música
Launelinie (1927)
Kandinsky
48x32cm
Coleção privada
domingo, 17 de novembro de 2023
Oswaldo Montenegro encanta Caxias
Em um UCS Teatro praticamente lotado, Oswaldo Montenegro apresentou um show realmente espetacular, dia 22 de outubro. Estiveram na setlist clássicos como “A lista”, “Outra vez”, “Bandolins”, “Quando a gente ama”, “Sem mandamentos”.
Mais que um show, Oswaldo deu uma aula sobre suas composições, respondendo a perguntas do público, que o “tietou”, e muito, durante o espetáculo. Não deixou de responder nenhum questionamento da plateia, e acolheu todos os pedidos de músicas. Simples, sem ser simplório; complexo, sem ser prolixo: assim são as canções desse artista, assim foi sua apresentação.
Um domingo para ficar na memória de quem assistiu a Oswaldo Montenegro: valeu a pena!
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
VERA MARTA REOLON
Mtb 16.069
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023
Expresso 25 interpreta Tom Jobim
Em um teatro do Centro Cultural 25 de Julho lotado, em um dia abafado de Porto Alegre, mesmo com quatro enormes condicionadores de ar ligados, somos surpreendidos por um Tom Jobim no telão, introduzindo os músicos e dizendo-se um autêntico "filho da mãe" (sic) e de um pai, gaúcho de São Gabriel. Então, TOM era gaúcho afinal....ou a, ao menos, em parte...
Excelentes arranjos de Pablo Trindade, diretor do espetáculo "SUÍTE TOM JOBIM", apresentado na quarta (08), foram executados com precisão pelo grupo de cantores do Expresso 25 - coral que completara 50 anos de história. Clássicos como Garota de Ipanema, Wave, A Felicidade, Águas de Março, Eu Sei Que Vou Te Amar, Desafinado, dentre outros, do inigualável Tom, foram relembrados e homenageados pelos cantores, sob a direção cênica de Déborah Finochiaro, uma das melhores e mais multifacetadas atrizes brasileiras na atualidade.
Figurinos em tons de azul trouxeram a atmosfera das águas do Rio de Janeiro, memorável cenário das canções da Bossa Nova. Parecia que o público estava com os cantores nos apartamentos dos grandes compositores e intérpretes daquele que é o gênero musical brasileiro mais internacional.
Em momentos chave, alguns cantores se deslocavam sob o auxílio de iluminação bem intencionada pelo palco, dançavam, realizavam gestos, destacando algumas composições que levaram o Brasil ao Carnegie Hall, mostrando que o corpo também é fundamental em um espetáculo musical. Em diversos momentos, o público não segurou a emoção e entoou junto as músicas.
SUÍTE TOM JOBIM é espetáculo para ficar na memória e imortalizar, ainda mais, o repertório do genial Tom, um homem à frente de seu tempo, com preocupações ambientais, valorização dos povos originários, dentre outros destaques, até hoje negligenciados neste país que "não é para principiantes" (SIC) como bem o disse o músico.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
VERA MARTA REOLON
Mtb 16.069
domingo, 15 de novembro de 2020
Get Back e o retorno do Terça Cult
Era mais que saudade. Há sete meses, devido à pandemia, os espetáculos e shows cessaram. E, com grande entusiasmo, o Terça Cult, tradicional evento do Recreio da Juventude, retornou. Nada melhor que uma banda tributo aos Beatles. Até porque Beatles é como chocolate, não há quem não goste, ao menos de algumas músicas.
Get Back foi a banda, muito bem escolhida. Composta por músicos que tem outros projetos em suas carreiras, a banda é recente, com pouco mais de um ano. No entanto, dada sua excelência, diverte e encanta os saudosos dos ingleses mais famosos de todos os tempos.
A proposta de Get Back é interessante: o repertório contempla os principais hits, em ordem cronológica, contextualizando, ainda que brevemente, o surgimento de cada música. O entrosamento dos músicos, aliado ao modo como conduzem o show, à performance de palco e ao repertório, tornaram a apresentação cativante e divertida, como já o haviam feito em sua primeira vez no Terça Cult, em 2019.
Get Back foi um retorno aos Beatles, mas principalmente um retorno do Terça Cult, uma excelente iniciativa do Recreio da Juventude, um presente à comunidade caxiense. Que seja só o primeiro de um reinício próspero, no tal do “novo normal”. Para quem acompanha a cena cultural, foi só um start, que deixa gostinho de “quero mais”. Um start em grande estilo!
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
VERA MARTA REOLON
Mtb 16.069
domingo, 14 de junho de 2020
O POP leve de Rafael Poletto
São três álbuns de Rafael Poletto disponíveis no spotfy. O último deles, Tom Azul e Céu (2020), apresenta identidade visual diversa dos anteriores: a capa remete à estilística dos anos 60, lembrando brevemente o disco de estréia de Caetano Veloso com Gal Costa, antes da Tropicália. Os primeiros, Os Dois Lados (2018) e Apollo (2015), no entanto apresentam estética mais contemporânea e urbana.
Em uma leitura panorâmica de música e letra, os álbuns constituem uma unidade conceitual. Obviamente que um olhar mais apurado perceberá nuances entre as obras. Observa-se que o segundo álbum tem um caráter mais exterior: o mundo que afeta o artista,. suas influências (inclusive Paul e John - dando visibilidade ao passado de Poletto, em banda que homenageava Beatles).
