial Famiglia Pezzi é ambiente não só para se deliciar com doces e salgados, mas para passar uma agradável tarde de sábado ou domingo. O Famiglia Pezzi funciona apenas nesses dias, mas há projeção de atendimento de quarta a domingo, em breve.
Tem um diferencial importante que o caracteriza: vai além do café colonial tradicional. Em buffet, oferece não apenas muitas opções de folhados, assados, bolos, tortas doces e salgadas, sobremesas, pães, cucas, mas também pratos quentes da gastronomia italiana, como sopa de agnolini (deliciosa), massa, polenta na chapa, omelete, carnes de peixe, de gado e suína, etc. À mesa, café, leite e chá (delícia).
O Famiglia Pezzi é um estabelecimento familiar: o casa Jaime e Loiva, e sua filha Daiane (empreendedora nata) se responsabilizam por todos os processos realizados no Café. Quando se chega, Jaime recepciona o visitante falando do local (comprado desde seus antepassados). Loiva é a responsável pela cozinha, especialmente pelos pratos salgados. Daiane, além de ser a doceira, é a responsável pelo atendimento no salão, recepcionando o turista de forma muito hospitaleira e acolhedora.
A propriedade de 20.000 metros quadrados, embora fosse da família de Jaime, foi adquirida por este do irmão em 2008, que deu prosseguimento ao balneário que ali funcionava à beira do Rio Bello. Depois de seguir carreira em outra área, Daiane retorna ao convívio da propriedade rural e a revoluciona. O café colonial inicia suas operações em 08 de março de 2019.
Além do Café, o Famiglia Pezzi funciona como empório (oferecendo produtos produzidos pela família - geleias, pães e cucas, bolachas - e de parceiros - vinhos, cachaça de alambique), e como giardino. Na área externa, mesas, cadeiras e pallets com almofadas são um convite a fazer um piquenique ou "lagartear" ao sol, por vezes saboreando alguma delícia, um suco, um vinho, uma cerveja, c omo pudemos observar: um grupo de ciclistas parou ali para um merecido descanso. Algo comum, já que na região há trilhas ecológicas, estradas tradicionais para prática de ciclismo, caminhadas e paredão para rapel. O Famiglia Pezzi, inclusive, é ponto de apoio dos Caminhos de Caravaggio, oferecendo hospedagem aos peregrinos do roteiro de 200 km de 10 trechos demarcados. Nesse sentido, além da hospedaria rústico existente, há projetos de uma pousada mais sofisticada.
O ambiente é lindo, a família é acolhedora, a comida é variada, bem feita e saborosa. Tudo convida a uma tarde excelente para o descanso e a satisfação.
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
Vera Marta Reolon
MTb 16.069
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sábado, 17 de abril de 2021
PADARIA PETRÓPOLIS: arte do pão e paixão por empreender
A tradição nem sempre é o sustentáculo de um negócio. A juventude, associada à novidade, também não. Por vezes, o que faz a diferença é a expertise e a experiência no trabalho em outras áreas do conhecimento, conjugada com a vontade de empreender e inovar. É o caso da Padaria Petrópolis, uma rede com quatro unidades, localizada naquela que é considerada o "jardim da serra gaúcha", Nova Petrópolis.
Numa configuração totalmente diferente, com outros proprietários, a padaria foi fundada em 1954. Os atuais proprietários a adquiriram apenas em 1990, como fonte extra de renda, já que seguiam outras carreiras, ligadas às áreas financeira, de marketing e educacional. À época, o estabelecimento tinha apenas cinco funcionários e se concentrava na produção de pães (d'água) e cucas. Em 1994, um ano após a aquisição de novo terreno, pães de milho, integral e de sanduíche, bem como biscoitos e confeitaria, foram agregados, e a Petrópolis os distribuía em supermercados e outros estabelecimentos, não apenas na cidade, mas por toda a região.
A maior renovação, no entanto, acontece em 2002, quando a atual proprietária Dolores Seefeld (até então eram seu marido e outro sócio que administravam o local) decide se dedicar exclusivamente à padaria. Reformas estruturais foram realizadas; processos organizacionais reformulados, especialmente no que se refere a controle de qualidade e logística. Houve investimentos em maquinário, treinamento para funcionários, planejamento estratégico, viagens de conhecimento de produtos e, principalmente inovação na produção. Com o auto desafio "cada semana um produto novo", a Petrópolis também começou a organizar eventos.
Um de seus grandes diferenciais, a diversidade de pães, também foi fruto da administração de Dolores. Sob a consultoria do "embaixador do pão" alemão, Gunther Thiermann, a Petrópolis passou a produzir cerca de vinte variedades de pães e aumentou a linha de confeitaria. Destacam-se os de linhaça, gergelim, girassol, abóbora (nosso preferido), damasco, nozes, uvas passas, alguns desses com farinha importada da França.
Hoje, a Petrópolis está alinhada à sustentabilidade, autônoma nos usos de energia solar, realiza separação do lixo, recolhe e aproveita a água das chuvas. Além de seguir boas práticas organizacionais como 8S e preocupações com métodos de segurança no trabalho. Contam com 60 colaboradores (antes da pandemia esse número chegou a 77).
Já conhecíamos a torta (só deles) com chocolate belga (imperdível, inigualável) e o pão de cenoura (macio, saboroso, apreciável desde a preparação de uma refeição, até como aperitivo, sem acompanhamentos!). Pudemos também conferir a torta de amendoim (base de amendoim, chocolate e creme de amendoim com caramelo), outra delícia, e a cuca de abacaxi com coco. Presencialmente, provamos do rocambole de espinafre (sem trigo, à base de iogurte) com legumes: leve e, ao mesmo tempo , substancial, super equilibrado, saboroso, lembrando um omelete, excelente de ser apreciado com café expresso.
Mais que "alguém que inspira" (como Dolores se define, e de forma até modesta), temos certeza que há uma artista (como nós a definimos - a arte) na administração da Petrópolis, tendo em vista não só a experiência estética que proporciona, mas a diferença e o estilo que imprime em cada fazer. "Só se ama aquilo que se conhece"(sic) , Dolores destaca, lembrando também que para alcançar o sucesso, "ou se faz o que se ama, na impossibilidade deve-se amar tudo o que se faz"(sic). Isso e muito mais comprova que Dolores é apaixonada por empreender, o que alça a Petrópolis a uma padaria onde cada produto e a casa mesma é uma obra de arte. Imperdível (redundante mesmo!) de ser visitada e saborear suas criações.
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
Vera Marta Reolon
MTb 16.069
Fotos by@GuiReOli
(Olha o céu da Serra Gaúcha! - o que não fica bonito assim?)
sábado, 17 de abril de 2021
TUA FRUTA INAUGURA NOVO EMPREENDIMENTO E GERA QUATRO POSTOS DE TRABALHO
Será inaugurado, no próximo dia 13, em Caxias do Sul, um novo empreendimento da rede Tua Fruta, que lançou programa de franchising há pouco mais de um ano. A frutaria, que iniciou suas atividades em março de 2018, no bairro Villagio Iguatemi, e hoje está no centro da cidade, retorna às suas origens. Só que em novo formato: um quiosque, no Shopping Villagio, próximo à Praça de Alimentação.
Gerando quatro postos de trabalho diretos, o formato de quiosque já era uma realidade da Tua Fruta, especialmente antes da pandemia, porém itinerante, em eventos pontuais, como o tradicional bazar Le Marché Chic. O sucesso da proposta alavancou a ideia, gestada há quase três anos, de fixar o quiosque em um shopping. O programa de franchising prevê que quiosques possam ser instalados em aeroportos, escolas, universidades, academias, empresas. Já há previsão de expansão para outros pontos, inclusive em shopping de destaque da capital gaúcha.
A Tua Fruta surgiu antenada às tendências culturais (a sustentabilidade, a “pegada” orgânica), inovando com a não-sazonalidade (as frutas selecionadas são oferecidas durante o ano inteiro, fora de safra) e com frutas exóticas: pitaya, cacau, kiwi sun gold, caju, manga sem fio, avocado, jabuticaba, além de tâmara, damasco e cogumelos.
Nesse sentido, o carro-chefe do quiosque Tua Fruta serão os sucos, feitos na hora, e entregues em embalagens de 500mL e 1L, com lacre. Além de sete sabores tradicionais, serão seis especiais: Detox, Refresh, Tropical, Clássico, Primavera, e o Tua Fruta (um mix de manga, maracujá e hortelã). Além dos sucos, serão ofertados salada de fruta, frutas picadas, kombuchas, água de coco, frutas e grãos a granel.
O projeto do quiosque, também inovador, já que valoriza a proposta diferenciada, é assinado pela arquiteta Karol Schimitz (Lavvu Projetos).
A Tua Fruta, desde seu início, se destaca pela mudança cultural que trouxe a Caxias e região. Cabe destacar as frutas exóticas, importadas, quase desconhecidas por aqui, bem como os serviços que outras frutarias não oferecem: a assinatura mensal (com entrega a domicílio) e o aplicativo, facilidades importantes em tempos de pandemia. A expertise dos proprietários possibilita que as frutas sejam sempre selecionadas e de qualidade, o que torna a Tua Fruta uma boutique de frutas, legumes, hortaliças e muito mais.
