política sócio-cultural
Luxo, calma, volúpia (1904-5)
Matisse
98,5x118cm
Museu D'Orsay
Paris, França
Somos o que se convencionou chamar "civilização greco-romana". Nossa origem latina está presente em nossa língua (português, francês, espanhol, italiano - todas têm sua origem no latim), em nossa cultura, até mesmo em nossa gesticulação ampla e exaltada (alguns a veem como agressão - mas é entusiasmo e/ou indignação frente às injustiças e adversidades).
Isto tudo para dizer o quê?
Bem, precisamos saber de nossa origem ocidental até mesmo para nos prepararmos em algo simples como narrar esportes em Olimpíadas. As Olimpíadas têm origem nos gregos. A Grécia, além da cultura e da política avançadas tinham no esporte a busca a superação. Vejam, não é superação do outro, mas a busca era da superação de si, do cuidado de si, da evolução enquanto ser no mundo, também no esporte, no cuidado do corpo.
Muito veem o mundo grego pelo desenvolvimento do pensamento, da argumentação. É justo, porém o desenvolvimento do ser era corpo e mente.
Assim, esportes e argumentação são básicos para o cuidado de si (além da óbvia saúde global) - para melhor relacionar-se, igualmente, no cuidado do outro, das relações e do outro (e com o outro).
Então, por quê tudo isso?
Porque Olimpíadas em sua origem, nada tem a ver com vencer e perder, mas na competição para evoluir-se.
Erramos quando centramos nosso discurso em vencedores e perdedores. Todos são na verdade competidores de si.
Prepararmo-nos para nosso trabalho e para a vida é primordial. Nos dias deste nosso tempo tudo é conduzido para a competição no sentido de ganhar e/ou perder.
Espírito olímpico não privilegia perdedores e ganhadores, mas competidores em busca de excelência e superação.
VERA MARTA REOLON
MTB 16.069
Maio deixou marcas significativas, e não apenas nas paredes de nossas residências e empresas. Traumas diante de uma capital surpreendida com enchentes que nunca mais aconteceriam, não fosse como lembrança de um passado distante. Mas as águas do Guaíba invadiram e o caos reverberou em perdas, lutos, tristeza, sofrimento psíquico. No futebol, apenas agora a dupla Grenal retoma suas atividades em suas casas, em seus templos: dois meses de afastamento daquilo que lhe é mais próximo. As consequências se explicitam em equipes desmotivadas e desconectadas, com perda de foco, constantes erros técnicos, que se traduz em jogos perdidos, mas também em comportamentos violentos dentro de campo, com excesso de faltas.
Em contraste, alguns campeonatos, ao redor do mundo, estão aderindo à ideia do Cartão Branco, que difere dos tradicionais cartões amarelo e vermelho (cujo propósito é a punição). O cartão branco não funciona como advertência ou expulsão, mas como reconhecimento por atitude positiva. Incentiva o fair play, o jogo limpo. O cartão branco é mostrado ao jogador quando este age com esportividade, em atitudes como admitir falta cometida ou reconhecer erro de arbitragem.
Quando se fala em fair play, a referência são valores fundamentais que devem ser aplicados em qualquer competição, como o respeito, a ética vivenciada em atitudes positivas e centradas em princípios. A campanha Respect, nesse sentido, promovida pela UEFA, foi significativa para inclusão, diversidade e acessibilidade no esporte. Seu emblema, presente em bandeiras e, especialmente, nos uniformes, deu visibilidade a essas questões.
O comportamento é algo de fundamental importância no esporte. O trabalho desenvolvido em Portugal, através do Plano Nacional de Ética no Desporto, é significativo nesse sentido, e referência para minha atuação como filósofo em equipes esportivas. Diferentemente do psicólogo do esporte, o filósofo propõe às equipes questões que passam desapercebidas: quem somos, o que fazemos, como superamos? Em outras palavras, mover-se por valores, tais como amizade, espírito de equipe, disciplina, respeito (a equipe é mais do que a soma de indivíduos). O que quero, o que posso, o que devo fazer, como resolvemos isso a partir de nossas individualidades para formar um bloco único?
Na Inglaterra, o Plano de Desempenho de Jogadores exige o estabelecimento da Filosofia do Jogo, para o desenvolvimento dos atletas, desde a formação. Cristiano Ronaldo afirmou, em entrevista, que seu segredo é “preparação”, associada à “ética no trabalho”, destacando equilíbrio psicológico, motivação, realização profissional e, principalmente, felicidade, como fatores de sucesso. Nesse sentido, cabe lembrar que a Felicidade, além dos valores éticos, é o grande foco do filósofo em equipes esportivas. Felicidade, não como sinônimo de prazeres atingidos, mas de “ser com excelência”, a partir do autoconhecimento e do cuidado de si.
O atleta, amparado no conhecimento seus diferenciais, seus pontos fortes e fracos, suas habilidades e limites, o que deseja de fato, terá maior segurança de si, apresentando importantes subsídios para lidar com dificuldades dentro de campo. A partir do autoconhecimento desenvolverá saúde emocional, traduzida em percepção de grupo, self forte, entusiasmo com a vida, relações autênticas.
As academias de formação de atletas, na maioria dos clubes europeus, estabelecem seis atributos-chave de desenvolvimento, que se influenciam mutuamente. Tática, técnica e capacidade física correspondem apenas a 50% deles. Outra metade, de igual relevância, são as capacidades emocional e mental, bem como o estilo de vida do atleta. Cabe ao filósofo, nas equipes esportivas, o desenvolvimento desses últimos aspectos, em cada atleta, que reverberarão em boas práticas individuais, como sustentáculo de equipes mais coesas, integradas, conectadas, inspiradas e confiantes. Até porque “o talento vence jogos, mas só o trabalho em equipe ganha campeonatos”, como bem lembrou Michael Jordan
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTB 15.241
O filósofo Martin Heidegger destaca que o Cuidado (Sorge, em alemão) é o que caracteriza o humano, o Ser do homem acontece no Cuidado. Para ele, o cuidar é um fenômeno ontológico fundamental, isto é, no fenômeno do cuidado o homem preocupa-se com o seu existir e com o existir dos outros. Isso porque o homem é um ser-no-mundo que só acontece, como presença, no ser-com-os-outros. O cuidado é abertura originária de sentido que ilumina tudo que vêm ao encontro do ser. Nesse sentido, o psicanalista Donald Winnicott acrescenta que “técnicas do cuidado suficientemente bom neutralizam a perseguição externa, e previnem os sentimentos de desintegração e de perda de contato entre a psique e o soma”. O cuidado nunca deve ser excessivo, deve ser suficientemente bom. Sorge, como cuidado, é o traço fundamental da Presença. Cuidar para poder-ser, para dar consistência à potência, relação circular entre afecção e compreensão.
Em sentido semelhante, o psicanalista Sandor Ferenczi estabeleceu que apenas um “contato afetivo-confirmador" propiciaria progressos de cura do sofrimento psíquico. Este contato afetivo é, em suma, cuidado. Cuidado como ternura. Mas não confundamos a ternura com a caricia. A ternura é a antítese de qualquer estimulação erotizante. Storge, em grego, é ternura, e Stergo significa “amar ternamente”. Em outras palavras, vínculo profundo e carinhoso. Esse verbo, Stergo, constrói-se a partir do Stereos, que quer dizer, em grego, o real, aquilo que é firme e sólido. A ternura, exemplificada no amor dos pais, representa, para os gregos, aquilo que torna firme, que dá firmeza e segurança.
Por isso, Michel Foucault enfatiza que o cuidado de si reverbera em uma “estética da existência”, que implica todo um conjunto de trabalhos sobre si, destacando o princípio “ocupa-te de ti mesmo”, como condição para o conhecimento de si. Isso quer dizer que o sujeito se constitui eticamente neste movimento que vai do trabalhar-se ao conhecer-se, para aquilo a que os gregos denominavam eudaimonia. Traduziu-se eudaimonia por Felicidade. Para os gregos, contudo, o sentido estrito da palavra era de “excelência”. Ser feliz, nesse sentido, é ser excelente: no que é, no que faz, nas suas relações, nesta sincronia do “ser”. Em suma, sua melhor versão.
Para os gregos, o cuidado de si acontecia nos cuidados com o corpo, nos exercícios físicos sem excesso, nas satisfações das necessidades, nas meditações, nas leituras, nas conversas com os amigos: atividades de palavra e de escrita e, porque não, no “dois-em-um” socrático, que se mostra nos questionar-se constantemente, eticamente. Um dos pontos mais importantes dessa ação consagrada a si mesmo é que ela não constitui um exercício da solidão, mas uma verdadeira prática social.
É neste sentido que empresas que desejarem estar inseridas no contexto contemporâneo, alinhadas às práticas de felicidade organizacional, mas também preventivamente no que se refere a processos judiciais trabalhistas e previdenciários, devem estar atentas a dois importantes marcos legais referentes ao Cuidado: à saúde mental de seus colaboradores. O Ministério da Saúde atualizou a lista de doenças relacionadas ao trabalho. São 347 patologias, incluindo burnout, abuso de drogas, estresse, transtornos mentais e tentativa de suicídio. O bornout, também conhecido como síndrome do esgotamento profissional, pode estar relacionado a questões como gestão organizacional e interação pessoa-tarefa disfuncionais, jornada de trabalho inadequada, violência e assédio moral/sexual no trabalho e discriminação.
O segundo acontecimento é mais recente. Já está em vigor a Lei Federal 14.831/2024, que institui a certificação "Empresa promotora de saúde mental". As empresas interessadas em obter a certificação devem desenvolver ações e políticas como implementação de programas de promoção à saúde mental no ambiente de trabalho; oferta de acesso a recursos de apoio psicológico para seus trabalhadores; capacitação de lideranças; combate à discriminação e ao assédio; promoção de ambiente de trabalho seguro e saudável; incentivo ao equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional; incentivo à comunicação integrativa; manutenção de canal para recebimento de sugestões e de avaliações; dentre outras.
O Programa de Gestão da Felicidade, de minha autoria, fruto de tese de doutoramento é, nesse sentido, um importante aliado de empresas que queiram prevenir consequências graves no campo jurídico e previdenciário, e conseguir a certificação de destaque, tendo em vista que, em seu conjunto de ações, apresenta todas as diretrizes para tal.
Saúde Emocional é sustentáculo da Segurança Psicológica, um dos sinônimos de Felicidade. Nesse sentido, quando se trata de uma organização ou uma equipe esportiva, por exemplo, isso só se efetiva com abordagens individualistas, que diferem das abordagens coletivistas (ambientes diferenciados, bonificações, palestras, presentes, reconhecimentos padronizados). As abordagens coletivistas têm efeito apenas a curto prazo, grande equívoco e, de certa forma, perda de tempo e dinheiro. As abordagens individualistas, no entanto, perduram, têm efeito a médio e longo prazo, progressivo. Em suma o resultado são equipes mais integradas, ambientes mais coesos, leves e conectados, melhor e maior produtividade, saúde integral.
Saúde Emocional só é alcançada pelo autoconhecimento e pelo cuidado de si, pela descoberta de seu Desejo, pela travessia de suas fantasias, pela tomada de consciência de seus potenciais e limites, pela construção de seu projeto de vida, pela desalienação daquilo que desejaram que você desejasse. Nas organizações e fora delas. Em outras palavras, nascendo de fato, sendo feliz de forma autêntica.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTB 15.241
É inadmissível que, diante de situações como a maior tragédia climática do Brasil (de TODOS OS TEMPOS!), que assola o Rio Grande do Sul, façam uso político da calamidade, especialmente aqueles que vivem da política, não bastasse certos empresários, cujas doações só acontecem como estratégia de marketing (caso contrário, no dia-a-dia, também agiriam com beneficência).
Mas os políticos, não bastasse o uso como estratégia eleitoreira (CRIANDO, inclusive, gabinetes com pessoas absoluta e completamente despreparadas – somente para ganhar eleitores – se é que os ganhará!) , parecem “gozar” com a situação, emitindo portarias e decretos que, num dia alardeiam, noutro vetam (será que vetaram – porque não aparece em lugar algum o veto, só o decreto – inclusive no DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO – e os órgãos que o apoiam dizem nada ter nem saber sobre), em nada beneficiando os atingidos. Exemplo é a portaria conjunta INSS/MPS nº 46, de 03 de maio de 2024, assinada pelo ministro da Previdência e o pelo presidente do INSS.
“A determinação consta na portaria conjunta INSS/MPS Nº 46, de 3 de maio de 2024, assinada pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e pelo presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Com isso, os pagamentos que seriam em 24 de junho serão pagos juntamente com os de maio. O calendário de pagamentos vai de 24 de maio a 7 de junho.
Segundo o governo, os pagamentos que seriam feitos em 24 de junho serão pagos juntamente com os de maio. O calendário de pagamentos vai de 24 de maio a 7 de junho.
Assim como foi feito em setembro passado, quando a região Sul foi fortemente castigada por ciclone seguido de chuva, a Previdência Social antecipará o valor de uma renda mensal a beneficiários que recebem ou residem na região, contanto que solicitem o adiantamento no banco onde recebem o benefício mediante assinatura de termo de opção.
Recentemente, o Governo Federal aprovou uma medida que permite a antecipação dos pagamentos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), especificamente visando beneficiar os segurados em condições de emergência devido a calamidades públicas.
Esta medida surge como um alívio financeiro importante para muitos cidadãos, especialmente aqueles afetados por situações adversas, como as recentes enchentes no Rio Grande do Sul.
Quem são os beneficiados com a antecipação do INSS? ayvolume00:00/08:16TruvidfullScreen
Os pagamentos antecipados contemplam aposentados e pensionistas do INSS, excluindo-se beneficiários de auxílio-doença, salário-maternidade e auxílio-reclusão.
Esta decisão estratégica visa garantir que aqueles que dependem mais permanentemente desses recursos possam acessá-los de forma mais rápida em períodos de necessidade urgente.
Detalhes sobre o calendário e solicitação da antecipação
De acordo com informações fornecidas pelo INSS, os pagamentos do mês de maio serão realizados entre os dias 24 de maio e 7 de junho.
Para beneficiários que ganham um salário mínimo, os depósitos começam no primeiro dia do calendário anunciado. Importante destacar que, para os cidadãos dos municípios do Rio Grande do Sul classificados como áreas de calamidade pública, o acesso ao dinheiro será possível já na data inicial de distribuição dos pagamentos.
Como proceder para receber a antecipação?
Os interessados em se beneficiar com a antecipação dos pagamentos do INSS devem direcionar suas solicitações ao banco em que habitualmente recebem seus benefícios.
O valor antecipado, posteriormente, será parcelado em até 36 meses, sem acréscimo de taxas de juros ou correção monetária, a partir do terceiro mês subsequente à antecipação.”
Fonte: Estadão – Jornal de Circulação Nacional e Diário Oficial da União
A dita portaria determinava que a Previdência Social anteciparia o valor de uma renda mensal a beneficiários do INSS que residem no RS, com carência para pagamento em 36 vezes sem juros. Tal renda extra deveria ser solicitada no banco onde o beneficiário recebe. Mas, chegando ao banco, aposentados recebem a notícia que isso não é verídico, e que apenas o benefício de maio será antecipado alguns dias, o que apenas confundirá as pessoas, tornando a situação ainda pior, economicamente (até porque os aposentados acabarão gastando para suas despesas urgentes e esperando que venha o “salário” na data – o que não acontecerá!
Outra notícia que foi veiculada em diversos veículos de comunicação (com suposta credibilidade) era que as cobranças dos empréstimos consignados seriam suspensas até o fim do ano (notícia em princípio fornecida pelo presidente da Caixa Econômica Federal – que aliás é um órgão do governo). Notícia igualmente fraudulenta, tendo em vista que o governo nada decretou neste sentido. Aliás, governo utiliza da calamidade para ter “palanque” e prometer ainda mais, algo que provavelmente não cumprirá. Quem sofre, como sempre, é a população, que fica à mercê daqueles.
Mais uma notícia divulgada aos quatro ventos é a de que a Receita Federal creditará a restituição de IRPF a TODOS OS GAÚCHOS em 31/05/2024. O que esperar desta aí?????...já que agora divulgam que só atendenderão aos que entregaram a declaração até 15/05......nossa que disse-me-disse que invoca fraudes em discurso!!!!
CADÊ AQUELE QUE DISSE QUE DARIA "TUDO O QUE OS GAÚCHOS PEDEM"...E EM OUTROS MOMENTOS "QUE PRECISAM"????
se o outro vetou....porque não dizem QUE ELE VETOU??????
como dizia aquele outro político...."INTERESSES" (intereces na leitura da voz que falava!!)...
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Sabe-se que, em meio a crises que envolvam grandes aglomerações de pessoas precisamos, em um primeiro (e nos demais) momentos lideranças que indiquem os caminhos, quer seja para providências imediatas, quer seja para antecipar eventos e ações de futuro, de médio e longo prazo.
De minha parte, não tenho qualquer envolvimento político partidário (e, em princípio - nunca se sabe completamente o que se dará em um dia num futuro de talvez) mas, sabe-se, principalmente quem tem algum conhecimento em filosofia, que todo discurso é político pois expressa uma opinião, um conhecimento, algo que nos identifica e, o que mais é isso do que o fazer político por excelência.
Mas, voltando ao que me move, já até elogiei muito o trabalho do prefeito de Caxias quanto ao seu trabalho na Codeca, então ele era presidente da empresa e realizou um trabalho primoroso, colocando uma empresa a beira de condições precárias em um patamar de primeiro mundo. Diga-se, abomino estas nomenclaturas primeiro mundo, terceiro mundo porque, o que nos identifica é nossa forma de agir e não o lugar onde estamos, nascemos, etc. Se fosse desta forma, muitos de nossos ancestrais vivendo em condições miseráveis em uma Europa destruída e carecendo até mesmo de alimentos, precisaram sair e buscar a "América", para poder ter condições mínimas de subsistência. Hoje, olhando a Europa enriquecida, os descendentes a veneram, mas mal sabem (e não se importam em saber) que a mesma Europa buscou de livrar dos "pesos sobressalentes" enviando-os (e endividando-os) para fora de lá.
Este senhor, ex-presidente da Codeca, hoje prefeito de uma Caxias em calamidade pública (e já passou há pouco por outra calamidade pública) soube se portar de forma calma, ordeira, em ações emergenciais e absoluta e completamente necessárias para agilizar o ir e vir e tornar a vida da população, não só da cidade, mas da região e do estado mais rápida e viável a ação humana. E olhe que já até disse a ele pessoalmente que não votaria nele (tenho anulado meus votos constantemente - ninguém consegue me representar), mas elogios devem ser dados quando justos e efetivos.
Ele fez até uma reunião com seus subprefeitos de distritos (os distritos estão em extrema dificuldade) para todos cuidarem dos funcionários que estão na lida para manter os serviços e a vida em andamento, pois estão todos sobrecarregados.
Ainda, é um prefeito que não fica sentado aguardando notícias e fazendo "lobby" político (aqui partidário) para si e para eleições. Vai aos bairros, fiscaliza os trabalhos, "mete a mão na massa". Como deve ser para alguém que busca ser uma liderança.
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Quando se vive uma situação de perigo, o que se espera?
O mínimo é solidariedade para com quem está a sofrer....
É o mínimo do que se convencionou chamar de HUMANO.....
Agora....espera-se que NINGUÉM se utilize do sofrimento alheio para beneficiar-se...
para tirar proveito da situação de outrem para obter "luzes"....que jamais serão suas....para si....
isso vai no parâmetro inverso do HUMANO...que cita-se acima...
pois....
NINGUÉM deveria estar fazendo "PESQUISA'" sobre responsabilidade deste ou daquele sobre a situação...
isto é uma questão a ser abordada quando os ânimos da dor estiverem um pouco cicatrizados....
não na extrema DOR!!!!!
outra questão que não cabe ao BOM jornalismo.....
usar a DOR de outrem para criar situações que forneça audiência....
isso fica mais no nível do que se convencionou chamar de IMPRENSA MARRON.....
que feio!!!!!!!!!!!!!!!!
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
As notícias esportivas, na última semana, foram invadidas por questões de ordem moral: Gabigol, Robinho e Daniel Alves não estiveram nas manchetes por seus feitos no futebol, mas por condenações na área criminal, como fraude do exame anti-doping , estupro e violência sexual. Por corrupção financeira já vivenciamos em nosso estado o caso de Ronaldinho Gaúcho, mas são exemplos entre muitos.Constantemente, casos de racismo também são presenciados nos estádios.
Em contraste, alguns campeonatos, ao redor do mundo, estão aderindo à ideia do Cartão Branco, que difere dos tradicionais cartões amarelo e vermelho (cujo propósito é a punição). O cartão branco não funciona como advertência ou expulsão, mas como reconhecimento por atitude positiva. Incentiva o fair play, o jogo limpo. O cartão branco é mostrado ao jogador quando este age com esportividade, em atitudes como admitir falta cometida ou reconhecer erro de arbitragem.
Quando se fala em fair play, a referência são valores fundamentais que devem ser aplicados em qualquer competição, como o respeito, a ética vivenciada em atitudes positivas e centradas em princípios fundamentais. A campanha Respect, nesse sentido, promovida pela UEFA, foi significativa para inclusão, diversidade e acessibilidade no esporte. Seu emblema, presente em bandeiras e, especialmente, nos uniformes dos atletas, deu visibilidade a essas questões.
Alguns poderão argumentar que atitudes no campo são uma coisa, e comportamentos fora dele são outra. Nada mais incoerente: o sujeito não é dividido, e as vidas pessoal e profissional são inseparáveis, ainda que a ilusão da divisibilidade seja frequente. O sujeito é uno, assim como sua personalidade e sua ética (a base da ética está no sujeito desde os gregos!).
O comportamento é algo de fundamental importância no esporte. O trabalho desenvolvido em Portugal, com o embaixador do Plano Nacional de Ética no Desporto, Jorge Humberto Dias, é significativo nesse sentido, e referência para minha atuação como filósofo dentro de organizações as mais diversas. Diferentemente do psicólogo do esporte, o filósofo propõe às equipes questões que passam desapercebidas: quem somos, o que fazemos, como superamos? Em outras palavras, mover-se por valores, tais como amizade, espírito de equipe, disciplina, respeito (a equipe é mais do que a soma de indivíduos). O que quero, o que posso, o que devo fazer, como resolvemos isso a partir de nossas individualidades para formar um bloco único?
Na Inglaterra, o Plano de Desempenho de Jogadores exige o estabelecimento da Filosofia do Jogo, para o desenvolvimento dos atletas, desde a formação, nas categorias de base. Hoffenheim, Tottenham e Ajax, por exemplo, estão interessados em desenvolver, em cada atleta, a motivação para jogar em seus times específicos, e não em outro qualquer.
Cristiano Ronaldo afirmou, em entrevista, que seu segredo é “preparação”, associada à “ética no trabalho”, destacando equilíbrio psicológico, motivação, realização profissional e, principalmente, felicidade, como fatores de sucesso. Nesse sentido, cabe lembrar que a Felicidade, além dos valores éticos, é o grande foco do filósofo, em equipes esportivas. Felicidade, não como sinônimo de prazeres atingidos, mas de “ser com excelência”, a partir do autoconhecimento e do cuidado de si para, como nos diz Foucault, a partir do governo e cuidado de si podermos atingir o governo e cuidado dos outros.
O atleta, amparado no conhecimento de si, seus diferenciais, seus pontos fortes e fracos, suas habilidades e limites, o que deseja de fato, terá maior segurança de si, apresentando importantes subsídios para lidar com dificuldades dentro de campo.
As academias de formação de atletas, na maioria dos clubes europeus, estabelecem seis atributos-chave de desenvolvimento, que se influenciam mutuamente. Tática, técnica e capacidade física correspondem apenas a 50% deles (aqui trabalho técnico é essencial). Outra metade, de igual relevância, são as capacidades emocional e mental, bem como o estilo de vida do atleta. Cabe ao filósofo nas organizações (e no esporte é um dos campos essencial) o desenvolvimento desses últimos aspectos, em cada atleta, que reverberarão em boas práticas individuais, como sustentáculo de equipes mais coesas, integradas, conectadas, inspiradas e confiantes. Até porque “o talento vence jogos, mas só o trabalho em equipe ganha campeonatos”, como bem lembrou Michael Jordan.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
Se perguntarmos a 100 pessoas o que mais valorizam para si...certamente entre as 100 todas dirão a saúde....
Porém dentre estas 100 pessoas nenhuma saberá dizer com exatidão o que é saúde mental....
Vejamos...a saúde de quaisquer de nós...implica termos saúde física, espiritual e mental...
A saúde física obtemos quando procuramos em exames, quer sejam radiológicos, clínicos, laboratoriais,....
A saúde espiritual nos vêm nas crenças que depositamos em algo, em alguém, em um ser superior (qualquer que seja o credo que sigamos)...
A saúde mental.....aí encrencamos literalmente...
Como medimos nossa saúde mental???
Alguns podem dizer que tomam diversas medicações...para isso...para aquilo...e sentem-se bem...
Mas, não nos esqueçamos que medicações são DROGAS...no inglês isso fica claro DRUGS...e, geralmente, quando nos causam bem-estar em função de determinada problemática física...carregam sequelas para outros órgãos....como DROGAS ilícitas, as “drogas” lícitas nos trazem um conforto momentâneo....e, porque não dizer, podem causar-nos dependências...dependências estas de todas as estirpes, quer seja biológica (em função dos próprios componentes do medicamento), quer seja emocional (do bem-estar que nossa mente sentiu na primeira vez que os experimentou- e, geralmente, o bem-estar foi só aquele mesmo, e nossa memória o guardou).