O álbum mais recente, porém, é mais intimista: como o artista percebe o mundo. São três músicas, com destaque para as entoadas pelo próprio Poletto (Desenhou um Coração e Estar com Vocês), e maior para esta última que parece retratar o mundo conturbado da pandemia que vivemos. Há uma certa melancolia, que lembra solidão e o desejo de estar junto, de retornar à coletividade ("saudade de um tempo agora"). A faixa Desenhou um Coração lembra o encontro (o primeiro?) de um casal (desenhar um coração, o risco, detalhes, memórias afetivas, "o presente é ficarmos juntos").
De tempos em tempos, a música brasileira dá ênfase a dois ou três gêneros, estilos, tipos que trazem consigo uma estética, associando música, moda, costumes. Teve o tempo do samba, o tempo da bossa nova, da Tropicália e das músicas de protesto, o tempo do rock, depois veio o pagode e o axé. Recentemente, veio a onda do funk (bem diferente do funk norte-americano, de Bruno Mars, por exemplo) e do sertanejo (universitário ou country enrustido?). Contrastando surgiram artistas com pés descalços, que acabamos classificando como "alternativos chic". Esses apresentam quase lamentos, cânticos arrastados, quase "deprê": uma onda que começa com Adriana Calcanhoto (que já mudou de estilo, parece!) e ressurge com AnaVitória e Thiago Iorc (em menor grau).
Não sei se é fruto desses tempos sombrios (não só de Pandemias, mas antes já era assim!), mas nesse alternativo chic" parece que falta certa paixão, vibração, que contrasta com o POP forte, por exemplo, de Lulu Santos, altamente ritmado e dançante. Talvez seja coisa da geração millenium. Poletto, com seu jeito próprio (parece rumar ao encontro de um estilo) figura num POP leve, nem melancólico, nem dançante. Destaque para a voz do artista: grave, límpida e melódica. Vamos ver o que vem a seguir.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
domingo, 14 de junho de 2020
Música.....ou ARTE em geral!!!
Vivemos um tempo, na contemporaneidade, em que, não sei bem, talvez haja uma depressão social, sei lá como chamar isso, mas os jovens não estão sabendo como compor sentimentos, virtudes, procedimentos, ações,.... Não à toa os que se mostram nossos representantes cá e lá não sabem bem como administrar, não se mostram líderes (porque não o são!)... enfim....
Então, temos ouvido nossos compositores (e os de outras bandas também!!), nossos roteiristas, nossos diretores... o que é o AMOR?
Parece que a resposta para a maioria é "amar é transar"...
Mas sexo, embora seja importante, ele não necessariamente é amor, não necessariamente precisa-se amar para fazer sexo. Aliás, esta era a prerrogativa da queima de sutiãs, das buscas das feministas desde os anos 60 (e antes), do século passado - qual seja, de "igualar-se" aos homens, principalmente com relação a transar como eles, sem vincular com sentimento amor!. Será que os homens sempre quiseram isso: desvincular amor de sexo?
Não creio que assim o fosse em tempo algum. Parece-me mais que eles eram jogados a isso na busca de serem "experientes" para suas "esposas", em princípio inexperientes (leia-se virgens).
Creio que é do humano (homens e mulheres) buscarem sua complementariedade (ou como quisermos chamar) de amar e fazer sexo com quem amamos. Mas será que estamos sabendo do amor?
Parece que poucos sabem e/ou perderam as parcas noções que tinham, então....fazem sexo e confundem!!!! Cuidado, não estou, fascistoidemente, determinando que não o façam e/ou não o devam fazer.
O que me incomoda um pouco é que os reflexos disso surjam na arte - na dança, no cinema, na TV (séries e novelas), na música. Artes a que me dedico desde sempre com toda a força de meu ser. Sempre acompanhei as artes, mesmo estando em outros campos, com grande ênfase e prazer e, diga-se, desde a infância, até mesmo, vendo e comentando o que víamos, eu e meu pai e família.
Bem, recebemos umas músicas para ouvir (e criticar!). O som é bom, o ritmo, enfim, dançante, as vozes graves, bem delineadas. Mas, o que incomoda na contemporaneidade continua. Claro, são e vivem no contemporâneo, dirão alguns. Mas enfim, cadê os sentimentos, as profundezas?
As composições hoje estão restritas a um concreto, a um dia-a-dia, ao retrato do momento. Não há passado, não há perspectiva de futuro, não há saudosismo, não há uma prerrogativa de metaforização, de abstração. As palavras são de uma crueza, de um estar no agora, do que se vê, é o reino do imagético em tudo, mas sem imaginário!!!
Parece que as pessoas, no individualismo do eu e meu celular (não tenho um) não olham o outro, não o vêem, não o auscultam, não o vivenciam, daí não vivenciam a si, porque sei de mim a partir do que vivo com o outro, desde o Outro que me marcou. Então creio que todos se fecham num ensimesmado brutal. As letras não são de sentimentos profundos, nem mesmo das contestações políticas dos anos 60/70/80, nem mesmo dos momentos ecológicos (necessários no hoje), parecem um apenas estar, estar em algo que jamais se saberá o que é .....será dentro de uma tela LCD?!!!
Mas as telas não respondem por nada, nem ninguém, nem mesmo refletem o ser que as manipula (apenas alguns o conseguem...e com alguma dificuldade). Cadê o ser? Cadê o Dasein?
Urge que o mostremos e/ou o busquemos!!!!
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Se não fosse por iniciativas da Sociedade Civil, não sei o que seria da política cultural caxiense. Ainda bem que não dependemos do poder público, ainda que iniciativas como o primeiro concurso das melhores cervejas de Caxias, cuja premiação acontece dia 07 de dezembro, seja uma parceria daquela com a Prefeitura de Caxias do Sul.