OBS: Devido às imposições legais na Pandemia a inauguração teve de ser adiada e deve acontecer nos próximos dias.
Atualizamos que, em 22 de abril de 2021, o quiosque foi inaugurado no Shopping Villagio Caxias. A loja física na Av. Júlio de Castilhos continua funcionando normalmente, bem como o serviço de assinaturas e pelo aplicativo.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
Fotos do primeiro bloco: divulgação Tua Fruta
Fotos do segundo bloco: by@GuiReOli
domingo, 27 de setembro de 2020
TUA FRUTA em nova casa
Sob novo endereço, a frutaria TUA FRUTA, quase uma boutique de hortaliças, frutas e legumes, está mais próxima do público caxiense, já que localizada na Júlio de Castilhos, em região central.
Continua com todos seus serviços, sua expertise, o aplicativo para compras, o pacote de assinaturas (seu grande diferencial, cujo pagamento mensal dá direito a entregas semanais). Outra novidade é a venda de compotas, vinhos, queijos, geleias, mel. Além das frutas e verduras (inclusive diferenciadas, como tâmaras, damascos, cacau, manga sem fio, cogumelos), permanece com a venda de cereais, grãos a granel, as tradicionais kombuchas... e o serviço de ofertar sucos feitos na hora!
Vale conferir a novidade... ainda mais que os proprietários estão sempre com ofertas tentadoras.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Fotos by@GuiReOli e @VeMaRe
segunda-feira, 07 de setembro de 2020
CATNA, sabor, saúde... gostosuras...
Neste nosso tempo complicado, pandêmico, sem abraços, temos (na lembrança, ao menos) abraços gostosos recebidos nos idos tempos (que, esperamos, voltem!).
O melhor é de uma querida, empresária de sucesso, nutricionista de profissão, que conhecemos desde que, vinda de Farroupilha, instalou-se no centro de Caxias, montando a CATNA, restaurante/lancheria especializado em refeições naturais e cheias de sabor.
Doces, salgados, sopas, sanduiches naturais, tortas maravilhosas (doces e salgadas).
Pois a CATNA completa em 2020 30 anos de existência!.
Comemoramos com eles e mostramos uma de suas maravilhas, a Raffinata. Olhem a beleza, deliciando-se com a imagem, e busquem prová-la. Vale o investimento!!
Breve falaremos mais desse nosso parceiro de sucesso. Em nossa família (convívio) há muuuuuito tempo!!!!
Parabéns para CATNA, proprietária, funcionários e clientes (que nossa família comprova verdadeiramente a existência em 30 anos, inclusive com frequência este tempo todo - diferentemente de tantos dizeres por aí: desde....)!
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Fotos by@GuiReOli e @VeMaRe
sábado, 21 de março de 2020
"TUA FRUTA": Novo conceito em alimentação saudável
O mercado de orgânicos, a "pegada" da sustentabilidade, a gastronomia sem lactose e sem glúten, isso tudo parece ter chegado para ficar. exemplo é o Tua Fruta, uma rede inaugurada em Caxias do Sul, que abrange frutaria e café, e que lançou recentemente projeto de franquias, em evento para imprensa (delicioso!).
Estivemos visitando duas casas do empreendimento, a convite.
Pudemos conferir de perto a proposta da rede, voltada à alimentação saudável. A Frutaria, localizada no Villagio Iguatemi, disponibiliza hortifrutigranjeiros, cujo segredo do Tua Fruta, segundo os sócios, é a continuidade, ou seja, a não sazonalidade dos produtos. Eles são oferecidos o ano inteiro. Além disso, ali são encontradas frutas menos conhecidas, como tâmaras (de Israel), melão-rei (da Bahia), kiwi gold, manga sem fiapo, uva sem semente, cacau, avocado (do Chile), maracujá (da Colômbia), caju, jabuticaba, dentre outras. O Tua Fruta surge com a expertise dos sócios, que trabalharam - e se conheceram lá - numa importadora de frutas, ou seja, com o conhecimento do mercado.
O empreendimento trabalha também com eventos, atendendo localmente, e inova fornecendo tábuas de frutas para coquetéis/reuniões (como alternativa às tábuas de frios). Aposta também numa nova cultura: não perder tempo em escolher os produtos (disponibiliza todos já escolhidos, com aparências bem semelhantes) ou contratar um plano de assinatura mensal, com o qual você recebe uma cesta de hortifruti em casa.
Pudemos conferir também o Tua Fruta Café, no bairro São Pelegrino, espaço bem bacana, numa casa antiga de madeira, acolhedor, agradável e bonito. Pequenos detalhes revelam o cuidado com o ambiente: as plantas, as cores, pequenos objetos (como bonequinhas feitas com palha de milho, de artesãs de Antônio Prado).
Os alimentos igualmente são singulares: diversas opções de cafés, doces e salgados, inclusive veganos e vegetarianos, opções sem glúten e sem lactose. Frutas podem igualmente ser adquiridas ali e os sucos, preparados na hora (naturalmente e com as frutas do local). Dos cafés destacamos alguns: capuccinos com avelã, com doce de leite, com paçoca, café com nutella (agora ela aparece por tudo!), cafés gelados e com licor. Sem contar as kombuchas, bebida que não se encontra por aí, e que lembra as gasosas, de diferentes sabores, podendo, em eventos, substituir tanto sucos, quanto espumantes. Provamos a de morangos com hibiscos. Dos salgados, conferimos a empada de palmito e a quiche de alho-poró com tomate cereja (versão sem glúten e sem lactose). Vale lembrar que ambas podem ser acompanhadas de salada de alface, tomate, cenoura, beterraba e palmito. Salgados leves, bem saborosos e equilibrados. Com a salada ficam ainda melhor, já que a refeição se completa e as verduras vêm bem fresquinhas, novas e também saborosas. Por fim, provamos e aprovamos o café expresso, no ponto, e a torta de paçoca (base de bolacha de amendoim e manteiga, recheio de leite condensado e pasta de amendoim), excelente e imperdível!
O plano de franchising da marca abrange, além da frutaria e do café, o formato frutaria express, inédito no Brasil, que possibilita ao franqueado atuar em pontos comerciais como lojas de conveniência, shoppings, aeroportos, universidades, etc.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
VERA MARTA REOLON
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segunda-feira, 9 de março de 2020
CANTINA CABERNET: para conhecer a culinária local
Uma das diversas opções gastronômicas do Dall'Onder Hotéis é a Cantina Cabernet, do Grande Hotel, em Bento. Com forte apelo à identidade dos imigrantes italianos (mas não só!), a experiência é de cantina nos detalhes: parecendo uma cave, o restaurante fica no sub-solo do hotel, forrado com pedras basálticas, típicas da região. Nas paredes, objetos e garrafas de vinhos e espumantes antigos; as cadeiras e mesas, de palha e madeirame.
No quesito gastronômico, optamos pelo menu degustação, que é oferecido comumente. O couvert, constituído de bruschetta com tomate cereja e pecorino, queijo labneh (que vem na forma de bolinhos, à milanesa, com excelente sabor de especiarias) e polenta "brustolada" (aqui em versão diferenciada à que sempre se vê por aí: cortada em cubos (cuidadosamente) no tamanho do queijo, não em paralelepípedos, sem a casquinha na superfície e servida em palito para ser degustada junto ao queijo). Uma delícia, por nós repetida.
De entrada, salada de folhas com crispis de bacon, abobrinha grelhada e pão ciabatta com cebola caramelizada - esta última, uma ótima surpresa, de sabor bem equilibrado. O primeiro prato, um risoto parmesano com tomilho e filé parmeggiana com telha de parmesão deixou um pouco a desejar no que se refere ao filé - muito pequeno e desvirtuando o que caracteriza a nomeação "parmeggiana" (o que veio foi um medalhão à milanesa).
O segundo prato, bisteca suina com chutney de abacaxi e tortei ao molho de tomate e canela, infelizmente também decepcionou quanto a carne: uma lasca de bisteca muito pequena e seca, sem suculência. O tortei, no entanto, bem preparado, acabou suprindo a deficiência do prato.
O terceiro prato, polenta com gorgonzola e primo canto com folhas de sálvia crocante, novamente pecou na carne: também muito seca. Quanto às sobremesas, um trio, todas excelentes, bem servidas, de sabor equilibrado, sem excessos: panna cota ao vinho, tiramissú e canolli - destaque para o segundo, uma delícia!.
Cabe ressaltar que todos os pratos podem ser solicitados novamente depois de servidos em sequência. Destaque para o atendimento atencioso e prestativo. Um ponto a melhorar: o tempo de entrega dos pratos (já que estão previamente previstos no menu oferecido), demorado entre um e outro. No geral, uma ótima opção para conhecer e degustar a culinária local.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Fotos by@GuiReOli
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020
DOLCE ITALIA CAFFÈ: Alternativas Deliciosas
Da Universidade se espera - já falamos por aqui - que seu ensino seja aplicável, ainda mais em seus próprios espaços acadêmicos. É um dos princípios também da extensão, pilar universitário. Uma forma que a UCS encontrou para isso, c om a Escola de Gastronomia, foi a criação do Dolce Italia, Restaurante Escola, e, mais recentemente, o Dolce Italia Caffè, anexo à Livraria da UCS no Centro de Convivência. O Café proporciona oportunidade de trabalho a alunos, além de oferecer o que estes produzem em salas de aula. Tudo que ali está é feito na escola. Também serve como contraponto às inúmeras lancherias espalhadas pela UCS, inovando na criação e no menu alinhado à identidade italiana (o chef da Escola vem da Itália!).