SAÙDE MENTAL implica o bem-estar de estar comigo mesmo, de gostar de mim, de minhas escolhas, de meus caminhos, de saber de mim.....o que DESEJO.....não os desejos de bem materiais....mas o DESEJO que me marca....que diz de mim...de quem sou...
Como descobri-lo??.....apenas um tratamento que me auxilie na busca por mim mesmo.....vejamos não é a busca da resposta perfeita que um terapeuta desavisado possa nos dar....mas a busca no cerne de mim mesmo....que um bom terapeuta nos ajuda a busca-lo através de uma análise pessoal, que pode ser buscada por diversas teorias e teóricos que existem/existirão e outros que teorizam....mas que este bom terapeuta siga com sabedoria e o mais precisamente possível....auxiliando o paciente em sua paciente (redundante assim mesmo) busca por si.
Assim...e só assim.....conseguimos a tão almejada SAÚDE....que todos buscamos....
VERA MARTA REOLON
MTb 16.029
Inaugura hoje um novo espaço cultural em nossa cidade: é o Fórum Cult, que surge com o propósito de acolher exposições de artes visuais e sessões de autógrafos de livros, no Fórum da Comarca de Caxias do Sul, a partir do diálogo entre o Judiciário e a Sociedade, que o Programa de Gestão da Felicidade impulsionou.
A exposição que inaugurará o Fórum Cult é a “Retratos”, do Clube do Fotógrafo de Caxias do Sul: reunião de 23 retratos, cada qual capturado pelas lentes de um artista membro da associação. Arriscaria dizer que retratar alguém é tentar capturar a identidade desse sujeito (ao menos no instantâneo), o que é uma impossibilidade, mas retratar é o símbolo do originário da relação com a alteridade, que acontece com o Rosto. Isso porque a verdadeira essência do homem, segundo o filósofo Emmanuel Levinas (1905-1995), apresenta-se no Rosto. O Rosto se contrapõe ao fenômeno, à simples apresentação e à representação.
É na relação face a face, e esse é o grande trunfo desta exposição, já que os retratos se estabelecem na relação entre o fotógrafo e o fotografado, que se dá a linguagem ética, como fonte de todo o sentido do homem (diria aqui que é o contrário de toda “relação” virtual – tão amplamente utilizada nos dias de hoje).
O sentido do humano acontece no contato, na relação intersubjetiva. E, nesses termos, o Rosto convoca à responsabilidade que tenho para com o Outro.
Perceber os rostos que os 23 artistas do Clube do Fotógrafo nos mostram, através do seu Olhar, é perceber a Diferença, aquilo que não me é próprio (enquanto fotógrafo ou espectador). O Rosto é a novidade, a surpresa, porque é sempre um desconhecido, o exterior, o estrangeiro, e me traz, me lembra de algo que não possuo, que não sou. A experiência com o Rosto do Outro é única, porque permite ao sujeito, ao interlocutor, sair de si mesmo e da totalidade: o Rosto convoca ao diálogo, à inquietude.
O Rosto convoca à neutralização da violência e do poder, porque traz, em si, a própria noção do “não matarás”. É da ordem da proximidade, porque se fundamenta da assimetria das Diferenças. É o pilar da ética, como relação primordial. O Rosto, nesse sentido, é mais que identidade, porque é discursividade com a alteridade. O Rosto exige outra atividade: não de posse, mas de hospitalidade; não de desvelamento, mas de justiça; não de doação de sentido, mas de receptividade ética. Falarmos em ética e justiça invoca ao tudo a ver com o lugar de onde falamos nesta inauguração (ao menos é o que toda coletividade espera como tal!).
A exposição Retratos, que dialoga com a Galeria dos Diretores do Foro da Comarca, onde o espaço cultural se configurará, é um convite para a renovação, para desenvolver e aperfeiçoar a relação entre Judiciário e Sociedade. E esse é o principal propósito do Fórum Cult: ser um espaço de acolhimento, par’além dos processos judiciais, das queixas, dos problemas e dos conflitos sociais e pessoais.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
Inicia, no dia 08, o 2º Concerto de Moda da Serra Gaúcha, um evento que acontece até dia 11, com uma série de atividades, destacando-se os desfiles que ocorrerão na Sinimbu, no Palacete Eberle e na sede social do Clube Juvenil. Mas o que é uma roupa? Pergunta inocente, afinal vestimo-nos ou desnudamo-nos tão facilmente com um simples ato de colocar ou retirar uma ou mais peças de roupas. Segunda pele, sobre a pele; máscara, fantasia; cobrir-se ou descobrir-se. Uma folha a cobrir a genitália, um uniforme sem o qual não se pode frequentar determinado estabelecimento. A roupa poderia ser definida como “tecidos recortados e costurados”. Mas, como tal, se reduz à coisa. De acordo com a funcionalidade, talvez, poder-se-ia dizer que a roupa é um utensílio que serve para vestir. O vestir, entretanto, só acontece como ação, se há uma roupa e, assim, há uma circularidade na conceituação.
Tecidos recortados e costurados, em si, não constituem uma roupa, pois outros utensílios são assim produzidos: toalhas de mesa e lençóis, por exemplo. Em um manequim, a roupa já é roupa? Em um desfile conceitual, a roupa já existe como acontecimento? Perguntar o que é a roupa é pensar a sua essência, ou, em outras palavras, seu originário ou, ainda, seu ser. Costuro tecidos, quaisquer tecidos, e o resultado é uma roupa? Costuro quaisquer tecidos, a partir de moldes pré-estabelecidos de camisa, por exemplo: eis uma camisa? E se houver uma escolha deliberada do tecido a ser utilizado? Uma camisa sem mangas e sem gola ainda é uma camisa? Essa suposta camisa, criada e exposta ao público, por meio de um desfile, ou em uma vitrine, já é roupa?
Yohji Yamamoto definiu a roupa feminina com uma pergunta: “Posso ajudar?” E a roupa masculina com um convite: “Vem, vamos embora”. Essas “definições”, na forma de frases, contribuem para uma ontologia da roupa, à medida que expandem a compreensão do ser da coisa. Ajudar e ir, verbos inscritos nas orações de Yamamoto, são ações: o criador está na roupa que oferece ao cliente: ora numa condição subserviente, ora numa relação de companheirismo. Yamamoto está não só no desenho e no desenvolvimento produtivo daquilo que cria, mas na relação que estabelece com aquele que o compra. Yamamoto é na roupa, como etiqueta, como assinatura e como estilo de criação (a prisão da qual tem a chave). Vestir a roupa de Yamamoto é vestir Yamamoto, o próprio, é quase sê-lo. Identificando-me com ele, integro-o à minha identidade.
Marx, o pensador do capitalismo, crítico do fetichismo da mercadoria, considera a roupa uma abstração. Abstração de um trabalho, de uma mão de obra valorada, porém alienada. E se enreda no roteiro que ignora. Ele só consegue ser Marx – o sujeito que pesquisa, que escreve, que frequenta o Museu Britânico – se portador de um casaco. Esse casaco, no entanto, é modo de subsistência, quando objeto penhorável. Sem a penhora, Marx não pode pagar seu aluguel e sequer alimentar a si e a sua família. Marx é aniquilado como pensador sem a pesquisa que, por sua vez, só é possível se Marx porta seu casaco (ou mesmo se utiliza do dinheiro que dele advém como “objeto” penhorável). Nesse sentido, está em seu casaco.
Retornamos à pergunta inicial: O que é uma roupa? Depreendemos que uma roupa só o é a partir de seu uso (de uma “escolha”). O ser da roupa é apreendido em sua realidade mesma, a partir da conjugação de seus registros: real (de que é feito), simbólico (significados que lhe são atribuídos) e imaginário (forma e conteúdo transformados no tempo-espaço). Só no corpo, e em movimento, a roupa é: o uso e a conferência de identidade e de diferença é o que lhe conferem seu estatuto de verdade.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
“O que você faria se só te restasse esse dia?”, provoca Paulinho Moska, na música O último dia, tema de abertura da novela O fim do mundo. Embora muitos evoquem, em seus pensamentos, atitudes consideradas, socialmente ilegais, imorais ou que engordam, como diria Roberto Carlos, para responder ao questionamento, interessante é que possamos refletir sobre o que fazemos com nosso tempo, nosso dinheiro, nossa vida.
Carpe diem, a expressão extraída de uma das Odes, de Horácio, traduzida por “Aproveite o dia”, evoca os ideais estóico-epicuristas, diante da incerteza do futuro. Viver plenamente o momento, como uma experiência única, sendo grato pelas vivências passadas e projetando, com esperança, novas conquistas, é condição para a felicidade. Felicidade é aprender a fazer escolhas: escolher amigos, valores, prazeres, a partir do exercício do “conhece-te a ti mesmo” e do cuidado de si, investigando “o que desejas de fato. O que fazes com o que fizeram de ti?”
O poeta norte-americano Walt Whitman, no belíssimo poema Carpe Diem, mote do clássico filme Sociedade dos poetas mortos, com Robin Williams, assim expressa o que caracteriza uma vivência de fato (diferente da sobrevivência): “Aproveita o dia / Não deixes que termine sem teres crescido um pouco / Sem teres sido feliz, sem teres alimentado teus sonhos / Não te deixes vencer pelo desalento [ou] permitas que alguém te negue o direito de expressar-te, que é quase um dever [ou] abandones tua ânsia de fazer de tua vida algo extraordinário.” Mais à frente, Whitman destaca do imperativo de valorizar a beleza das coisas simples e, o mais importante: “Não atraiçoes tuas crenças” (fique claro aqui que isto é o princípio básico da ética!). Por fim, o também ensaísta convoca: “Pensa que em ti está o futuro, e encara a tarefa com orgulho e sem medo / Aprendes com quem pode ensinar-te as experiências daqueles que nos precederam / Não permitas que a vida se passe sem teres vivido”.
Nesse sentido, aproveitar o dia não é sinônimo de uma liberdade sem limites, mas de presença no seu fazer. O pensador Emmanuel Levinas nos lembra que a liberdade de um só começa quando inicia a do outro, o que completa a máxima do existencialista Jean-Paul Sartre: só há liberdade com responsabilidade.
Carpe diem é o princípio, não apenas da felicidade, mas da vida autêntica. Na concepção do filósofo alemão Martin Heidegger, a vida autêntica é aquela que, diante da ciência da certeza da morte (que caracteriza o humano), se projeta no tempo para o futuro, aberta às possibilidades que se apresentam. A vida inautêntica se contenta com as verdades dadas, deixando-se levar, seguindo a existência no modo automático. Existir autenticamente, por sua vez, é afirmar a potência da escolha, orientando-se pela originalidade de si em cada momento, tornando-os acontecimentos: em outras palavras, especiais. Carpe diem, aproveita teu dia, curta cada momento.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
A Academia (não a de ginástica - mas até esta!), fala-se aqui aquela criada por Platão, privilegiava o pensamento, a argumentação, o deslindar de determinado ponto até chegar a uma conclusão o mais lógica e ética possível. A isto chamavam filosofar, buscar a sabedoria, "saber" das coisas, o "saber" "verdadeiro", construído, refletido. E este "saber" das coisas, esta busca, esta, como diriam os filósofos, argumentação, era/seria a base de todos os saberes. Veja-se, a base de todos os saberes!
Em algum tempo de nossa história, dizia-se que a filosofia era a base de todas as disciplinas, os cursos (os saberes!) humanos (disciplinas humanas), o que inclui, psicologia, letras, serviço social, medicina, odontologia, etc... Excluia-se assim, os saberes ditos das exatas, as matemáticas, física, etc.. Mas os filósofos antigos eram físicos, matemáticos e sempre relacionaram estes saberes com filosofar, com a argumentação, com a busca da sabedoria, tanto que Aristóteles inclui o campo da lógica, da analítica, no filosofar.
Logo, percebe-se que a Academia desde Platão, ao invés de evoluir, como tantos pensam, está involuindo, se fragmentando e se afastando até mesmo de sua base conceitual, a busca da sabedoria.
Segundo Kierkegaard, o filósofo que, diz-se, é o precursor do existencialismo, corrente que nos leva a Sartre, Camus e, porque não dizer, a Freud, devemos saber escolher, pois nossas escolhas nos angustiam e podem nos conduzir ao desespero.
Neste momento em que o filósofo é reverenciado, lembremos de Kierkegaard e dos primeiros filósofos e, o quão são necessários a nossas vidas, em nossos processos educativos, em nossa busca pelas virtudes, em nossa busca pela ética e passemos mais a filosofar e buscar mais em nossas ações pela busca de um saber verdadeiro, argumentado e não em falsas verdades obtidas em postagens "fakes".
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Em alusão ao Dia Internacional da Filosofia e ao Dia Nacional do Filósofo, comemorados nesta semana, proponho uma reflexão, baseada na questão: “Queres o que desejas?”. A filosofia, como amizade pelo saber, se ampara no questionamento conceitual e, sua face aplicada é profícua para uma vivência mais plena e com sentido.
Na correria do dia-a-dia, seguimos a rotina cotidiana, caímos no automático. E, com isso, pouco refletimos, quando muito sobre o que gostamos. Em um exercício que proponho aos colaboradores das organizações onde aplico o Programa de Gestão da Felicidade, a partir do Questionário Proust, convido a pensar em cor, música, pintores, personalidades favoritos. Muitos constatam que se perderam de si mesmos, deixando de lado gostos e preferências. “Eu adorava ler, hoje só fico no celular”(sic), disse certa funcionária. Ouvi “quando me aposentar, quero aprender a andar de roller”(sic). Mas, e até lá? Por que esperar, por que não retomar algo que sempre gostou de fazer? E isso tudo é apenas comportamento, superfície, camada externa.
Nesse sentido, a música “Comida”, dos Titãs, é um convite a refletir sobre a diferença entre necessidade, vontade e desejo. Nossas necessidades se dividem em fisiológicas (alimentação, sono, abrigo), psicológicas (segurança, pertença, afeto) e de auto-realização. São fatores sem os quais, basicamente, não nos satisfazemos. Ter vontade de algo, por sua vez, é efêmero: realizada ou não uma vontade, provavelmente, não fará grande diferença, sequer a curto prazo. Vincula-se ao prazer imediato, momentâneo, supérfluo. O desejo, contudo, se diferencia, substancialmente, em seus fundamentos.
Antes mesmo de nascermos, uma série de expectativas, projeções, são lançadas sobre nós, logo configurando marcas. O nome próprio carrega características referenciais, na maioria das vezes ignoradas ou negadas pelo sujeito. O sobrenome é designador da origem, ao passo que o prenome é traço unário, aquilo que Lacan designou como traço diferenciador e, portanto, identificador. Como traço unário, o prenome é título de uma história, escrita por nossos pais. O roteiro dessa história, contudo, é um texto cuja escrita deve ser elaborada por cada sujeito, diante da pergunta “O que desejo?”. Importante que, num trabalho de subjetivação, cada um não deixe que outro escreva a sua história; que se desaliene do desejo do Outro e descubra qual seu verdadeiro Desejo. Interpretar, elaborar e ressignificar o que fizemos com o que fizeram (e quiseram ou pensaram) de/para nós, dando novos sentidos a tudo isso, não cedendo de nosso Desejo autêntico, é um trabalho árduo, que poucos estão dispostos a realizar, calcado em autoconhecimento e cuidado de si, princípios da felicidade verdadeira, diferente de sorrir o tempo todo, ou mesmo ficar apenas rindo à toa.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
Cuidado de Si e Auto conhecimento são pilares do Programa de Gestão da Felicidade que desenvolvo como Consultor.
O Si Mesmo, muitas vezes, é relegado a segundo plano, no ritmo frenético, automatizado e caótico do quotidiano. Nos esquecemos de nós mesmos. Fixamos nosso olhar nas inúmeras telas. Visualizamos, compartilhamos "damos" likes. Focamos na vida de outrem, deixamos de nos ocupar de nós mesmos. Não confundam: não se trata de uma apologia ao individualismo, muito menos de uma idolatria de nossas vivências, postadas nas redes. Cuidado de Si é um olhar para aquilo que, muitas vezes, sufocamos, abafamos, ignoramos: nossa singularidade!
Pensemos no Cuidado de Si através de uma metáfora: trabalhamos em um prédio com muitas portas e, por trás de uma delas, com a placa "acesso restrito" (restrito a quem, já que nenhum funcionário a abre?), está um belíssimo terraço, com uma vista maravilhosa. Ir até ao terraço é como Cuidar de Si. É nos deslocar, entrar em uma área desconhecida, mas sem sair do prédio.
Necessário destacar da importância do cuidado que devemos ter com nossas emoções, com nossos sentimentos, nosso bem-estar, seja ele físico ou emocional. A pandemia deixou muitos rastros, traumas, restos...especialmente no que tange à saúde emocional. Trancados em nossas casas, em frente às telas, isolados de relacionamentos pessoais e profissionais presenciais, sofremos calados, sem o outro que escutava, olhava, tocava...
Ficamos angustiados, ansiosos, depressivos, impacientes, repletos de questionamentos sobre a vida e a morte estampada nos noticiários. Por sermos sociais, o Cuidado de Si interiorizado também ficou de lado. Sequer temos noção das consequências, a longo prazo, que a pandemia trará às subjectividades das crianças e adolescentes, sujeitos em formação. Em relação aos adultos, basta observar a quantidade de farmácias que abriram nos últimos anos.
Olhar para Si, ocupar-se de Si Mesmo, pensar sobre quem Sou (quais minhas forças de carácter, meus potenciais, minhas limitações, o que me impede de seguir pelo caminho da felicidade e do bem-estar, o que gosto, o que anseio, o que admiro, quais meus objectivos, meu propósito), não requer, muito pelo contrário, que sejamos outro, apenas que cuidemos de nós mesmos sob outra perspectiva, outro ponto de vista..
Eis um desafio necessário e urgente: Cuidar de Si para poder cuidar dos outros (mesmo que este outro também seja o Si). Em suma, tornar-se Si Mesmo, criando-se como Obra de Arte!
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
“É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível as olhos”, disse a raposa ao princepezinho. O cotidiano nos aponta que, a todo instante, nossa vida é muito mais que razão: nossas escolhas, nossos interesses e nossas questões são permeados por emoções, sentimentos e fatores intangíveis, que sequer temos consciência de sua amplitude e complexidade A esfera jurídica é exemplar nesse sentido: no contexto processual, a lide judicial é apenas a ponta do iceberg, sendo a lide sociológica (as relações, as entrelinhas, onde figuram os reais interesses dos envolvidos) muito maior.
A obra “Heróis do Quintal”, do escritor caxiense Jonas Piccoli, revela importantes insights sobre essas questões. “A vida é como música: união de sons e silêncios”. Piccoli ensina que ser herói é consequência de empatia e altruísmo, qualidades raras ao ser humano contemporâneo, ligado no automático, interessado em likes e seguidores, ansioso, angustiado e depressivo, tantas vezes insatisfeito com o trabalho, estressado, traumatizado, isolado e... medicado. Fugindo de conhecer a si mesmo, de refletir sobre qual é seu desejo genuíno (e não o que esperam que o seja), seus gostos, suas forças de caráter, seus potenciais e limites, através, não só de medicações psiquiátricas (cujos efeitos são, cientificamente comprovados, mínimos – isto se nos esquecermos que medicações são DROGAS, mesmo que lícitas), mas de técnicas terapêuticas questionáveis e procedimentos estéticos. “Sem tempo e dinheiro” para si, mas com a agenda (e o bolso) cheia para fugir de si. Olhe (com atenção!) e veja, não só o aumento considerável de moradores de rua, mas de farmácias e centros estéticos. Ser herói, verdadeiramente, não concerne a superpoderes como os de Superman, dos X-men e afins, mas aos superpoderes do cuidado do outro, do amparo, da presença, do Olhar e do Escutar, sustentados pelo cuidado de si, via autoconhecimento, que é felicidade autêntica (quando tornamos a Vida especial, independentemente das dificuldades diárias), não sinônimo do riso alienado. Ser herói não do mundo inteiro, mas de nosso quintal, nesse sentido, é ser feliz de fato. Piccoli destaca a força dos silêncios. Algumas vezes eles são necessários, quando reflexivos e introspectivos. Mas, muitas vezes, abafam as palavras, nos deixam sem palavras. E é impossível ficar em silêncio, como afirma o dramaturgo Márcio Abreu em “Sem palavras”. O país está em ruínas, se constituiu sob ruínas e é preciso que as coisas sejam ditas, para não destruírem ainda mais. Expressas também por aqueles que não tiveram “acesso aos púlpitos, às assembleias, aos palcos, às telas, às ondas sonoras, aos microfones”. Mais que “organizar a raiva para reinventar a vida”, é preciso que se dê corpo àquilo que sufocamos, censuramos, enterramos, silenciamos, em nós mesmos e nos outros, nas inúmeras fugas do cotidiano.
Talvez, a questão fundamental seja ser herói de nós mesmos, por um caminho árduo e trabalhoso, que é o autoconhecimento e o cuidado de si. Para nascer de fato! Para não morrer sem nunca ter nascido! Tornar-se si mesmo a partir de uma estilística da existência, ou seja, existir autêntica e verdadeiramente, a partir da descoberta de seu estilo. Para, assim, identificar o que se é, qual sua obra, seu propósito. E, com isso, Olhar e Escutar o Outro, ser herói do quintal e reconhecer a alteridade em sua Identidade e Diferença.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
Quem sou eu? Para responder a esta questão, alguns recorrem à profissão, às características (qualidades e defeitos), a fatores como “ser mãe” ou algo do gênero; fala-se de idade, altura, peso, nacionalidade, etnia, gênero, orientação sexual. Focamos em um ou dois aspectos, quando, na verdade, somos frutos da conexão de todos esses – e muitos outros –, de contingências, contextos, genética e ambiente, história pessoal e familiar, desejos e traumas. Em suma, a identidade se constrói (e se reformula, constantemente) através de memórias e prospecções de futuro, além de uma sedimentação e ressignificação de um passado, relativas ao si mesmo em relação ao outro, numa rede de diferenciações e identificações com a alteridade.
O conhecimento de si, ou autoconhecimento, é um dos sustentáculos do Programa de Gestão da Felicidade, método que desenvolvi e desenvolvo como consultor (a partir de minha pesquisa de doutorado), visando à felicidade e o bem-estar organizacional (mas não só!). Assim como, por vezes, denegamos o cuidado de si, ignoramos de nos conhecer, também nosso desejo, alienados ao que esperam de nós, por motivos diversos. Ser feliz, como processo de tornar-se si mesmo, está intrinsicamente ligado ao autoconhecimento, e reverbera no nascer efetivamente.
Ser feliz é descobrir-se: ter consciência de seus potenciais e suas limitações; traçar objetivos; persegui-los com coragem para mudar o que pode e força para suportar a angústia frente aos seus fantasmas; dar novos significados àquilo que não é tão agradável e que não pode modificar. Julgamo-nos infelizes por não termos o suficiente, quando na verdade, o somos por não sabermos em que é que temos de melhorar.
O conhecimento de si, para pensar a si mesmo, deve ir além da introspecção. Uma forma é a reflexão conjunta, como acontece no método socrático, à maiêutica, que convoca ao diálogo interior, por meio das perguntas de um interlocutor (sem que as responda!). Nossa vida, se amparada no autoconhecimento, se caracteriza pelo exame contínuo de crenças em busca de incoerências: somos felizes quando o que pensamos, fazemos e dizemos estão em conformidade. Necessário que problematizemos nossas certezas e nossos comportamentos para nos tornarmos seres mais coerentes.
Quando nos conectamos com outros sujeitos e nos engajamos em um exame autocrítico, individual e coletivo, ultrapassamos limitações. Nesse sentido, diante de uma decisão, era comum aos gregos recorrerem a um oráculo. No mais famoso, de Apolo, em Delfos, duas inscrições chamam a atenção: “Conhece-te a ti mesmo” e “Nada em excesso”.
É importante se conhecer a fim de tomar decisões corretas não em função das aparências, nem de vantagens próprias: isso é condição para felicidade.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
Concluído o primeiro turno das eleições, possíveis deduções se apresentam a partir de seu resultado (especialmente na esfera federal), fruto do discurso social contemporâneo, exacerbado pelas consequências psíquicas da Covid, que só calcificou o caos da última década. Transfigura-se uma postura perverso-paranóica, cujo principal sintoma é a ânsia pelo poder (e o gozo advindo dele), traduzida por violência simbólica inscrita no terreno do excesso, da desmedida, da fala irracional, do discurso de ódio (ainda que mascarado de democrático) e da intolerância, no campo da mentira, do falseamento dos fatos, no uso de subterfúgios jurídicos (e, mesmo, de regras estabelecidas em debates televisivos, com direitos de resposta inscritos em mais agressões - também a fim de ganhar mais tempo do que os demais nas telas!!). Importante dizer que os tempos de aparição midiática com ataques ao outro só exacerbam a falta de projetos políticos, necessidade básica para o bem votar, o voto com sabedoria e consciência política real.
O último debate, um trailer para o pleito de domingo, evidenciou personas com projeto de poder, e não projeto de governo. Séries e filmes, como House of Dragon e Os anéis do poder, Game of Thrones, Senhor dos Anéis e House of Cards (para citar apenas alguns), representam, exemplarmente, que o poder, como se manifesta na atual política, é o contraponto da felicidade. Explico. Amparada na moderação e no equilíbrio, a felicidade se caracteriza pelo exercício da virtude, num processo de tornar-se si mesmo, a partir do cuidado de si e da máxima “conhece-te a ti mesmo”, cuja exteriorização acontece na amizade, na ação ética, calcada em sentido e propósito. Em sistemas como grupos, organizações e instituições, resulta em relações fortes e liderança autêntica.