Surpreende, no entanto, a envergadura que vem tomando, ano após ano o Mississipi Delta Blues. Ainda mais surpreendente foi o MDBF in Concert, a novidade desta 12ª edição, um concerto temático promovido pela Orquestra Sinfônica da UCS e a organização do Festival. O Concerto que contou com a participação de solistas caxienses e internacionais, animou o público e foi uma amostra do que virá no MDBF 2019, já que o tema deste ano é Mardi Gras, o tradicional carnaval de rua de New Orleans, conhecido pela alegria e cortejos musicais.
A apresentação, cujos arranjos foram o grande destaque, além das performances dos solistas, flertou com o folk, o country, o soul, o blues e o jazz, acordes dos princípios do rock. Foi uma aula, pois as músicas foram intercaladas por explicações descontraídas e divertidas.
O MDBF in concert provou que Caxias é multifacetada: do clássico ao contemporâneo. Deu até para reviver Lucile Band. Na última música, um medley, todos os solistas se reuniram no palco e o clima foi de festividade total. O público não aguentou e pediu bis. Quem perdeu terá nova oportunidade, já que a OSUCS volta para uma reprise na abertura do MDBF, que acontece dias 21,22,23 de novembro, no Largo da Estação Férrea.
Quem participa desde o primeiro sabe o que diz!!.
GUILHERME REOLON DE O LIVEIRA
MTb 15.241
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
A Família Ramil, de músicos, compositores, instrumentistas, escritores, volta aos palcos do Theatro São Pedro, em Porto Alegre, reunida no show CASA RAMIL. O clã, em cena tem a dupla Kleiton e Kledir, Vitor Ramil, Ian e Thiago (filho e sobrinho de Vitor, respectivamente), que já lançaram disco solo, bem como Gutcha (que está a frente do grupo Três Marias) e João (carioca, filho de Kledir). Nos bastidores, outros familiares atuam na iluminação, na cenografia, na produção.
O show reprisou outro, ocorrido ano passado, inclusive as intervenções/piadas dos artistas, ora sobre supostos roubos de ideias entre eles, ora sobre a comparação a que são submetidos. O repertório seguiu o anterior - cerca duas a cinco músicas de cada, compondo no total vinte canções, mais ou menos. De Kleiton e Kledir, por exemplo, não faltaram os clássicos "Deu Prá Ti", "Paixão", "Noite de São João", "Lagoa dos Patos". De Vitor: "Estrela, Estrela", "Ramilonga", "Satolep", "Deixando o Pago" e "Foi no Mês que Vem". De Ian: "Artigo Quinto", "Bichinho". De Thiago: "Amora", "Casca".O que mudou: neste show, todos cantaram todos; o que, talvez, pode ser ( como pode também não ser) tão bom - aqui é mais uma questão de gosto (você gosta de outro artista cantando Vitor Ramil, por exemplo?).
A grande surpresa é João, cuja harmonia e timbre vocais são de uma singular musicalidade. Este, por vezes tímido (quiçá porque soubesse - é o que parecia - que a família estava incomodada uns com os outros), poderia ser melhor explorado. João, junto com Gutcha, são excelentes na percussão, no uso de instrumentos não tradicionais, inventidos e alternativos (Gutcha já foi professora de instrumentação). Nesse quesito - a instrumentação - essa nova turnê de Casa Ramil se supera e se destaca, dado o cuidado em cada música.
Como sempre, fâs de um, de outro, de todos, lotam as três sessões e uma extra acontece!
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
Quarta-feira, 29 de maio de 2019
O Estrangeiro e o Semelhante
Já comentei por aqui que, talvez, a arte atinge o seu propósito quando aproximação com o diferente. E, talvez, não só com o diferente, mas c om o semelhante. E, com isso, essa díade se torne dialética. Afinal, no diálogo é que há troca. Nesse sentido, três espetáculos chamam atenção: GPS Gaza, Essential Dances e Yangos.
Sobre o primeiro, cabe o destaque da atuação, sempre incomparável, da atriz Deborah Finocchiaro, ainda que em espetáculos irônicos, cômicos e mais introspectivos, se sobressaia. Em GPS Gaza, o que não contribui para excelência é o roteiro, formado por cortes com pouca conexão, sem algo que os costure de maneira mais eficaz. Isso fica evidente na não- conversa de elementos que poderiam funcionar como costura: nos depoimentos e filmagens projetados. O uso que Finocchiaro já fez de cenários clean em Pois É Vizinha e Caio do Céu, sempre na medida, desapareceu em GPS Gaza, cuja temática é tão cara ao contemporâneo.
Em Essential Dances, apresentado no domingo (26), no Teatro Pedro Parenti, em Caxias do Sul, pela Orquestra Municipal de Sopros, houve um mix de diferentes músicas "para dançar" ou músicas folclóricas de países tão deversos como Espanha, Bulgária, México, Albânia, Cuba, Estados Unidos. Este último se fez representar também no maestro convidado. Num movimento "oposto", no mesmo dia, a última edição dos Concertos ao Entardecer, promovidos pela OSUCS, na sede social do Recreio da Juventude, apresentou Yangos, grupo da cidade, já indicado ao Grammy Latino na categoria música de raiz. O foco de Yangos é o pampa, por meio de milongas, chacareiras e chamamés.
Diante de GPS Gaza, Yangos e Essential Dances, uma questão parece fundamental: o que é perto é semelhante, o que está longe é o estrangeiro; o que é estar perto, estar longe; o que é ser estrangeiro, estranho, fronteiriço ...????