Optamos pela sugestões do chef Mauro, diretor técnico da escola: a focaccietta, com presunto cru, rúcula e creme de queijo parmesão; a salada de salmão e limão siciliano; uma fatia de cheesecake de frutas vermelhas; e, é claro, como um café não poderia faltar, o affogato al caffè. Esse último funciona também como opção de sobremesa, já que é constituído por sorvete de creme mergulhado (por isso "afogado") no café. Aliás, muito bom!. Uma alternativa seria servi-lo com sorvete de chocolate, mesmo café ou até morango, realçando o doce.
Os pratos sugeridos, além de muito leves, são de um sabor bem característico: este equilíbrio é o que os torna singulares. O creme de queijo parmesão, embora possa parecer "pesado", com o presunto cru e a rúcula, contribui para o realce de sabores. A salada sugerida é um prato completo, serve como refeição, tendo em vista a quantidade oferecida e as fatias de salmão.
O Dolce Italia Caffè tem ainda opções de salgados, outros sanduíches, outras saladas, tábuas, sopas, e outras bebidas e cafés, alimentos que podem ser consumidos ali ou levados para comer onde você quiser. A excelência do restaurante escola, já por nós avaliado está também no café. O cuidado nos detalhes está também no fundo da xícara.
Vale a pena conferir!
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
VERA MARTA REOLON
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Fotos by@GuiReOli
domingo, 9 de fevereiro de 2020
É uma [Brazza]...."mora"???
Em Porto Alegre, é comum vermos amigos que se reúnem para "churrasquear", até mesmo no meio da rua (churrasco é a "coisa do gaúcho!). Em Caxias, foi uma surpresa encontrar o Brazza, um gastropub que impressionou pelos detalhes. Com o mote "é só sentar, comer, beber e curtir", tudo acontece do melhor jeito, o seu!. O ambiente é amplo, bonito, com aquele estilo descolado, e com opção de área coberta e ao ar livre. A comida é boa, diferente, ao mesmo tempo descontraída e elegante, porque simples, mas bem elaborada e sofisticada.
Há versões de espetos (com escolha do ponto da carne e molhos), espetos doces, picados, e carnes (com acompanhamentos com bruschettas e pão de alho), porções na tábua. Optamos pelas sugestões do Felipe, que nos atendeu exemplarmente: os espetos de "sushi gaudério" (filé mignon, queijo coalho, cebola roxa, enrolados no bacon) com geleia de pimenta; de "xixo de filé " (filé mignon, pimentão amarelo, pimentão vermelho, cebola roxa e tomate cereja) com molho chimichuri; e de "palmito, tomate seco e rúcula"; o "picado de vazio" com farofa e bruschettas de alcaparras; e, por fim, como sobremesa, o espeto doce "queijo coalho com doce de leite", uma perdição....Imperdível!!!.
Cabe o destaque, em todas as sugestões, para o equilíbrio do salgado, com o levemente adocicado, que casa muito bem com as carnes, bem preparadas e temperadas, suculentas, macias e com excelentes acompanhamentos, que não roubam a cena do astro - o churrasco - e só completam a experiência. Como mencionado, vegetarianos e veganos não ficam de fora, o espeto de palmito, tomate seco e rúcula é uma ótima pedida, muito saboroso. Os espetos, aliás, são ótimos como opção individualizada. Os picados, como forma de compartilhar a dois ou a três (aliás, nestes momentos não se vê muita gente " fissurada" no celular e não prestando atenção na companhia, pelo contrário), conforme a fome.
Optamos também por harmonizar tudo com o vinho branco frisante Macaw, da Casa Perini, uma ótima pedida com as sugestões dadas, já que não compete com a comida e trouxe refrescância e leveza à experiência. Excelente! .
Nas quartas, tem sempre música ao vivo, no melhor do MPB e do POP Rock internacional e nacional. No verão, quinzenalmente aos domingos, pagodão. O melhor: aquele cheirinho de assado no ar, como em churrascadas com amigos, clima de happy hour (mas não só). Ambiente despojado, tranquilo, para se divertir e se sentir bem! Ali não há pratos, até mesmo nesse detalhe há compartilhamento, já que tudo é servido em tábuas. Estabelecimentos como esse estão em falta, o que se evidencia na ocupação das mesas, que estão quase sempre cheias. Os preços são razoáveis e justos, tendo em vista que são carnes, bem mais acessíveis que as inúmeras pizzarias, hamburguerias e até mesmo cafés que se espalharam pela cidade. Para quem adora carnes, no Brazza também é possível fugir das tradicionais churrascarias e galeterias. Uma ótima escolha para fim da tarde e para noite, em qualquer dia da semana. Sem frescuras, aquela sensação de "não estar em Caxias", mas sem sair dela e do que nela é peculiar: o ótimo atendimento, atencioso e eficiente. Aliás, o que nos chamou atenção, a rapidez na entrega dos pedidos, tendo em vista o movimento por lá. Se continuar assim, o Brazza vai, e merece, crescer e expandir!.
Ah, e o serviço? É eficiente,rápido e eficaz. Como todos deveriam ser!!
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
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VERA MARTA REOLON
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segunda-feira, 27 de janeiro de 2020
Restaurante do "Parque dos Pinheiros" sob nova Direção
Com nova denominação o restaurante do Parque dos Pinheiros, agora RESTAURANTE DO PARQUE, em Farroupilha, existente e conhecido por nós há mais de trinta anos, está sob nova direção. Com vegetação exuberante e ambiente acolhedor o parque é um oásis dentro da cidade. Foram muitos os momentos que passamos ali: festas, jantares, reveillon. À época que, aos sábados, podíamos jantar e dançar na boate, éramos ainda mais assíduos. Gastronomia impecável, música boa....
Há um ano, o restaurante mudou de proprietários, esses de famílias sócias de restaurantes. À noite, atende apenas a festas particulares, mas a grande novidade é que, após onze anos, está reabrindo aos domingos, para almoços, assim como nos demais dias da semana, com serviço de buffet.
Mais interessante do restaurante é que oferece gastronomia para todos os gostos: tem costelão, peixes (incluindo salmão e bacalhau), comida japonesa, uma boa variedade de saladas, sobremesas deliciosas e muito mais.
O espaço continua lindo, aconchegante e receptivo. Retiraram as toalhas das mesas, seguindo tendência atual do uso de jogos americanos. Vale a pena conferir.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
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VERA MARTA REOLON
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segunda-feira, 27 de janeiro de 2020
Amplo Menu e Detalhes destacam ANTONIELLE
Espírito aventureiro, ânsia por aprender e disposição para inovar podem ser algumas das marcas do proprietário do Antonielle Restaurante, em Farroupilha, que leva seu nome. Com expertise de quem começou de baixo (e se orgulha disso!) passou pelas funções de auxiliar de garçon, garçon, maître e gerente de alguns dos principais estabelecimentos da gastronomia e da hotelaria da serra gaúcha (mas não só!), o restaurante se destaca pelo menu variado. São diversos pratos elaborados com peixes, camarão, bacalhau, filés, bauru, frango, além de risotos, massas (incluindo tortéi e nhoque) e saladas.
O Antonielle alia, segundo o chef, a técnica francesa de atendimento e a culinária italiana, que merece ser melhor explorada na região. O restaurante, ainda, dá uma grande importância à harmonização, evidente pela carta de vinhos e espumantes, contemplada em uma adega de destaque, no local que dá espaço a diversas marcas de países ícones, além de outros menos conhecidos, como África do Sul e Austrália.
Nesse quesito, optamos pelo Alfredo Roza, um Malbec 2016, de Mendoza, que harmonizou perfeitamente com um filé ao molho de alcachofras e gorgonzola, de sabor bem equilibrado, destacando-se o preparo, tendo em vista o característico do gorgonzola. O prato, assim como os demais, acompanha arroz, fritas, maionese e salada, além de entrada, ou seja, os acompanhamentos e entradas no Antonielle são trazidos sem a necessidade de solicitação e pagamento adicional, a moda antiga (o que sempre é muito bom!). Outro destaque é a atenção quanto ao serviço, de aquecer o prato conforme o alimento vai sendo consumido, ressaltando e mantendo o sabor. Como sobremesa optamos pela meia torta de sorvete com calda de chocolate, deliciosa e apresentada de forma estética primorosa.
O chef destaca alimentação em seu preparo com alimentos saudáveis, pratos independentes da forma e, principalmente, o uso de pouca gordura. Uma horta orgânica e uma compostagem completam a sustentabilidade do restaurante. Dedicação e paixão do chef pelo trabalho transmutam em um cliente satisfeito. Ambiente simples, porém acolhedor, inclusive com espaço kids, também são destaques.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
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VERA MARTA REOLON
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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020
Um pouco do Nordeste Brasileiro na Serra Gaúcha
Experienciar o Nordeste Brasileiro sem a necessidade de se deslocar. Esse é o grande trunfo da Expressivo Sabor, empresa aberta há seis meses em Flores da Cunha por empreendedora natural do Recife e que residiu onze anos em Petrolina.