O atual discurso político, consequência do laço social inscrito no campo do gozo do poder, em contrapartida, é calcado na dominação e na ganância. A idolatria e a servidão de seus seguidores (cega, surda, desproporcional, excessiva, alienada, sem memória e não reflexiva) está simbolizada na polarização. Golun, diante do anel, como idólatra, verbaliza “meu precioso”. Aemond, ao perder o olho, resultado de uma briga com seus primos (prefigurando a disputa pelo trono), destaca que prefere o dragão em detrimento do órgão que permite enxergar mais – que metáfora, não? A invisibilidade proporcionada pelo anel e o fogo exalado pelo dragão expõem a fragilidade do poder que é fundado em bases polarizadas: a solidão e o desamparo do detentor do poder, a destruição e a pulsão de morte avassaladora.
Ser feliz (absolutamente contrário às risadas forçadas pelo uso exacerbado de drogas medicamentosas), já disse o filósofo, é querer ser o que se é. O poder, como concebido pelo discurso contemporâneo, se caracteriza por querer ser o que não se é (e sim o que as máscaras vestidas sobre nosso ser fingem mostrar). Importante que não confundamos. A felicidade autêntica, baseada no cuidado de si, tem como consequência o cuidado do outro. O exercício do poder, por sua vez, se ampara no gozo do domínio. Novamente a ficção ensina: interessante recordarmos a animação “Capitão Planeta”. Um herói (um líder) se constitui pela união de singularidades, pelo respeito às mesmas, pela representação da liderança genuína advinda do respeito que o grupo lhe outorga. Um poder maior (um poder de liderança) acontece quando poderes se unem em prol da alteridade, cada qual com seu talento, em esforços conjuntos. Um poder autêntico transfigura-se quando há reconhecimento da diferença, projeto nacional em última instância.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
segunda-feira, 27 de junho de 2022
Gestão da Felicidade e o Filósofo Corporativo
“Sextou!” e “Segunda, mais uma semana, vamos lá!” são expressões que denunciam insatisfação com o trabalho e o traduzem como algo sacrificante, difícil, ruim, desgastante. Quantas vezes não as ouvimos, ou mesmo as pronunciamos? Algo está errado. O trabalho é próprio da ação humana, passamos mais de um terço de nossas vidas em atividades que, em maior ou menor grau, são essenciais para a sociedade, e para nós, qual seja nosso trabalho.
Neste contexto, nos últimos cinco anos, um movimento vem acontecendo em empresas da Europa e dos Estados Unidos, com a contratação de filósofos (cuja formação em humanidades é um diferencial, frente à saturação de profissionais com MBA) e a criação de departamentos de Felicidade nas organizações. Instituições que aderiram à ideia e implementaram cargos como Corporate Philosopher e Happiness Manager já percebem mudanças significativas e efetiva Transformação Digital, cujo cerne é a melhoria da qualidade de vida das pessoas, e não a tecnologia.
Cabe destacar que ser feliz é um processo de autoconhecimento, de tomada de consciência de suas singularidades (suas potencialidades e seus limites) que, por sua vez, está ligada à gratidão, à esperança, a experiências satisfatórias, à capacidade de lidar com dificuldades. No trabalho, as pesquisas apontam que a felicidade está relacionada a dois aspectos: resultados (o reconhecimento de suas ações) e relações (entre colaboradores, com a chefia, relativas ao sentimento de pertença de grupo). Nesse sentido, a remuneração corresponde apenas a 12% do que motiva os colaboradores a ir trabalhar. Ser valorizado, poder aplicar ideias criativas, ter equilíbrio entre vida pessoal e vida profissional, poder trabalhar em um ambiente que promove relações autenticas e que permite o desenvolvimento pessoal são muito mais importantes e exemplos de salário emocional. Em suma, o sujeito é feliz no trabalho quando vê sentido em sua ação (em tempos, inclusive, de fragmentação das atividades com a terceirização) , quando tem um propósito, alicerçado em projeto de vida e práticas do cuidado de si.
Sob este foco atuará o filósofo na empresa, especificamente na cultura organizacional. Este profissional terá como base os valores, a missão e os princípios da instituição, possibilitando que estes sejam incorporados efetivamente. A partir de diferentes métodos e teorias filosóficas, o CP proporá questões que passam desapercebidas, especialmente entre as lideranças, tendo em vista que ações se tornam automáticas na correria do dia-a-dia: a reflexão, assim, pode tomar o lugar do fazer mecanizado, ora tornando os processos mais ágeis, ora propondo soluções para problemas. As práticas ESG (social, ambiental e governança), alinhadas às demandas contemporâneas de diversidade e inclusão, sustentabilidade, inovação, ética e responsabilidade social, reputação e marca, compliance e transparência, estão entre as atribuições do CP, além da felicidade na organização.
O primeiro filósofo a teorizar sobre felicidade foi Aristóteles, 25 séculos atrás, em sua obra magistral dedicada à ética. Como filósofo empírico, associou a felicidade à prática da virtude. Os gregos definiam felicidade a partir do conceito de eudaimonia, traduzido também por excelência. Talvez, por isso, as pesquisas apontem que colaboradores felizes são colaboradores mais produtivos, mais criativos. Nesse sentido, empresas que investem na felicidade dos seus são mais lucrativas. Senão pela inovação e pela disrupção positiva, este é um bom motivo para a contratação de um filósofo, seja como Corporate Philosopher ou Happiness Manager.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
domingo, 22 de maio de 2022
Sonhar, ousar, inovar
“Quando foi que você fez algo pela primeira vez?”. Esta a provocação que o astronauta Marcos Pontes fez em sua palestra na RA CIC, no último dia 29. “Fazer algo pela primeira vez” é quase sinônimo de novidade, surpresa, espanto, satisfação, até mesmo alegria, mas com certeza inovação. Ao apresentar o palestrante, o atual presidente da CIC, Celestino Loro, destacou que a Serra Gaúcha, especialmente Caxias do Sul, foi inovadora desde sua origem, com projetos disruptivos, a partir da sinergia de agentes propulsores da inovação. Acrescentaria eu que talvez a ânsia pelo novo, pelo moderno, é o nosso DNA, para o bem (constante mudança e transformação) e para o mal (destruição do antigo e do histórico), como se precisássemos, sempre, mostrar que “demos certo” ao “fazer a América”. Não cessamos de fazê-lo, na iniciativa privada e no setor público. Talvez O Quatrilho, a clássica obra literária de José Clemente Pozenato, adaptada para o cinema, seja icônica neste sentido: o desejo, o amor (de Teresa e Mássimo), disruptivos, são causas também de disrupção, da inovação e do progresso econômico (de Pierina e Ângelo).
Tudo começa com um sonho, um desejo, uma vontade, um impulso. E “é possível transformar sonhos em realidade”. Este foi o tema da já referida explanação de Pontes, o primeiro astronauta do hemisfério sul a ir para a Estação Espacial Internacional com a bandeira de seu país. Porque, como bem demonstrou o cientista, impossível é uma opinião. Mas uma opinião é forte, palavras tem poder, acreditamos, confiamos e, por vezes, por receio, inércia ou conforto, naturalizamos (“é assim mesmo”) uma situação, um status quo. Mas para que sonhos se transformem em realidade é necessário ousar, com metas claras e um bom planejamento. Ousar em muitos sentidos: ousar ver (além das dificuldades), ousar criar oportunidades (porque elas são fruto de ideias, de conhecimento, de pesquisa), ousar decidir (para que tudo seja passível de sair do papel), ousar ser o primeiro (o start, o originário), ousar confiar (porque nada se faz sozinho).
Ousar é o segundo passo, depois de sonhar. Mas não basta. Aquele que ousa necessita confiar, mas a via é de mão dupla. Lembro que numa certa campanha eleitoral à Presidência da República, a então candidata Marina Silva, questionada se não estava sendo “sonhadora”, respondeu ser “sonhática” (sonhadora, mas também pragmática). Para que a inovação aconteça efetivamente é necessário que se aposte na ousadia e no sonho do outro: ouvir, conversar, abrir espaços, dar voz, oportunizar, ancorar. Concordo com Celestino Loro, Caxias é (sempre foi!) um pólo de inovação, mas muitos talentos (que ousam!) precisam de aberturas. Basta o empresariado, como “agente propulsor de inovação”, confiar e apostar!
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
domingo, 24 de abril de 2022
Identidade, modernismo e liberdade
Neste ano, comemoram-se 100 anos de uma semana que marcou a cultura e a arte brasileira. Caxias iniciou uma programação dedicada àquela, com exposição de obras de grandes artistas como Portinari e Di Cavalcanti (na Galeria Municipal Gerd Borheim), e um espetáculo da Orquestra Municipal de Sopros, que destacou a obra de Villa-Lobos, O Trenzinho Caipira.
A Semana de Arte de 1922 revolucionou a arte nacional, propondo, face aos movimentos internacionais do modernismo, um rompimento com o academicismo (a arte “tradicional”), quase insípida e distante. Com isso, vimos a criação de uma arte com olhar brasileiro, que não apenas retratasse o daqui, mas que o fizesse com métodos próprios. Surgiram obras icônicas como Abopuru, de Tarsila do Amaral, e Macunaíma, de Mário de Andrade.
Os manifestos Pau-Brasil e Antropófago, que fundamentaram conceitualmente o que a Semana de 1922 radicalizou, trouxeram à tona o tema da identidade brasileira, tão caro a intelectuais como Sérgio Buarque de Holanda (Raízes do Brasil) e Gilberto Freyre (Casa Grande & Senzala). Afinal, o que é ser brasileiro? Carnaval, samba e futebol representam a todos nós, em que sentido? Para Oswald, o Brasil é antropófago, “come” a cultura estrangeira e a digere com jeito próprio. Não se trata de uma deglutição, mas de carnavalização. Quando se fala em carnavalizar, não nos referimos apenas ao Carnaval em si, mas à maneira de “brincar”, “fantasiar” com nossas origens, nossos traumas, nossa história. Nesse sentido, o tradicionalismo gaúcho e a Festa da Uva, por exemplo, são icônicos. Refletir sobre nossa identidade é pensar sobre o processo de “tornar-se si mesmo”, ser-o-que-se-é, conhecer-se!
Tal processo, porque calcado na tomada de consciência de sua singularidade, na descoberta de seu desejo, sua diferença, é libertador, desalienante. Por isso, o constituir identidade acontece por meio da diferenciação relativa aos outros. Isso nos leva a outro evento de destaque ocorrido recentemente, o Fórum da Liberdade que, neste ano, adotou o tema “Você é livre para discordar?”. A discordância é a base da troca: o contato e as relações com o diferente é o que constitui sociedade. Só há sociedade de singularidades, de diferentes. Logo, só há relações sociais autênticas e verdadeiras entre sujeitos discordantes, com opiniões divergentes (sem uso de violências, mas de ideias). E, nesse sentido, se há liberdade para discordar, tal liberdade só se efetiva quando a tolerância e o respeito pelo diferente acontecem de fato. Expressar-se, a partir da liberdade de opinião, sustentáculo da democracia, só é possível quando os sujeitos discordam, porque pela divergência, há diálogo, troca, mudança, todos tornando-se si mesmos. Afinal, como destacara o filósofo E. Levinas, minha liberdade só começa quando o outro também é livre.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
domingo, 20 de fevereiro de 2022
Great Place to Work.....quiçá!!!
Segundo Hannah Arendt, a ação humana por excelência é o trabalho. De que trabalho se fala aqui, em época de desemprego galopante?
Primeiro que os índices de desemprego não são os oficialmente divulgados, já que os dados estatísticos são baseados em que está à procura de posto de trabalho. Muitos que estão desempregados nem procuram mais, estabelecem-se em sub-empregos, em processos escravagistas ou mesmo desistem completamente e apenas subsistem. Segundo que, muitas vezes as pessoas precisam aceitar o que se-lhes aparece se aí ou aceitam receber um pagamento salarial bem abaixo de suas qualificações, ou entram em locais que, mesmo se apresentado mascarados como bons locais para se trabalhar (os velhos títulos comprados para divulgação de marca) apresentam-se como péssimos, em todos os sentidos.
Bons locais para trabalhar não se traduzem em assédio nenhum (muito menos moral), são agradáveis de se estar (para começar), são arejados (e não só fisicamente), são locais que te propiciam crescimento, progressão, evolução como ser.
São locais que não tolhem tua liberdade de criar, que te respeitam, como profissional e como ser, enfim que propiciem felicidade (não a risada nervosa) pessoal, profissional, coletiva.
Principalmente em tempos que se divulga que os profissionais devem ser múltiplos, ser interdisciplinares, que o posto de trabalho propicie que sejas criativo, pró-ativo, possa fazer trocas com colegas e chefias para o crescimento de todos e da empresa como consequência.
Assim, pode-se, como empresa, obter um título GPTW (Great Place to Work), sem a falsidade de pagar por ele e ser/estar completamente infeliz, irrealizado, assediado e mal pago.
O trabalho é o resultado da colocação em prática de nossos talentos, à semelhança da parábola dos talentos bíblica. Lá não está que devemos seguir chefias incompetentes que nos assediam diariamente porque somos melhores do que eles. Lá não diz que a inveja dos outros tolherá teus talentos. Lá diz que quem coloca seus talentos em prática os multiplica e quem tenta tirar/usar os talentos dos outros não cuida dos seus, logo estes lhe são tirados.
Cuidemos mais de nós, para o bem coletivo, e tenhamos bons lugares verdadeiros de se trabalhar! Já temos tantas dores, em tempos pandêmicos e tudo mais, não precisamos ser infelizes no que nos faz (ou deveria fazer) crescer e ser felizes!
Trabalho é vida, satisfação no trabalho evidencia bem viver!
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
domingo, 20 de fevereiro de 2022
Salário Emocional
Empresas europeias, depois de contratarem filósofos como diferencial de mercado, estão criando departamentos de felicidade. Portugal é referência neste quesito. Pesquisas apontam que a felicidade é fruto da genética, da influência do meio em que nascemos, crescemos e vivemos, e de escolhas deliberadas. Nesse sentido, quando nos conscientizamos que ser feliz é um processo de autoconhecimento (note-se aqui que conhecer-se implica não ser obrigado a falar de si e sim procurarmos ajuda quando A desejamos!), experiências negativas são entendidas como parte desse processo e não ficamos presos à "procura pela felicidade", que causa angústia e frustração.
Assim, no trabalho, onde passamos pelo menos um terço de nossas vidas, a felicidade está relacionada à satisfação, à capacidade de lidar com dificuldades, ao reconhecimento e às relações entre os colaboradores. O projeto "Happiness Works", realizado em Portugal em 2011, buscou compreender quais as razões pelas quais um profissional é feliz na sua organização e função. Foram muitos os fatores: ambiente interno (20%), reconhecimento e confiança (18%), desenvolvimento pessoal (16%), remuneração (12%), envolvimento pessoal (11%), sustentabilidade e inovação, envolvimento com as chefias e organização, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, definição de objetivos (23%). Cabe frisar o fato que a remuneração só contribui com 12% para a felicidade corporativa. Ou seja, 88% das razões não estão relacionadas com o salário, mas a fatores emocionais, associados à cultura organizacional.
Associado ao conceito de felicidade corporativa, outro termo em expansão é o de Salário Emocional. Os autores divergem quanto ao seu significado, no entanto, alguns fatores são comuns nas pesquisas sobre o tema. Importante destacar que oferecer bônus extras salariais, plano de saúde e creche, ter plano de carreira definido e sistema de avaliação, bem como realizar encontros festivos, permitir trajes informais são exemplos do que não é considerado salário emocional. Por outro lado, ter a possibilidade de fazer as coisas a sua maneira, gerir seu tempo, sentir-se alinhado à cultura corporativa, ser apreciado e valorizado, poder aplicar ideias criativas, trabalhar em um ambiente que promove interações autênticas e divertidas, que permite desenvolver-se como ser humano e que permite o desenvolvimento de talentos e competências são alguns exemplos do que os autores consideram salário emocional.
Em outras palavras, o salário emocional reflete o que os sujeitos almejam: reconhecimento, socializações mais transparentes e verdadeiras, abertura para expor suas ideias, contribuir, atingir sua excelência, ser ouvido e visto com atenção. Nesse sentido as empresas necessitam de chefes que sejam mais lideres e menos fiscais.Em suma, o sujeito é feliz no trabalho quando vê sentido em sua ação, tem as condições para tornar-se si mesmo, ser efetivamente. Ser melhor: não que os outros, mas em relação a si mesmo, saber de si!!!.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
quarta-feira, 05 de janeiro de 2022
Sucesso e Felicidade, Reputação e Marca
Diz-se que sucesso é êxito, resultado feliz. Do latim successus, “chegada”, pela definição anterior, o conceito trafega entre um fato concreto (a concretização de um projeto) e um sentimento (a percepção de algo que, por vezes, não é o ponto de chegada, mas o processo empregado). Desse modo, o conceito de sucesso está intimamente ligado ao sentimento de felicidade, aquilo que os gregos definiam como eudaimonia, ou seja, excelência. Pesquisas apontam que trabalhadores felizes são trabalhadores mais criativos e produtivos.
Talvez por isso empresas europeias tenham sido pioneiras na contratação de filósofos como diferenciais de mercado (o que ainda não é uma realidade no Brasil), afinal fora Aristóteles o primeiro a teorizar sobre o tema, 25 séculos atrás. Portugal, nesse sentido, também é vanguarda na criação de departamentos de felicidade nas organizações. Lanches gratuitos, salas de jogos e lavanderia na empresa, além da concessão de viagens a destinos exóticos, por exemplo, são alguns benefícios presentados a colaboradores, para que estejam mais satisfeitos em seu ambiente de trabalho.
Se a felicidade é a consequência da prática, da ação virtuosa, pode-se associá-la diretamente à reputação, adquirida através do exemplo. Ter uma reputação considerável equivale ao exercício ético de um estilo próprio, proveniente do processo de tornar-se si mesmo, só possível pelo cuidado de si, amparado na máxima “Conhece-te a ti mesmo”.
A reputação está alicerçada a partir da construção de um projeto de vida (no plano individual) ou de um planejamento estratégico (no plano organizacional), por meio de questionamento constante sobre suas visões de mundo, e a partir do tripé Propósito, Paixão e Valores. Desse modo, a reputação, se calcada em princípios éticos contemporâneos, como inovação, responsabilidade social e ambiental, sustentabilidade e diversidade, é convertida em marca, não apenas resultado de marketing, mas fundada em virtudes. Assim como a imagem (seja individual ou organizacional), quando amparada em confiabilidade e credibilidade. Marca é o que identifica uma empresa. Distinção, representa os valores, a missão, os princípios da organização. Em outras palavras, é afirmação de sua diferença.
Reputação ética equivale à marca consolidada (ou estilo singular) e, especificamente, case de sucesso. O sucesso da instituição não está apenas em aumento de sua margem de lucro, mas no sucesso de seus clientes, de seus parceiros, de seus colaboradores: em suma, quando todos estão felizes.
Tal construção, nas organizações, será fruto de Comunicação Integrada, aliada a práticas inovadoras de Cultura Organizacional que pode ganhar, e muito, inclusive com a presença de um Corporate Philosopher.
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
segunda-feira, 08 de novembro de 2021
Corporate Philosopher
A Transformação Digital visa à ação humana. E o propósito da ação humana é a felicidade, aquilo que os gregos definiam como eudaimonia, ou seja, a excelência. Pessoas felizes produzem mais, são mais criativas, mais determinadas. Mas a felicidade não é consequência de algo, mas um exercício, um processo, de tornar-se si mesmo, que se baseia no cuidado de si. É descobrir-se: suas potencialidades, seus limites, em suma seu estilo e, em última análise, seu desejo, o que não se vincula ao efêmero ou ao perecível, à posse ou ao poder. Ser feliz, nesse sentido, é uma tomada de consciência, de sentido, a partir da construção de um projeto de vida.
Sob este foco atuará o Corporate Philosopher (CP) e sua variação, o Chief Philosophy Officer, nas empresas. Cabe destacar que algumas organizações já estão criando, inclusive, um Departamento de Felicidade (a pioneira o fez em 2017). Pesquisadores indicam que o profissional responsável por este setor (seja o CP ou o Hapiness Manager), ouve e mede, gere diferente, inova, motiva a cooperação, dá sentido a valores comuns. Pesquisas apontam que a saúde está ligada à felicidade: bons níveis de cortisol, LDL e sono estão intimamente conectados ao bem-estar, à satisfação e, principalmente, ao reconhecimento e valorização de suas habilidades e talentos. Dessa forma, questões como o engajamento, o sentimento de pertencimento ao grupo são importantes no contexto organizacional. O CP, nesse sentido, atuará na Cultura Organizacional, em seus diferentes níveis, especialmente com as lideranças e seu desenvolvimento emocional. Terá como foco os valores, a missão e os princípios instituídos pela empresa, possibilitando que sejam implementados verdadeiramente. A partir dos diferentes métodos e teorias filosóficos (maiêutica, dialética, lógico-analítico, dedutivo, indutivo, fenomenologia, hermenêutica, etc.), o CP proporá questões, que passam desapercebidas diante da correria dos procedimentos internos, para que a reflexão tome o lugar do fazer mecanizado e automatizado, propondo a solução de problemas.
O primeiro teórico que refletiu sobre a felicidade foi Aristóteles, 25 séculos atrás, em sua obra magistral dedicada à ética. Como filósofo empírico, o pensador associou a felicidade à prática da virtude. Dessa forma, destaca-se que o foco do CP não é apenas a felicidade dos membros de uma organização, mas a ética, ou seja, o que concerne às ações do grupo. A filosofia, antes de uma abstração, algo puramente teórico, nasceu com a finalidade de melhorar a vida das pessoas, por meio do questionamento sobre suas visões de mundo.
Assim, o CP atuará integrando valores espirituais e princípios de negócios, valores democráticos e lucratividade; propiciando aprendizados, bem-estar e crescimento; e assumindo uma posição do que é ética e moralmente correto. Isso tudo a partir do tripé Propósito, Paixão e Valores. Incerteza e mudança, modelos mentais, percepção, pensamento criativo são alguns pontos de atuação deste profissional. O historiador israelense Y.N. Harari, em sua obra “21 lições para o século 21” (2019), destacou que Chief Philosophy Officer será a profissão do futuro.
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
segunda-feira, 18 de outubro de 2021
Relações 4.0
Em homenagem ao meu pai, José Enor Andrade de Oliveira (1961-2021)
Nos corredores da Mercopar, atraiu minha atenção a seguinte fala de um expositor: “a gente quer que os filhos saiam das telas, mas a gente não sai”. A dependência tecnológica contrasta com a indústria 4.0. Recentemente, as redes sociais ficaram indisponíveis e evidenciaram a violência travestida de poder. A exposição de robôs na Mercopar ilustrou algo que a pandemia exacerbou: a interação é o que nos torna humanos. Fala-se em patologias, físicas e psicológicas, advindas com o uso excessivo de softwares como Zoom e Google Meet durante este período: socialização corrompida é apenas uma de suas consequências, assim como relações eclipsadas pelo esgotamento da atenção sem filtros requerida pelas câmeras ininterruptas. Pesquisas apontam que crianças ficaram com atraso na fala após o isolamento social; durante a pandemia, pessoas pararam atividades físicas, ganharam peso, estão consumindo mais bebida alcóolica. Em suma, fragilização das subjetividades, esfaceladas pela impossibilidade do reconhecimento do diferente que acontece pelo encontro com o Outro, através do Rosto. Na pandemia, o Rosto foi ora mascarado, ora enquadrado em telas: relações mediadas favorecem não-relações. “Eu falo, tu falas” não significa “nós dialogamos”.
Home office e educação à distância precarizaram interações trabalhistas e educacionais, intensificadas pelo caos dos últimos 18 meses. Poucos corpos, poucas mentes são preparados para conexões mediadas por telas. Sabe-se que custos (não apenas monetários) são transferidos das instituições para as pessoas: direitos rasgados, aprendizados subtraídos. Independente da forma, dos métodos, dos processos, a finalidade do trabalho e da educação é a pessoa. Indústria 4.0 e aprendizagem ativa têm como alvo o progresso do humano, caso contrário incorrem em impostura perversa. Aula não é o mesmo que palestra, sequer apresentação de slides. Show não é sinônimo de live. E trabalho à distância não significa produção real. O encontro é fundamento da ação, logo da ética das relações.
Inovação não depende da tecnologia. Transformação é a interconexão entre técnica e arte. Líderes, por vezes, não são aqueles que têm o poder instituído. Mas aqueles que, por meio do exemplo, agregam, propõem, motivam, promovem mudanças, aliam vanguarda e tradição, são focados e, ao mesmo tempo, abertos, tem um interesse genuíno de aprender e compartilhar conhecimento. Qualidades inerentes ao professor. Na indústria 4.0, estão em conformidade à cultura organizacional 4.0 valores como inclusão, diversidade, sustentabilidade, transparência, responsabilidade social e ambiental.
Voltando ao início de nossa reflexão, mais um ponto merece destaque. Pesquisas apontam que, pela primeira vez, a geração atual apresenta menor QI que a anterior. Especialistas dizem que isso é resultado do uso excessivo de telas. E como está a inteligência emocional dos jovens? Por que será que os executivos do Vale do Silício restringem de seus filhos o uso de computadores, celulares e redes sociais?