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
Terça-feira, 14 de maio de 2019
Show de Jazz surpreende
Em Caxias tem um pouco de tudo. É uma lástima que a população não aproveite as opções e não prestigie a diversidade artística local. Num show surpreendente de jazz, ocorrido na sexta (10.05) no Teatro Pedro Parenti, havia no máximo trinta pessoas na platéia.
O show de André Viegas e grupo (com abertura da banda Soulshines) foi de uma qualidade que pouco se vê, a começar pela excelente equalização de som, com instrumentos e voz (quando presente) em performances sem sobreposições nem abafamentos. Tudo ali estava equilibrado, o que culminou num ótimo bis, merecidamente nomeado de jazz, feito de certo improviso, em que o grupo e músicos convidados estiveram em total harmonia e honraram o título do som nascido dos afro-americanos.
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
Terça-feira, 14 de maio de 2019
Projeto DIVAS decai na excelência
Já participamos de três edições do Projeto DIVAS, no Recreio da Juventude. As duas edições do ano passado, como já comentamos, foram excelentes e, uma em comparação à outra, subiram em nossa avaliação. Sabe-se que o projeto contempla gastronomia, um show ao vivo e uma festa com D.J.. Ambas as edições ficaram sob a responsabilidade gastronômica do Aristos: na primeira, foram servidos dois pratos quentes (além de entrada de canapés e caldo de feijão, salada e sobremesa); na segunda, três pratos (além de canapés, salada, sobremesa e, na madrugada, durante a festa um mini X.Os shows condiziam com o divulgado, atentando-se aos artistas homenageados e com performance de três cantores intérpretes.
Nesta última edição, ocorrida no sábado (11.05), tudo decaiu em qualidade. O serviço esteve a cargo do Nostra Cuccina, cujo cardápio foi inferior ao do Aristos: na elaboração/composição, no tempo de servir (muita demora entre um prato e outro) e na temperatura dos alimentos (servidos frios - quando a proposta era que seriam pratos quentes). Os canapés , servidos no ano passado a medida que os convidados iam chegando, nesta edição foram servidos minutos antes da salada (entrada). Reduziu-se de três para dois pratos quentes. O show não remeteu aos artistas homenageados: Tina Turner, Aretha Franklin, Bruno Mars e Michael Jackson. Este último sequer teve uma canção entoada na voz de dois (e não mais três) intérpretes. Pouco (uma música de cada) se ouviu dos demais.
O que houve?
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
Terça-feira, 14 de maio de 2019
A China em Caxias
Se a arte tem alguma função a desempenhar (Adorno diria que não), talvez seja a de proporcionar contacto com o diferente. E este, penso, foi o cerne do último Concertos ao Entardecer, que aconteceu dia 28 de abril, no Recreio da Juventude.
Sob a responsabilidade do Quinteto de Metais da OSUCS, o repertório contemplou o concerto "A Grande Muralha da China", criado exatamente como uma obra de apresentação daquele país, em visita ao Canadá. Ali estão presentes elementos que o caracterizam, às vezes estereótipos, ou ao orientalismo: o bambu, as borboletas, o apelo à natureza, dentre outros.
Sob a batuta de dois trompetes, trombone, trompa e tuba, a China esteve presente em Caxias, em ótima performance.
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15. 241
terça-feira, 26 de março de 2019
O início das temporadas
Iniciaram, neste mês, as tão esperadas Temporadas Artísticas da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA) e da Orquestra Sinfônica da Universidade de Caxias do Sul (OSUCS). A primeira, no dia 16, em sua Casa da OSPA (inaugurada há pouco mais de um ano). A segunda, no dia 24, no UCS Teatro. Ambas elegeram o violino como destaque, apresentando-o nas mãos de seus solistas.
A abertura da OSPA apresentou como programa: "Abertura Brasileira", de Edino Krieger; "Concerto em Ré Maior para Violino", de Tchaikovsky; e "O Pássaro de Fogo", tradicional composição de Igor Stravinsky para os Ballets Russes de Diaghilev. O solista: nada mais, nada menos que o mais destacado violinista chinês de sua geração, premiado no Décimo Segundo Concurso Internacional Tchaikovsky, em Moscou (a terra do "homem").
A abertura da OSUCS, por sua vez, teve como grande destaque As Quatro Estações, de Vivaldi, com direito a reprise do Primeiro Movimento, da Primavera, o que contagiou a todos. O solista escolhido pela OSUCS já apresentou - e se dedica a isso - a obra em inúmeras orquestras, inclusive no exterior. Para fechar com chave de ouro, a obra "Divertissement", de Jacques Ibert, de teor mais animado e, por que não dizer, cômico.
Vale a pena acompanhar a programação de ambas as orquestras que são verdadeiros presentes ao Estado do Rio Grande do Sul.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
Gal Costa, há algum tempo sem gravar, mas com presença marcante no YouTube e na grande mídia, para não deixar ninguém se esquecer, nem reconhecer seu talento, lança agora novo disco de inéditas.
Para tanto, viaja para divulgá-lo.
Apresentou-se no último dia 17, em um teatro do SESI/FIERGS, lotado, com o "show" intitulado A Pele do Futuro, que nomeia uma das músicas.
O público encantou-se com uma Gal já com poucas movimentações no palco, mas impecável, cantando as músicas novas e também as antigas que mexeram com a platéia.
Vaca Profana dá abertura a uma interação catártica com a platéia que se levanta das cadeiras a cantar e, pasme-se, a dançar.
Em um tempo de letras escatológicas e sexualizadas, de composições sem melodias e, menos ainda, dançantes, voltar-se a músicas que falem de sentimentos mais profundos é algo importante a resgatar. Note-se o sucesso de hoje, enchendo "bailinhos" de festas "back to" e, mesmo programas de rádio com esta conotação "retro".