O mais interessante: são seis pratos típicos - alguns tombados, ou em processo de tombamento, todos congelados, em porções para duas pessoas, não requerem acompanhamentos, ou seja, são refeições completas. Com MBA (Master Business Administration) em Gestão Empresarial, antes vinculada a saúde pública, a proprietária tem a preocupação de entregar pratos balanceados e saudáveis, sem corantes, nem conservantes. A Expressivo Sabor já atende a 30 estabelecimentos em Caxias, Bento, Farroupilha e Flores.
Os seis pratos são característicos das localidades que representam: o Cozido Pernambucano (feito com seis legumes e quatro carnes), a Quiabada do Pará (já que o Pará é o segundo maior produtor de quiabo), o Vatapá da Bahia (que comumente recheia o tradicional acarajé), a Bacalhoada Paulista (já que São Paulo é o maior produtor brasileiro de bacalhau), o Escondidinho do Piaui (feito com aipim) e o Escondidinho Carioca (com batata). A Expressivo Sabor estuda lançar mais seis novos pratos, inclusive para veganos.
Vale a pena conferir. São pratos preparados de forma pouco conhecida por estas "bandas". A felicidade de estar nos locais homenageados, a experiência da viagem: é esse também o objetivo da gastronomia. A Expressivo Sabor o atinge e tem muito potencial, tendo em vista a carência de comida nordestina por aqui.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019
UMA ESCOLA COMPLETA PARA A ENOGASTRONOMIA
Cada vez mais entendidas como manifestações artísticas, a gastronomia e a enologia - ou, em outros termos, a enogastronomia - integram o que já chamamos de artes não convencionais, já que muitos ainda não as olham como obra de artistas, tendo em vista, talvez, o seu caráter utilitário. Programas de TV deram visibilidade a outros aspectos da comida - o processo produtivo, a forma aliada ao conteúdo, a composição, a harmonia de ingredientes e pratos. A enologia, por sua vez, vem sendo impulsionada pelo turismo e pelas visitas guiadas às vinícolas.
Criada em 2004, em Flores da Cunha, com missão institucional de difundir a cultura do gosto e da gastronomia italiana na América Latina, a Escola de Gastronomia da UCS surge no escopo desse cenário contemporâneo. A Escola, nesse sentido, a partir de parceria com o ICIF, Italian Culinary Institute for Foreigners, explora o "made in Italy", a cultura envolvida na enogastronomia daquela procedência. Tanto nas instalações, como nos equipamentos, na didática dos cursos, o Know-how italiano está presente. Uma estrutura diferenciada, com prédio de 1,5 mil metros quadrados adaptado para o ensino, a Escola conta com sala de degustação-enoteca (já que, em parceria com a Federazione Italiana Sommelier Albergatore Ristoratori, realiza atividades de educação em sommelerie), sala de panificação e confeitaria, sala de aula prática, auditório para aulas de demonstração, além do restaurante-escola e vestiários.
A Escola oferece cursos em diferentes graus de ensino: desde cursos de extensão (chef de cozinha, sommelier de vinhos e azeites, master em panificação, master em gastronomia funcional) até os cursos de graduação e pós graduação (especialização e MBA). Além dos parceiros educacionais, a Escola só foi possível com a parceria institucional da prefeitura e do Centro Empresarial de Flores da Cunha, e com o patrocínio de diferentes empresas da região (das áreas de móveis, alimentos, vinhos, utensílios e comunicação).
Mauro Cingolani, diretor técnico desde 2008, natural de Piemonte (Itália), professor desde a fundação da Escola, acredita que uma das missões formativas da instituição é a humildade para o aprendizado. Aliada ao talento, ela é fundamental, segundo o chef, já que sem a qual, nada será aprendido, o aluno, pretensioso, sairá como entrou!
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019
DOLCE ITÁLIA: Um acerto em todos os sentidos
O despretensioso com o requintado, o pitoresco com o sublime, tais combinações estão presentes no Dolce Itália, o restaurante escola da Escola de Gastronomia da UCS. Localizado junto a esta, no antigo Parque da Vindima, reformado, nos surpreendemos com o atendimento de alto nível: um serviço impecável, sem soar arrogante. O melhor do "made in Italy" está ali, um alto padrão gastronômico que foge da tradicional cantina e do cardápio colonial muito presente em nossa culinária. Ainda assim, o Dolce Itália privilegia os vinhos da região - há que valorizá-los, tendo em vista sua qualidade, segundo Mauro Cingolani, diretor técnico da Escola.
O menu requintado privilegia os ingredientes locais e sazonais, respeitando o território em que está inserido. Assim, há um equilíbrio do modo de fazer à italiana e o próprio da região, que é de colonização italiana e se destaca na cultura da uva e do vinho. Diferentes referências culturais estão presentes em seu menu, aliando tradição (massas, risotos, carnes) e contemporaneidade (frutos do mar, nozes) em sugestões de primeiro e segundo prato.
Optamos pela sugestão elaborada do chef, Franco Gioelli. Como aperitivo - independente de escolha, foi oferecida bruschetta com pasta de bacalhau decorada com brotos de feijão, além de fatias de duas variedades de pão, divulgando um dos carros-chefe da Escola, seu master em panificação. O preparo da pasta lembrou os bolinhos de bacalhau, uma excelente escolha para abrir o apetite. O antipasti, um mix de folhas ao molho de hortelã, apresentava um visual muito bem construído já que composto também com morangos. A acidez doce destes harmonizou perfeitamente com as folhas hidropônicas de alface e rúcula, cujo sabor também é marcante.
Como piatto principali, stinco bovino braseado ao vinho tinto e risoto à parmegiana. Destaque para a combinação de risoto com carne, que sempre dá certo. Esta última, cuja maciez (quase se desmanchava apenas com o garfo) e suculência, proveniente também do preparo com vinho estava primorosa. O risoto, perfeito no ponto, macio e cremoso.
De dolce, panna cotta, uma ótima pedida para dias quentes e para o almoço, já que muito leve, com o sabor doce bem equilibrado com a calda de frutas vermelhas. "A pior parte", como bem disse um dos garçons não poderia pesar após o prato principal, que já era bem robusto. Um acerto em todos os sentidos!. E o São Lourenço, porquê está aí?...Ora, porque é o santo protetor dos cozinheiros. Daí também a data de inauguração da Escola ser o dia que a igreja dedica a ele.
E a vista? Spettacolare!
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
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VERA MARTA REOLON
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Fomos ao Innamorato pensando que era mais um dos cafés que abriram em Caxias. A expectativa era encontrar mais do mesmo com alguma diferença no máximo. Nada melhor que ser surpreendido - e muito!
Só de abrir o cardápio já nos impressionamos. Afinal excelentes fotos saltam aos olhos, além do texto de abertura que condiz perfeitamente com a proposta do local. Vejamos por quê. O Innamorato nada tem de comum. Obviamente que se vocês quer aquele pão de queijo o pastel assado, vai encontrar por lá além de pequenos quiches. Mas vai muito além.
A infinidade do cardápio dá "água na boca". E deixa qualquer freguês de primeira vez com dúvida do que consumir. São crepes salgados e doces, massas, foundue, batata frita, brownie, pancakes, cremes, pizza, sopa no pão, burguers, açaí, banana split, milk shake, bebidas quentes, cafés, capuccionos. E, o mais surpreendente, as taças com e sem sorvete.
Resolvemos provar salgado e doce. Optamos pelo crepe francês salgado, de dois sabores (bolognesa e cogumelos com gorgonzola), com massa bem fininha, bastante recheio, saboroso, bem temperado e leve, uma refeição bem equilibrada.
São tantos os sabores das taças, que o cardápio é cruel. Optamos pela taça Raffaello, de sorvete de côco, recheada com morangos e ganache de chocolate branco, decorada com beijinho de côco, côco ralado e Raffaellos. Uma perdição!
Para acompanhar ambos, escolhemos um outro diferencial do Innamorato que vale muito a pena experimentar, inclusive para fugir do convencional. Eles preparam ótimas sodas italianas (com essência, gelo e água gaseificada). São diversos os sabores. Fomos de frutas vermelhas e maracujá. Excelentes!
Por fim, não poderíamos ir a um café e não pedir a bebida que o nomeia. Optamos por expresso com menta, que também não se vê por aí e equilibra o doce e o amargo perfeitamente.
Não há como não se apaixonar pelo Innamorato (apaixonado), que já nasce enamorado, pela gastronomia e pelo que ela representa, artisticamente, como experiência e vivência.
E observe-se até o detalhe dos talheres fechados com o lacre do café! Detalhes que fazem a diferença!
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
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VERA MARTA REOLON
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domingo, 17 de novembro de 2019
SUGESTÕES DO CHEF SURPREENDEM NO Z CAFÉ
Conhecemos o Z Café há mais de dez anos. Frequentávamos a unidade do Shopping Iguatemi, em Porto Alegre, seguidamente, e adorávamos o medalhão de filé mignon com polenta (além de outros pratos e sabores), assim como o sanduíche com baguetes. Depois de dividir nossa vida entre Porto e Caxias, nos afastamos um pouco, ao que a unidade não existe mais - apenas em sua versão quiosque - e o prato também saiu do menu.