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
sábado, 02 de outubro de 2021
Quem pode julgar, quem tem a condição?
Vivemos momento pandêmico que nos conduziu a processos educacionais , necessariamente, em EAD (Educação a Distância) , com o fim de evitar a transmissão do vírus SARS COV 2, ocasionador da COVID-19. Como o vírus e a doença eram/ainda são, praticamente, desconhecidos, cientistas do mundo todo saíram em busca de pesquisas para detê-lo. Assim pesquisas e pesquisadores acadêmicos também buscaram adaptar-se em encontros, congressos em EAD., como os atuais, que abordo agora, sobre questões ecológicas e sobre Hannah Arendt.
Hannah, aluna de Heidegger , filósofa política na Alemanha , no século 20, período da II Guerra Mundial. Judia, perseguida pelo nazismo, refugia-se nos Estados Unidos , que a recebem, mas em condições limitantes já que o trabalho que ela consegue é de professora de alemão e com documentos e passaporte confiscados, logo sem direitos políticos ou, ao menos, com direitos políticos restritos. Não estava, pois, livre, nem mesmo em um país “livre” ou sabe-se, que se diz defensor das liberdades. Ela escreve, se comunica, pesquisa. É convidada por uma revista para reportar o julgamento de Eichmann. Quem é esse? Eichmann é um soldado das bases nazistas seguidor das ordens do Reich.
Mas Hannah vai dizer que, a partir de Eichmann, quando dizemos o povo, não responsabilizamos ninguém, porque se são todos, um, o responsável, não é responsabilizado. Na busca por justiça não a teríamos assim.
Eichmann defendeu-se no julgamento em Nuremberg alegando que seguia ordens, logo não era responsável por seus atos. Hannah abre discussão sobre esta proposição fazendo-nos pensar: se somos/estamos praticando atos sob ordens de alguém não conseguimos refletir sobre estas ordens, questioná-las e, quiçá, não as realizar se concluímos que são imorais, injustas ou/e vão contra nossos preceitos éticos? Quando recebemos ordens, mesmo que em situações de guerra, não temos autonomia de pensamento, a perdemos e apenas praticamos atos mesmo que errados, deixando de ser o que chamamos (ou entendemos ser) humanos? Quando somos “mandados” perdemos o cérebro? Seguindo ordens e regras, perdemos nossa identidade, nossa educação, nossa ética? Somos, nos tornamos, zumbis que não pensam?
O Congresso “Quem sou eu para julgar?”, organizado pela PUCRS, com apresentação dos pesquisadores sobre Hannah dar-se-á em novembro de 2021 e os artigos resultantes dessas pesquisas serão compilados em livro. É interessante informar-se e ver o que podem dizer também deste nosso mundo contemporâneo!.
Vera Marta Reolon
MTb 16.069
domingo, 05 de setembro de 2021
Tradição e Inovação
Diz-se que há um embate entre conservadores e progressistas. Nos costumes, acirram-se os ânimos. Mas, refletindo sobre a questão, percebe-se a sua falta de fundamento lógico e de sentido. Afinal, progressistas, à exceção dos revolucionários e anarquistas, são os favoráveis à inovação. Algo que, dado o contexto de época, equivale à atualização e, no extremo, à vanguarda, provocando rupturas, mais rápidas ou mais lentas, mas inerentes ao passar do tempo.
Inovação. In, introduzir, colocar dentro, uma ação nova: ação de introduzir algo novo. A inovação não nega, não destrói o que há, o que foi construído, o passado. O progressista não é, assim, contrário ao conservador, posto que não anseia ignorar o que se conserva, o que se mantém, mas introduzir fato ou ação nova: oxigenar, para não mofar, não apodrecer.
Algo como o vestido das candidatas à rainha da Festa da Uva nos ensina a respeito. O vestido produzido pela Rico Bracco para a princesa Bruna Mallmann foi criticado por pesquisadora de vestimenta, acusado de ignorar a história dos vestidos das soberanas, a tradição. Quanto equívoco! Tradição não pode ser algo estanque, “mumuficado”, ou incorre em contrariedade às suas origens, como dizia Husserl: “a tradição é o esquecimento das origens”. A própria Festa sempre inovou: de elitizada à popular, dos clubes sociais às torcidas organizadas. Qual o propósito do vestido referido? A imigrante, a colona (o cerne referencial das soberanas) não vestia brilho, saias de armação, cetim.
A tradição não pode afirmar-se numa destemporização, mantendo-se sem um auto-questionar-se constante. Concordamos com Vitor Ramil: “para estar viva, a tradição deve estar justificada na expressão contemporânea – e ela estará justificada mesmo que o novo represente uma ruptura”(sic). A tradição não deve ser um peso a ser suportado, nem um amontoado de fórmulas a ser repetida. O compositor destaca que “assumir um personagem para afirmar a própria identidade é, na verdade, fragilizá-la”(sic). Orientar a tradição, desapropriando o popular é uma violência.
A criação de Fabrício Gelain é o oposto disso. Valoriza o passado, a mulher, visibiliza suas dores, suas marcas, suas verdades. E o mais importante, funda-se no passado, mas o atualiza, para o contemporâneo (suas preocupações, seus temas, o empoderamento do feminino) e para a realidade daquela que o veste, não incorrendo em estereotipia e personagem.
A inovação, sem ignorar a tradição, é a chave para práticas alinhadas ao contemporâneo. Gelain o fez brilhantemente nesta criação e a Festa da Uva acertaria se solicitasse ao artista a idealização e a produção dos vestidos oficiais das soberanas.
Desse modo, também nas empresas, a inovação é algo necessário. Porque ensina a valorizar o fundamento, a origem, o alicerce, introduzindo novos métodos, novos modos de fazer, novos ares em ambientes que requerem oxigenação, afinal as pessoas são o que as movem, são e serão sempre o cerne das organizações.
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
sexta-feira, 13 de agosto de 2021
Diversidade: dos esportes às empresas
Heráclito afirmara: “O contrário é convergente e dos divergentes, a mais bela harmonia”. Um mundo de iguais – é consenso – é chato, tedioso, desinteressante. Já pensou, por exemplo, comer sempre o mesmo alimento? Assistir a um único filme, ouvir apenas uma música? Com a sociedade, não é diferente.
As Olímpiadas são o grande exemplo da congregação das diferenças, dos povos. A última edição foi a mais inclusiva, com cerca de 49% de mulheres. Nesse sentido, como não se emocionar com Rebeca de Andrade, uma ginasta completa, ao som de Baile de Favela, não apenas por seu histórico de superação (negra, pobre), mas pelo olhar expresso ao concluir o conjunto de provas, não importando o pódio, mas a felicidade de estar ali, representando seu país. Olimpíadas é um marco, em muitos aspectos, especialmente da diversidade: de gerações, de etnias, de talentos, habilidades, de gêneros. Diversidade de esportes, de corpos: um colírio para olhos acostumados apenas ao futebol, onipresente no jornalismo esportivo. Exemplos não faltam. Quantos destaques, inesquecíveis: Mayra Aguiar (medalhista em três olimpíadas consecutivas), Isaquias Queiroz (com quatro medalhas), Rayssa Leal (com apenas 13 anos), o nocaute de Hebert Conceição.
Palavras semelhantes às de Heráclito são as de Aristóteles. O filósofo escreveu: “A mais bela harmonia é feita de tons diferentes”. As cidades que mais se desenvolveram, as mais progressistas, são as mais diversificadas. Poderíamos citar Nova York, mas o contexto próximo é profícuo. Neste sentido, nossa capital é emblemática, cuja diversidade cultural (do rap à orquestra sinfônica) e religiosa (seu sincretismo) é marcante. Ou Caxias, uma cidade que é conhecida pelo acolhimento: a grande maioria dos que aqui vivem são naturais de outros municípios.
Acolhimento e hospitalidade são conceitos fundamentais quando pensamos a diversidade, especialmente a partir dos filósofos E. Levinas e J. Derrida. A palavra “acolher” designa, com a noção de Rosto, a abertura do eu para a alteridade, a responsabilidade incondicional pelo Outro, a valorização do diferente – Olhar o Outro em sua singularidade.
Empresas, a partir das métricas e índices ESG, B-Corp e Stakeholder Capitalism, tem a diversidade como foco da cultura organizacional, ao lado da sustentabilidade e da compliance. A valorização da diferença é o princípio, o fundamento da ética. Os movimentos Black Lives Matter e MeToo levaram as empresas à caça de diretores de diversidade. As Olimpíadas representam o mundo compartilhado, conectado, além do digital. O recorde de medalhas brasileiro, consequência de atletas que vestem a camiseta, a defendem, que inovam (através da superação), mostra que os esportes são um exemplo para as empresas: a diversidade é um dos pilares do sucesso! As Paraolimpíadas vem aí: vamos celebrá-las e, quiçá, mais um recorde de medalhas. Estas são importantes, mas não só. A máxima dos gregos: mais do que vencer, competir para congregar!
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
quarta-feira, 02 de junho de 2021
Então sou cringe
O choque entre gerações sempre aconteceu. Recordo que, quando realizávamos reuniões-dançantes (algo que não existe mais!), a presença dos pais não era muito desejada, afinal, como pré-adolescentes, almejávamos certa autonomia, totalmente desproposital no contexto da época. Minha geração (a chamada “millenium”), contudo, talvez tenha sido a primeira (e a única?) que adora resgatar clássicos, valorizando o que nos precedeu, e está sempre se atualizando, numa ânsia pelo novo. Por isso, nosso espanto com o embate com a geração z, ocorrido nas redes sociais. Fomos acusados de cringe, algo como ultrapassado, cafona, ridículo, vergonhoso.
Tenho consciência que muito do que foi produzido, culturalmente, nos anos 90, é hoje questionado. Minha geração curtia Mamonas Assassinas, Casseta e Planeta, Xuxa, Angélica, É o tchan!, pagode. Mas criamos a onda retrô, ou vintage, e adorávamos resgatar (como ainda o fazemos) músicas, filmes, roupas de gerações anteriores. Não somos pejorativos com nossos pais e avós, professores e chefes, os valorizamos, os respeitamos.
Minha geração viveu (vive!) num intermezzo sócio-cultural, principalmente no que concerne aos costumes. Vivemos a liberalidade dos anos 80/90 em alguns aspectos (e seus contrapesos: posições machistas, homofóbicas e racistas) e o conservadorismo atual (aparado pelo politicamente correto). Como geração que fez a transição do analógico para o digital (vivemos o VHS, o DVD e o streaming; o vinil, o CD, o MP3 e o arquivo em nuvem; o fax, o e-mail e a mensagem instantânea; o telefone fixo, o celular e o smartphone; o disquete, o CD-ROM, o pen-drive; as insipientes redes sociais), também fomos responsáveis pela transição nos costumes: construímos, abrimos caminhos, para a tolerância, para vivências menos preconceituosas, para a preservação do meio ambiente (começamos a falar em espécies em extinção, reciclagem, não desperdiçar água, não colocar lixo no chão). O espanto maior é que a pecha de “cringe” veio de uma geração que nasceu sob o signo da diversidade. Como assim?
Vejo minha geração de uma maneira muito positiva: equilibrada, saudável, apesar de viver “na corda bamba” (nem sob as rupturas, as revoluções, as adversidades, a força, as censuras e as formas de superá-la inteligentemente da geração x; nem nascidos plenamente sob a valorização da diferença e da sustentabilidade). Já que não totalmente digitalizados, valorizamos as relações presenciais, a atividade física, as recordações, as amizades de longa data, os parentes, mas também as redes sociais. Se isso é ser cringe, então sou cringe, com #orgulhomillenium.
P.S. Observemos que o fanatismo com o uso de gírias e termos “copiados” de outras linguagens também é um reflexo dos tempos modernos, o termo “cringe” é gíria do /no inglês..
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
quarta-feira, 02 de junho de 2021
Economia Circular e Stakeholder Capitalism
Comemora-se, no dia 05 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data foi criada em 1972, e marcou a Conferência de Estocolmo, da ONU. Grandes corporações estão, tardiamente, aderindo às práticas ESG (Ambiental, Social e Governança), também porque só recentemente a imprensa deu visibilidade às ações de sustentabilidade, baseadas no tripé: pessoas, planeta e lucro. No entanto, há mais de 30 anos, o filósofo Félix Guattari destacou que somente uma articulação ético-política (Ecosofia) entre os três registros ecológicos (meio ambiente, relações sociais e subjetividade humana) é que poderia responder às sérias problemáticas que se exacerbam cada vez mais.
Ecologia (do grego oikos, casa) não concerne apenas à natureza, mas ao cuidado de si e dos outros, cuja base é a ética da responsabilidade, do reconhecimento da alteridade e da valorização das diferenças. O índice ESG já é considerado, segundo tendências futurológicas, ultrapassado pelas práticas do Stakeholder Capitalism, que analisa como as companhias conseguem impactar e gerar valor não apenas para seus investidores e acionistas, mas para todas as partes envolvidas, direta ou indiretamente, em seu sucesso (ou fracasso): funcionários, fornecedores, comunidade local, governo, consumidores e concorrentes. Políticas de inclusão racial e minorias (mas não só, com fins de garantir visibilidade), emissão de gases do efeito estufa, tratamento de efluentes, treinamento de funcionários, proteção de dados, relações com a comunidade, ética e transparência são alguns fatores analisados. O assunto foi um dos mais comentados no último Fórum Econômico Mundial.
Neste contexto, importante também pensarmos em uma Economia Circular, que se opõe ao processo produtivo da economia linear, e que vai além dos três “R”s: reduzir, reutilizar, reciclar. Nela, elimina-se o conceito de lixo, já que os resíduos são insumos para a produção de novos produtos. Por essa visão cíclica, recursos deixam de ser apenas explorados e descartados: tudo é reaproveitado em um novo ciclo. São os princípios da sustentabilidade em ação, apoiados em novos modelos tecnológicos. Uma urgência no Brasil, um dos campeões mundiais na produção de lixo: são 541 toneladas por ano, segundo a ONU. Na Economia Circular, entram em cena, inclusive os brechós de roupas e eletrodomésticos, os sebos de livros e discos, os salvados, antiquários, há muito uma realidade em Porto Alegre, que em Caxias enfrentam resistências. Ao falarmos em lixo (resíduos sólidos e orgânicos) devemos cuidar mais de nossa cidade neste aspecto, quando, em tempos de pandemia galopante, ainda vemos lixões a céu aberto em meio à população e no centro da cidade.
Talvez um dos legados do caos pandêmico, que nos levou a repensar comportamentos, também sirva para este propósito: novas ações, mais simples, harmoniosas, equilibradas, justas, bem pensadas.
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
terça-feira, 11 de maio de 2021
Felicidade
A ONU divulga, todos os anos, o ranking dos países mais felizes do mundo: Finlândia, Islândia e Dinamarca sempre figuram nas primeiras colocações. É comum questionarmos os dados, indagando como países gelados, pouco ensolarados, com alimentação, cultura e língua “estranhos” a nós, podem ser considerados os mais felizes.
A plataforma de streaming Netflix possibilitou o acesso a produções dos países nórdicos, praticamente inacessíveis até então. Cenários cinzentos, dias nublados, roupas pretas e personagens que raramente sorriem. População feliz? Necessário que diferenciemos felicidade de alegria. E a música “Amor pra recomeçar”, de Frejat, é icônica nesse sentido: “que você descubra que rir é bom, mas que rir de tudo é desespero”.
Diz-se que o Brasil é um país alegre, apesar das agruras, dificuldades e desigualdades sociais. Carnavalizamos, vestimos uma fantasia, uma máscara, jogamos confetes e serpentinas, e a banda não deixa de tocar. Assim, depreende-se que alegria é um estado (estar alegre, em contraposição a estar triste), ao passo que a felicidade concerne ao ser que, sempre em desenvolvimento, sempre inacabado, reverbera em movimento. Por isso, Aristóteles, ao tratar da felicidade, a relacionava à ação, ao exercício da virtude, que só acontece no equilíbrio, no comedimento, sem excessos.
Felicidade é um processo, de tornar-se si mesmo, consequência do cuidado de si. Os países nórdicos podem ser considerados melancólicos, uma posição de introspecção, um olhar para si. Concerne ao cuidado de si: os cuidados com o corpo, os exercícios físicos, as meditações, as leituras, as rememorações, as conversas com os amigos, etc. Trata-se de uma estética da existência, reverberada do “conhece-te a ti mesmo”.
Em suma, ser feliz é descobrir-se: ter consciência de suas limitações, traçar objetivos, persegui-los, com coragem para mudar o que se pode, suportar a angústia frente aos seus fantasmas, dar novos significados àquilo que não é tão agradável e que não pode modificar.
Ouvi de uma empreendedora: “ou se faz o que se ama, ou se aprende a amar o que se faz”. Não há mistério em ser feliz, são as pequenas coisas, pequenos prazeres: estar com os seus, saborear seu prato favorito, rever momentos e pessoas, atividades que se gosta. Corpo e mente em equilíbrio. Coerência entre ação e pensamento. Questionar-se: eu quero, eu posso, eu devo?
A Dinamarca adota uma filosofia de vida: hygge. Podemos pensá-la em termos de mindfullness: estar presente, prestar atenção àquilo que se faz, desligar o “automático”. Com mais de 400 mil brasileiros mortos na pandemia, falar em felicidade? Parece que o momento é esse: empatia e tristeza, mas cuidado de si e dos outros....sempre! Em tempos de “bisbilhotices” por tudo, cuidar o outro é muito diferente de cuidar do outro!
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
sábado, 17 de abril de 2021
Ecosofia e Sustentabilidade
A Cúpula do Clima, que reunirá os principais líderes mundiais nos dias 22 e 23 de abril, incita nossa reflexão sobre importantes questões. Recentemente nos deparamos com um dado assustador: de agosto de 2020 a janeiro de 2021, houve um aumento de 46% no desmatamento da Amazônia em relação ao mesmo período do ano anterior. Independente da ideologia que tenhamos, do governo que apoiamos (ou não), não podemos ignorar determinados números. E principalmente suas repercussões internacionais: os Estados Unidos ameaçaram não apoiar o Brasil no OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) caso o país não repense suas políticas ambientais. Retaliações e sanções econômicas são determinadas, comprovando que a sustentabilidade está baseada em um tripé: pessoas, planeta e lucro. Importante lembrar que o desmatamento é o que mais contribui para o lançamento de gases de efeito estufa, principais responsáveis pelo aquecimento global.
Também o filósofo Félix Guattari, a mais de vinte anos, diagnosticara que as intensas transformações técnico-científicas engendraram como contrapartida fenômenos de desequilíbrio ecológico: uma progressiva deterioração nos modos de vida (surgimento de novas doenças, extinção de espécies, mas óbvio que não só isso - a natureza também comporta seres vivos, mesmo que não humanos). Ademais, a relação da subjetividade com sua exterioridade se encontra num movimento de implosão e infantilização regressiva. Por isso, Guattari destaca que só uma articulação ético-política (por ele denominada ecosofia) entre os três registros ecológicos (meio ambiente, relações sociais e subjetividade humana) é que pode responder a essas problemáticas.
Desmatamento da Amazônia, queimadas no pantanal, mineração de terras indígenas (e, por que não dizer, derrubada de árvores em todo o país, entre outros males) são questões que concernem a todos, porém parecem distantes. e em Caxias?. A maneira como podamos nossas árvores ainda assustam, o lixão a céu aberto em área central (na rua Eusébio Beltrão de Queirós - e em épocas de pandemia?), os latões de lixo deteriorados (cuja manutenção/troca não é realizada há anos).
Nas relações internacionais, o Brasil sempre se destacou no soft power (cultura, meio ambiente). Hoje, isso é colocado em xeque, ao mesmo tempo que as medidas contra a pandemia são questionadas (Parlamento Europeu responsabilizou o Governo Federal recentemente). Comecemos em casa, a separação do lixo, o uso da energia solar; empresas aderindo ao índice ESG e às métricas do Stakeholder Capitalism. E lembrar que ecologia não concerne apenas à natureza, mas ao cuidado de si e dos outros, cujo sustentáculo é a ética da responsabilidade, do reconhecimento da alteridade e da valorização das diferenças.
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
Vera Marta Reolon
MTb 16.069
sexta-feira, 01 de janeiro de 2021
Diagnóstico da Persistência
Fui convidado e tive a honra de contribuir com capítulo para a obra “Diagnóstico do tempo: implicações éticas, políticas e sociais da pandemia”, recém lançada pela Fundação Fênix. O livro, em formato e-book, está disponível para download gratuito, a todos os interessados, no site da editora especializada em obras acadêmico-científicas.
Trata-se, como o título anuncia, de um diagnóstico do presente, das implicações a que todos, em escala planetária, fomos submetidos neste ano tão atípico, diante de um organismo que poderia ser classificado, segundo minha percepção, como terrorista, etimologicamente falando. Passados quase doze meses do início da pandemia (no Brasil, mais de nove meses), ainda nos deparamos com um vírus cujas consequências são imprevisíveis, para o qual não há tratamento especifico – e contra o qual só resta a esperança da vacina (emergencial, cujas implicações também são incertas: não me refiro à eficiência e à segurança, mas ao tempo de imunidade que propiciará).
A obra, assim, é daquele tipo que pode ser entendida como “urgente”, ou seja, escrita “no calor do momento”, quase como uma necessidade, senão para entender o fenômeno em sua totalidade (o que, até o momento, parece impossível), mas para compreendê-lo em suas nuances, do que podemos depreender enquanto acontecimento, evento, portanto sintoma de um contexto mais amplo.
Com caráter interdisciplinar, o livro reúne pesquisadores de diferentes instituições, universidades, públicas e privadas, com formações diversas. São inúmeros os temas ali presentes (em 38 capítulos): reflexões sobre o confinamento, sobre os processos educativos (concentrados no modelo EAD), a saúde propriamente dita (e como cuidado de si e dos outros), as desigualdades sociais e de gênero (escancaradas com a situação), a espetacularização do fenômeno, a normalização da vida danificada, o papel da arte neste contexto, as consequências no direito trabalhista (com legislações criadas às pressas), o fato político (exacerbado pelo evento), questões como sentido da vida, medo, esperança e tragédia.
Uma obra que, por ser escrita durante o acontecimento, como tal deve (e precisa!) ser lida: como diagnóstico de um tempo que, parecia-nos, ia durar pouco, nos surpreendemos com sua persistência e, precisamos admitir, não cessará tão logo.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
terça-feira, 22 de dezembro de 2020
Compliance e Filosofia
A edição de setembro de 2004 da Revista Exame destacava que as empresas estavam admitindo filósofos, como diferencial diante de uma realidade de muitos profissionais com MBA (Master Business Administration). Por aqui, as empresas ainda não aderiram à proposta, quando muito recorrendo a palestras pontuais de profissionais da área. Diversificação de perspectivas é a grande chave para situações de crise e para mudanças culturais necessárias ao ambiente corporativo, quando este deseja estabelecer novos protocolos e diretrizes internas(ética nas práticas, governança corporativa, etc..).
Não há dúvidas que o setor de Compliance é fundamental, especialmente quando a transparência é um dos valores mais importantes na contemporaneidade. Assim, este setor, aliado ao de comunicação, talvez seja o que mais requeira o filósofo na empresa. Isso porque atua na intersecção dos Riscos de Imagem e dos Riscos Legais. O filósofo apresenta qualificações e formação adequada às diferentes situações, especialmente no que tange à diversidade de correntes teóricas da ética, logo também na sua prática.
Cada vez mais questões como diversidade nas organizações e igualdade de condições se mostram essenciais. O setor de Compliance, ou seja, de “Conformidade”, precisa estar alinhado não apenas às normativas internacionais – inclusive no que tange à sustentabilidade econômica, social e ambiental – mas às demandas do contexto histórico atual. À semelhança do Escritório de Ética e da Ouvidoria, o Compliance deve ser um canal de denúncias, reclamações e sugestões.
Etimologicamente, o termo inglês Compliance se origina do francês antigo cumplir (cumprir) e do latim complere (realizar), ambos significando “concordância com o solicitado”. A “conformidade”, neste sentido, concerne aos mecanismos anticorrupção (de qualquer natureza), às relações comerciais e internas, aderência às instruções ISO e congêneres, mas fundamentalmente no que se refere às relações entre funcionários, colaboradores e equipe diretiva, neutralizando o poder como Gewalt (violência), alicerçando-o como liderança. Dessa forma, quaisquer mecanismos de abuso devem ser combatidos, como prática intersetorial.
O filósofo, amparado em diferentes métodos e conceitos, se insere como fundamental no Compliance, já que este concerne ao conjunto de regras, padrões e procedimentos, éticos e legais, que orientam o comportamento da instituição. Em outras palavras, o filósofo atuará como farol num setor responsável pela cultura organizacional.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
sexta-feira, 04 de dezembro de 2020
Carta aberta ao Prefeito Eleito
Prezado Adiló, parabenizando-o, assim como sua vice, Paula Ioris, pela vitória no pleito eleitoral, escrevo-lhe para que tenhas um cuidado com a política cultural, sucateada que foi. Desejo, profundamente, que a cultura seja vista em sua dupla faceta: como instrumento de transformação social e como fonte de progresso econômico, ambas alicerçadas na dimensão estética, o juízo de gosto, tão importante ao humano quanto à dimensão ética.