As pessoas em busca de algo realmente " correto" (e não "politicamente" correto) e "realmente" com sentimento agradecem.
E os deuses da música e da dança também!!!!!!
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Segunda-feira, 28 de janeiro de 2019
Harmonia Textual e Musical em Prédios Harmônicos
Poderia ser só mais uma apresentação de coral. Mas foi diferente. Prédios Harmônicos, apresentado no último dia 16, no Teatro São Pedro, mostrou um entrosamento, uma verdadeira parceria harmônica entre os cantores do Expresso Vinte e Cinco. Claro que a “cereja do bolo” foi a participação especial da atriz Déborah Finocchiaro, cuja atuação em Pois é, Vizinha e Caio do Céu já foi motivo de muitos elogios por aqui.
Em Prédios Harmônicos não poderia ser diferente: a presença da atriz traz Presença: suas intervenções de textos de Mário Quintana, Vinicius de Moraes, Eduardo Galeano, Mário Benedetti, dentre outros, são uma aula de interpretação. Só enriquecem as interpretações musicais do grupo, que cantou composições de Ivan Lins, Guinga, Aldir Blanc, Gonzaguinha, Tom Jobim, Djavan, Lupicínio Rodrigues, dentre outros.
O destaque foi o momento Chiquinha Gonzaga, que não estava no programa: ao som de Abre Alas, Finocchiaro trouxe a vida da compositora, e sua lição de não ceder de seu desejo (Antígona é pouco!).
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
Terça-feira, 27 de novembro de 2018
Blues em Caxias, sim!
Aconteceu nos últimos dias 22, 23 e 24, a 11ª edição do Mississippi Delta Blues Festival, o maior festival de blues da América Latina. Com uma estrutura bem organizada, o MDBF contou com sete palcos e uma série de bancas de bebidas e comidas, transformando-se numa “Cidade do Blues”.
Obviamente que se apresentaram lendas da música internacional – americanos, ingleses, etc. – mas cabe destacar a performance de uma cantora brasileira que arrasa no vocal: Angela Ro Ro. Ro Ro esteve no Magnolia Stage, palco destinado às vozes femininas, no dia 23, e levou a plateia às risadas (com ótimos comentários, destinados ora ao companheiro de palco tecladista, ora ao público, falando de sua sexualidade, de esquecimentos de letras...). Todos entoaram “Amor, meu grande amor” em coro uníssono, assim como o bis “Malandragem”, conhecida na voz de Cássia Eller. Foram ótimos os momentos, aplaudidos, em que revelou agora só beber água (e quando vinha ao RS “só pensava em beber vinho”) e ser vegana (ao lhe oferecerem cachorro-quente); dizer que “depois de certa idade, mudam-se as preferências” (ao “paquerar” um espectador) e conversar com uma fã. Sem contar quando falou para apagarem as luzes, porque, acesas, “aparece os caras beijando as outras, e eu entrego!”. Divertidíssimo, e um reflexo do contemporâneo.
Cabe destacar também a apresentação de dança que antecedeu Ro Ro no Magnólia Stage. Ao som de “Freedom”, com a chuva torrencial de fundo, os performers surpreenderam numa excelente apresentação.
Esse foi apenas um exemplo dos quase 70 shows que aconteceram no MDBF 2018. E apenas uma das facetas de um festival que projeta Caxias no cenário brasileiro e mesmo internacional. Ouvi um comentário um tanto perturbador: “o MDBF nem parece Caxias”. Por quê? O MDBF, é importante ressaltar, foi muito bem divulgado e foi fruto também de um bem elaborado projeto arquitetônico. Contou com eventos prévios. A organização foi impecável, criou um excelente material para os participantes: além da programação de todos os palcos, um mapa da “Cidade do Blues”.
Cabe agora torcer para que a edição 2019 mantenha esse nível. Até porque haverá, no ano que vem, uma edição extra, no Rio, com o tema “Carnaval”, coisa que, talvez ignoremos, mas une Caxias, a cidade que carnavaliza suas origens e, como é costume dizer, sua pujança, na Festa da Uva, e o Rio, a cidade do Carnaval.
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
E Caxias do Sul sedia por esses dias (de 22.11 a 24.11.2018), o 11th Festival Mississippi Delta Blues......com o tema "Front Porch" ou, como o intitularam "A Casinha do Blues"...algo como a volta às origens do Blues.......
e olha que conseguiram nos dar uma boa ideia da coisa!!!!...
Tínhamos ido na 2th edição do Festival em 2009 e, de lá para cá, sentimos grande diferença.....
talvez não tanto nas apresentações......que sempre são nacionais e internacionais da melhor qualidade......
mas.............a organização do evento........... quanta diferença.........
tudo muito bem administrado.........informações, serviços....tudo....
problemas com a chuva torrencial que se abateu sobre a cidade............até que não estragaram o evento........nem a alegria das pessoas, músicos e do festival...........
mas............(para não perder o jeito da crítica!)......para a próxima......poderiam fazer espaços mais cobertos para os deslocamentos de um palco para o outro......sem se molhar tanto.............
de resto................
o copo poderia voltar a ser distribuído a todos que estão com o ingresso...........
músicos e clima..............irreparáveis!!!!!!!!!!!!!!!!!
Fica uma questão: No próximo ano parece que o tema será o Carnaval.....e haverá uma "réplica" (se é que posso chamar assim - mas nunca se consegue replicar algo que já está - se "tenta" - mas, quando se tenta.....)....no Rio de Janeiro....claro que Carnaval e Rio de Janeiro combinam bem!!!!