Voltamos ao Z na última segunda (11), na unidade Bela Vista (a mais completa gastronomicamente) e fomos muito bem recebidos. Sabe-se que, quando se é cliente sempre se tem razão - a recepção no Z sempre foi muito boa. Mas, desta vez, foi calorosa: o proprietário Sandro Morganti Zanetti (daí provém o nome Z - sobrenome dos dois irmãos sócios) e o chef Henrique Fülber Antunes nos recepcionaram com um brilho no olhar, um sorriso no rosto e uma boa conversa - o que deixa tudo melhor. Mas não ficou por aí.
Diz alguém: "o que torna um sabor memorável?" (sic), e responde: "a experiência!" (sic). Dizemos nós: o que torna o sabor inesquecível é a junção de temperos e misturas ao gosto e entendimento do mestre que os produz: produz com talento que evidencia sua arte. O sabor produzido retoma suas memórias, na tradição alicerçada em seu nome, em sua família.
Imediatamente fomos surpreendidos pela sugestão do chef: o drink 007: o Z é tradicional nos happy hours - e, com isso, pudemos comprová-lo. Podem perceber que, de tão bom, leve e saboroso, lembramos da foto só quando restava metade do drink. Preparado como o clássico de James Bond (o do filme) leva gin e Lillet , mas com o toque do Z: nais purê de abacaxi, água com gás e hortelã. Só de lembrar dá voltade de voltar e pedir um.
Outra surpresa: a entrada também sugerida pelo chef, do "bolinho de batatas que não é da vovó" - dois bolinhos grandes acompanhados de um molho a base de ketchup picante. Muito cremosos e macios por dentro e crocantes por fora, com um toque de queijo que deixou a carne moída ainda mais saborosa. Uma delícia, inclusive como sugestão também de happy hour, que pode ser harmonizado com espumante ou cerveja, de acordo com a preferência.
A unidade Bela Vista do Z é realmente muito completa, o que se evidencia no menu, diferenciado pelas opções de café da manhã e happy hour, além de sorvetes, salgados, omeletes, hamburgueres, sanduíches e das opções de alta gastronomia:massas, cremes, risotos, peixes e carnes.
Seguimos no método, aceitando as sugestões do chef - o que foi ótimo, pois Fülber se disponibilizou às explicações durante o processo de degustação: salada caprese e risoto de moranga com crocante de presunto parma. Ótimas escolhas, já que a com binação aliou forma/apresentação (especialmente na salada construída como torta, em camadas, acompanhada de um pão tostado feito por eles) e conteúdo (texturas, aromas e sabores do risoto, ainda mais com o crocante). Harmonizamos com o espumante Horus brut, uma ótima pedida. Por fim, aceitamos a sugestão de sobremesa: o cheesecake de frutas vermelhas, cujo equilíbrio do doce com o ácido é especial.
Cabe o destaque para a filosofia do chef, que, nas suas palavras, valoriza o ingrediente, em detrimento de modismos. "O ingrediente deve chamar a atenção" (sic), segundo Fülber, ao que concordamos: a gastronomia é antes sabor e aroma, depois forma (a forma apresentada do prato também é importante, mas não deve ser o mote principal, ela é subalterna) . Destaque também para dois ou três aspectos: a decoração do ambiente interno, a música leve e descontraída de fundo e o fato do Z ser pet friendly, servindo até água para um "pitoco" que "jantava" próximo a nós. Só elogios!!.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
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VERA MARTA REOLON
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segunda-feira, 28 de outubro de 2019
ATENDIMENTO, DECORAÇÃO E SABOR: Destaques do Arte in Tavola
O nome - Arte in Tavola - já chama atenção, tendo em vista nosso pressuposto que é o de avaliar restaurantes e hotéis, por exemplo, também como obra de arte - verificando se assim podem ser identificados, por sua singularidade e diferenciais. No folheto, um slogan de impacto - "lugar perfeito para saborear a vida". Quem conhece a identidade italiana, sabe que a mesa, no caso a farta, é o lugar de convívio, de socialização, da família e da amizade, do encontro, enfim, da vivência. Embora de gastronomia nomeadamente italiana, o Arte in Tavola tem serviço a la carte empratado - o que o difere das cantinas, que enchem a mesa com inúmeros acompanhamentos, além do prato principal solicitado. O sabor, no entanto, não nega a procedência identitária (já que o chef que preparou os pratos para o restaurante é genuinamente italiano, diretor da escola de gastronomia da UCS).
São risotos, massas e carnes bem variados. Fomos surpreendidos pelo couvert - que se mostra cada vez mais raro nos restaurantes, ou apenas se é pago: pedaços de pão caseiro, com uma deliciosa geléia de bergamota (um destaque importante!) e queijo minas com ervas finas e azeite de oliva.
Pedimos de entrada a bala de massa folhada (para conhecer) e a salada de rúcula. Imperdíveis!
Como pratos principais, compartimos o nhoque de mandioquinha e contrafilé de cordeiro. Tendo em vista o leve toque adocicado dos pratos (o damasco na salada, a mandioquinha, e os legumes assados), optamos pela harmonização com o espumante moscatel Perini: uma ótima combinação.
Por fim, como sobremesa, escolhemos o sorvete Arte in Tavola (sabores capuccino e flor de leite): uma delícia acompanhada de calda de framboesa e casquinha de sorvete. A gerência nos sugeriu um excelente digestivo, que também nos surpreendeu: o limoncello, produzido pelo chef da casa, um licor de cascas de limão siciliano.
Cabe o destaque para o atendimento do restaurante, hospitaleiro e despretencioso, o cuidado (por exemplo, em esquentar o prato), mas principalmente a decoração, cheia de objetos históricos (quase um museu), iluminação intimista, jogos americanos rústicos: um tom muito acolhedor. Vale lembrar que o Arte in Tavola está localizado no Farina Park Hotel.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
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domingo, 13 de outubro de 2019
TARTONI: Italiano nos detalhes
Conhecemos o Tartoni há pelo menos dez anos. Quando residíamos apenas em Porto Alegre, era nosso restaurante preferido, não só pela conveniência (já que sempre gostamos do cinema do Shopping Bourbon Country e sua peculiaridade de ter em cartaz filmes fora da cadeia mercadológica), mas pelo cuidado empregado ali (Tartoni). Importante ressaltar que esse cuidado não se converte em "frescura". O Tartoni é um restaurante de culinária italiana - e se orgulha disso: seu slogan é "italiano de cardápio e alma". Mas não é uma cantina, logo não tem o costume de encher a mesa fartamente.
A italianidade ali está no preparo dos pratos, no atendimento ao mesmo tempo despreocupado e atencioso (chamou atenção que, na contramão da alta rotatividade de alguns estabelecimentos, o Tartoni mantém ainda da época que éramos assíduos frequentadores, ao menos dois garçons).
Italianos são também os ingredientes: muito queijo, de diferentes tipos, e o que caracteriza aquela culinária, os risotos, as massas (também em suas versões tortéi, torteline, sorrentino), as bruschettas como entrada. Optamos, por exemplo, pela Bruschetta de Formaggio, simples no preparo, mas excelente para "abrir o apetite": torradinhas com pedaços de tomate e muito queijo derretido os cobrindo (mais o sabor!).
Há inovação no Tartoni. A salada que escolhemos, "pera e gorgonzola", é prova disso, ao propor essa harmonia de sabores. Vale o destaque para as opções de carne, já que, em sua maioria, acompanham ou uma massa, ou um risoto, mesmo uma salada. Uma boa experiência, já que enriquecida: vale experimentar diferentes texturas, sabores e aromas, numa mesma pedida. Nossa opção: Filetto ai Funghi, excelente filé ao molho de funghi secci, que veio acompanhado de risoto aos quatro queijos. Imperdível harmonização com pratos como esse - e muitos do Tartoni - é o vinho chileno da Casa Silva (da variedade Carmenere), que pode ser pedido em meia garrafa, uma solução para aquelas mesas em que um dirige e não pode (e não deve) beber.
Ficamos tentados pela sugestão do restaurante, um novo prato, que inova em ingredientes não tão italianos: um espagueti de lula com frutos do mar. Mas fica para uma próxima.
De sobremesa - novamente a dúvida (!!??) - optamos pela Torta di Nocciola e Cioccolato. Para quem gosta daquele chocolate com avelãs e castanhas (sabe qual, né?), uma "perdição"!.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
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sexta-feira, 11 de outubro de 2019
DEVOTAR E DEVORAR na DEVORATA
A mensagem que figura na entrada da Devorata evoca o significado empregado pela fábrica: expressa e dá sentido à trufa; remete ao afeto, desprendimento, devotamento; dá vontade de devorar e sentir estrelas no céu da boca. Ao que Mariana, uma das proprietárias, disse: "é no que acreditamos" (sic).