Nesse sentido, que os diferentes departamentos da Secretaria da Cultura (livro, dança, teatro, música, artes visuais, patrimônio, popular, etc.) estejam interligados com projetos em comum. Que esta estabeleça laços com outras secretarias, especialmente a da Saúde (com destaque para sua coordenação de Saúde Mental, no pós-pandemia), Educação (fortificando projetos como a Escola Preparatória de Dança, o Passaporte da Leitura, ampliando suas abrangências, criando outros), Turismo (ações em enoturismo, rota das cervejas, dinamização dos museus já existentes, como a Casa de Pedra, movimentando-os, e ampliando o uso dos Pavilhões), Assistência Social.
Que Cultura e Turismo sejam vistos como potenciais na geração de empregos, por isso a necessária ligação desses com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, entendendo-os como novas matrizes econômicas, tendo em vista a crise de nossas indústrias. A Economia Criativa é algo a ser explorado, o governo de São Paulo criou secretaria específica para políticas nesse setor.
Que o Instituto Bruno Segalla seja cuidado pela administração municipal como trunfo artístico, turístico e econômico, como a Fundação Iberê Camargo (em Porto Alegre). Que o plano de ocupação da Maesa, já existente, seja aplicado imediatamente. Para tanto, penso que o melhor é estabelecer parceria público-privada, em que uma gestão do espaço seja realizada por Organização Social (à semelhança do Theatro São Pedro, na capital).
Importante também fortificar os mecanismos de fomento e os espaços culturais já existentes: que o Ordovás e a Casa da Cultura sejam lugares de convivência comunitária, ampliando ações que interliguem departamentos. Coisas simples, como a ampliação do horário de funcionamento da Galeria Gerd Borheim, por ex. Atualmente, o caxiense que vai assistir a um espetáculo no Teatro Pedro Parenti (à noite) encontra a galeria fechada. E, por fim, que festivais como Caxias em Cena e Caxias em Movimento sejam mais incentivados, para que a comunidade participe desses como o faz na Feira do Livro, um sucesso de gestão. Incentivar a Companhia Municipal de Dança, o Coro e a Orquestra de Sopros para que estes ampliem seus repertórios, com apresentações mensais, também é fundamental! Isso e muito mais... Utopia? Penso que não! Um abraço e boa gestão.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
terça-feira, 10 de novembro de 2020
O filósofo nas corporações
O espanto é a origem do filosofar, segundo Platão e Aristóteles. E, no contemporâneo, são muitos os acontecimentos que nos impressionam. A filosofia, com a pandemia, e os consequentes questionamentos sobre verdade e método (especialmente relativos às fake news e o papel da ciência na sociedade), está em voga. Seus usos, no entanto, parecem restritos se comparados às possíveis aplicações da área.
A face teórica da filosofia tão rica e fundamento dos outros saberes está em descrédito. No âmbito educacional, a lei nº 11.684/08 instituiu sua obrigatoriedade no currículo escolar do Ensino Médio. Colocada em xeque recentemente, torço para que, com o Novo Ensino Médio, adquira nova roupagem que atraia os jovens, ultrapassando a dimensão da teoria, aplicando-a, por ex., na alfabetização para a mídia e as imagens. No ensino superior, com a redução dos currículos, foi marginalizada, antes presente como disciplina obrigatória, ao menos no âmbito da teoria da ciência e metodologia da pesquisa. Sua atual ausência talvez explique, inclusive, o desprestígio da ciência.
Sua face aplicada, todavia, parece ganhar novos contornos que, embora não tão novos, demoram a se concretizar no âmbito regional e local. A filosofia clínica já é uma realidade – assunto para outro artigo. E a revista Exame, há mais de 15 anos, noticiou a contratação de filósofos nas grandes corporações e em empresas de consultoria. Com muitos profissionais com MBA, abrem-se as portas para outras formações, como diferencial de mercado, mas não só. Diversificação de perspectivas é a grande chave para entender essas nova realidade. No mercado de ações, as governanças corporativas exigem uma nova ISSO vinculada a preceitos éticos (filosofia primordial!).
O filósofo, nesse sentido, tem formação compatível às diferentes questões contemporâneas, inclusive corporativas: valores, missão e princípios institucionais. O filósofo pode constituir setor específico na organização (p.ex., um Escritório de Ética), ou atuar como auxiliar ou consultor em departamentos de treinamento, gestão de pessoas, engenharia de produção, patrimônio, em conselhos curadores, conselho de administração, equipe diretiva, marketing e comunicação. Em atenção às práticas internacionais (normas de conduta e transparência), é fundamental no setor de Compliance.
Desejando estar inserida no contexto contemporâneo, a empresa, com o filósofo, ampara-se diante de constantes demandas: inclusão e diversidade, felicidade e bem-estar, liderança e desenvolvimento emocional, reconhecimento da diferença, acessibilidade, liberdade e igualdade, democracia, identidade institucional, responsabilidade social, design de produto, processos produtivos.
Amparada na máxima “Conhece-te a ti mesmo”, a filosofia, como amizade pelo saber, utilizando-se de diferentes métodos (maiêutica, dialética, lógico-analítica, fenomenologia e hermenêutica), só tem a contribuir para uma gestão ao mesmo tempo lucrativa e sustentável. Fica o convite aos empresários!. E seu diferencial!.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
terça-feira, 29 de setembro de 2020
ENOTURISMO EM CAXIAS
Muito boa a ideia “VISITE SEU QUINTAL” DA Secretaria Municipal do Turismo. O vídeo, em uma primeira impressão, é até emocionante. Uma questão pontual é como este chegará ao seu público-alvo, seja ela caxiense ou não. Como imprensa e sabendo de seu lançamento fui em busca de encontra-lo no youtube, não o encontrando no canal “TURISMO CAXIAS” (oficial?), só o conseguindo ao pesquisar ‘VISITE SEU QUINTAL- Turismo Caxias”.
Mas vamos aos pontos positivos. Como entusiasta do enoturismo, não pude deixar de me contentar com a iniciativa, já que o vídeo valoriza muitas de nossas vinícolas e as vincula aos roteiros turísticos (que já existem, mas não são explorados pela cadeia de viagens, nem pelos moradores da cidade, talvez por ignorância ou desinformação) e ao interior (quase totalmente asfaltado), dois trunfos. Parece-me, até mesmo visitando uma de nossas vinícolas em Galópolis, é que falta integração entre elas (claro que a profissionalização em enoturismo precisa, e muito, ser qualificada, em comparação ao das cidades vizinhas), restaurantes, rede hoteleira, centros culturais e artísticos (sempre lembrando de nossos quase esquecidos, o Instituto Bruno Segalla, o Documenta, o AMARP).
Um ponto deve levar ao outro, todos ganhando. Não é útil, eficiente, nem lucrativo, que o visitante acesse uma vinícola, se lá não há roteiros enoturísticos, que ultrapassem a simples degustação de alguns rótulos, que propiciem uma “experiência estética”. Vinícolas de cidades vizinhas são sábias quando firmam parcerias (nem todas, diga-se de passagem, o fazem) com chocolatarias, fabricantes de queijos e embutidos, congregando empresas, incentivando o pernoite na cidade ao incluir cinema em seus roteiros, por exemplo.
É preciso que existam outros atrativos no caminho até a vinícola também. Que o turista (e mesmo o morador) experienciem a cidade como um todo. Sem falar na qualidade dos próprios vinhos. Nossas vinícolas vêm se qualificando, o que é bom, mas precisam melhorar.
Não quero me ater às críticas. Realmente a iniciativa de nossa Secretaria do Turismo foi um acerto, o próprio caxiense (falo por experiência própria) conhece pouco de suas belezas, seus atrativos, seu interior, e até de sua arte. Parece-me que a “VISITE SEU QUINTAL” sequer precisaria ser vinculada ao momento pandêmico, universalizando o vídeo como trunfo a ser explorado ininterruptamente. Que sirva para olharmos para nós mesmos, que tanto valorizamos o que “vem de fora”!. Quem sabe pensemos, ao menos, em gerar empregos – algo tão necessário nestes tempos , urgente na verdade. Sigamos exemplos que nos vêm da Europa (que exaltamos tanto!) e busquemos respostas ao desemprego aí!!!.
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
terça-feira, 29 de setembro de 2020
CANCELAMENTOS E ECOLOGIA
Comemora-se o dia da NATUREZA em 04 de outubro. Etimologicamente, ecologia é palavra que deriva das gregas oikos e logos. Oikos designa casa, ambiente, o que amplia a significação da ecologia: perpassa questões relativas à natureza. O filósofo e psicanalista Felix Guatari, atento a isso, destacara que são três os registros ecológicos: o do meio ambiente, o das relações sociais e o da subjetividade humana.
Parece-me importante, nesta data, refletir não somente sobre o que fazemos com as árvores, as águas e os animais que nos cercam e convivem conosco, mas sobre nossas relações. É evidente o debate sobre os “cancelamentos” (ir na internet e mandar que não leiam alguém!) de pessoas – sim, porque, independente de suas ideias, são sujeitos – nas redes sociais. Destroem-se reputações, carreiras e subjetividades. São fortes os embates entre os que defendem a liberdade de expressão como direito fundamental absoluto e os que elevam o “lugar de fala” à categoria de superioridade, principalmente quando o assunto é relativo a questões identitárias e minoritárias (e/ou simples inveja!).
Na polarização que foi exacerbada nos meios digitais, esse embate também ganhou contornos extremados. A solução, me parece, sempre passa pelo equilíbrio, pela temperança, o caminho do meio, como também nos legara Aristóteles, na Ética a Nicômacos (ou simplesmente que busquem um tratamento, se é que alguém tem condições de tratar tais males!).
Tal é o fundamento da sustentabilidade, cujo objetivo é a agregação, jamais qualquer tipo de exclusão. Pensar a ecologia na atualidade, obviamente passa pela preocupação com o que acontece na Amazônia e no Pantanal, mas não só. Com a mineração em terras indígenas, ´mas não só. Com as podas e derrubadas de nossas árvores, aqui em Caxias, mas não só. Com o que foi feito do oásis, os jardins da Chácara dos Eberle, mas não só. Lemro-me de um desenho de minha infância, Capitão Planeta, em que o herói era constituído pela união dos elementos naturais (materiais) com os emocionais (as relações, os sujeitos). Isso é comunidade!.
Já foi dito que as redes sociais tribalizam a cultura partilhada, ou seja, juntamo-nos cada vez mais, aos nossos semelhantes (nem tanto!), não àqueles diferentes. Formam-se gangues, bolhas. Mas as pesquisas indicam que elas estão em declínio. O “cancelamento” ainda que motivado por questões ético-políticas destrói mais sujeitos que ideias e é o oposto à democracia. Respeitar o outro em sua singularidade, independente de suas características (ou por elas e apesar delas), demonstra que o politicamente correto é a pior censura. NO lugar do “cancelamento” o acolhimento, a responsabilidade pelo outro, que não passa pela dimensão do dever, da obrigação, mas do reconhecimento. O respeito ao outro indica respeito e ética consigo mesmo e com os seus (verdadeiro sentido da ética mesma).
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
quinta-feira, 30 de julho de 2020
#useamarelo
O jornal de maior circulação do país, Folha de São Paulo, lançou recentemente a Campanha #useamarelo pela democracia, trocando, até a próxima eleição presidencial, seu slogan: de "uma jornal a serviço do país" para "um jornal a serviço da democracia".
Uma pesquisa realizada pelo DataFolha concluiu que 75% dos brasileiros é a favor da democracia, o maior índice desde a redemocratização. Muitos sequer sabem o que foi a ditadura militar (alguns até duvidam que ela tenha existido de fato!), a guerrilha do Araguaia, etc. Tendo em vista que mais da metade dos brasileiros nasceu após 1984 e outros tantos após 1964, ou seja, foram crianças ou adolescentes durante o governo dos militares, é de se concluir o mesmo.
O #useamarelo retoma a campanha das Diretas Já. O questionamento, certamente, surgirá: mas não vivemos sob a democracia?. Tenho minhas dúvidas se em algum momento a democracia se efetivou, afinal não é o voto (obrigatório!? no Brasil) que a possibilita. O voto, nas condições em que acontece, é uma procuração, e as possibilidades de procurador, de nossas escolhas e decisões em questões fundamentais da vivencia em sociedade, são reduzidas: poucos os candidatos com quem nos identificamos. Nos segundos turnos das últimas eleições presidenciais, as propostas oferecidas de candidatos foram ainda mais restritas, posto que extremas, polarizadas: votar no "menos pior", ou "votar nestes que te oferecemos", ou "anular o voto", ou "votar em branco". Quanto ao Legislativo pouco pensamos sobre nossos votos.
No Executivo, a população é fortemente personalista, decide com base na "fachada", no que o candidato apresenta superficialmente: atenta mais ao comportamento, menos ao caráter, quase nada ao programa de governo proposto. Manipulações de candidatos facilmente desidratam outros com perfis de liderança, com bons programas, conciliadores, idealistas e com ideias revolucionárias no que tange a tributação, a sustentabilidade.
O "véu da ignorância", conceito fundamental do filósofo político John Rawls, atenta para o fato do homem eleito se isentar de seus contextos particulares quando assume função pública. Seus interesses devem ser comunitários (em prol de TODA a sociedade) e não particulares, sejam esses últimos individuais ou de grupos próprios que "representaria". Quanto a atual democracia, são fortes os ataques às instituições, à imprensa. Muitas são as condutas autoritárias. A música "podres poderes" de Caetano Veloso continua atual, por isso #useamarelo Pela Democracia.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
domingo, 14 de junho de 2020
CAXIAS: 130 anos
Já foi conhecida como Pérola das Colônias, segundo polo metal-mecânico do Brasil. Hoje é a cidade sede da Região Metropolitana da Serra Gaúcha. De um pequeno conjunto de casinhas (hoje rememorado nas réplicas, que estão nos Pavilhões da Festa da Uva), há uma pequena metrópole com aproximadamente 600 mil habitantes. Caxias do Sul comemora 130 anos. Muito a comemorar, muito a repensar.
Terra de Imigrantes, nunca cessou de recebê-los. Por que batalhadores, que construíram a cidade a partir do zero, talvez ignoremos que a realidade de hoje é diferente, que o contexto dos países dos refugiados também é diversos: queremos que se comportem tais como os caxienses. Sem condições, esses refugiados recorrem ao comércio ambulante. E são condenados por isso. Entendo a posição dos lojistas, mas cabe uma reflexão. Que fazemos com eles? Ao recebermos, somos responsáveis pelos que aqui chegam.
Terra do trabalho (já não mais tanto) ainda vê a cultura como supérfluo, ignorando que esta concerne a toda ação humana. Nesse sentido, a arte acontece como mais uma das muitas atividades culturais que precisa ser valorizada como reveladora de nossa verdade. Muito a comemorar: temos umas das únicas companhias municipais de dança do país, somos referência no design de moda, exportamos música. Muito a repensar, principalmente no descaso com o Instituto Bruno Segalla e com o Patrimônio Histórico, que poderiam ser excelentes fontes de turismo e consequências econômicas.
Terra de belezas, da paisagem, da gente. Belezas artísticas e belezas naturais que, no corre corre são desapercebidas. A cidade da "de que família tu és?" (sic) raramente olha para o que é daqui (não reconhece sua gente!), valoriza a Europa, enquanto derruba o que é antigo (e retrata a mesma Europa), nossas ruas apesar do crescimento, são limpas (referência na limpeza urbana e no saneamento ambiental), o trânsito é razoável. Muito a comemorar: nosso interior é lindo, a estrutura distrital está bem estruturada, roteiros turísticos já criados. Muito a repensar: construir estratégias que consolidem aqueles roteiros e fornecer apoio à vinícolas locais, constituindo o enoturismo como força econômico-turística.
O espaço é pequeno para falar de Caxias: de nossa gastronomia, do que foi construído, como a cidade se desenvolveu, suas manias, vícios e virtudes. O cosmopolitismo que contrasta com o provincianismo forte. A necessidade de mostrar-se bem sucedido com uma herança cultural dos imigrantes que muito sofreram. A valorização dos eventos sociais que contrasta com o desapego com os bens culturais. Uma identidade bem consolidada que, no entanto, pouco valoriza os seus e a diferença. Enfim, uma CIDADE, com seus problemas e suas maravilhas.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
sábado, 25 de abril de 2020
Podres Poderes: O insustentável poder da caneta
Parece que a verborragia irracional daquele que ora ocupa a cadeira de Presidente da República não tem fim. Se não houvesse consequências, tudo bem, apenas seria motivo para qualificar o vocábulo “bolsonaro” (assim, com b minúsculo) como adjetivo: “que atitude bolsonaro, hein?”. Ou motivo de chacota internacional, como na série mexicana La casa de las flores (Netflix): “que fazes, teu sobrenome é Bolsonaro.
Não bastaram aquelas frases de outro presidente: “não sou uma pessoa, sou uma ideia”, “sou a alma mais pura”. Ou as asneiras da outra. O atual chefe de Estado e de governo (cabe frisar que não se trata de uma liderança, muito menos de uma Nação – que nunca se formou no Brasil) não se cansa de atear fogo sobre tudo e todos, inclusive sobre si mesmo. Perde a pouca credibilidade que alcançara escalado em dois (no máximo três) ministros de respeitabilidade, desidratando-se aos poucos, ao ouvir apenas 01, 02 e 03, que oficialmente (apenas oficialmente) não ocupam cargo no governo – mas estão sempre por lá (inclusive com salas próprias).
Cada vez mais a teoria psicanalítica acerta ao ligar o poder à estrutura psíquica perverso-paranóica. Observando nossos governos, isso fica evidente. Mais nítido e transparente se olhamos para esferas que parecem mais distantes, como o executivo federal (mas não só!). Os espectros ideológicos, neste caso, se ainda existem de fato – e não apenas na ilusão –, são irrelevantes. O perverso-paranóico flerta com a ambiguidade e o autoritarismo, autoproclama-se detentor da verdade (vulgo, é “salvador da pátria”), apresenta-se como perseguido (pela oposição, pela imprensa), goza com o testemunho (de seus companheiros/correligionários, de seus adversários).
No que se refere à ambiguidade, o governo petista aliou interesses de oligarquias da classe dominante, banqueiros e empresários aos movimentos populares, gerando delírio de um governo para todos e paralisado pelas forças contrárias que se anulam e mantém o status quo. Supostamente combatendo esta lógica, do presidencialismo de coalisão, o atual governo mira o autoritarismo, pelas vias da censura, medidas extremas e afirmação de ingovernabilidade diante da realidade vigente (logo, a necessidade de liquidar com as instituições).
A teoria também nos diz que discurso é linguagem, mas também ação. Assim, o lulo-petismo defende os governos venezuelano e iraniano; a família bolsonarista, o trumpismo e o pós-1964. Aqueles favorecem condutas ilegais e a arruaça como guerrilha. Os últimos, por sua vez, agem por vias tortas: tempos atrás, homenagearam milícias, mas hoje são verborrágicos, surfam na irracionalidade. Todos adotam a postura de Sinhozinho Malta, o icônico personagem da novela Roque Santeiro (de 1985!): manipula, persuade, sugestiona, conduz, induz, mas sempre afirma “não sei de nada” ou, em outros termos, “não foi isso que eu disse”. Como dizia Cazuza:” tuas ideias não correspondem aos fatos”.
O republicanismo vai para o ralo. A res publica (a coisa pública), princípio e fundamento do Estado brasileiro (e de qualquer estado democrático), é substituída por um personalismo extremado. O interesse coletivo já não era nosso forte há alguns anos: o lulo-petismo servia como “cabide de empregos” para “companheiros” e identificou a coisa pública com os interesses do partido. O bolsonarismo exacerba isso e a reduz à sua família, numa atitude ainda mais regressiva, psicológica e socialmente. Quase (?) psicopatia e sociopatia. Reverbera num sado-masoquismo, ao incentivar a população a se expor a uma doença quase incógnita, ao mesmo tempo que não mede as consequências sérias de seus atos.
Com o uso constante das máscaras, que nos convida a reconhecer o Outro pelo Olhar, cuja consequência é a responsabilidade infinita por aquele (princípio ético), parece que a impossibilidade de ser altruísta de uns se evidencia. É bom lembrar: estamos com máscaras, mas não estamos sem Rosto (ou não deveríamos estar)!
Diante da prepotência do presidente (“eu sou o presidente”) e dos fatos transcorridos recentemente, a Associação Brasileira de Imprensa acerta em requerer seu impeachment. Sua estrutura perverso-paranóica, materializada no poder (“eu tenho a caneta”) e no discurso (“eu sou o chefe supremo”), repercute num personagem lunático e delirante que precisa ser detido urgente, senão penal, ao menos politicamente. Um poder cuja conduta não tem lastro em princípios de uma ética cujo parâmetro é o Outro é, no mínimo, insustentável.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
domingo, 01 de março de 2020
Poder: versões do mesmo
Em fevereiro de 2001, publiquei, neste espaço, “O champagne corrupto”, artigo que ironizo o “comemorado” aumento do salário mínimo à época e a prisão do ex-juiz Lalau. Muitas águas passaram... e aquilo parece tão pequeno diante de tudo que vimos desde então.
Cada vez mais a teoria psicanalítica acerta ao ligar o poder à estrutura psíquica perverso-paranóica. Observando nossos governos, isso fica evidente. Mais nítido e transparente se olhamos para esferas que parecem mais distantes, como o executivo federal (mas não só!). Os espectros ideológicos, neste caso, se ainda existem de fato – e não apenas na ilusão –, são irrelevantes. O perverso-paranóico flerta com a ambiguidade e o autoritarismo, autoproclama-se detentor da verdade (vulgo, é “salvador da pátria”), apresenta-se como perseguido (pela oposição, pela imprensa), goza com o testemunho (de seus companheiros/correligionários, de seus adversários).
No que se refere à ambiguidade, o governo petista aliou interesses de oligarquias da classe dominante, banqueiros e empresários aos movimentos populares, gerando delírio de um governo para todos e paralisado pelas forças contrárias que se anulam e mantém o status quo. Supostamente combatendo esta lógica, do presidencialismo de coalisão, o atual governo mira o autoritarismo, pelas vias da censura, medidas extremas e afirmação de ingovernabilidade diante da realidade vigente (logo, a necessidade de liquidar com as instituições).
A teoria também nos diz que discurso é linguagem, mas também ação. Assim, o ”lulo-petismo” defende os governos venezuelano e iraniano; a família “bolsonarista”, o ” trumpismo” e o pós-1964. Aqueles favorecem condutas ilegais e a arruaça como guerrilha. Os últimos, por sua vez, agem por vias tortas: tempos atrás, homenagearam milícias, mas hoje são verborrágicos, surfam na irracionalidade. Todos adotam a postura de Sinhozinho Malta, o icônico personagem da novela Roque Santeiro (de 1985!): manipula, persuade, sugestiona, conduz, induz, mas sempre afirma “não sei de nada” ou, em outros termos, “não foi isso que eu disse”. Como dizia Cazuza:” tuas ideias não correspondem aos fatos”.
As instituições precisam ser fiscalizadas, mas não extintas. E, nunca é tarde para ressaltar, governar não é, necessariamente (deveria ser, mas não é!), sinônimo de liderar.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
terça-feira, 21 de janeiro de 2020
Jornalistas em Extinção!!!!!!
então....
Desde que disseram que tinha mais de NOVE milhões de seguidores (claro, sei bem os motivos para tal!!!)......dei-me conta da responsabilidade do que escrevo e dito......e digo....por todos os lugares...
bem...criei "n" blog!s.....escrevi sobre muitas coisas.....sigo escrevendo....tenho facilidade para a escrita.....e meu pensamento....feliz ou infelizmente para alguns é rápido e bem decente.....
apesar de escrever com facilidade nos diversos objetos midiático-tecnológicos.....gosto mesmo de ler jornais em papel.....e ainda não consigo lê-los (nem tento!)....digitais....
alguns podem me chamar de retrógrada............mas "assim é que é!".......parafraseando um bom escritor!!!.....
quando leio em alguns meios ou ouço, pela imprensa televisiva, que algum maluco considera jornalistas em extinção................penso (e reflito!), não discordar totalmente! porque o universo dos maus jornalistas deve mesmo estar em extinção............assim como o de maus presidentes de diferentes instituições.........de artistas idiotas..........de profissionais (????) maus em todas as instâncias...........mas, principalmente, de maus professores..........porque estes, débeis, são os que ensinam os maus profissionais...........e assim, espalha-se..........e espelha-se ...o horror do mau profissionalismo..........
daí, eu sempre defender que o que precisamos atacar e resolver é o mau uso de profissionais na área acadêmica...............pois estes criam e desenvolvem os maus profissionais que estão por todo canto ....em todo mundo.............estes, SENDO BONS, resolverão ...ou buscarão resolver............os problemas no ensino básico...............no ensino médio.............no ensino superior.............na pesquisa................no profissionalismo das diversas áreas.................inclusive no jornalismo..............
e, então..............os BONS PROFISSIONAIS jamais estarão em extinção...................
e.........para frisar mais................."É ASSIM QUE É"........e será sempre!!!!!!!.........
e.......para não esquecer jamais: SÓ COM ÉTICA...........TEREMOS BONS `PROFISSIONAIS!!!!
estética...........sim.................mas ética...........mais do sempre!!!!!!!!!!!
claro, também.................jornalistas com ética...........não estão presos a nenhum "conselho" a lhes indicar caminhos de atuação............são isentos (o mais possível) e sempre preparam-se para qualquer trabalho (mesmo que não detenham todo conhecimento sobre a área)......e sempre dão oportunidade às duas partes!!!!!....