Vera Marta Reolon
MTb 16.069
Três foram os espetáculos recentes que trouxeram a identidade gaúcha – ou o ser gaúcho - como cernes de suas apresentações: Roda de Chimarrão, Tchê Festival e Chico César com Vitor Ramil.
Roda de Chimarrão foi espetáculo musical apresentado nos dias 15 e 16 de outubro, no Teatro Pedro Parenti, em Caxias. Unindo música, teatro e dança, de forma descontraída, lembrando mesmo uma roda de amigos, contando causos, cantando suas façanhas e mazelas, celebrando em baile, o grupo de canto Vozes do Sul encantou. Foi singular, pois buscou unir a cultura do pampa com a cultura da serra, congregando-as no que se convencionou como identidade gaúcha. A verossimilhança da roda de chimarrão foi ainda maior pelo uso de figurino condizente – sem ser estereotipado nos excessos – e pelo cenário, com importantes elementos cênicos, que lembraram o galpão, o fogo de chão, uma casa improvisada e acolhedora.
Tchê Festival, de forma diferente, também explorou a gauchidade. Organizado pelo aclamado grupo de chamamé Yangos, o festival apresentou duas bandas, com propostas singulares e relevantes em suas sutilezas: a primeira, um trio vindo de Corrientes (Argentina), mostrando a “hermandade” dos gauchos; a segunda, uma banda de rock caxiense, com pegada no chamamé com batida pesada, lembrando que nem só de folclore é feita a cultura gaúcha. Tchê Festival foi apresentado no dia 20 de outubro, no Teatro Pedro Parenti, também em Caxias.
Por fim, o show de Vitor Ramil com Chico César marcou a união da estética do frio (que caracterizaria a identidade gaúcha) com a “ética do fogo”, nas palavras de Chico César (embora discorde de Chico, já que o que ele nomeia como ética, no mundo contemporâneo ainda é uma "estética", mas, enfin!) O show, apresentado no dia 21 de outubro, no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, foi um compilado da produção dos dois músicos – ambos cantando juntos os repertórios. Cabe destacar que Chico já havia cantado, sozinho, o repertório de Ramil em outra ocasião – naquela fazendo novos arranjos e promovendo, lá sim, uma maior integração do frio com o quente (chegou a nos deixar tão extasiados que se parecia estar traindo o gosto pelas composições de Vitor). Ainda assim, este último show foi muito bom.
No dia 21, também aconteceu, em Caxias, os Concertos da Primavera, com a Orquestra Sinfônica da UCS, excelentes solitas e o Coro da UCS. O repertório: Beatles. Óbvio que o resultado foi maravilhoso, sempre é bom ouvir Beatles, ainda mais ao ar livre, num dia de céu claro.
Guilherme Reolon de Oliveira
Mtb 15.241
Tocar violão é para poucos......só o sabe quem um dia tocou algum instrumento com dedicação.....e teve aulas de violão como se deve mesmo!!!!!
E assistir ao músico Lùcio Yanel tocando com a Orquestra Sinfônica da UCS foi um presente.....para apreciadores do que realmente é ARTE!!!!
Vera Marta Reolon
MTb 16.069
Sábado, 31 de março de 2018
OSPA e Casa Ramil!!!!!
Dois grandes eventos na semana que passou:
A Inauguração da Nova Casa da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (na verdade OS do Estado do RS).......
Um espaço sub-ocupado dentro do Centro Administrativo, absurdamente grande e disponível......bastava apenas um pouco de boa vontade..........
que se deu.............
Belo espetáculo.....(a casa ainda não está totalmente pronta, mas...), com obras de Arthur Barbosa , Gerschwin e Dvorák.......
Casa lotada e tal............
Na sequência do domingo.....mas com espetáculos desde o sábado..........(Vitor se apresentou no Música de Rua, em Caxias do Sul, apresentando diversas canções e animando a platéia, mesmo com chuva torrencial)..............Casa Ramil, no Theatro São Pedro............
Reunião dos músicos da família.............novos e antigos........ ou digamos, já mais consagrados...........apresentando músicas de seus repertórios, mas entoadas pelo conjunto da família.................
Ficou muito bonito e foram ovacionados com casa cheia..........mesmo abrindo sessão extra de apresentação.....
Esperemos mais fins-de-semana como esse aí!!!!!!!!!!!!
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Então...........
Hoje fomos ver a Orquestra Sinfônica da Universidade de Caxias do Sul....
Tudo muito bonitinho....
afinal.........nasci no dia da música............se eu não gostar de música então.........ninguém mais.......
mas............apresentaram Ravel............e eu adooooooro Ravel...........
mas o de que eu queria falar mesmo......é de outra ordem..........
porque eu posso ser muuuuuuuuuuuuuito crítica, quando merecem levar umas "sacudidelas"....
mas também sei dar valor ....ao que de valor há........
e, para mim, a Academia (sempre a de Platão) deve se auto-gerir.............em tudo.........afinal, deve mostrar a que veio...........a sua competência........
e não é que a UCS mostrou.....pois preparou um coquetel para comemorar o aniversário da Orquestra..............
quem preparou os comes e bebes?????......a Escola de Gastronomia da própria Universidade........
isso é o que eu chamo Educação..........prova sua competência educacional e põe à prova.....
é por aí!!!!!!!!!!!