O "fazer trufas" surgiu há mais de trinta anos, como forma de sustento da mãe de Mariana, a outra sócia, diante da necessidade financeira de criar a filha: surgiu as "Trufas da Ju" (da Jurema). Começou produzindo, além das trufas, doces e salgados. Há treze anos, por sugestão da irmã Luciana, Jurema impulsiona Devorata, com profissionalismo, registro comercial, etc. É o embrião da boutique , que hoje está também no Vale dos Vinhedos.
Em fevereiro de 2015, Mariana entra na sociedade, com formação na área do turismo. A expansão, no entanto, é mais recente - julho de 2018. A Devorata, nesse tempo, abre filial na Avenida Independência, em Garibaldi, bem em frente a Vinícola Garibaldi, numa real parceria de sucesso, cujo ápice acontece na harmonização "Taça e Trufa", de vinhos e espumantes, com os chocolates, iniciada neste ano(2019).
A Devorata trabalha com dezesseis sabores naturais, não usa gordura hidrogenada, chocolate sempre é novo. Na "caixinha degustação" são cinco os sabores: trufa branca com castanha, trufa espumante, trufa meio amargo, trufa nozes e trufa tradicional. O cuidado, o feito a mão, o artesanal está em tudo, não só nas trufas, produzidas uma a uma, mas nas embalagens, no atendimento.
O objetivo da experiência é criar memórias afetivas (segundo a proprietária), algo tão raro hoje em dia e, por esse motivo, tão difícil de ser alcançado.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
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sexta-feira, 11 de outubro de 2019
CAFÉ COM ARTE BISTRÕ: Artesanal em todos os detalhes
Uma casa construída em 1952, que funcionou como residência até 1995 e que depois foi uma associação de artistas com pequeno café, abrigou uma escola de música e até um brechó. Este é o cenário do Café com Arte Bistrô, de Bento Gonçalves, um espaço que serve almoço e janta, de terça a sábado, desde hamburguers até pratos mais elaborados, sob o comando da nutricionista Simara Rosalem e seu companheiro, fotógrafo da área gastronômica. O sonho de ambos de ter um restaurante se concretizou em 2015, quando surgiu oportunidade de comprar o Bistrô. O amplo jardim ao lado, transformado em varanda, é um excelente espaço para festas ou um happy hour, no verão ou no inverno.
O ambiente, não só por manter toda a estrutura original da antiga residência, lembra uma casa, acolhedora e intimista, com detalhes como livros do casal proprietário e objetos antigos garimpados. Nas pareces, arte, para lembrar também do passado recente do ambiente. Aliás ali confluem o ontem e o hoje. Tudo lembra o artesanal. Com a alimentação não seria diferente: pães, massas, molhos, tudo é produzido ali; temperos artificiais não são usados.
Para valorizar o que a serra gaúcha tem de excelência, Café com Arte optou com uma carta de vinhos exclusivamente gaúcha. Nesse sentido, optamos pela meia garrafa (não podemos beber mais a trabalho, claro!) da Vinícola Dal Pizzol, um cabernet sauvignon, o que harmonizou perfeitamente com nossas escolhas: um filé mignon ao molho quatro queijos, que acompanha risoto de nozes, muito saborosos e uma salada caprese. Cabe o destaque para a entrada oferecida pelo restaurante: fatias de pão caseiro macio e quentinho e um patê de ricota e gorgonzola. Ficamos conversando com Simara e, passando das 23 horas, a cozinha fechou e não pudemos pedir uma sobremesa. Uma lástima.
Vale lembrar que o Café com Arte é pet friendly e, com certa frequência, produz almoços especiais com os pets.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
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VERA MARTA REOLON
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Entrar num restaurante, ser bem recebido pelo recepcionista, deparar-se com um ambiente acolhedor e agradável e, principalmente, com um aroma que "dá água na boca" já é algo que, pode-se dizer, raro hoje. Ainda mais se o restaurante estiver localizado em um shopping center. Mas é o que acontece no Fratello Sole, do Shopping Iguatemi, em Porto Alegre.
Do italiano "Irmão Sol", o nome Fratello Sole evoca São Francisco de Assis, presente em bela escultura no bar do restaurante, o santo revolucionário que abdicou de suas posses e foi o pioneiro do que hoje se proclama como ecologia e sustentabilidade (já no século XII), integração com a natureza, etc. Poderíamos até dizer emblema do cuidado, que é uma sensação experienciada no Fratello Sole.
Fomos numa quinta-feira, dia em que o restaurante estava quase cheio (fruto de muitas mesas com aniversariantes, que são festejados com PARABÉNS - entoado pelos funcionários - bolo e vela), mas, mesmo assim, o atendimento foi excepcional e muito particular pelo garçon Jaime.
Harmonizada com vinho da Casa Silva (da variedade Carmenere), de acidez bem equilibrada, robusto e com tanino encorpado, pedimos uma pizza grande, Gamberi Al Sugo, Funghi Trifolatti e Spirito Santo. Massa fininha, muito saborosa. Como acompanhamento a salada Amarela, com pasta de atum, uma excelente pedida , com aspargos, cenoura, broto de alfafa e folhas verdes (primorosamente preparada - como é costume do Fratello). Por fim, de sobremesa o Sorvete à Fratello, imperdível!.
Impecável em cada detalhe, ao Fratello Sole só temos elogios.
Mas claro que o Fratello não tem só pizzas. Esta foi nossa escolha no dia. Vale conferir!
Ainda, o prato, o serviço te permite levar uma "marmitinha" para seguir sentindo o sabor!.
Lembrando que o restaurante também tem serviço de dellivery.
E o restaurante reserva (como bom "restaurateur") um espaço para crianças gostoso e acolhedor.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
VERA MARTA REOLON
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Fotos by@GuiReOli
sexta-feira, 27 de setembro de 2019
DADO GARDEN GRILL REFLETE MISCIGENAÇÃO
Nosso estado é fruto de uma mistura de culturas. Muitos habitantes são filhos de famílias de origem diversa. Com isso, não apenas os costumes, mas os gostos são moldados por essa diversidade. A Dado Garden Grill localizada no 1º andar do Shopping Praia de Belas, em Porto Alegre, reflete a miscigenação do RS.
Nada melhor, diante da dúvida, poder usufruir de "tudo um pouco". E a Dado proporciona isso. Num ambiente super confortável, bonito e espaçoso (que possibilita maior privacidade das mesas, algo que sempre buscamos em nossas escolhas de restaurantes), com iluminação agradável, diversas ilhas disponibilizam, em formato de buffet, a culinária gaúcha, italiana, brasileira, japonesa. No dia em que estivemos por lá, a culinária árabe era destaque. Sem contar a ilha das saladas.
Então, para quem gosta de diversidade, a Dado Garden é uma ótima escolha, já que do churrasco às massas, da feijoada à batata frita e o pastel, o sushi, o cliente vai encontrar de tudo. Cabe destacar que o atendimento é excelente. O chef de cuisine, Lucas Pereira, se colocou a disposição para esclarecimentos (mas, que esclarecimento maior que o sabor experienciado!). Os garçons,prestativos, estão sempre com um sorriso no rosto e um brilho no olhar, principalmente quando entoam "Parabéns" aos aniversariantes.
O preparo e o sabor dos alimentos também são destaques, especialmente no que se re fere às carnes. E o que dizer dos doces caseiros?. Do pudim à mousse de chocolate, do manjar de coco ao quindim, tudo com um sabor incomparável, sem economias. Não podemos também deixar de mencionar a decoração - uma cascata em meio às pedras - e da parede de horta, localizada na entrada do restaurante, aspectos que comprovam a preocupação da Dado Garden Grill - lembrada por seu chopp - não só com o lado estético, mas com a organicidade dos alimentos, o que hoje se propaga como "comida de verdade".
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
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VERA MARTA REOLON
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Fotos by@ GuiReOli
quinta-feira, 20 de junho de 2019
Decoração é ponto alto da Quarta Edição do Cozinha Gourmet
Um salão com galhos de plátanos secos no teto, iluminados por cubos etéreos. Ninguém poderá dizer que a decoração não tinha de uma estética primorosa e, na verdade, surpreendente. Elogiada, chamou atenção na Quarta edição do Cozinha Gourmet, jantar harmonizado, promovido pelo Recreio da Juventude, em associação com a Confraria União Cooks, do Grêmio Náutico União. A proposta: apresentar cinco pratos concebidos pelos "confreiros", harmonizados com vinhos e espumantes da Vinícola Salton (parceira no empreendimento). Mais uma vez cabe o destaque para a organização e para a decoração.
Claro que, no que tange à organização, pensamos que um serviço à francesa, neste tipo de evento, seria o ideal, tendo em vista que os pratos eram entregues prontos, decorados. Quanto à apresentação dos pratos, só cabem elogios. Mas por quê, então, obrigar as pessoas a levantar, formar filas (filas essas que atrapalhavam os que estavam à mesa - fila - mal dos brasileiros!). Talvez, o que desejavam era o contacto entre "confreiros", mostrando seus dotes culinários, e o público. Mas por quê não entregar os pratos nas mesas, numa ordem estabelecida, em que cada chef apresentasse, ao microfone, como o prato foi concebido?