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
terça-feira, 14 de janeiro de 2020
POLÊMICA NAS ELEIÇÕES PARA O MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho)
Surpreendeu-nos a parcialidade de veículos de comunicação que, diante do imbróglio das eleições para presidência e conselhos do MTG, deram espaço apenas para a parte vencida do pleito (e descontente com o acontecido – apesar de, pensamos, ter conhecimento dos estatutos do Movimento), sem ouvir a outra parte.
Acontece que os eleitores, no caso, não escolhem o presidente do MTG, mas seu Conselho Diretor, ainda que uma pessoa lidere tal Conselho. No momento da inscrição das chapas, estas devem emitir relação de candidatos de todos os postos (inclusive o de presidente do MTG) a serem preenchidos no Conselho Diretor (dezesseis ou dezessete titulares e dezesseis suplentes). Havendo empate na escolha da chapa (como foi o caso!), deve ser considerada eleita, conforme artigo 127 dos estatutos do Movimento, a chapa que contiver candidato mais idoso . O artigo deixa claro que não se trata do líder da chapa mais idoso, mas da chapa que, em seu corpo de candidatos, tiver o mais idoso, independentemente do posto que ocupar no Conselho Diretor. O artigo pode ser polêmico, mas deve ser cumprido. Seria o caso de reescrevê-lo, quem sabe? . Fica a dica para próximos pleitos.
Claro que o artigo poderia estar mais claro, sendo mais explícito em seus objetivos. Ainda assim, os veículos de comunicação têm a obrigação de conhecer os estatutos antes de realizar qualquer tipo de entrevistas (mesmo que apoiem este ou aquele!). E, o mais importante, ouvir a todos os envolvidos, não apenas um lado da história. Pressuposto ético fundamental!!!!.
Artigo 118 (MTG): A Secretaria Geral receberá a inscrição das chapas anotando dia e hora do recebi mento, fornecendo recibo; a mesma deverá, obrigatoriamente, conter:
1.
Relação de candidatos a todos os postos a ser preenchidos no Conselho Diretor (16 ou 17 titulares e 16 suplentes) e na Junta Fiscal (3 titulares e 3 suplentes).
2.....
Artigo 127(MTG): Concluída a contagem de votos, será considerada eleita a chapa mais votada.
Parágrafo único: Em caso de empate, será considerada eleita a chapa que contiver o candidato mais idoso.
Artigo 7 (Código de Ética do Jornalista Profissional): Jornalista não pode:
3.Impedir a manifestação de opiniões divergentes ou o livre debate de ideias.
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
Mtb 15.241
Enquanto o Brasil segue em sua luta para acabar com a ÁGUA do planeta...........invadindo águas profundas.............e alguns metidos a espertinhos...........ganham com isso.............montando empresas de fachada...........para seguir roubando...............
A FRANÇA...........um país europeu..............onde a neve no inverno acontece.........corriqueiramente.............as baixas temperaturas....e tal............ criou uma USINA SOLAR FLUTUANTE...................para obter os recursos renováveis e ambientalmente limpos da Energia Solar..........
O BRASIL........um país banhado pelo SOL............não investe na ENERGIA RENOVÁVEL ......SOLAR....................
O quê há?????
O sub-desenvolvimento (travestido de "em desenvolvimento") atinge até os neurônios??????
Não devemos ter engenheiros.....nem tecnólogos capazes de pensar!!!!!!
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Sábado, 10 de agosto de 2019
O QUÊ É UMA UNIVERSIDADE??????
O QUE É UMA UNIVERSIDADE????
O QUE É A ACADEMIA????
Aqui Academia não é, obviamente, academias de ginástica....
Aliás....isso já é uma razão para escrever sobre o que pretendo aqui....
A Academia de que falo aqui é a Academia criada por Platão antes de Cristo...
O que pretendia o mestre quando falava e criava a academia?
Pensava ele em criar espaço para discutir temas importantes a "res" pública....daí o título de uma de suas obras A República...não é de forma de governo, mas do que é importante na vida pública..
Com o tempo a ideia da Academia se "travestiu" em outras nomenclaturas: faculdade, faculdades isoladas, universidade.
Uma Faculdade seria um meio acadêmico em que formam-se graduandos em um curso, estudam uma área ...não há a "obrigação" de fazer pesquisa.
Uma Universidade seria um lugar, conjunto de faculdades, institutos,.., onde os PROFESSORES TÊM a obrigatoriedade de desenvolver pesquisa.
Que se quer dizer com isso - PESQUISA???
As Universidades realizavam suas aulas, contratavam professores para preparar pessoas ao mercado de trabalho, graduando-os (COLAR GRAU - apor o Barrete em suas cabeças como forma de mostrar à sociedade, em uma cerimônia de gala acadêmica, que eles estão aptos a cumprir o requisito mínimo ao desenrolar das funções a que estudaram por determinado tempo) e os professores que ministravam as aulas deveriam ser pessoas aptas a desenvolver tal magistério.....deveriam se atualizar em suas áreas para que os conhecimentos repassados não ficassem defasados!!!!!!!
PERCEBE????????
A tal PESQUISA deveria ser um processo de atualização.......ATUALIZAÇÃO......daquele ser que, estando em um ambiente acadêmico, preparando profissionais para a sociedade (inclusive professores para o ensino fundamental e médio, além da pré-escola - para o tal ENSINO BÁSICO!!!!!), ministraria o que de MAGISTRAL é sua FUNÇÃO......EDUCAÇÃO!!!!!!........se atualiza na área..
O quê tem se mostrado nas ACADEMIAS, que há muito perderam a ÈTICA preconizada por Platão?????
Têm jogado os professores, mote da EDUCAÇÃO na Universidade.....a fazer pesquisa tenológica, empreendedorismo e outras nomenclaturas.....socialmente aceitas e distorcidas do PAPEL DA ACADEMIA!!!!
Os professores não mais professam....preparam os alunos para a sociedade....não mais estudam para se atualizar.............agora só pensam em criar patentes...........GANHAR DINHEIRO!!!...
e a tal função EDUCATIVA??????
sei lá........ficou perdida no tempo.............porque nem a exigência em concursos públicos para admitir PROFESSORES..........não é observada a DIDÁTICA.............mas os projetos que o sujeito quer desenvolver na academia............um inconsenso..........um sem-sentido absoluto..........
Quando políticos, EM CAMPANHA, apregoam a altos pulmões que vão privilegiar a Educação Básica...........Platão se remexe na cadeira..............porque privilegiar a Educação Superior é preparar os professores para a Educação Básica...........
Será que nenhum deles jamais saiu de seus cursos de Direito, Economia e afins...........e observou que as Academias preparam professores através dos cursos de Licenciatura?????? .....
Nunca se interessaram em saber qual a função do licenciandos????
Nenhum assessor com altos salários parlamentares...........do dinheiro do povo, pagador de impostos (até o que não trabalha, paga impostos nos alimentos que come!!!) ....jamais se interessou em explicar a seus "chefetes" o que a Academia faz, deve fazer????
E...por quê os parlamentares jamais se preocuparam em saber?????
Perguntas que me faço diariamente e a partir de notícias idiotas de idiotas que dizem nos representar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Até quando??????????????
A quem serve não saber nada disso?????
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Espantei-me com a afirmação da Secretária Municipal de Turismo, para justificar seu desejo de Caxias pertencer à Região das Hortências, que "turismo não está relacionado com a identidade" (sic). Nada mais equivocado. Como bem se sabe, o turismo se constrói pela identidade cultural, por isso seus desafios na pós-modernidade, em que convivem a globalização (com homogeneização de culturas) e anseio pelas origens (representada no modismo retrô e na valorização do local).
Espantou-me também todo esse imbróglio, justamente na cidade sede da UCS, cujo programa de pós-graduação em turismo foi um dos primeiros mestrados criados na instituição, ainda é um dos únicos do tipo no país e referência. Parece-me que este sequer foi consultado (e não se manifesta, por quê?). Até mesmo contraditório, já que a prefeitura é membro do conselho da FUCS, que se orgulha, e alardeia, em ser comunitária. O PPG não foi consultado. Os inúmeros pesquisadores e professores aí formados e instalados, muito menos. Um contrassenso.
Não há turismo que não se alicerce na identidade. Poderia recorrer a diferentes exemplos: na Europa, cuja economia é basicamente vinculada ao turismo (com uma população envelhecida, que sofria muito de desemprego - situação semelhante a atual no Brasil), nas diversificadas matizes identitárias dos estados nordestinos (lembremos da baiana), nos nossos vizinhos (Bento e Garibaldi, que muito sabiamente criaram o Vale dos Vinhedos). Poderia recorrer a teóricos, de diferentes correntes metodológicas, mesmo ideológicas, de internacionais a locais, de Stuart-Hall a Pozenato. Mas não é preciso, a situação economico-financeira exige (leia o artigo "Investimentos -onde?", de Vera Marta Reolon, publicado aqui em 06.06.2019).
A identidade cultural se constitui de religiosidade, do trabalho (da produção, dos serviços), da arte, da arquitetura, dos costumes, da tradição (ainda que reinterpretada), da língua, da história de um povo. Elementos que, por sua vez, fortalecem e propiciam o turismo.
Poderia falar das diferentes manifestações artísticas locais cujo potencial turístico é inestimável (leia-se, inclusive, uma das primeiras Cias. de Dança do Brasil, o IBS, o Mississipi Delta Blues, entre outros), mas já o fiz neste espaço em artigos ignorados pela administração municipal. Recorro, então, ao trabalho que, me parece, é valorizado em consenso pela população. O potencial de nossas vinícolas é imenso, Caxias é campeã em número de cervejarias, mas não há incentivos, não há investimentos, o marketing é escasso, não há criação de roteiros turísticos nessas áreas. Conversando com proprietários de vinícolas locais, observa-se o desânimo, enquanto o governo não houve seus anseios e Caxias perde o pouco que tinha: ao menos um potencial latente na Região da Uva e do Vinho.
Note-se que as verbas para fazer parte da região de produção e colheita de uva e vinho foi perdida na "brincadeira" do governo!. Uma lástima e uma vergonha!!!!.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
Segundo informações recentes, para reconstruir a Catedral de Notre Dame, na França, marco incontestável da cultura e da história mundial, ficaria entre € 300 milhões a €600 milhões. Para a reconstrução, também através de informações, foram arrecadados € 1 bilhão no dia seguinte ao trágico incêndio que a destruiu parcialmente.
Peter Singer, filósofo, defensor da eutanásia (quando do desejo do paciente, seu desejo deve ser respeitado), defensor do não uso de animais em pesquisas, entre outras questões relevantes na contemporaneidade, vem a público dizer que tais verbas, ao invés de reconstruir Notre Dame, deveriam ser usadas para aplacar a pobreza no mundo.
Concordo com ambas as posições, ou seja, a reconstrução da obra cultural, enfim o que seríamos sem a valorização de nossa história e cultura?. Seríamos relegados a valores monetários e nada seríamos.Corpo e órgãos apresentar-se-iam como invólucros do nada, vendáveis por corruptos de todos os plantões. Enfim, somos seres de consciência e ("hipotética" - ao menos!) alma. Para tanto, somos seres de cultura, intelecto, não replicáveis, únicos em nossa essência e identidade!.
Mas também com desigualdades galopantes, em governos ignorantes e corruptos, a pobreza acelera-se em toda cidade, vila, estado, país, apoiada em desempregos e marginalização em todas as desordens, alçadas em governos que não gestam nem suas próprias vidas e existências, seguem cometendo más gestões do dinheiro e poder públicos.
Exemplos temos aos borbotões. A Europa vem investindo em turismo para garantir e mostrar o que tem de melhor: cultura e história. Ganham dinheiro com isso para manter sua população (e os imigrantes que não cansam de chegar para dividir o quinhão e, quiçá, ajudar a ganhá-lo!).
Por cá vemos uma cidade como Caxias que vive de um passado de glórias metal-mecânicas em queda e desemprego forçado e que, cegos ao mundo contemporâneo não conseguem vislumbrar o necessário investimento em arte, cultura e história para renovar-se em empregabilidade e manutenção da vida.
Algumas cidades já vêm mudando seu pensamento, quando em uma população com 30.000 habitantes, têm 2.000 empresas e investe pesado em cultura. Isso pode ser considerado para começar uma boa (ou razoável!) política pública contemporânea e pensando o futuro, sem se desfazer do passado (necessário) e do presente mantido e valorizado!. Na contramão: prefeitos que cancelam alvarás de autônomos e protestam empresas. A quem defendem?
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Tendo em vista a inoperância dos governos atuais na área da cultura – nem cabe aqui listar as inúmeras sabotagens ao setor – só resta à sociedade civil tomar as rédeas e conduzir a política nesta área, o que esta já vem fazendo como pode. Como entusiasta e associado do Recreio da Juventude e pensando no destino que o antigo prédio da sede social do incorporado Recreio Guarani pode ter, não deixo de sonhar. E imagino a notícia abaixo nos próximos anos.
“Depois da NOVA ACADEMIA, com tecnologia única na América Latina, o Recreio da Juventude inaugura seu Centro Cultural, um presente para a comunidade caxiense. Fruto de uma cooperação de empresários e associados, via renúncia fiscal da Lei Rouanet, o Centro Cultural representa um avanço a níveis semelhantes ao Multipalco do Theatro São Pedro, em Porto Alegre.
O Centro Cultural do RJ surge num momento em que Caxias quer respirar mais cultura, mais arte. Com mais de meio milhão de habitantes e multifacetada, as galerias municipais já não comportam grande número de visitantes, assim como o Teatro Municipal, e mesmo o UCS Teatro, lotam facilmente. Há muito Caxias pedia um Museu de Arte para chamar de seu.
Atendendo a essas demandas, o CCRJ congrega um teatro com palco italiano, com capacidade superior aos demais da cidade, sala de teatro com palco móvel, sala de dança (com piso e iluminação apropriados) e duas salas de ensaio. Logo na entrada, um café e a galeria de arte (para exposições itinerantes, que pode, por meio de paredes móveis, transformar-se em duas e/ou quatro galerias). Gesto sem igual, no entanto, é o acolhimento do CCRJ ao Instituto Bruno Segalla (agora em espaço adequado ao seu mérito) e ao AMARP. O Acervo Municipal de Artes Plásticas ganha novo nome (Museu de Artes Visuais de Caxias do Sul) e passa a expor permanentemente, em itinerância, suas obras.
O CCRJ ainda, dá continuidade aos programas do clube abertos à comunidade: o Terça Cult e os Concertos ao Entardecer (este uma parceria com a Orquestra Sinfônica da UCS). Com diretor artístico e curador-chefe, diretores de teatro, dança e artes visuais, além de espaço para confraternização dos sócios (que também merecem), o CCRJ abre suas portas para um novo patamar da cultura caxiense para nunca mais fechar”.
Um sonho impossível?
E o Complexo da MAESA?
Nem sequer tem seus espaços liberados para renascer das cinzas!.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
foto by@GuiReoli
Diante de uma cena que me chocou na última semana, não pude permanecer inerte e, ao mesmo tempo, perguntar-me se muitas das atitudes deste governo (que só exacerba a de governos anteriores) - leia-se o governo municipal de Caxias do Sul - seriam fruto do descaso ou propositais. Refiro-me a questões culturais e ambientais. Quanto às culturais, já me reportei neste espaço anteriormente, mas retomo alguns pontos: - a ignorância em relação ao Instituto Bruno Segalla (e tudo o que ele representa) e às obras do artista (c abe destacar que o Monumento Jesus Terceiro Milênio continua sem iluminação noturna); - a ojeriza frente ao financiamento cultural (que impacta com custos com saúde e educação). Sem falar do ataque às bancas de revistas, que sempre prestaram um serviço à população, dentre tantos outros pontos.
Voltando à cena que me referi no início:
o corte sem justificativa de uma árvore centenária, na Rua João Scalabrini, próxima ao Instituto São Carlos.
A citada não apresentava riscos à fiação elétrica (sequer a tangenciava), nem de cair por apodrecimento (nova desculpa dos órgãos públicos para cortar árvores e, talvez, estocar madeira e coisa que é provocada quando o concreto cobre área adjacente - o que não era o caso). A tal estava em terreno baldio, onde há nascente de água, em condições biológicas que não atestavam fragilidade. O corte foi tão rápido, iniciado antes das oito (8:00) horas da manhã, e o tronco bipartido foi imediatamente dali levado. Parece mesmo que para ninguém ver que fora derrubado minutos antes. Um dissenso se comparado ao oásis do Instituto São Carlos, inatingível e fortemente guardado.
É um fato isolado, assim como os culturais relatados, mas bem representativos de uma governança que pode até nomear-se gestão, mas que só se atenta às finanças. Governar não se equivale a um trabalho bancário. Pode se basear nele, é óbvio.
Fica a pergunta: Que valor se ganhou com o corte?.
Banco quer lucro, e representa o que há de mais eficiente no meio empresarial. Mas o lucro, no ente público, só é verdadeiro e justo se aplicado no bem estar da população e no que a cerca, tendo em vista a necessidade de uma ecologia que abarque o ambiente, a sociedade e a subjetividade, como bem destacou o pensador Félix Guatari. Caso contrário, só como caixa, o l ucro é o oposto de uma boa governança.
Lucro para entes públicos é população saudável, educada, ambientalmente satisfeita, alimentada, com emprego, casa, vida. Não há lucro melhor....mesmo para entes empresariais!!!!!
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA - MTb 15.241
VERA MARTA REOLON - MTb 16.069
Este blog se presta a olhar a vida, a arte, a história, de forma crítica, buscando melhorias em todos os processos...
enquanto tal.....
ou seja, enquanto crítica desta vida e processos....
alguém pode nos informar....
como, em um país em que a moeda tem DOIS DÍGITOS depois da vírgula...ou seja DECIMAL....
como, em sã consciência...
conseguem cobrar combustíveis com TRÊS DÍGITOS depois da vírgula.......CENTESIMAL?????
e, sabe, não há advogado....OAB....MPF (fiscalizador da lei??!!!!)........PF.......o "escambal"..........que cobre das autoridades...........correção nesse absurdo??????
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Final de ano é sempre um momento de refletir sobre o que passou e o que virá, fazer projetos, planejar metas. Compartilho aqui ideias (será tudo uma utopia?) para uma Caxias em 2019, uma Caxias que eu quero (e espero que outros o queiram, ou não – mas proponham o debate rumo a melhorias).
Começo pela área cultural. Caxias está mais receptiva à arte – não que fosse avessa a esta, mas ela sempre ficou em segundo plano e, só mais recentemente, vem mudando. Desejo profundamente que, se inconstitucional a vinculação de Receita com o Financiarte, a Prefeitura entenda o financiamento como fundamental para a cidade – o acesso às diferentes manifestações artísticas tem consequências importantes na educação, na saúde e na assistência social (diminui os custos com essas últimas, o que, penso, é o desejo de todos: o bem-estar e a saúde física, psíquica e emocional). Desejo que a crítica de arte tenha mais espaço na imprensa local: isso é importante não só para o público, mas para os artistas e, principalmente, para a formação de plateia mais crítica, mais atuante, o que contribui, inclusive, com a economia da comunidade.
Falando em economia, desejo que Caxias não seja tão alienada ao dinheiro. Ele, sozinho, é só um número. Sou ingênuo? Talvez. Mas que o dinheiro não seja símbolo de status e seja usado mais para a transformação social, para valorizar a arte, na tradição e na vanguarda, o turismo, o desenvolvimento humano.
Que o turismo seja amplamente explorado, não só nos já conhecidos pontos de visitação. Que haja mais integração entre a cidade e seu interior: nossos distritos sejam nosso forte, com nossas vinícolas, nossa gastronomia, nossa paisagem ímpar, as peculiaridades do colono e do agricultor familiar, que devem ser valorizados, nossas raízes, a hospitalidade. Que a Festa da Uva não seja só uma festa que dura cerca de duas semanas, a cada dois anos. Isso pode começar com uma iluminação noturna dos letreiros “Festa da Uva” nos pavilhões. Essa iluminação no monumento Cristo Terceiro Milênio também é fundamental – afinal, é obra de Bruno Segalla, um dos nossos maiores artistas. Aliás, que o Instituto Bruno Segalla seja definitivamente visto como um trunfo artístico, turístico e econômico, como a Fundação Iberê Camargo (em Porto Alegre). Que a Maesa saia do papel e sirva à cidade, não ao Poder Público (aliás, até este deveria ser a sociedade, não políticos a brigar por Poder).
Mais amplamente: que o emprego seja retomado, a educação não seja vista como mercadoria, que no trânsito haja mais bom-senso; mais parques sejam cultivados, menos árvores sejam derrubadas, mais árvores sejam plantadas; eventos com Mississippi Delta Blues Festival, Caxias em Cena e Caxias em Movimento sejam mantidos e ampliados; que nossa Companhia Municipal de Dança, uma das únicas do país, seja produto de exportação. Que os empresários incentivem a arte. Que a cidade valorize também o caxiense, e não só o que vem de fora. Isso e muito mais. Será idealismo?
Guilherme Reolon de Oliveira
Mtb 15.241
Então...................
sei de meus talentos ............e de minhas responsabilidades.............sou.....o que eu mesma nomeio ÉTICA!!!!!......estudei e li o bastante para saber que EU SOU!!!!!....
também sei que horrendos e podres usaram meus talentos..........e continuam usando..........com a anuência de quem deveria me proteger...........e, por extensão, a meu filho e animais...........além de meus pais (in memoriam) e meus irmãos...............
apesar de eu tê-los procurado há anos para nos proteger.............e ter obtido deles textos ASSINADOS de que nos pagariam, devolveriam, ressarciriam, reconheceriam e diriam a verdade sobre todos os fatos..................e erros cometidos........
bem, de minha parte sempre cumpri com o que minha consciência dita..............e o respeito ético que devo aos meus...............
inclusive....e aqui vem o de que se trata neste momento..................apresentei "n" projetos......inclusive acadêmicos..............para providências quanto ao futuro da humanidade..............e, especialmente a falta de empregos................quanto ao trabalho disponível............etc....
bem...............Hanna Arendt já discorria sobre a necessária vinculação do homem a seu modo de habitar o planeta.............necessariamente a AÇÃO...............o TRABALHO.............
claro que os poucos que realmente entendem...ou querem entender o que Hanna escreveu.....
ninguém é feliz .................sem produzir............sem TRABALHAR.............
claro que aqui digo de trabalho específico............vinculado aos talentos...........semelhante à parábola dos talentos..................exposta e discutida (sem sempre de forma correta, inclusive por teólogos podres e incapazes)...em diversos ambientes.......acadêmicos ou não.............
e não é que seguidores...............podres e desonestos que nos roubam...........roubaram e seguem torturando......
não querem retroceder e buscar o que a ética já apregoava há muuuuuuuuuuuuuuuuito.............
estamos entrando em uma crise sem precedentes...............e os dados.....obviamente.............não são os divulgados oficialmente.................por quaisquer governos e/ou partidos políticos que os apregoam............
aliado a falta de empregos formais ou não...............temos ainda............os podres que sugerem empregos vinculados às tecnologias................
vejam....................para que tenhamos as capacitações necessárias para efetivamente não sermos escravos.................das tecnologias..............e de seus mentores podres (vide tudo o que fazem - vendas de apps, para isso e aquilo, hackeagens, bem ou mal feitas, invasões, roubo de dados,etc...)....deveríamos ter altos (digo mesmo ALTOS) conhecimentos de programação, de linguagens de máquina, de algoritmos,.......e por aí afora..............o que estamos longe de ter.............mesmo os ma is ricos do mundo....................usando e obtendo das tecnologias...........na maior parte das vezes de forma ilícita...............
porque ............para ser ÉTICO no quesito tecnologias.............também precisa de mais conhecimento.............. e não simplesmente ser um SIMULADOR de outros recursos................aqui sim..............SIMULACRO podre..................já antevisto por Platão.................a.C..............
então.............recessão.............falta de emprego..............e não venham com a conversa fiada de que ócio é bom.................só os vagabundos.............e sem talento..............pensam em viver de ócio............o que decerto é um morrer......................que o digam os muitos doentes.............por, após anos de trabalho, viverem uma aposentadoria desgastante e doente............e, pior, sem recursos suficientes para sua subsistência!!!!!!!!!!!!!!!!...................
VERA MARTA REOLON
sempre apenas EU!!!!!!!!!!!!!!!!!!
(também publicado em meu blog pessoal)
então...............
chegamos ao final de mais um ano...................
e o que vemos??????
a correria de sempre.............atrás de resolver problemas antes do final do ano...........para, supersticiosamente ou não, começar um ano novo de forma "zerada"...........com "penduricalhos"...............claro que todos buscamos............sem nem sempre conseguirmos..............
talvez os prefeitos também...............
mas, geeeeeeeeeeeeeeeeeeentem!!!!!!........
que é isso???????
ruas esburacadas..............por todo canto...............num momento tenso para as pessoas............pelas razões expostas acima............ inclusive..............
trabalhadores.............atrapalhando essas pessoas atarefadas com suas questões...............
será que não poderiam deixar estas tarefas............até para serem realizadas com mais precisão...............para janeiro.............quando grande parte da população está no litoral..............em merecidos.............ou não.........descanso............e as cidades estão mais "disponíveis" para o trabalho necessário de reposição de condições de transitabilidade????????????????????