Vera Marta Reolon
MTb 16.069
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
OSPA homenageia Reforma Protestante
Para comemorar os 500 anos da Reforma Protestante, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre abrilhantou o Salão de Atos da UFRGS, no dia comemorativo daquela (31 de outubro) com excelente execução da obra "Sinfonia n 2, Lobgesang, Op 52, de Felix Mendelssohn-Bartholdy.
Com forte carga emotiva e caráter religioso, mas não só, a obra foi executada em conjunto c om três coros (OSPA. Cantabile e ULBRA) e três solistas (duas sopranos e um tenor), o que tornou o espetáculo ainda mais marcante.
A Reforma Protestante, iniciada com Martinho Lutero, e que desencadeou uma série de acontecimentos mundiais foi muito bem homenageada pela OSPA.
Vale lembrar que , em tal espetáculo, a OSPA, através de Mendelssohn, e desta obra, também homenageou os 400 anos de imprensa mundial, o que muito nos agrada, já que jornalistas somos!.
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
Sexta-feira, 12 de setembro de 2017
CONCERTO DE CORO!!
Então..........
Há tempos não assistia a espetáculos em minha cidade natal.......nem mesmo participava ativamente da cultura local.
Fomos ver o "Concerto Brasileiro", apresentação do Coro Municipal em sua apresentação neste ano!!!
Primeiro: como não estava a participar da cultura local não tinha visto as mudanças na Casa da Cultura.
O que é aquilo de trocar as "grades" do segundo andar por vidros???.
Quem não explicou aos "sábios" que o vidro barra o som???
E como ficam as pessoas da platéia que não conseguem ouvir o que se dá no palco, devido a uma ideia de " bobo" para "aparecer"???
Segundo: Quando a imprensa local anuncia um espetáculo que,. cobrado ou gratuito, mas principalmente se gratuito, deve recomendar que retirem as senhas antes, pois a confusão está instalada se entregaram ingressos a este ou aquele, sendo gratuitos todos querem, e depois não comparecem. Os que desejam ver o espetáculo ficam a "ver navios", aguardando a boa vontade das "sobras". Falha de mídia e divulgação da Secretaria e seus "consortes".
Terceiro e Principal: Por qual razão coro precisa ficar com "gritinhos" de "Quarteto em Si"?...Não é possível , simplesmente, cantar graves e agudos normais nos ritmos, musicalidade e normalidade das canções????
Não acham que todos ficariam mais felizes e satisfeitos???
Afinal Coro Municipal recebe salário do povo o ano inteiro para essas apresentações, não é mesmo???
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
E a OSPA?
Maravilhosa.....
Apresentação irrepreensível.....
Solo e orquestra para MARTINU E BRUCH...
com um "pitaquinho" a mais do solista, do não menos BACH...sempre maravilhoso...
e o final com MENDELSSOHN...........e Sonho de uma Noite de Verão.........inclusive com WEDDING MARCH........vejam só....marcha nupcial...
aí é só "correr prá galera"!!!!!.....
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Passeando pelo Teatro São Pedro nesta semana que passou..........
Uma apresentação irrepreensível do MESTRE DA HARMONIA MUSICAL: Johann Sebastian Bach.
Os músicos, conduzidos por seus maestro (Orquestra de Câmara do Teatro São Pedro) foram particularmente maravilhosos, principalmente na apresentação do Concerto de Brandenburgo nº 3 em Sol Maior......
realmente um "Sol" a nossos ouvidos...
mostraram porque BACH é considerado o Mestre da harmonização, sem que o superem depois de mais de quatro séculos.
quiçá aprendêssemos com Bach como viver em HARMONIA, pessoal e socialmente.
ESPECIAL!!!!!
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Parece que nasci no dia da MÚSICA.........
Com grande respeito a todas as artes...........inclusive a minha..........
considero a MÚSICA............como diziam os gregos...........(dizem que pareço grega..........devo ser.......além de outras raças que me habitam!)..............a MÚSICA É A ARTE DAS MUSAS.............
e como tal...............que respeito lhe devemos...........todos.............
então...
dois momentos da música............com sons de orquestra...........
Não é que a OSPA resolveu se lançar a interpretar SERGEI RACHMANINOFF??............que beleza............a dificuldade do compositor não afastou pianista e músicos...........e ........deu!!!!
outro.......a Orquestra de Câmara do Teatro São Pedro resolveu levar as composições de Vitor Ramil.........para acompanhar o próprio.........ficou........AQUILO!!!!!!
poeta..............quem duvida????
composições..............agora bem melhores.........com as milongas..........e o olhar sobre todo o pampa........
juntando o sul da América do Sul...........
mas........enfim............MÚSICA.........letra...........poesia..........leveza........e, às vezes não..........palavras.............aí sim..........algum dos "meus" talentos.........(que, óbvio,......jamais seriam dáveis, roubáveis............sob qualquer prisma, método!.....nem imitáveis.........LÓGICO.....como toda boa lógica deve ser!!!).............
Vera Marta Reolon
MTb 16.069
Sabe-se que sem uma liderança genuina, grupo algum funciona......por mais talentosos que sejam os membros reunidos......
Sabe-se também que, obviamente, a liderança sozinha, sem talentos sob sua gestão, nada consegue......
Sabe-se que o melhor exemplo que sempre se tem para estabelecer uma boa liderança é o de uma orquestra.
Quando a orquestra funciona, emociona, toca coesa, apresenta o que chamamos espetáculo......o resultado se manifesta no público.........
Resultado esse que evidencia uma liderança, o maestro, que soube bem conduzir talentos em busca da coesão grupal.....
Pois a OSPA - Orquestra Sinfônica de Porto Alegre - tem conseguido demonstrar a que veio.....