Aliás, quanto à ordem dos pratos: não havia. Já falamos por aqui da harmonização Taça e Trufa, da Vinícola Garibaldi, um exemplo (vale ler!). Cada pessoa, no Cozinha Gourmet, começava por uma cozinha (eu-por exemplo , comecei pela 5) e seguia pelas demais aleatoriamente (chegou-se a um ponto onde pratos haviam acabado, simplesmente!). O ideal, na nossa concepção: uma ordem estabelecida, iniciando por entrada (salada, por exemplo - por qual razão inimaginável um chef não pode ser detentor de uma ideia de bela salada?) , três pratos quentes(verdadeiramente quentes), finalizando com sobremesa (que poderia ser harmonizada com espumante Moscatel). Assim, todos provariam de tudo, o que não aconteceu (a maioria provou três, no máximo quatro pratos). No entanto, eram cinco pratos (supostamente) quentes. Neste quesito (aliás, em outros também , comprovado pelas filas que se formavam na Cozinha 2) foi destaque o Filetto con Formaggio e Polenta com Salsa Rossa - servido quente (opa!), com sabor e preparo de excelência, bem harmonizado com o vinho proposto. Destaque também para o Lombo Crocante de Bacalhau em Cama de Especiarias (da Cozinha 5 - nem todos puderam prová-lo - infelizmente!).
As Cozinhas, no entanto, se caracterizaram por pouca diversidade na Forma (que é o que se procura também num jantar harmonizado). Dizemos isso, pois todas eram configuradas por um item principal (no geral uma carne ou fruto do mar - camarões, filé, cordeiro, bacalhau, pato), associado com item mais pastoso (creme, molho, crosta de ervas). Cabia mais diversidade: massas, risotos, por exemplo, ainda que mais comuns. Uma lástima também foi que os itens mais pastosos, no geral, eram servidos frios, e não tão combinativos com os itens principais, uma reclamação geral, pelo que pudemos observar dos convidados.
A diversidade de forma também foi pouca no que se refere aos vinhos escolhidos - todos da categoria intenso, muito parecidos, diversos apenas na variedade de uva. Todos secos (correto!), porém com aroma e sabor muito parecidos. Um único espumante se destacou.
Até o café, que o RJ serve tão bem em outros eventos estava frio. Uma pena!
A proposta era excelente. O resultado final, infelizmente, não!.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
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VERA MARTA REOLON
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terça-feira, 11 de junho de 2019
Empadas com Estilo
Diz-se que há estilo quando há assinatura, marca de uma singularidade, o que só acontece numa fase posterior a uma técnica aprimorada, um fazer com expertise. É o que se pode falar das empadas de Dona Silvia Maria Siqueira dos Santos: empadas com estilo.
A crise financeira, especialmente no que concerne à situação dos professores estaduais, talvez tenha sido a responsável pela revelação de um talento. Certo é que este surgiu e fez sucesso.
Inicialmente de forma mais tímida, as empadas eram feitas apenas com dois recheios: frango e espinafre. Foram ganhando versões: massa integral, de grão de bico. Os temperos foram se aprimorando. Silvia aceita sugestões e as últimas novidades foram a massa de moranga e o recheio de atum com ervilha.
A expertise não pára e está sempre criando!.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
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quarta-feira, 29 de maio de 2019
Expertise com Estilo na Refeição Completa da Zaccaron
Quando uma expertise deixa de ser só um saber fazer bem para um fazer com estilo, um produto, ainda que mercadológico pode ser considerado obra de arte. É o caso da Zaccaron Alimentos, empresa do Vale dos Vinhedos que, em pouco tempo (cerca de quatro anos) e com poucos funcionários (quatro , além das duas proprietárias), produz mais de dois mil quilos de deliciosos sorrentinos por mês, além de molhos, manteigas com sabor, antepastos e os in comparáveis dolcettos, sorvetes artesanais.
Com uma carteira de clientes com mais de cinquenta redes (supermercados, delicatessen, restaurantes), a Zaccaron prima por produtos artesanais, mais naturais, não adicionando químicos para conservação dos alimentos (apenas o congelamento) e livres de gordura hidrogenada. A coloração dos sorrentinos, por exemplo, é realizada só com o uso de ingredientes naturais (berinjela, manjericão, beterraba). E os sabores são inigualáveis - cabe destacar a variedade e a diversidade de recheios, não encontrados em outras marcas. Aliás, a Zaccaron está sempre aberta a novos sabores, provenientes de dicas de clientes: "a degustação abre portas" (sic). Só para citar alguns sabores: alguns provados por nós - caprese; ricota, tomate seco, manjericão e nozes; integral com legumes; carne de panela; queijos; vinhos com parmesão. Super destaque para dois sabores que transformam as massas em sobremesa: brie, nozes e mel; e limão siciliano. Sem palavras! (elas seriam insuficientes) para este último.
A refeição é completa com a produtos Zaccaron (aliás, a empresa, que agora é uma indústria em expansão, começou como restaurante), já que fornece antepastos (destacamos o mediterrâneo ), o prato principal (os sorrentinos e molhos como tomate e queijo) e a sobremesa (os dolcettos caldo - quase petit gateaux - e freddo - provamos o de chocolate branco com nozes e o de limão siciliano e ficamos nos perguntando como um investidor não abre uma sorveteria só com esses freddos, que seriam doze sabores de sucesso, sem dúvida alguma!).
Falar é pouco. Tem de provar e se apaixonar!
fotos by @GuiReOli
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
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Terça-feira, 14 de maio de 2019
Projeto DIVAS decai na excelência
Já participamos de três edições do Projeto DIVAS, no Recreio da Juventude. As duas edições do ano passado, como já comentamos, foram excelentes e, uma em comparação à outra, subiram em nossa avaliação. Sabe-se que o projeto contempla gastronomia, um show ao vivo e uma festa com D.J.. Ambas as edições ficaram sob a responsabilidade gastronômica do Aristos: na primeira, foram servidos dois pratos quentes (além de entrada de canapés e caldo de feijão, salada e sobremesa); na segunda, três pratos (além de canapés, salada, sobremesa e, na madrugada, durante a festa um mini X.Os shows condiziam com o divulgado, atentando-se aos artistas homenageados e com performance de três cantores intérpretes.
Nesta última edição, ocorrida no sábado (11.05), tudo decaiu em qualidade. O serviço esteve a cargo do Nostra Cuccina, cujo cardápio foi inferior ao do Aristos: na elaboração/composição, no tempo de servir (muita demora entre um prato e outro) e na temperatura dos alimentos (servidos frios - quando a proposta era que seriam pratos quentes). Os canapés , servidos no ano passado a medida que os convidados iam chegando, nesta edição foram servidos minutos antes da salada (entrada). Reduziu-se de três para dois pratos quentes. O show não remeteu aos artistas homenageados: Tina Turner, Aretha Franklin, Bruno Mars e Michael Jackson. Este último sequer teve uma canção entoada na voz de dois (e não mais três) intérpretes. Pouco (uma música de cada) se ouviu dos demais.
O que houve?
Guilherme Reolon de Oliveira
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terça-feira, 5 de fevereiro de 2019
Quando um doce é obra de arte
Olha aí o que recebemos de presente outro dia. Embalagem, produto, tudo é detalhe, tudo é cuidado!.
Diz-se que há estilo quando há assinatura, ou seja, singularidade, diferença. Foi Mário Quintana que lembrou: “estilo: deficiência que faz com que um autor só consiga escrever como pode”. Uma pitada de destaque é essencial, outra de criação. Na arte, o estilo se faz pela união de PRESENÇA e SENTIDO, que só acontece pela fusão de técnica com o fazer singularizado, ou seja, do universal com o particular, ou melhor, de um particular que se torna, pela sua singularidade e estilo, universal. É esse o mote de Daniela Ferronatto, inclusive quando, em sua marca, associa os doces produzidos pela união do fouet com o coração.
E isso se percebe em cada detalhe, desde a embalagem até o sabor. A embalagem do Kit degustação (nosso presente) já vale por si: com um cartão de Boas Vindas, um laço branco e a tampa transparente (deixando ver os sabores, cores, ..), para que os doces (os reis da festa) apareçam. Dentro eles, é claro, acomodados em um lenço. Ah, e sabe aqueles papeizinhos que acompanham os doces, com aqueles franzidos sempre iguais? Esqueça: até nisso, Ferronatto inovou, e cada doce está depositado em uma pequena caixinha, icônica. Preocupada com a higiene (e as determinações da Vigilância Sanitária), até o papel dessa caixinha é diferenciado , com material impermeabilizante.
Sobre os doces: Daniela brinca com cores e formatos, sabores e misturas. O foco é o chocolate, fruto também do casamento (pessoal e profissional) com o marido, cuja família tem tradição no ramo gastronômico. As ideias surgem à noite, como sonhos, que a doceira anota e discute depois com seus funcionários, e a partir da sugestão de clientes – preferências, por exemplo, por frutas, por dosagem do cacau. Sendo o chocolate seu foco, Ferronatto destaca que o segredo é a menor quantidade de ingredientes diferentes possível: mais chocolate puro, esquecendo artificialidades como o hidrogenado.
Cada doce produzido por Daniela é produzido artesanalmente. Desde a origem - a empresária é formada em Administração de Empresas, com PG em Marketing - procurou se diferenciar, assim que percebeu uma carência na área de doces , quando realizou seu primeiro evento, um casamento, nos idos do começo do século XXI. Desde então, conheceu a técnica do chocolate e procurou se profissionalizar no visual, no design, tendo a criatividade como mote de trabalho.