VERA MARTA REOLON
MtB 16.069
Caro IBS, neste mês completas 13 anos de atividades. Aliás, foi com tua instauração que pensei (acho que outros também pensaram) que Caxias estava mudando: passando de um estado de letargia cultural para um patamar de reconhecimento dos seus artistas, dando visibilidade às produções locais. Será que me enganei, e continuamos a reconhecer e premiar apenas empresários e seus feitos monetários?
Eu sei, tu nasceste de um esforço grande de teus fundadores. Está lá, em tua ata de fundação de 27 de setembro de 2005. No aniversário de teus 10 anos, toda a equipe comemorou, afinal tu estavas contribuindo com a comunidade, sendo um agente de transformação e inclusão cultural, o que só foi possível com a perseverança e persistência de alguns, o apoio e a colaboração de outros para a realização de projetos e ações educativas. Tu estavas em uma nova casa – e isso, eu acho, parecia maravilhoso, afinal uma universidade estava te acolhendo (mas acolher é um ato de extrema e infindável responsabilidade, não concordas?).
A tua existência é de uma importância sem igual, pois divulgas a obra de um artista, marcada por sua posição política, que contribuiu para a construção de nossa identidade. O Bruno Segalla (1922-2001) foi gravador da Maesa (aquela empresa cujo complexo predial está abandonado, sabe?), desenvolveu milhares de medalhas comemorativas e religiosas, além de condecorações. Meu avô, Genuíno Guilherme Reolon (outro “esquecido” pela cidade), estava bem perto dele, trabalhavam juntos no mesmo setor – um setor que era considerado o artístico da Eberle. Além disso, Bruno deixou uma obra extensa (foram seis décadas de produção) de centenas de esculturas em cerâmica, madeira e bronze, escreveu frases com até 135 letras em cabeças de alfinetes e importantes monumentos públicos em Caxias são de sua autoria. Sabe, as pessoas nem sabem, mas no saguão da Casa da Cultura tem obra dele, assim como bem em frente a ela, na praça Dante. Claro, até no Palácio Piratini. Mas a que considero sua obra-prima é essa mesma que eu disse estar na praça: é um monumento à Gigia Bandeira, uma mulher funileira, à frente de seu tempo. Com conceito e expressividade únicos, Bruno a intitulou de Instinto Primeiro, o que por si só já é belo e singular. Essa escultura talvez seja símbolo de nossas mães – as matronas? – que com um amoroso Olhar nos constituem sujeitos.
Em 2015, tu estavas “a todo vapor”: com processo de documentação museológica se modernizando para a salvaguarda do acervo de Bruno, aliado a um programa educativo transformador das novas gerações. Mas outro dia, aquele em que fui te visitar, me decepcionei. Aquelas pessoas que cuidavam de ti e nos recebiam não estavam lá, a exposição era a mesma de um ano atrás. A Prefeitura chamou funcionários cedidos e a universidade te deixou meio abandonado, afinal tu não mereces um corredor como espaço expositivo. As empresas também te abandonaram? A cidade te abandonou? Que este teu aniversário sirva para pensarmos no que fizemos contigo – isso reflete uma Caxias que trabalha muito, constrói prédios e valoriza o que e quem é de fora. Sabe, eu sonho com um dia em que estarás numa casa de destaque – sabe aquela em que os Eberle residiam, na Sinimbu? – e que serás fonte de turismo. Será que é possível?
AINDA: que tal dar uma iluminada em uma de suas principais obras??. Bem que o Cristo Terceiro Milênio merece umas lâmpadas que o iluminem à noite e o vejam de longe, não é mesmo???
Guilherme Reolon de Oliveira
Mtb 15.241
Aproximando-nos dos Festejos Farroupilhas, que comemoram a Revolução de 1835, cabe novamente questionarmos o que é ser gaúcho, tendo em vista também a figura de Paixão Cortes (nosso eterno Laçador), recém-falecido. Apreciemos ou não o Movimento Tradicionalista Gaúcho, Paixão foi um de seus fundadores. Questionar o que é ser gaúcho é próprio da filosofia (perguntar o que é), da sociologia e da psicologia (já que uma questão de identidade), ou
Gaúchos, inevitavelmente, são identificados como um povo com singularidades e diferenças marcantes. Sul-riograndenses são antes gauchos e, depois, brasileiros, ou seja, em muito nos aproximamos mais de “hermanos” argentinos e uruguaios e menos de uma tropicalidade esfuziante e carnavalesca. O solo e o clima, segundo pesquisadores como o jornalista André Costantin e a psicanalista Vera Reolon, contribuem para a construção identitária. Nesse sentido, o músico Vitor Ramil destaca da importância de uma “estética do frio”, que caracterizaria nossa cultura e definiria o gaúcho (o gaucho, por extensão). O frio produziria uma metáfora definidora porque toca a todos os sul-riograndenses em sua heterogeneidade, um povo de serra e pampa, de indígenas nativos e imigrantes, rural e urbano, de neve e minuano.
O Rio Grande do Sul é uma importante zona de fronteira, tem forte presença do imigrante europeu (principalmente alemão e italiano), ao mesmo tempo que tem um clima de estações bem definidas e um passado de guerras. Antecipamo-nos em ser uma república, durante a vigência do regime monarquista no país. Ramil elencou sete características para sua “estética do frio”, que nos identificaria: melancolia, leveza, clareza, rigor, concisão, pureza e profundidade. Associando os valores republicanos, presentes também em nossa bandeira – liberdade, igualdade e humanidade – com tais características, talvez consigamos chegar perto de uma resposta para nossa questão. Afinal, como nos enxergamos e como os outros nos vêem? Pensar sobre nossa identidade – o que somos – é um importante passo para pensarmos também no que desejamos – enquanto indivíduos e enquanto sociedade. Até mesmo nas lutas diárias, como disse o Coordenador da 25ª Região Tradicionalista, Sr. José Enor Andrade de Oliveira, no discurso de abertura dos festejos farroupilhas.
Lembremos: as eleições estão chegando. Que a Semana Farroupilha sirva para tais reflexões, inclusive para que o MTG esteja alinhado aos valores necessários no século XXI, tais como a valorização da diversidade.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
Sábado, 15 de setembro de 2018
SEMANA FARROUPILHA!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Quem somos, o que sabemos de nós?????............
pois é!...........
alguns de nós que buscamos respostas para as perguntas acima.......gastamos anos de análise pessoal em busca do que chamamos de nosso Desejo!!!!!!!!!.............
outros de nós............preocupados com o que nos define...........saímos em busca de algo que nos identifique.............
IDENTIFICAÇÃO................
os gaúchos..........assim mesmo............gaúchos...aqui não falamos de gauchos...........porque gauchos são brasileiros sul-riograndenses, argentinos, uruguaios, paraguaios........
mas.............gaúchos...........sul-riograndenses.............buscamos, mais do que, atentos aos movimentos tradicionalistas (que alguns propõem - com alguma correção, diga-se- ser uma figura imagética criada)...........uma identidade.........o que nos define e nos diferencia como povo do sul deste Brasil..........
e, creio eu...........o que nos dá uma indicação mais precisa desta busca.............é as comemorações do que foi a Revolução Farroupilha................uma luta que durou muito,levou gente de todas as raças...........a defender o que julgaram ser um território diferenciado do resto do Brasil..............um território de gente que precisava de algo que os representasse de forma diferenciada..............porque diferentes eram...........
anos de história a separa-nos daqueles bravos..............
mas......ainda comemoramos sua saga..............
e..........surpresa...........fomos às comemorações, abertura da Semana Farroupilha em Caxias do Sul...........
bela cerimônia...........sem sombra de dúvidas...............bem organizada............(mas, crítica que sou, os microfones poderiam ter sido melhor preparados.........,mas, vamos lá!!!!.....ao que interessa!!!)...
tá certo que já não temos a mesma educação de outros carnavais...........
nas escolas..............há muita defasagem educacional..............
nas casas, nem se fala (afinal é lá que a educação começa..........mas sem educação em casa......como fica, hem??????...............)..............
então........a educação...........aprendia-se que ao ouvirmos o Hino Nacional (símbolo da nação - um dos símbolos - há outros, claro - mas precisamos saber disso!!!!)..............nos levantávamos e , cantando-o ou não, demonstrávamos respeito................
não é............pessoas (podemos chamá-los assim????)...............conversam sem prestar atenção a nada..........(o que fazem lá, então??????)................pessoas conversam, não se levantam..........sem respeito nenhum a qualquer coisa que possa representar..........representá-los, enquanto identidade de um tipo específico de gente que habita uma terra...... um pedaço de terra.............
não aplaudem quando passam...............os cavalariços..............mas..........o que foram fazer aí?????????................
tudo bem que tem gente (?????)...........que pensa ir para a universidade..........para achar homem (???)...........mulher(??????)..............
mas E D U C A Ç Ã O................o que é isso mesmo?????????????............
ficam algumas perguntas:
aos organizadores: - quando põem a tocar os hinos...........que sejam tocados em som muito bom..........e alto............para minimamente animar............até os inanimados.......... e/ou os calar de arruaças!!!!!!!!!!!!..............
para o povo - se não estão a fim de ver e respeitar o ambiente e os outros......... vão fazer o nada e a arruaça.......... em outro lugar.............ao menos respeitem a si e aos que lhe deram alguma educação...........se é que receberam algo............
Cultura Farroupilha...............antes deve-se ter EDUCAÇÃO............e o que eu chamo de ÉTICA!!!!!!!!!!!!........mínima para a VIDA!!!!!!!!!!.............
para o EXECUTIVO da cidade: - POR QUÊ motivo nunca aparece em eventos oficiais..............e só manda representantes.........que nem mesmo.............dizem a que vieram (minimamente o citem????)...........se não queria ser prefeito.........representar seu povo...........POR QUÊ CONCORREU??????????????????................
e, mais um detalhe: -SE QUEREMOS UM PAÍS MELHOR, BONS E JUSTOS GOVERNANTES..........comecemos POR NÓS...............senão o que temos.........e teremos............é exatamente o que nos representa..............os "merdinhas" que sejamos!!!!!!!!!!!!............
ENFIM................
Farroupilhas somos TODOS NÓS..................inclusive eu!!!!!!!!!!!!
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Então.........
Quando escrevi sobre o Lítio e o Silício..........sabia do que falava..........enfim......estudei química, a nível superior.............e, como sei, não sou nada "burrinha"""......
aí, teve até os bobocas que foram colocar capinhas no tais................para que a "radiação".....não os atingisse..............
cruuuuuuuzes!!!!!!!
capinhas barram radiação??????............
capinhas são para proteger o sujeito....ou para não estragar o aparelho do idiota????
indústrias de telefonia a parte............que estamos processando ......e querem nos atacar...........bem.........aí......criam um "exército" de podres "seguidores"..........
mas..........que o lítio e o silício fazem estragos....lá isso fazem..........
uma quase se queimou toda...........carregando a bateria do celular e largando-a.........não é queimou tudo????............e quase queimou a casa da tal...........dizem os jornais...........
além dos que perdem emprego........porque, em tempos de crise de emprego (que também denunciei na universidade, inclusive, e ninguém fez nada...........porque inventaram que não havia desemprego.........e tais.........).......em tempos de crise de emprego..........ficam "pendurados" nos aparelhos............e não trabalham.........pasme-se!!!!!!!!!...........(o que também já tínhamos denunciado..........conversando entre nós..........e os bisbilhoteiros assassinos.........torturadores...........a ...sabe-se lá!!!!!!!!!)..
mas.............o pior de tudo.........roubos de placas nos espaços e bens públicos.........
já tinham roubado placas em cemitérios..........
mas a placa da Gigia Bandeira...........para mim............um possível e passível símbolo da cidade.................lá isso é o caos..................
e a LEI hem????????????...............
até de "lei"..........alguns entendem............. mas........enfim......
a JUSTIÇA............cadê?????????................
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Pois é................
Lá pelo ano de 2006....um colega Promotor Público do Ministério Público Estadual de Porto Alegre, responsável pela área de meio ambiente...........vinha a nós no PPG com um problema.............
O Pontal.............na beira do Guaíba.......estava a ser "privatizado".....para construção de arranha-céus............
todo mundo reclamou e ..............saiu um plebiscito público...........que nos deu a certeza de que aquilo não seria privatizado............menos ainda dado a iniciativa privada para construções...... digamos assim..................que só beneficiem alguns...........
então............hoje............mais de dez anos depois................nada mais foi feito lá...........mas ....as discussões também cessaram...........
"revitalizaram" a área do Gasômetro...............derrubaram árvores centenárias..........."tascaram" cimento em tudo...............nada de sombra nos verões do "forno alegre".............
e, agora.............não é que anunciam construções e "construtoras" no Pontal???????..........
no mínimo............se o plebiscito está "vencido"................deveriam refazê-lo............não é mesmo??????
E AGORA...............O MAIS ABSURDO DE TODOS.................
NÃO É QUE (PARECE!!!......notícia meio....fofoca.........ou não!!!)..............PARECE QUE PRETENDEM DEMOLIR UMA FLORESTA NATIVA..............EM IPANEMA............AO LADO DO CPG ( CLUBE DO P R O F E S S O R!!!!!!!!......
PARA CONSTRUIR PRÉDIOS...............DE 10..........DEZ........ANDARES???????????
MAS..............QUEM É O PREFEITO DESTA CIDADE ( POA)..........QUE PROMETEU GESTÃO INOVADORA (PARECE QUE ESTE É O MOTE......EM CAMPANHAS ATUALMENTE!!!!).................................QUE NÃO FAZ NADA???????
E EM CAMPANHAS AINDA ENCHEM A BOCA PARA FALAR DE.......
E D U C A Ç Ã O???????........
MAS, DE QUE EDUCAÇÃO FALAM MESMO??????... claro que depois de eleitos..........a coitada da educação volta para os moldes da sua própria educação....................tão rasa!!!!!!!!
OU SERÁ QUE É O TAL...............QUE FAZ ISSO AÍ??:??????.......
DAÍ NÃO DÁ............NÃO É MESMO????????????????
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Terça-feira, 07 de agosto de 2018
Obviamente não sou contra as tecnologias.
Certamente devo ser responsável por um séquito de seguidores em uso de tecnologias na Terra.......e não sou de fugir de minhas responsabilidades......
e quando digo de minhas responsabilidades.......não sou responsável pelo horror que fizeram....e jamais o serei........
bem que faço tudo para dissuadir podres do horror que praticam..........mas, sabe-se que podres....são podres....
as tecnologias são o que devem ser...... FERRAMENTAS........e não fim para qualquer coisa...........
vide.....Imperativo de Kant............que, também mal entendido.............. .e lido.....por ignorantes.............foi e é utilizado à revelia.................o que o homem dizia..........era não usar o outro como meio para nada............apenas como fim em si mesmo.............e olha o que fizeram............fizeram uma "ética" sem ética...........para a maioria.....que o cara jamais disse......
depois que se entra nas tecnologias (e elas começaram, não com a internet....é óbvio.......como desavisados pensam crer..............mas lá pelos anos 50, do século 20, com a descoberta do Lítio...............e seu uso indiscriminado e irresponsável................por podres de toda desordem!)....
bem.....quando digo disso...........digo do caos que no Brasil se tem feito com as tecnologias....especialmente na área da educação............
enquanto em países como a França...........que está a proibir o uso de celulares, mesmo desligados, em sala de aula............
ou os Estados Unidos......especialmente os grandes (?) da Zona do Silício.............que querem que seus filhos estudem em escolas tradicionais.............leia-se.....sem o uso de tecnologias...........mas com professores capazes.............
no Brasil.....só ouvimos falar em escolas, universidades e, pasme-se, agora, PPG's (Programas de Pós- Graduação) em EAD (Educação a Distância).....
é óbvio que aqui não se fala em educação......o termo mesmo............aqui se fala em ganhos econômicos................porque cobram.........e muito...........ou pouco (para obter números de alunos)............e se pratica a chamada educação............muiiiiiiiiiiiiito pouco..............
e os órgãos que deveriam fiscalizar.................se isentam e deixam "andar".....sem sequer observá-los na implantação..................
e olhe que já trabalhei com recursos de EAD.............e posso dizer de "cadeira"...............que, se usarmos o EAD como se deve..................o curso fica é bem mais CARO!!!!!!!!!!!!.......
os professores.............devem ser professores mais do que especiais..............e não apenas tutores a tutorearem.......... (para usar um termo que gostam bastante - para não pagar o salário tabelado de professores) os aluninhos (assim mesmo..................irônico como deve ser!)....
Vera Marta Reolon
MTb 16.069
Caxias está sediando a 30ª Bienal Brasileira da Arte Fotográfica em Preto e Branco. Cabe frisar: Bienal Brasileira! Isso não é pouco! Uma das autoridades presentes na abertura do evento lembrou que a cidade já foi, em 2008, Capital Brasileira da Cultura. Mas esquecemos disso: espetáculos e exposições ainda ficam vazios, enquanto a população reclama que “aqui nada acontece”. Acontece, só que quase ninguém se interessa em dar uma “passada”, por exemplo, no Ordovás e na Galeria Gerd Borheim, onde todo mês há exposições novas, ou no Teatro Pedro Parenti – e só olhar a programação, quase todos os dias há o que fazer!
Enquanto isso, talvez um dos nossos maiores patrimônios artísticos, o Instituto Bruno Segalla, está “às moscas”. Digo nosso, pois a Prefeitura firmou convênio, recentemente “desfeito”, com a instituição, e por esta ser uma OSCIP, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. Ainda assim, a abandonamos. A Prefeitura solicitou o retorno de seus servidores cedidos ao IBS. Está no seu direito, já que ela é que paga seus salários e está com necessidades de Recursos Humanos a serem sanadas. Mas e o IBS? O Instituto, que detém, em comodato, todo o acervo de esculturas, numismático, de desenhos e bibliográfico de Bruno Segalla, artista criador de nossos maiores monumentos – dentre eles, o Instinto Primeiro e o Jesus Terceiro Milênio – e cujo olhar estético ia muito além de uma representação realista de grandes figuras de nossa sociedade. Fui ao IBS outro dia: chegando lá, não havia ninguém que nos recebesse. O Campus 8 da UCS fez bem em acolher o IBS, é a “Cidade das Artes”. Mas designou um corredor como espaço expositivo, o que é um absurdo e um descaso.
Nosso AMARP – o Acervo Municipal de Artes Plásticas – também merece mais atenção do Executivo e de seus subordinados (enfim, uma só pessoa não pode estar em todos os lugares), ele merece muito mais: lembremos do que foi feito com o acervo das Pinacotecas Aldo Locatelli e Rubem Berta, em Porto Alegre. Um acervo plenamente catalogado, ou seja, disponível além de sua exposição física, contemplada em casas tombadas pelo Patrimônio Histórico.
Já que Caxias não se preocupou com a preservação da Chácara dos Eberle – não digo apenas da casa, sufocada que está em meio a prédios de extensa estatura, mas de todo o seu complexo, um oásis ecológico, hoje só presente nas últimas cenas do filme O Quatrilho –, atentemos para a sede social do clube Guarany, assumido pelo Recreio da Juventude, e para o complexo da MAESA. O empresariado da cidade, com seu polo industrial, alardeado como o maior, senão um dos maiores do país, tem a obrigação de olhar para esses espaços, não só por meio de incentivos fiscais (utilizados só em fundações e institutos particulares?), como lugares que abriguem o IBS e o AMARP, com galerias de artes visuais, teatros e salas de dança e música, como está sendo feito o Multipalco do Theatro São Pedro, também em Porto Alegre.
Os espaços que temos estão sendo bem utilizados. Mas Caxias tem muito potencial a ser visibilizado. Ainda mais se quisermos tornar a cidade mais atrativa, não só para nós, mas para o turista.
Voltando ao início: cabe visitar a Bienal, lá estão 150 belas fotografias, escolhidas dentre 1.700, recebidas de todo o país. É isso aí!.
Guilherme Reolon de Oliveira
Mtb 15.241
Há um tempo já...pensava eu em escrever sobre o tal do POLITICAMENTE CORRETO........
Em meu doutorado, já houve até quem me acusasse de "aliciar" coordenador de PPG sobre este tema.............
vejam só............logo eu que jamais tive tal interesse..............e jamais pensei em aliciar quem quer que fosse a ideias que eu desenvolva, sem que isso faça parte de seu ser.............jamais uma imposição..........sobre ideias............e/ou roubalheiras...........
mas, houve quem seguisse a tal idiota..............sem qualquer micro noção de pesquisadora............e/ou de ética................
mas............vamos lá.............
hoje,.................quando JUIZES...............que deveriam ser absolutamente ÉTICOS e CORRETOS................
a correção da JUSTIÇA..............diga-se..................
mas..............em frente a câmeras de TV e outros...............aparentam ser ...........bons.........dignos.............corretos.................seguidores...............do que um dia convencionamos como JUSTIÇA.........
nem sempre........... nem mesmo a JUSTIÇA de RAWLS.................
bem............ todos sabem das notícias..............também não tão honestas assim...........
sabemos que mesmo jornalistas.....nacionais e internacionais...................são o que convencionou como "falcatruas"......................
leia-se o que jornalistas se calavam..... .comprados............com os assédios nos EUA......imperialistas ou não..............
bem............
alunos da Griffith University, realizam anualmente concurso para cunhar e definir termos comumente usados........
escolheram POLITICAMENTE CORRETO.........
que.....assim ficou definido.........ganhando o tal concurso (besta, diga-se de passagem!):
"é uma doutrina, sustentada por uma minoria iludida e sem lógica, que foi rapidamente promovida pelos meios de comunicação e que sustenta a ideia de que é inteiramente possível pegar um pedaço de merda pelo lado limpo"..............
não é tudo o que EU diria sobre isso...........nem tampouco o que realmente penso sobre o tal ponto..................mas que faz pensar minimamente...........lá isso faz!!!!!!!
podre quando quer subverter seu mau-caratismo, o nomeia de "politicamente correto"!...
mas tem podre que tenta "brincar" a respeito de sua podridão (disfarce para a perversão!)...
e há até os que perversamente fingem que não o são....... podres!......
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Indo na contramão dos pedantes, cada vez mais dou-me conta de que a melhor forma demonstrar a sabedoria que se possui (se a temos!) é de forma muito simples.
Se realmente sabemos algo....podemos dizê-lo (escrevê-lo) de forma simples....como um discurso comum.
Assim....
Ultimamente, de forma atroz, observamos pessoas com dinheiro (e sem vontade de trabalhar,.....quiçá sem talentos para desenvolver) e que procuram por esse ou aquele para seguir com um negócio qualquer............
.
pois bem........
só que os débeis que assumem tais negócios também só querem lucros ( como os tais "investidores ") e ninguém tem o talento necessário para seguir o "negócio", sequer vontade de trabalhar nele....
quem perde com isso?????
TODOS!!!!!!
o cliente não tem sequer o serviço prestado de forma minimamente adequada.....
o investidor..........bem, esse quer seu dinheirinho e o lucro fica reduzido....amas, sei lá se ele se importa tanto..........
o administrador????...........esse vai perder clientes e negócios.........se os investidores não forem tão débeis assim!!!!!!!!!!!!
mas.............isso tudo aí..........jamais foi e jamais será capitalismo............
isso aí é "canalhismo" (termo cunhado e usado por mim!!! - cuidado com o uso do que é dos outros , sem qualquer autorização e reconhecimento - pode dar muiiiiiiito problema!!!!)...
esse (o capitalismo - o outro não tem talento nenhum - é só coisa de ladrão - sem HONRA!) ainda precisa de talentos e desenvolvimento destes talentos pelo detentor dos mesmos!!!!!!!!!!!!
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
E.T.: e os escritos?????
bem.............quem tem tais talentos........sabe colocá-los em prática............e N I N G U É M jamais conseguirá imitá-los................sequer roubar talentos............ÓBVIO!!!!!!!!!!!!
Entende-se, é uma questão cultural da cidade, ainda presa à noção de que o novo é necessário e o antigo é sinônimo de ultrapassado: o novo é progresso e o antigo remete ao passado de miséria e dor. Em outras palavras, derrubar (o velho) e construir (o novo) é reviver nosso mito fundador: deixar o Velho Mundo (a Itália, a pátria-mãe) rumo ao Paese di Cuccagna, território de abundância e aberto a tudo que é novo, logo ao progresso, já que inóspito. Derrubar (árvores) para construir (casas, comércio, prosperidade) transformado em derrubar (construções velhas) para construir (construções novas), aquela necessidade de provar (a si mesmo) que é capaz de autossuperar-se, mostra-se, ao contrário, insustentável e volta-se contra nós mesmos: sem passado e sem história nada somos e, com isso, destruímos a nós mesmos. Sem falar na questão contemporânea da preservação da natureza.
Estranho que um projeto concebido na UCS, o ECIRS, cuja execução e cujo desenvolvimento foi importante para a valorização de nossa história, tenha conseguido um feito memorável em outra cidade (a preservação do centro de Antônio Prado) e, em Caxias do Sul, sua sede, pareça fraco diante de outras forças (apenas econômicas?). Nossa cidade tende a não valorizar o que é seu – pois tudo que é “de fora é melhor”! Outro dia, lendo sobre uma conversa entre Pablo Picasso e Henri Matisse, dois dos maiores artistas da vanguarda do século XX, na qual aquele associava a situação da arte à época ao transcurso da Segunda Guerra Mundial, e pensando em questões como as que mencionei antes, não pude deixar de constatar: também nosso descaso com o que construímos – e deve ser preservado, para ser rememorado – é fonte de nossa s mazelas (e não apenas a “crise”, como se propaga!). O que fazemos com aquele conjunto habitacional tão harmônico com a natureza que era a Chácara dos Eberle e seu entorno, próximo à Prefeitura? O que pensam fazer com a antiga sede campestre do E.C.Juventude, um pulmão para a cidade? E o que dizer da histórica vinícola que será transformada em condomínio? Cabe ressaltar que pesquisa do Departamento de Sociologia da UFRGS apontou que já há imóveis suficientes construídos para todos habitarem, inclusive aqueles que estão nas ruas: para que, então, construir mais? Associado a isso: como nos relacionamos com o Acervo Municipal de Artes Plásticas? Qual o estado de nosso Museu Municipal e o que (apenas) ele preserva?