Duas apresentações impecáveis:
Concerto su "Poliuto" e Grand Concerto sopra motivi di "I vespri siciliani" - Antonio Pasculli
Dances of Galanta e Concerto para Orquestra - Zoltán Kodály
Batuque - Alberto Nepomuceno
Estas sob a regência de Gergely Madaras
Da série Theatro São Pedro em 14.06.2016
e
Torch Festival - Wuang Xilin
Concerto número 1 para Piano - Ludwig Van Beethoven
Sinfonia número 5 - Dmitri Shostakovich
Sob a regência de Guoyang Zhang
Série UFRGS - 21.06.2016
Música bem apresentada assim, dá gosto de participar como Presença!!!!!!!!
Vera Marta Reolon
MTb 16.069
domingo, 30 de agosto de 2015
Thiago Ramil une sintetizadores eletrônicos a ambiências regionalistas
A comparação é inevitável: o sobrenome compromete a fruição e peso da avaliação é ainda maior a filhos e parentes de artistas consagrados. É o caso de Tiago Ramil, sobrinho de Kleiton e Kledir, dupla gaúcha que se projetou nacionalmente na década de 80, e de Vitor Ramil, compositor que fez nome na cena brasileira, mas retornou ao sul e batizou o que aqui se faz de “estética do frio” – afinal, neve é outra coisa que não Brazil, o Brasil difundido.
Tiago parece fugir do que os tios fizeram e fazem. Só que não. Tiago não transparece a irreverência e a excentricidade de Kleiton e Kledir, nem a sensibilidade e a poesia de Vitor. Mesmo com uma linguagem um pouco mais universal que a dos tios, Tiago repete o repertório – a redundância não é demais – familiar com temas intimistas (como a esquina de casa, a falta de nexo, a admiração por outrem), ainda que não tão transfigurados numa poética do frio, gaúcha, regionalista ou universalista; nem poesia, nem brincadeira.
Tecnicamente, Tiago apresenta pegadas de reggae, e mesmo de samba e folk. O grupo é multi-instrumentista: muita percussão, guitarras, teclados sintetizados. Tudo junto, com o violão do vocalista, recursos eletrônicos e ambiências – como a captação do som de um sítio, a calmaria e o canto dos pássaros. Mas o excesso, como sempre, é um pecado. O menos é mais; e o clímax é o encontro de Tiago e a irmã, Gutcha Ramil, sempre presente como percussionista no palco, quando estes, sozinhos, entoaram um vocal em dupla, sobre um tal “leite derramado”. E o melhor momento ficou com o bis, com letra simples, porém com um swing mais arrojado.
O disco é de estréia, o show foi no conceituado Theatro São Pedro (da capital gaúcha), e o projeto, contemplado com a Lei de Incentivo estadual – patrocinado pela Natura (aliás, justamente por isso, o preço do álbum deveria ser bem mais barato). A produção já com “pinta” de artista consagrado (assistente petulante, embora o próprio Tiago ainda tímido). Ou seja, um sobrenome cobra certas qualidades, mas abre uma infinidade de portas. Até mesmo uma turnê nacional. Tiago Ramil se apresenta no Rio e em Curitiba. O disco: à venda apenas no local.
Guilherme Reolon de Oliveira
Mtb 15.241
Vera Marta Reolon
Mtb 16.069
A semana que passou nos fez comemorar o dia mundial do ROCK.
Comemorações à parte, tenho a dizer algumas palavras: o ROCK surgiu do JAZZ, música transgressional às composições clássicas, óperas, operetas, arranjos.
O JAZZ surgiu entre os negros, inicialmente, em guetos, escondido, inclusive em garagens.
Expandiu-se, principalmente, com Elvis Presley e Beatles. O primeiro bebendo diretamente do gueto negro e adaptando ao mundo “branco”, não sem sofrer grandes percalços e discriminações, pelo rebolado, pelo ritmo alucinante, enfim pela tal transgressão.
Os Beatles, bem, estes então, apresentando-se em “cavernas”, com suas melodias ritmadas e maravilhosas e suas letras , até certo ponto simples, enlouqueciam “meninas” e “meninos” de todas as instâncias.
Mas eis que o ROCK “evoluiu” (será???), tornou-se outras coisas, baladas, POP, Metal,.....tantos nomes......
Cadê o processo de transgressão????
Cadê as melodias, as letras, o ritmo????
Já o dizia Elvis “ou se tem ritmo ou não se tem, e quem o tem tem muito!”..........então, cadê o ritmo?
Nos guetos o que ouviam, e lá estavam para isso, era ouvir e rebolar ao ritmo da música..........mas entendendo-a de alguma forma!
O que se tem hoje??? Até mesmo em comemorações ao DIA MUNDIAL DO ROCK?....
Barulho...................e da pior espécie.........barulho ensurdecedor...........letras não compreensíveis.................sons sem conexão (será que a tal transgressão virou isso – uma coisa profana sem compreensão, sem entendimento, sem nada???) ..........sem RITMO!
ROCK é ritmo, é letra (pode ser até simplória, mas carregada de sentido!)........mas ritmo...........o que transgride, desde sempre...........é o ritmo........
ROCK é dança.......é alegria...........é festa...............mesmo tristes, presos, magoados.........o ROCK nos alegra..........nos enleva.........
Cadê o ROCK?.....será que está morto em POP, em baladas, em barulho????
Espero que não..........pelo bem de nossos corpos a ansiar mover-se ao som da música.....quer por nossos espíritos a ansiar ALEGRIA!
Nasci no Dia Internacional da Música......anseio por música.....não barulho sem ritmo!!!!
Vera Marta Reolon
MTb 16.069