Intuitivamente, o doce de Ferronatto é obra de arte. “o doce olhando para ti” (sic), desejo de Daniela, parece vertido da teoria de arte de Didi-Huberman: “o que vemos, o que nos olha”. Cada doce produzido é vitrine, e um ensinamento. Sem dúvida a artista atinge seu objetivo: ensinar a comer bem o chocolate. Isso e muito mais. Vale o investimento. E presentear!!!!...Por quê não???
VERA MARTA REOLON – MTb 16.069
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA – MTb 15.241
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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019
Gaúchos e Tradição!!!
Estamos no Rio Grande do Sul.
O que se espera desta informação?
Que, ao menos, tenhamos churrascarias.
O Brasil inteiro, e fora dele (até em série de TV apresenta franquia de churrascaria gaúcha) importou churrascarias e seus estilos dos rio-grandenses.
O Estado e os tradicionalistas com sua história e histórico citam o 35 (Trinta e Cinco) como primeiro CTG criado. Pois o 35, bem situado em Porto Alegre, montou o serviço de churrascaria com show, há já algum tempo. Serviço b em feito, com comida campeira e, claro, churrasco apresentado com diversos tipos de carnes. A apresentação é bonita, embora eu, particularmente, esperasse uma performance menos “robótica”, mais alegre, enfim...
Em Canela, foi criada uma churrascaria, a Garfo & Bombacha, não muito diferente do 35, mas com serviço de alimentação mais primorosamente preparado e o show, ....,bem....isso é um caso a parte: a apresentação da “banda” Garfo & Bombacha mostrou-se de forma alegre, com músicas da tradição mas não só.
As danças, belíssimas, quer na performance dos bailarinos, no primor dos trajes, extrapolando o Estado do Rio Grande do Sul, sendo uma homenagem aos gaúchos, mas também aos gauchos platinos.
A alegria e as alegorias dos bailarinos era tão contagiante que encantava a todos que no restaurante estavam . Aqui mais uma questão a destacar, o serviço de RP (Relações Públicas) da Churrascaria é tão bom que deve ter-se conveniado à rede hoteleira da região (sabidamente turística), resultando em lotação plena no restaurante.
Primoroso também o serviço de pesquisa das tradições, com icônicos quatro jogos americanos sobre as mesas, abordando as danças, o preparo do chimarrão, a vestimenta e o linguajar (dicionário “gaudério”). Para guardar e ter como lembrança do Estado!.
O que incomoda são os fotógrafos indo e vindo nas mesas para fotos com chapéu e cuia, típicos, (e depois a entrega na mesas – e cobrança – atrapalhando a visibilidade do espetáculo). Assim também os vendedores de discos dos músicos. Algo a melhorar!.
O que me faz pensar de tudo isso é o péssimo trabalho do turismo caxiense (a cidade com mais CTG’s do Brasil) que deixou fechar a churrascaria (a esse molde) que recebia turistas do Brasil inteiro e, até hoje, nada mais igual abriu por aqui. A Secretaria de Turismo de Caxias deixa tanto a desejar que o prefeito (católico praticante) sequer ilumina o Monumento Jesus Terceiro Milênio, importante porto turístico e marca de um dos maiores artistas da cidade.
Outro detalhe interessante para o Estado da carne e da tradição seria visitar o Porcão, em São Paulo (será que ainda está aberto? - espero que sim!) que serve à perfeição. O que faltou quando lá estive era o show. O Garfo & Bombacha poderia lhes ensinar neste campo!.
VERA MARTA REOLON
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Segunda-feira,28 de janeiro de 2019
Noite Gaúcha na Garfo & Bombacha
“Viva uma Noite Gaúcha inesquecível” é o mote da Churrascaria Garfo & Bombacha, de Canela. Sendo esse o mote, ainda que estratégia de marketing, de uma experiência como essa não se espera só o famoso rodízio de carnes. Realmente não é só de carnes o cardápio, e nem só o comida o visitante vivenciará. Na Garfo & Bombacha, não há rodízio - ponto ao mesmo tempo positivo (não há aquela incomodação de um garçom toda hora oferecendo algo) e negativo (você tem que levantar e se dirigir ao buffet). Cabe lembrar que o Noite Gaúcha é um combo: refeição e show.
Sobre a refeição, então. Por ser uma “Noite Gaúcha”, a Garfo & Bombacha soube congregar as diferenças gastronômicas do Rio Grande do Sul e apresenta uma série de variações étnicas em seu cardápio. Há carne, claro, desde a costela até a picanha, recheadas, queijo na chapa , com preparo diferenciado. E há também o arroz e feijão, preparados a moda campeira, o salmão, outros peixes, carnes brancas, assim como a polenta frita, o aipim e uma variedade de saladas e sobremesas – há a variedade de etnias que compõem o Estado.
Sobre o show: inesquecível, esse sim! Espetáculo de mais de duas horas de duração, inicia com a apresentação musical, com o grupo entoando o principal do repertório gauchesco clássico. Após o verdadeiro show: excelente corpo de bailarinos, acompanhado do grupo de danças Ana Terra (nome significativo para mulheres que dançam primorosamente). O show trouxe um pouco de tudo, começando pela icônica apresentação das etnias que formaram o Rio Grande do Sul, com suas danças e caracterizações específicas – o português, o alemão, o italiano...seguido de danças tradicionais do folclore gaúcho, como pau de fitas, pezinho, xote de duas damas. Sem contar a chula, as boleadeiras. E um pouco de danças latino americanas. No quesito artístico está o destaque da noite gaúcha, diferenciando-se sobremaneira da churrascaria do 35 CTG em Porto Alegre, cuja apresentação pareceu mecânica e com pouca alegria. Na Garfo & Bombacha, os bailarinos produziram, com presença marcante, sentido todo especial, com execução impecável de movimentos, uso correto de figurinos (de acordo com a vestimenta tradicionalista) e de iluminação.
O ingresso para a Garfo & Bombacha é um tanto “salgado”, próximo dos duzentos reais. Mas, pensando na soma refeição (com fartura) e show (de uma excelência sem igual), fica-se com dúvidas. Ainda assim, para valer a pena pagar tanto esperava-se um serviço impecável (o que não acontece, já que as mesas, em excesso, estão muito próximas umas das outras – dificultando a privacidade). Sem contar que o apelo comercial poderia não ser tão escrachado: há uma lojinha de artigos de vestuário tradicionalista, há foto com cuia de chimarrão com chapéu (com fotógrafo passando de mesa em mesa durante a refeição e, pior, durante o show, uma lástima) e há passeio, no dia seguinte a cavalo (para adultos) e pônei (para crianças). Uma pena, mas sabemos que acontece em cidades que dependem do turismo como Canela. Por lá, naquela noite, passaram pessoas de quase todos os estados do Brasil.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
Fotosby@GuiReOli
domingo, 8 de outubro de 2017
Mudanças comprometem excelência de restaurante.
Uma crítica gastronômica pode se basear em um evento (um jantar específico, por exemplo) ou em uma comparação de dois eventos, de modo a avaliar se o serviço do restaurante apresenta continuidade ou mudança.
Por muito tempo frequentamos o Granpiacer, localizado no Shopping Iguatemi, em Caxias do Sul. O atendimento sempre foi muito bom, o local acolhedor, a comida, saborosa, impecável. A relação custo-benefício, nesse sentido, sempre fora excelente: o preço condizia com todo o resto. Vez que outra tivemos que esperar para conseguir mesa que desejássemos, mas isso não se mostrava inconveniente, visto o que recebíamos. Era restaurante que indicávamos a todos, levando inclusive conhecidos e turistas.
Retornamos ao restaurante esta semana, após anos afastados de Caxias. Havia mesas disponíveis, mas resolvemos esperar para sentarmos em local mais desejado. Conseguimos o feito em tempo inferior ao estimado, o que agradou. O ambiente foi reformado. Sofreu mudanças. Essas, por sua vez, vale destacar, foram negativas. De modo a aumentar o número de mesas, permitiram que o espaço entre elas diminuisse, mão só dificultando mobilidade interna, como desfavorecendo a privacidade, algo importante quando se trata de um jantar, embora privacidade seja sempre importante!.
O preço, obviamente, aumentou. Mas isso seria compreensível, dado o tempo transcorrido, inflação, etc. No entanto, ao passo que o preço aumentou, a quantidade de alimento oferecido, no lugar de permanecer a mesma, diminuiu – quase pela metade . Ademais, ressalte-se a discrepância: a polenta gratinada estava o mesmo valor do camarão. O sabor do prato escolhido, cabe lembrar, continua impecável e único.
O serviço, que antes privilegiava a fidelidade de um garçom específico à mesa, ficou comprometido, com a decisão da casa de colocar três ou quatro a atenderem ao mesmo tempo. A direção privilegiou, nesses anos, a tecnologização – com campainha digital para chamar atendimento e carta de vinhos em tablet – em detrimento do aspecto humano, tão importante quando se trata de gastronomia.
Não houve mau atendimento, a comida estava excelente, mas o conjunto, em comparação, decaiu consideravelmente. Uma pena!
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241