Importante ação a da UCS em acolher o Instituto Bruno Segalla em seu Campus 8, mas dada a sua condição no ambiente (espaço destinado) isso quase se esvazia. O IBS, por ser talvez nosso maior patrimônio artístico, merece muito mais, assim como o mencionado AMARP, tão ignorado! A Chácara dos Eberle, com seu extinto oásis natural, por exemplo, seria um espaço que deveria ter sido assumido pela Administração Municipal como importante local de arte, para acolher e abrigar nossa arte, como aconteceu com o MARGS, o Santander Cultural e a Casa de Cultura Mário Quintana em Porto Alegre, como está sendo feito com o antigo prédio do Banespa em São Paulo. Os grupos empresariais devem investir em tais iniciativas, fazendo do IBS e do AMARP pontos de referência e visitação, à semelhança do que foi feito com a Fundação Iberê Camargo na Capital do estado. Somos pioneiros e tradicionais em moda e em dança (o curso de Design de Moda da UCS e a Cia Municipal de Dança estão aí para prová-lo) – isso também deve ser preservado, exposto e rememorado de alguma forma, com Memoriais ou algo do gênero. Precisamos urgentemente disso! Temos, ainda, espaços para isso. A antiga Sede Social do Clube Guarany, hoje incorporado pelo Recreio da Juventude, e a MAESA são exemplos disso! Como entoaram os Titãs: “A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”. Caxias precisa respirar arte para ter vida. Não é só desejo, nem vontade, é necessidade!
Guilherme Reolon de Oliveira
Mtb 15.241
Pooooooor favoooooor.....!!!!!!!
O que é HÍBRIDO????
Guilherme já tornou tese isso.............
eu já orientei...............
já falamos disso à exaustão..........
e ainda discursam.............horrores.............o que nada têm de HÌBRIDO??????
híbrido é quando , em uma mistura, jamais, mas JAMAIS.....se identifica uma e outra........
e mais....................o que fica é o melhor de tudo o que se vê..............
misturas.............e mal-feitas.............jamais serão HÍBRIDOS!!!!!!!!!!
Híbrido é ARTE..........mistura.........até deus (o pequeno, claro!) duvida!!!
Vera Marta Reolon
MTb 16.069
Então..................
Pensei que se há algo que possa identificar minha cidade natal............
este algo.............é a estátua....obra de arte de Bruno Segalla...INSTINTO PRIMEIRO...........
é uma "giginha"............retratação de Gigia Bandera...........
quem foi???????????
Foi uma funileira..............em épocas remotas uma mulher.........a fazer tarefas que ...pasme-se.......homens realizavam.........
também foi mãe de Abramo Eberle................
que a cidade de Caxias do Sul jamais reverenciou a importância dessa gente............a importância desta empresa no âmbito empresarial.........de produtos.............de visão empresarial para a cidade??????????/
bem, sabe-se que Caxias não é pródiga em cuidar e reverenciar os seus.............
prefere designar e reconhecer mesmo como intelectuais.............ou ineptos............ou gente de fora..............
mas os seus?????????????
pois é......minha família............eu, meu filho............nos roubam...........não se envergonham e seguem fingindo que nada fazem................
e olha que ouvi de alunos meus e outros.............que "ela é a melhor professora da UFRGS" (sic)..............mas, cadê o reconhecimento ao vivo????.....de todos????
e Bruno Segalla................suas obras...........seu instituto...............seu
"atelier"????????
o Instituto foi assumido pela UCS............mas o espaço ínfimo que lhe destinaram??????????
A empresa que produz as peças reproduzidas????????
Vem sofrendo revesses econômicos e de colocação imensos..........
fazem um trabalho primoroso.........tanto que alguns "metidos a espertos" tiram a marca..........e vendem dizendo que são ...pasme-se......italianos que lhes mandam da Itália;............
enquanto isso.............a cidadezinha??????????
segue em seu "passo de chumbo"............fingindo que não vê..........derrubando prédios............memórias................inclusive dos Eberle.............sem reverenciá-los...........(digo, aos originais, e não aos descendentes................que isso não importa agora!!!)..........sem reconhecê-los........
Até quando??????
Até onde?????
Vera Marta Reolon
MTb 16.069
Nasci em uma cidade do interior do Rio Grande do Sul. Por muitos anos soube de alguns de meus múltiplos talentos e, com relação a outros, permaneci adormecida sem sabê-los, e sendo roubada (assim como minha família nuclear- pai, mãe, irmãos – além da família que constituí – PASME-SE!!!), até que acordada por anjos ou por mim mesma, passei a espalhá-los falando, discursando , com uso das tecnologias ou não.
Muitos entenderam com isso que poderiam roubar-nos mais ou avançarem sobre nossos talentos de forma acintosa, odiosa e perversa, conforme já havia eu sinalizado sobre a sociedade em minha tese de doutorado, amparada pelo pensamento e escrita de Derridà, entre outros.
Os roubos passaram a ser intercontinentais, com podres de todas as desordens, inclusive fazendo-se de “éticos” (PASME-SE!) e de “politicamente corretos”. Perversão e psicose mudou de nome!.
“Parentelas” que nem sequer sabiam que eu existia, outros (os mesmos e mais) que viravam a cara para meus pais, eu e meus irmãos, desde crianças, passaram a roubar e ajudar podres a se tornarem poderosos (sem poder- só o da paranoia – claro!).
Fui contratada em educação (é o que acredito que pode mudar o mundo – e apenas através dela – mas a educação pela ética – a única verdadeira) não a dos falsos que, roubando, sem ter sequer a educação familiar (obviamente) passaram a entrar nas academias (a de Platão – não a de ginástica - como débeis entenderam) e se fazerem doutores.
Vimos denunciando, meu filho e eu, desde 2010, à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal, quando entramos com processos contra ,inclusive, governos. Processos correm em segredo de justiça, mas de forma lenta, porque há ladrões por todo canto, e sempre há/houve- governos que tentam calar a justiça e que ela se faça, inclusive colocando seus marginas a invadirem nossa privacidade com armas letais tecnológicas, que mataram inclusive o animalzinho mais lindo já visto na Terra (verdadeiro anjo de Deus – já o diria São Francisco – mas não seus falsos e ladrões seguidores que, inclusive usando crianças- daí colocarmos restrição para entrar nos blog’s - , invadem nossa privacidade e criam projetos para roubar-nos e angariarem votos de uma sociedade que apodrece com eles). Ladrões que, diga-se, e tenho provas documentais disso (por isso juízes não nos chamam face a face e trancaram bens para bisbilhotar, para não terem de julgar com correção), roubam desde que meus pais eram jovens, quiçá desde que nasceram.
Voltamos para nossa cidade natal, por força imposta, e não menos invasiva, e realizamos parte de nossos talentos como Críticos de Arte, (que mais poderíamos fazer? – já que ladrões invadindo privacidade dia e noite a cada manhã que acordamos e não morremos com a tortura – com ares de Forças Armadas – inclusive com armas fabricadas lá! – usada choram e berram de raiva).
Fazendo crítica, alguns querendo nossos elogios, para usar nossos escritos, quiçá até como seus – tão bondosos e sábios! – reclamam até da verdade?.
Mas como esperam evoluir?. Ouvindo só o que querem a lhes adular.
Será que querem evolução?
Falei/escrevi (meu escrito é minha fala – minha linguagem é única – porque é minha, e de mais ninguém – jamais!!! – nem com roubos e tortura) sobre invasão de águas profundas – acharam de ganhar dinheiro com isso e não como aviso ao cuidado com as águas!.
Escrevi sobre educação – amor – paz – usaram os escritos ( com INVEJA – o pior dos horrores inumanos) para roubar, torturar, matar, criar horror!.
Falamos e na invasão de privacidade, roubaram, que os restaurantes de nossa cidade natal, que apodreceu corruptamente, serviam bem e com fartura. Qual não é nossa surpresa quando, ao voltar a um, por acaso, o mesmo perdeu tudo de que falávamos – infelizmente!.
Se eu acreditasse em demônios diria que o Anti-Cristo está andando pelas ruas, céus (não O Céu!) e mais do Universo terráqueo.
Como professora ouvi de alunos que era a melhor professora da Universidade, os invejosos docentes que se dizem pesquisadores afastaram e mandaram “bolsistas” induzidos a perseguir com contas de telefonias para lhes fornecer dados de roubos (não de pesquisas como aventam dizer!).
Alunos seguem dizendo que não há como esquecer minhas aulas. Pergunto: Até quando a justiça não se dará?
E.T.:
1. E olha que enquanto escrevo e invadem nossa privacidade (para ver inclusive o que escrevo) ainda invejosamente berram e dizem as palavras de ordem da podridão (gravações com instrumentos das Forças Armadas).
2. E olha que ainda pensam usar o método paranóico-crítico de Dali, sem lê-lo – daí não entendem, claro!- são débeis como já sinalizei, porque a paranoia, inclusive segundo Lacan e quem estuda de verdade, é atenta ao poder , jogos de poder, a necessidade de poder que os ostentam e está na PSICOSE, outro tema de uma de minhas teses de doutorado!.
3. O que será que um Procurador da República ficou fazendo com toda sua Força-Tarefa (tenho documentos dele para provar o que digo!) um ano inteiro só no nosso caso em cidade do interior?.!!!
Descobriu e nada fez, ou passou a roubar também?.
4. E os demais – roubam também ou buscam a Justiça? .
5. A JUSTIÇA está para a LEI, assim como a ÈTICA está para a MORAL (também parte de uma de minhas teses). JUSTIÇA e ÈTICA são a busca constante, ou deveriam ser, de todo que se diz, ou quer ser HUMANO?. (o que não exclui para mim qualquer ser que possa ter VIDA!).
6. Se Procuradores Federais e Policiais Federais assumem que há uma “louca”, torturadora, assassina, a nos perseguir, e roubar, porque em um país hipoteticamente democrático e que “segue” leis e Constituição não a prendem e a param?????????.
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
É interessante observar que, basta ter me afastado temporariamente de minha cidade natal (por, em torno de 10 anos), isso que vínhamos para cá, ao menos uma vez por semana. Mas parece que a Cultura toda "pirou"...
Boate para dançar???
O som é horrível.... só bate /bate.....e som que dê vontade de dançar nada!!!!!
É preciso ter gente com algum discernimento para construir os locais e dar maior acuidade sonora aos ambientes....caso contrário teremos zumbis batendo-se e nada de dança!!!
Vamos ao cinema e, filme POLONÊS, com legenda impossível de ler.....aí não dá, não é mesmo????
Quando se diz e se ouve por aí que nesta região do Estado só para comer.....aí????
Mas e VIDA, hem????
Enquanto isso....derrubam árvores, matam (ou mandam vai saber para onde) pombos....
Se uma árvore está DOENTE precisa ser tratada e não cortada e morta.
Será que não tem nenhum biólogo na cidade capaz disso?????
De Humano......?????..........cadê????............perderam a noção!!!!
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Causa espanto não só a afirmação de um padre, como a atitude de ao menos duas paróquias de nossa cidade, ao derrubarem árvores para construção de estacionamentos e, ainda pior, declararem que aquelas serão substituídas. O espanto se transforma em horror quando uns ainda posam de ambientalistas e se prostram “amigos” em ONG’s, se autodenominam seguidores dos ensinamentos de São Francisco de Assis, mas dão mais valor a espaços abertos para automóveis em detrimento de seres vivos.
Talvez, quando alguns passaram pelos bancos escolares, a ecologia ainda não era ensinada, mas duvido que seus professores não tenham mencionado que vegetais constituem um dos reinos dos seres vivos. Nessa lógica, árvores não são objetos inanimados, até descartáveis, substituíveis. Por isso meu espanto: “elas serão substituídas”? Mata-se um pois outro é colocado em seu lugar? Tal pensamento vindo de membro da igreja, mesmo depois da encíclica ambientalista do papa, sem contar o episódio dos pombos: quando não sabemos lidar com o outro, o isolamos e o marginalizamos, quando não o roubamos e mandamos para a margem.
O corte de árvores é prática constante na cidade, não importando o partido do prefeito. A ideologia, nesse caso, parece ser só uma: a árvore atrapalha, corte-a; a árvore está supostamente apodrecida, derrube-a. Não bastasse a política do asfaltamento, quando não da colocação de cimento na via de trânsito. A terra, com isso, não respira e não recebe água. Sofremos com o aquecimento global. E seguimos ligando nossos condicionadores de ar.
Não basta defender direitos humanos e das minorias. Não basta defender ciclovias e energias alternativas. O paradigma de “derrubar para crescer”, no qual nossa cidade se alicerçou desde sua constituição, embora tenha promovido o progresso (?), já foi superado. O patrimônio histórico foi esquecido. É hora de pensarmos em novas formas de convivência, a partir de paradigmas condizentes com a sustentabilidade – não só ambiental, como social e psíquica, tal qual o proposto pelo pensador Félix Guatarri, em As Três Ecologias. Ou, então, caímos nas armadilhas de substituir não só árvores, mas qualquer tipo de vida, mesmo a humana.
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
O QUE DE FATO É CULTURA?????
É uma pergunta capciosa.....
No senso comum (e todos pensam que é no " cult")......cultura é o que se adquire nas academias (não de ginástica, mas a de Platão......a Universidade!)..........Ter cultura seria então portar um saber acadêmico, saber coisas que ninguém sabe.....ter "inteligência" adquirida com leituras, etc....
Mas cultura é muito mais do que isso........
O analfabeto tem cultura....todos têm cultura.......
Cultura pode ser algo que caracteriza uma coletividade........... como a forma de fazer um objeto, para uso, a forma como se prepara uma refeição, como se realiza determinada atividade, arte, o que for....
Cultura também pode designar uma individualidade......o que diferencia aquele ser de outros....dir-se-ia, então, que o sujeito porta uma cultura que é só sua......
Pois digo tudo isso........porque observo que nas artes não temos um diferencial cultural......não o portamos.......
As plateias que vemos em peças teatrais não são as mesmas que vemos em apresentações de dança....
Por quê isso ocorre?????
Porque NÃO TEMOS UM PÚBLICO CULTO............que valoriza a CULTURA......
O que temos, provavelmente, é um público que frequenta esses ambientes por outras razões.......mas não por estar em busca de aculturar-se mais em todos os ramos possíveis e passíveis de VIDA......
URGE QUE tenhamos mais prazer em ver espetáculos, antes que a arte morra de vez!!!!
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Nosso mundo está bem complicadinho.............
Até cuidam do ambiente..............naquelas............para ...inclusive.,......parecer politicamente correto..........ergh.................!!!!!!!!!...............
então.............até têm evitado derrubar árvores.........dá multa............tem de plantar outra.........
agora me diz............se alguém morre............um ser vivo outro..........podemos substituir o tal.....por outro????????????
em quê mundo?????????????........
mas............o que importa mais.............
COMO É QUE NINGUÉM..............N I N G U É M ................VÊ.......QUE ESTÃO TIRANDO AS CASCAS DAS ÁRVORES.............provavelmente para fazer enfeitinhos cá e lá.............e ganhar algum............................
que horror!!!!!!!!!!!!!.........
e.....ainda.......quando fazem calçadas............de preferência deve-se deixar espaço para que a árvore espalhe suas raizes..................ou possa fazê-lo............ou não???????????????
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
FICAMOS NOS PERGUNTANDO:
COM TANTAS COMPANHIAS DE DANÇA.............AS FESTAS........
E TANTA GENTE PRECISANDO DE "ESPIRITO DE NATAL".........
POR QUÊ NINGUÉM ENCENA O QUEBRA-NOZES DE TCHAIKOVSKY.........O ORIGINAL.........SEM IMITAÇÕES............NEM ADAPTAÇÕES??????
Vera Marta Reolon
MTb 16.069
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
Pouca coisa.........que não é tão pouca assim.......só para não perder o hábito!!!!!!!!!!!!
É IMPRESSIONANTE.............o quanto todos reclamam que não há verba para a cultura...........
O PIOR É QUE ,VÊ-SE CADA VEZ MAIS ,...........ESPETÁCULOS MUUUUUUUUUUITO RUINS...........E PASME-SE............FINANCIADOS 100% POR FUNDOS COM DINHEIRO PÚBLICO................CADÊ???????
E OS RESTAURANTES??????
PARA FAZER UM EXCELENTE MACARRÃO...............NÃO SE GASTA ......COM INGREDIENTES DE PRIMEIRA..............MAIS DE R$ 15,00...R$ 20,00;.........
MAS, SE FOR NO RESTAURANTE..........MEDIANO............GASTA-SE, NO MÍNIMO......R$ 70,00..............E AINDA COM POUQUÍSSIMA COMIDA..................ISSO É UM DESASTRE, VERDADEIRO!!!!!!!!!!!!!!!!!
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
Questões Acadêmicas...........
DUAS QUESTÕES ACADÊMICAS:
PRIMEIRO: ACADEMIA aqui é a ACADEMIA inicialmente GREGA, FUNDADA POR PLATÃO.....o que nos nossos dias querem chamar a UNIVERSIDADE (conjunto de faculdades - ensino + pesquisa ACADÊMICA - diferente de pesquisa farmacêutica e outras!!!!!)...logo, nada tem a ver com a ACADEMIA DE GINÁSTICA, etc....
- Quando comentei que o tal senhor deveria ENSINAR a ORIENTAR........NÃO dizia que ele deveria ser humilhado.....
COMO VÃO FORÇAR ALGUÉM QUE JÁ FOI VICE-REITOR.....implantador de projetos básicos na universidade.....reorganizador de processos.......a submeter-se a uma SELEÇÃO....mesmo que fictícia....é óbvio..............e exigir que leve comprovantes........MAS A UNIVERSIDADE NÃO TEM DOCUMENTOS DE SEUS ANTIGOS MENTORES?????
Que o mundo está complicado demais ....até para alguém mais existencial.............mas.........SERÁ QUE A INVEJA ...........NÃO VAI PARAR DE DESTRUIR TALENTOS E OPORTUNIDADES.................PORQUE JAMAIS CONSEGUIRÁ TÊ-LOS?????? (os talentos ...claro!!!! - nem buscando de robôs ficcionais!!!!)
- COLAÇÃO DE GRAU..........
O que essa gente entende por colação de grau???????
NÃO TEM MAIS CERIMONIALISTA NAS UNIVERSIDADES???????.......nem nas que possuem cursos de RP???????
Não sabem os tais que os membros da mesa que (deveriam ser) são PORTADORES DE GRAU.......logo, como a cerimônia é de GALA ACADÊMICA..............DEVEM PORTAR SEU SÍMBOLO NA CABEÇA??????????? - no caso o SÍMBOLO (ao menos como símbolo - do GRAU - o tal do BARRETE - que, para quem não sabe - nas academias - não é de ginástica - É UNIVERSIDADE - a academia CRIADA POR PLATÃO - é o "chapeuzinho" que não faz parte do traje para ser levado a passear!!!!).
COMO PODEM CONCEDER GRAU................SE NÃO O POSSUEM??????
COMO membros da ACADEMIA não sabem disso?????????????.......
Alguma coisa está muito errada!!!!!!!!!!!!!!
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Tenho comentado que o senhor que me "orientou" (na verdade ele me ancorou!- se pensarmos nos moldes de orientação que há por todo lado!) no mestrado, deveria escrever, antes de qualquer outra coisa,
"COMO ORIENTAR" - "O QUE É UM ORIENTADOR!".
Na falta digo eu.
Orientar é como ser pai, daí eu ter escrito o que escrevi (óbvio que em meu livro!)- NÃO PORQUE ELE SERIA MEU PAI, porque meu pai, GENUINO GUILHERME REOLON, que me educou e gerou é muuuuuuuuuuuuuuuuito diferente, NINGUÉM se assemelha a ele, JAMAIS, nem com MINHA MÃE, Thereza Ferraro Reolon, eles foram e serão sempre INSUBSTITUÍVEIS e INCOPIÁVEIS.
Mas orientar não é dar a QUESTÃO ao orientando, ou obrigá-lo a seguir meus preceitos.
ORIENTAR É:
- em presença de alguém que anda quase sozinho, amparar, socorrer do mundo podre, ....,dos ladrões.
- em presença de alguém que não sabe SUA questão, buscar ajudá-lo a achá-la..... A DELE!.
- em presença de alguém que é um sacana, dar limites (como a todo dependente químico, pois o sem limites é membro de uma sociedade que ficou toxicômana - tem essas características - NADA QUE A POLÍTICA QUE VIVEMOS NÃO MOSTRE TODOS OS DIAS!).
SER BANCA É ser alguém que questiona sobre a pergunta DELE e se no trabalho respondeu. NÃO É alguém que impõe escrita, que impõe questões - NINGUÉM É DEUS DE NINGUÉM - e, pelo que sei, DEUS não estaria em um mundo tão podre!. Aliás BANCA só se faz em arguição com o aluno, não se faz às escondidas - a não ser bancas internacionais!.
Podemos ter alguns, parcos e sofridos, deuses, mas O DEUS Jamais! ELE acabaria com o mundo tal qual com em Sodoma e Gomorra.
E, só para lembrar, CRÍTICA não é COMENTÁRIO. Benjamim disse isso conforme já exposto acima.
PERCEBER, Merleau Ponty, em 1934, disse, SÓ PODEMOS CHEGAR PERTO DAS PERCEPÇÕES DE ALGUÉM SE COMPARTILHAMOS SUAS VERDADES (suas CRENÇAS! - SEUS ideais - SUA HONRA!).
Logo, .....COMIGO NINGUÉM MESMO!.
Heidegger diz sobre questões, escreveu em 1929 (CRUZES!!!!!):
"...TODA QUESTÃO metafísica somente pode ser formulada de tal modo que aquele que interroga, enquanto tal, esteja implicado na questão, i.é, seja problematizado."
↓
"..a interrogação metafísica deve se desenvolver na totalidade e na situação fundamental da existência que INTERROGA".
Sobre`PLÁGIO: NÃO HÁ plágio quando se pesquisa um tema que não se esgota em uma vida inteira, é texto meu, EU NÃO ME PLAGIO, EU SIGO MEUS ESTUDOS (QUESTÃO QUE ME MOVE - como KANT, DESCARTES, ...., todos !)........agora, ROUBO DE TEXTO......alguém outro se meter em texto meu............ihhhhhhhhhh......ISSO SIM É, MAIS QUE PLÁGIO , .........É ROUBO!!!!!!!!!!
Só quem vive de alunos bolsistas vê isso como plágio.....PLÁGIO É ROUBO DO QUE É DO OUTRO!!!!!!!!!!!...
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
E.T.: 1. BANCA DE TCC É PÚBLICA COM ARGUIÇÃO A ALUNO PRESENTE
1.1. a apresentação compõe a nota em, pelo menos, 30%¨. (TRINTA POR CENTO!).
2. PLÁGIO: cópia de obra ALHEIA; plagiar - apresentar como SEU trabalho literário, científico, etc, de OUTREM.
MPF, PF HELLOOOOOOOOOOOOOOOOOO! - ISSO É ACADEMIA!
FRAUDE - CORRUPÇÃO-ROUBO-TORTURA- ASSASSINATO - bad idea!!!!!!!
Pois é.....
O que é CULTURA???
Obviamente cultura NÃO é apenas o conhecimento (ação da ciência- a própria ciência - o "processo" de fazer ciência! ) que fazemos quando estudamos determinado assunto e/ou cursamos uma Universidade.
Cultura é tudo o que fazemos e nos distingue como povo, raça, ser.......
Neste sentido os diferentes eventos que as cidades oferecem para que participemos nos fornecem possibilidades de adquirirmos uma cultura.............que denominamos em linguajar sofisticado de tipo acadêmico.....
Então, no último final de semana, dois espetáculos um que uniu Ballèt Clássico em uma apresentação sobre música de Chopin - Sílfides..........Na sequência uma peça de Ballèt Contemporâneo sobre a Nona de Bethoven, em arranjo moderno ( e o filme Se Eu Fosse Você, hem?),com música e coro.
No domingo (que incluiu sábado também) uma apresentação da Orquestra de Câmara do Teatro São Pedro desenvolvendo peças modernas.....
As apresentações foram boas, mas algumas considerações devem ser feitas...
As platéias, geralmente de "familiares" e amigos dos "atores" dos espetáculos acabam não sendo platéias "boas", pois deveriam , ao menos, aguardar que estes agradeçam para aplaudir.......digamos que, aplaudindo todo o tempo, ATRAPALHA a apresentação....
Em alguns momentos, por exemplo, o "bailado" nem tinha encerrado o ato e já aplaudiam.....hão de convir que assim é difícil!!!!!!!!!!!!!
Pensa-se em, fala-se muito em formar público para assistir espetáculos.............
Creio que sim, faltam espectadores para os diferentes meios de difusão cultural existentes. Isto faz com que os espetáculos percam , pois se não há exigência, diz-se, há decréscimo de competências que poderiam ser melhor aproveitadas.............
Bem...........é isso por ora............
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069